Orgulho e Preconceito (2005)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Pride and Prejudice (2005))
Orgulho e Preconceito
Pride & Prejudice
Orgulho e Preconceito (2005)
Cartaz promocional
 Reino Unido
 Estados Unidos
 França
2005 •  cor •  129 min 
Direção Joe Wright
Produção Tim Bevan
Eric Fellner
Paul Webster
Coprodução Jane Frazer
Produção executiva Debra Hayward
Lisa Chasin
Roteiro Deborah Moggach
Baseado em Pride and Prejudice, de Jane Austen
Elenco Keira Knightley
Matthew Macfadyen
Brenda Blethyn
Donald Sutherland
Rosamund Pike
Jena Malone
Tom Hollander
Penelope Wilton
Judi Dench
Música Dario Marianelli
Diretor de fotografia Roman Osin
Direção de arte Mark Swain
Nick Gottschalk
Edição Paul Tothill
Companhia(s) produtora(s) StudioCanal
Working Title Films
Distribuição Universal Studios
Lançamento Reino Unido 16 de setembro de 2005
Estados Unidos 11 de novembro de 2005
Portugal 19 de janeiro de 2006
Brasil 10 de fevereiro de 2006
Idioma inglês
Orçamento US$ 28 milhões
Receita US$ 121,1 milhões[1]

Pride & Prejudice (bra/prt: Orgulho e Preconceito)[2][3] é um filme britano-americano de 2005, do gênero drama, dirigido por Joe Wright e com roteiro baseado no livro homônimo de Jane Austen, com adaptação de roteiro de Deborah Moggach. Foi lançado em 16 de setembro de 2005 no Reino Unido, em 11 de novembro de 2005 nos Estados Unidos e em 10 de fevereiro de 2006 no Brasil, e foi indicado em quatro categorias no Oscar.

O filme acompanha a história de cinco irmãs de uma família inglesa de aristocratas rurais lidando com questões de casamento, moralidade e preconceito. Keira Knightley intepreta a protagonista Elizabeth Bennet enquanto Matthew Macfadyen interpreta o seu par romântico Sr. Darcy.

Enredo[editar | editar código-fonte]

A história acontece na virada do século XIX, na Inglaterra rural. A família Bennet, que consiste nos Sr. e Sra. Bennet e suas cinco filhas - Jane, Elizabeth (Lizzy), Mary, Catherine (Kitty) e Lydia - vivem em relativa independência financeira em sua fazenda, Longbourn. Como Longbourn está destinada a ser herdada pelo primo do Sr. Bennet, Sr. Collins, a Sra. Bennet está ansiosa para que suas cinco filhas se casem antes da morte do Sr. Bennet. No entanto, Elizabeth, a personagem principal, está decidida a não se casar, a menos que seja compelida por um amor verdadeiro.

Sr. Bingley, um solteiro rico que mudou-se recentemente para Netherfield, uma grande casa nas redondezas, é introduzido à sociedade local em um baile, juntamente com sua irmã Caroline e seu reservado amigo Sr. Darcy, que "possui metade de Derbyshire". Bingley se encanta com a bela e gentil Jane, enquanto Elizabeth passa a ter antipatia por Darcy, depois que ele recusa friamente suas tentativas de conversa e acaba ouvindo-o dizer a Bingley que "ela não é bonita o suficiente". Quando Jane fica doente durante uma visita a Netherfield, Elizabeth vai visitá-la, e encontra o seu orgulhoso Sr. Darcy.

Mais tarde os Bennet são visitados pelo Sr. Collins, um pomposo ministro que não fala de nada além de sua patrona, Lady Catherine de Bourgh. Entretanto, o belo e charmoso tenente Wickham, da recém-chegada milícia, captura a atenção das garotas; ele critica Darcy, dizendo a Elizabeth que ele o enganou com relação à sua herança. Em um baile em Netherfield, Elizabeth, surpresa por sua rápida aparição e pedido, aceita dançar com Darcy, mas diz para sua melhor amiga Charlotte Lucas que havia "jurado detestá-lo por toda a eternidade". Durante a dança, ela o trata com sarcasmo e ele responde na mesma medida. Eles se concentram tão completamente um no outro que os outros convidados "desaparecem" até o fim da música.

No dia seguinte, em Longbourne, Sr. Collins pede Elizabeth em casamento, mas ela não aceita. Isso causa uma crise nervosa em sua mãe, mas ela tem o apoio de seu pai. Quando Bingley retorna inesperadamente a Londres, Elizabeth manda que Jane vá até a casa dos seus tios, também em Londres, para não perder contato com ele. Depois disso, Charlotte conta a Elizabeth que vai se casar com o Sr. Collins, por que ele pode oferecê-la uma situação financeira estável.

