Profeta

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 Nota: Para outros significados, veja Profeta (desambiguação).
Inspiração profética: Os lábios de Isaías tocados pelo fogo, por Benjamin West
Ana e Simeão no Templo. Rembrandt van Rijn século XVII

Profeta no feminino profetisa (do grego: πρoφήτης, prophétes)[1] pode significar a pessoa que é capaz de predizer acontecimentos futuros (veja Divinação); ou ainda uma pessoa que fala por inspiração divina ou em nome de Deus. Aos falsos profetas aplicava-se a pena de morte, na Lei Moisaica.

O livro do Antigo Testamento, revela antes de serem comumente chamados profetas, tais pessoas eram chamados de videntes. (I Samuel 9:9) É um nome sugestivo que descrevia as pessoas a quem Deus revelava os acontecimentos futuros, por meios de sonhos, visões ou aparições de anjos. Eram escolhidos por Deus e tinham enorme autoridade religiosa e influência. Normalmente, eles eram tidos como conselheiros e instrutores da Lei de Deus.

A expressão "filhos dos profetas", designava todos aqueles que se tornavam discípulos e ministros ajudantes (ou seja, servidores) dos profetas do Antigo Testamento.

A expressão "os Profetas", pode referir o conjunto de livros (Neviim) escritos pelos profetas.

O profeta é visto como instrumento de algo divino, algo sobrenatural, onde é falado a situação presente futura e passada.

O profeta é uma figura chave em muitas religiões: judaísmo, cristianismo, islamismo, fé bahá'í e outras.

Etimologia

A palavra "Profeta" vem do grego: πρoφήτης, prophétes, em latim propheta que significa "interprete" ou "porta-voz" especialmente dos deuses, "inspirado pregador ou professor", de pro - "à frente, mais adiante" ou "para, em nome de", mais a raiz phanai - "falar". Ou seja, uma pessoa que falava "o que ia acontecer mais adiante" ou falava "em nome de alguém". O normal em hebraico para profeta é nabí. A sua etimologia é incerta. De acordo com muitos críticos recentes, a raiz de Nabí, não empregada no hebraico, significa falar com entusiasmo, "proferir grito", como os pagãos mânticos. Fazendo um exame comparativo das palavras cognatas em hebraico e as outras línguas semitas, é ao menos igualmente provável que o significado original era simplesmente: "falar", "proferir palavras".[2]

Profeta no Judaísmo e no Cristianismo

Para o judaísmo e para o cristianismo, há vários profetas, conforme o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Ser profeta no cristianismo é ser aquele que fala por Deus. Os homens que alegam que Deus os comissionou para transmitirem a palavra de Deus ou do projeto a respeito de fatos que iriam ocorrer por vontade divina

Profetas da Bíblia

Ver artigo principal: Nevi'im

A literatura profética pode ser dividida de várias maneiras. A mais tradicional e comum, entre os cristãos, é a divisão em profetas maiores e profetas menores. Não porque uns sejam mais importantes que outros, mas simplesmente pela extensão de seus escritos. Os profetas maiores são quatro: Isaías, Jeremias (que também escreveu Lamentações), Ezequiel, Daniel. Os menores são doze: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias,[3] cabendo observar que o Livro de Baruc, que é relacionado entre os livros proféticos na Septuaginta, nas Bíblia adotadas pela Igreja Católica e pelas Igrejas Ortodoxas, é Deuterocanônico, ou seja, não constam na Bíblia Hebraica e não são aceitos pelas Igrejas que adotam a Bíblia proposta por Lutero.

Por sua vez, a Bíblia Hebraica agrupa os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e os dos doze profetas sob o título de "Profetas Posteriores" e os coloca após os "Profetas Anteriores": (Josué, Juízes, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis), enquanto que a Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para o Grego Koiné, cuja estrutura é utilizada por maior parte das Igrejas Cristãs) apresenta os livros proféticos depois dos Livros Históricos, destacando-se que a Bíblia Hebraica não inclui o Lamentações e Daniel entre os "Profetas Posteriores", mas entre os "Escritos" (Kethuvim).[4]

Profetas do Novo Testamento

Profeta no Islã

O islamismo possui raízes judaico-cristãs, compartilhando a fé em vários profetas, desde Adão até Jesus, passando por Abraão: segundo a religião muçulmana, todos estes divulgaram revelações ou inscrições da palavra de Deus aos seres humanos. Por último, o selo dos vários profetas foi Maomé.

Profetas na Fé Bahá'I

A Fé Bahá'í considera duas classes de Profetas: os independentes, com seguidores, e os dependentes, seguindo os primeiros. Os independentes, de acordo com os escritos Bahá'ís, são os Fundadores das grandes religiões mundiais conhecidas, como Krishna, Abraão, Moisés, Buda, Zoroastro, Jesus, Maomé, O Báb e Bahá'u'lláh. Os profetas dependentes, segundo 'Abdu'l-Bahá, filho de Bahá'u'lláh:

"..seguem e dão-lhes seu apoio, pois são apenas ramos, não tendo independência, recebem a Graça dos Profetas universais. Assemelham-se à lua, que não é luminosa e radiante por si mesma, mas recebe do sol a sua luz."

Possuem como missão espalhar a Fé de Deus à humanidade. Entre eles encontram-se várias figuras Bíblicas como Isaías, Daniel, João Batista, e assim por diante, adicionando também os Profetas do Islão, como também da própria religião Bahá'í.

Ver também

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Referências

  1. Livro O dom de Profecia, Autor: Wayne Grudem.
  2. Laur, Elred (1903). Die Prophetennamen des Alten Testamentes. Freiburg: Universitaets-Buchhandlung. pp. 14–38 
  3. Livros Proféticos Edição Pastoral da Bíblia
  4. Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, p 1.230
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