Pré-eclampsia

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Pre-eclampsia
Preeclampsia.nih.jpg
Especialidade obstetrícia
Classificação e recursos externos
CID-10 O11, O14
CID-9 642.4-642.7
CID-11 229121159
OMIM 609403, 609404, 609402, 189800, 614592
DiseasesDB 10494
MedlinePlus 000898
eMedicine med/1905 ped/1885
MeSH D011225
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Pré-eclâmpsia (do grego ἔκλαμψις, luz repentina)[1] ou toxemia gravídica é um transtorno da gravidez caracterizado pelo aumento da pressão arterial, inchaço das mãos e rosto (edema) e liberação de proteínas na urina (proteinúria) posterior à vigésima semana de gestação.

Ocorre em 3% das gravidezes, enquanto hipertensão gestacional ocorre em 5 a 10%, sendo um dos principais motivos para cesárias. É mais comum na 32a semana. O número de casos está aumentando seguindo o aumento na prevalência de obesidade, hipertensão, diabetes e a idade-média entre as mães.[2]

Causas

Especialistas acreditam que o problema está no desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos que conectam a placenta com o útero. Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para o útero ou ocorrem danos aos vasos sanguíneos, eles podem responder inadequadamente a estímulos hormonais e causar a pré-eclampsia.

Fatores de risco

Dentre os factores que aumentam o risco de sofrer esse transtornos incluem[3][4]:

  • Histórico próprio ou familiar de pré-eclampsia
  • Obesidade
  • Diabetes Mellitus
  • Hipertensão prévia
  • Idade maior que 35 anos
  • Primeira gravidez
  • Gêmeos
  • Hipotiroidismo
  • Problemas renais
  • Gravidez menos de 2 anos depois ou mais de 10 anos depois da gravidez anterior
  • Poluição do ar
  • Baixo consumo de cálcio

Sinais e sintomas

Os sinais característicos são[5]:

  • Pressão maior que 140/90 mmHg durante mais de 4h
  • Urina espumosa (por conter mais de 300mg/dia de proteínas) ou outros sinais de problemas renais (como urinar pouco)
  • Inchaço das mãos, pés e face

Mesmo sem problemas renais, pode ser diagnosticado quando há alguns dos seguintes sintomas[5]:

  • Dores de cabeça fortes
  • Alterações na visão (perda temporária da visão, visão turva ou sensibilidade à luz)
  • Dor abdominal, geralmente sob suas costelas do lado direito
  • Náuseas ou vômitos
  • Diminuição dos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia)
  • Insuficiência hepática
  • Falta de ar, devido a líquido nos pulmões

Complicações

Se não tratado se tornar uma eclampsia, transtorno caracterizado por convulsões, coma e pode ser fatal para o feto e para a mãe. Também pode resultar em descolamento prematuro da placenta ou em problemas cardiovasculares como Síndrome HELLP (destruição de hemácias e plaquetas) e falta de oxigenação ao feto.[6]

Etimologia

O termo se refere a "dar a luz" repentinamente, porque muitas vezes apressar o parto é o único tratamento. Foi descrito pela primeira vez por Hipócrates no século V antes de Cristo. Já o termo "toxemia gravídica" foi uma interpretação equivocada de a causa eram toxinas no sangue.[7]

Tratamento

O único tratamento definitivo é o parto com expulsão da placenta. Anti-hipertensivos adequados para a gravidez incluem labetalol, fenoterol, metildopa e nifedipina. Diuréticos e inibidores da ECA são contra-indicados porque afetam o desenvolvimento fetal. O objetivo do tratamento é evitar complicações até que o bebê esteja melhor preparado para nascer.

Corticosteroides podem melhorar temporariamente a função hepática e o nível de plaquetas para ajudar a prolongar a gravidez estimulando também que os pulmões do bebê amadureçam mais rápido. Sulfato de magnésio pode ser usado em casos severos como anticonvulsivante, bloqueando os receptores NMDA, para prevenir a eclampsia. [8]

Ver também

Ligações externas

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