Meses mais tarde, Elizabeth visita os Collin em Rosings, proprieade da arrogante Lady Catherine; eles são convidados para jantar na mansão, onde encontram Darcy e o coronel Fitzwilliam, sobrinhos de Lady Catherine. Nesse encontro, Darcy demonstra um maior interesse em Elizabeth, especialmente quando ela replica as perguntas de Lady Catherine sobre sua família de forma espirituosa. No dia seguinte, o coronel Fitzwilliam acaba contando para Elizabeth que Darcy havia separado o Sr. Bingley de um moça cuja família não tinha sido considerada apropriada, que ela sabia ser Jane. Aflita, ela corre sob a chuva; Darcy escolhe esse momento para a seguir e pedir em casamento, dizendo que a ama "ardentemente", apesar de sua "posição inferior". Elizabeth recusa, citando o seu tratamento com Jane e Bingley, e Wickham, e eles discutem. Ele a procura mais tarde, apenas para entregar uma carta, que explica suas atitudes. Na carta, ele revela que julgou mal a afeição de Jane por Bingley, e expõe Wickham como um jogador que gastou toda a herança que o pai de Darcy, que o considerava como um filho, deixou para ele e a quem negou mais dinheiro; ele também cortejou a irmã de Darcy, Georgiana - na época com 15 anos, na tentativa de obter sua herança de 30 mil libras.

Elizabeth não conta nada a Jane. Em vez disso, os Gardiners levam Elizabeth para uma viagem a Peak District, e eles visitam a casa de Darcy, em Pemberley. Elizabeth fica atordoada com sua riqueza, e só ouve coisas boas dele de sua governanta. Acidentalmente, ela encontra com Darcy - que ela achava que não estava em casa - e ele a convida para conhecer sua irmã. Georgiana e Elizabeth gostam uma da outra instantaneamente. Mais tarde, Elizabeth descobre que sua irmã mais nova, Lydia, tinha fugido com Wickham, ela chora e conta a notícia para seus tios e para Darcy, antes de voltar para casa. A família acredita que chegará a ruína por ter uma filha "desgraçada", mas logo ficam aliviados por saber que o Sr. Gardiner tinha encontrado os dois em Londres, e que iam se casar. Mais tarde, Lydia conta acidentalmente a Elizabeth que Darcy que os havia encontrado e tinha arcado com seu dote.

Quando Bingley e Darcy voltam para Netherfield, Jane aceita a proposta de Bingley de casamento. Na mesma noite, Lady Catherine visita Elizabeth de surpresa e insiste que ela renuncie a Darcy, já que ele irá supostamente se casar com sua filha, Anne. Elizabeth se recusa e, sem conseguir dormir, vai caminhar nas charnecas ao amanhecer. Ela encontra Darcy, que também não dormiu, após saber do que sua tia tinha feito. Ele admite que ainda a ama, e Elizabeth aceita sua segunda proposta de casamento. Sr. Bennet dá o seu consentimento depois que Elizabeth assume para ele o seu amor por Darcy.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

O filme foi filmado inteiramente em uma locação na Inglaterra no verão de 2004 e utilizou várias casas, incluindo a Chatsworth House em Derbyshire e a Wilton House em Salisbury (como Pemberley), Groombridge Place em Kent (como Longbourn), Basildon Park em Berkshire (como Netherfield Park) e Burghley House em Cambridgeshire (como Rosings). O Temple of Apollo e Palladian Bridge da Stourhead também aparecem (como parte dos jardins de Rosings).

Recepção[editar | editar código-fonte]

Crítica[editar | editar código-fonte]

Ônibus de Londres com um anúncio de Pride and Prejudice.

O filme foi a segunda versão cinematográfica fiel do livro depois da "famosa, mas estranhamente falha, adaptação em preto e branco de 1940, que estrela Greer Garson e Laurence Olivier",[4] e até 2005, The Times considerou a versão de 1995, feita para televisão, "tão dominante, tão universalmente adorada, [que] se prolongou consciência do público como um padrão cinematográfico".[4] Comparando as seis maiores adaptações de Orgulho e Preconceito, em 2005, o Daily Mirror deu 9/10 para a série de 1995 e o filme de 2005, deixando as outras adaptações com seis ou menos pontos.[5] Baseado em 162 críticas recolhidas pelo Rotten Tomatoes, o filme recebeu uma classificação global de aprovação de 85%, com uma média ponderada de 7.7/10. Segundo o site, o consenso entre os críticos é que o filme "é mais uma adaptação para o cinema do romance de Jane Austen, mas as performances afinadas e sensibilidade moderna na produção tornam essa peça de período familiar nova e agradável".[6] Por comparação, o Metacritic, que atribui uma avaliação normalizada em 100 a partir de comentários críticos, calculou uma pontuação média de 82, através de 36 de opiniões recolhidas, classificando o filme como "aprovação universal".[7]

