Quitina

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Quitina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC Poli-(b1-4)-N-acetilglicosamina[1]
Identificadores
Número CAS 1398-61-4
Número EINECS 215-744-3
Propriedades
Fórmula molecular (C8H13O5N)n
Solubilidade em água insolúvel
Compostos relacionados
Polissacarídeos relacionados Amido, celulose, glicogénio e quitosana
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

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Alerta sobre risco à saúde.

A quitina é um polissacarídeo constituído por um polímero de cadeia longa de N-acetilglicosamina. Insolúvel em água e córneo, é o precursor direto da quitosana. Ocorre naturalmente em diversos organismos, sendo o principal componente da parede celular dos fungos e do exoesqueleto dos artrópodes. Está presente também na rádula dos moluscos,[2] no bico dos cefalópodes e na concha dos foraminíferos.

Foi descoberta em cogumelos pelo professor francês Henri Braconnot, em 1811, recebendo então a denominação inicial de fungina. O nome quitina foi dado por Odier, em 1823, quando esta foi isolada de insetos. Somente em 1843, Payen descobriu que a quitina continha nitrogênio em sua estrutura, a qual é semelhante à fibra vegetal denominada celulose. A diferença estrutural entre as duas fibras se deve aos grupos hidroxila localizados na posição 2, que na quitina foram substituídos por grupos acetamino. É a mais abundante fibra de ocorrência natural depois da celulose.

A quitina poderá substituir futuramente os produtos que empregam plásticos, pois os plásticos tem uma meia-vida muito longa (acima de 300 anos), ao contrário da quitina que é biodegradável, além de apresentar a possibilidade de ser empregado na construção civil como material de extrema resistência à pressão. Até ao momento não foi possível a síntese industrial (in vitro) somente a síntese em laboratório (in vivo).

Não deve ser confundida com a queratina, que é uma proteína.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Chitin Carbosynth, acessado em 16 de dezembro de 2010
  2. «Moluscos: Conheça as características desse filo». educacao.uol.com.br. Consultado em 31 de março de 2021