Proletários Armados pelo Comunismo

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Proletários Armados pelo Comunismo (em italiano Proletari Armati per il Comunismo; PAC) foi uma organização extraparlamentar armada, de extrema-esquerda,[1] criada em 1976 na região da Lombardia, Itália, e dissolvida três anos depois, durante os "anos de chumbo".[2]

Foi um dos numerosos grupos armados oriundos de uma vertente do movimento autônomo denominada Autonomia Operária (em italiano, Autonomia Operaia). Diferentemente das Brigadas Vermelhas, os PAC eram um grupo pouco estruturado, de organização horizontal, com vários núcleos independentes que podiam conduzir ações independentes e reivindicá-las como sendo ações dos PAC.

Ações do grupo[editar | editar código-fonte]

A organização contava com pelo menos sessenta membros[3] na Lombardia e no Vêneto. Seus dirigentes eram Sebastiano Masala, Arrigo Cavallina (considerado como o ideólogo do grupo), Giuseppe Memeo e Pietro Mutti (co-fundador). Um outro chefe foi Diego Giacomin, chefe da ala vêneta maioria dos membros era de origem operária. Cesare Battisti, porém, tornou-se seu membro mais conhecido.

As primeiras ações do grupo foram de apoio às reivindicações operárias, como em 8 de maio de 1978, na sabotagem contra a instalações da Alfa Romeo em Milão, quando um médico foi ferido. Mas os objetivos mais importantes dos PAC foram a luta nas estruturas carcerárias e contra membros ou colaboradores das forças da ordem. Foram feridos um médico da prisão de Novara, um agente carcerário de Verona. Um chefe da carceragem, em Udine, foi morto em 6 de junho de 1978.

Em 16 de fevereiro de 1979 foi morto o açougueiro Lino Sabbadin em Santa Maria di Sala, perto de Veneza e, no mesmo dia, em Milão, o joalheiro Luigi Torregiani; durante a ação, o filho deste, Alberto Torregiani, foi atingido pelos atiradores e ficou paraplégico[4]. As duas vítimas eram comerciantes que, meses antes, durante um assalto, haviam matado os assaltantes.

Após os dois homicídios, foram presos vários militantes da organização. Alguns dos detidos, afirmaram terem sido torturados na prisão. Em resposta, no dia 19 de abril de 1979, em Milão, os PAC mataram um policial supostamente envolvido na tortura.

Depois que o grupo foi desmantelado, os militantes ainda livres confluíram para a organização denominada Prima Linea.

Referências

  1. «Veja como Battisti passou mais de duas décadas fugindo da Justiça italiana». O Globo. 13 de janeiro de 2019. Consultado em 19 de abril de 2019. Cópia arquivada em 19 de abril de 2019 
  2. Fred Vargas, « Cesare Battisti: À la recherche de la justice perdue », La Règle du Jeu, n°30 (01/2006).
  3. Valerio Evangelisti, Valerio Evangelisti Repond À 50 Questions http://cesarebattisti.free.fr/articles/50questions.html
  4. «Vítimas civis de Battisti foram mortas por reagir a roubos». Gazeta do Povo. Consultado em 16 de janeiro de 2019 
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