Alguns críticos notaram que a duração do filme de 2005 é um obstáculo para se capturar a profundidade e complexidade da série de televisão de 1995,[8] e chamaram o filme de "obviamente [não tão] ousado ou revisionista" como a série de TV.[9] Joan Klingel Ray, presidente do Jane Austen Society of North America, afirmou que a jovialidade de Knightley e Macfadyen, dizendo que Jennifer Ehle tinha sido "um pouco 'grande' demais para o papel",[10] enquanto Peter Bradshaw, do The Guardian, elogiou Keira Knightley por ter uma notável performance como Lizzy Bennet "que elevou todo o filme", considerando que o elenco de 2005 é "de forma argumentável, um pouco mais inexperiente que Firth e Ehle". Ele adicionou que "Apenas um esnobe, um grosseiro, ou alguém com necrofílica fidelidade à versão de 1995 da BBC com Colin Firth e Jennifer Ehle poderia deixar de desfrutar sua performance".[9] Os críticos ficaram divididos com relação à interpretação de Matthew Macfadyen de Darcy, expressando agradável surpresa,[10] não gostando da sua falta de mudança gradual de emoção, como no livro,[10] e elogiando sua retratação da combinação de insegurança e sensibilidade do personagem, comentando que foi melhor que a de Firth.[8] Garth Pearce, The Sunday Times, não observou nenhum impacto significante no Darcy de Macfadyen, notando em 2007 que "Colin Firth sempre será lembrado como o perfeito Sr. Darcy".[11]

Bilheterias[editar | editar código-fonte]

O filme alcançou o número um em sua primeira semana no Reino Unido, arrecadando 2,5 milhões de libras (4,5 milhões de dólares) sendo exibido em 400 salas. Permaneceu na posição por mais duas semanas, ganhando um total de mais de 14 milhões de libras no Reino Unido. Mundialmente, o filme arrecadou 121.147.947 de dólares.[1]

Prêmios e nomeações[editar | editar código-fonte]

Prêmio Categoria Indicado Resultado
Oscar Melhor atriz Keira Knightley Nomeada
Melhor trilha sonora Dario Marianelli Nomeado
Melhor direção de arte Orgulho e Preconceito Nomeado
Melhor figurino Jacqueline Durran Nomeada
Globo de Ouro Melhor comédia ou musical Orgulho e Preconceito Nomeado
Melhor atriz em comédia ou musical Keira Knightley Nomeada
British Academy Film Awards Melhor filme Orgulho e Preconceito Nomeado
Melhor atriz de apoio Brenda Blethyn Nomeada
Recém-chegado com mais potencial Joe Wright Vencedor
Melhor roteiro adaptado Deborah Moggach Nomeada
Melhor figurino Jacqueline Durran Nomeada
Melhor maquiagem e cabelo Orgulho e Preconceito Nomeado


Referências

  1. a b «Pride and Prejudice». Box Office Mojo. Consultado em 26 de julho de 2009 
  2. Orgulho e Preconceito no AdoroCinema
  3. Orgulho e Preconceito no DVDPT (Portugal)
  4. a b Briscoe, Joanna (1 de julho de 2005). «A costume drama with muddy hems». The Times. Consultado em 2 de junho de 2008 
  5. Edwards, David (9 de setembro de 2005), Pride and Passion, Daily Mirror 
  6. «Pride and Prejudice (2005)». Rotten Tomatoes. Consultado em 26 de julho de 2009 
  7. «Pride & Prejudice (2005 film): Reviews». Metacritic. Consultado em 21 de fevereiro de 2008 
  8. a b Holden, Stephen (11 de novembro de 2005). «Pride & Prejudice (2005) – Marrying Off Those Bennet Sisters Again, but This Time Elizabeth Is a Looker». The New York Times. Consultado em 2 de junho de 2008 
  9. a b Bradshaw, Peter (16 de setembro de 2005). «Pride & Prejudice». The Guardian. Consultado em 2 de junho de 2008 
  10. a b c Hastings, Chris (8 de agosto de 2005). «Colin Firth was born to play Mr Darcy. So can anyone else shine in the lead role?». The Daily Telegraph. Consultado em 3 de junho de 2008 
  11. Pearce, Garth (17 de junho de 2007). «On the move: Colin Firth». The Sunday Times. Consultado em 19 de maio de 2008