Róger (João Pessoa)

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Róger é um bairro da zona norte da cidade brasileira de João Pessoa, capital da Paraíba.[1] Apresenta população de 10.215, segundo dados de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[2] O bairro faz divisa ao norte com o Varadouro, a sudoeste com o Centro de João Pessoa, ao sul e leste com Tambiá, a nordeste com Padre Zé e ao norte com a área de manguezal do rio Paraíba. Segundo fontes antigas essa insularização altimétrica seria onde Martim Leitão pretendia fundar a acrópole mas segundo ele a distância até o cais do porto ficaria excessiva visto que o lime norte já era o complexo franciscano que hoje tem seus fundos no lime oeste-meridional desta entidade antrópica (as peninsularizações e insularizações altimétricas nessa zona são várias e não apenas nesta, razão pela qual a indecisão do mesmo que acabou por optar pela proximidade do cais e altimetria, apesar de o mesmo claramente ter preferido a vista da elevação mais a norte que dava tanto para o cais quanto para a costa de modo estratégico a observar movimentações militares suspeitas e invasoras - mas isso poderia ser uma desvantagem pois ficariam mais expostas suas torres a possível pirataria apesar de a boca da reentrância a norte ser denominada "iwa" ou seja dura para tomar vide as 8 expedições fracassadas entre ibéricos e batavos, enquanto na posição actual as copas altas das árvores nas colinas adjacentes acabavam por mimetizar a urbe na paisagem o que melhorava seu clima e também suas defesas).

Características[editar | editar código-fonte]

O bairro é subdividido em duas áreas denominadas Alto Róger e Baixo Róger. A parte alta, tal como o próprio nome já diz, está situada em um platô, próximo ao vale do rio Sanhauá. Em virtude da grande proximidade com o Centro da cidade, o Alto Róger é praticamente considerado um bairro semicentral, tal como o Tambiá. Já a parte baixa do bairro é uma espécie de «Novo Róger», visto ser bem menos antigo que o Alto e ser formada a partir de uma aglomeração de migrantes do interior do estado e de estados vizinhos, como Pernambuco. Há ainda um terceiro sub-bairro que é descontíguo no tecido antrópico graças ao vale do Tambiá, afluente do Bombas que fica na parte alta do lado oposto sendo o vale em boa parte um parque zoo botânico e do outro lado uma propriedade privada com boa área preservada da bacia urbana como tantas outras (graças a esta a zona não foi invadida por construções irregulares como outros trechos da bacia e de outras bacias), gerando por tanto uma insularização altimetrico antropica que se ve claramente em mapas físicos mais detalhados. Esse plato sedimentar é um pouco menos alto visto in loco embora nos mapas altimétricos pareça a diferença ser um pouco menor. Este terceiro sub-bairro tem a denominação do botânico que fundou o aerópago de Itambé quase na divisa dos 2 maiores estados do saliente que gerou as lojas que pariram grandes eventos desde 1817 a 1824 ou seja a unica rebelião contra Portugal que prosperou por meses além conspiração de origem separatista e a segunda a primeira do mesmo tipo contra o Brasil. Mas como é insularizante acaba sendo mais íngreme na maior parte dos lados onde há um pequeno istmo altimétrico estreito ligando-o ao plato sedimentar do bairro vizinho onde o vale avança e o vale vizinho acaba por separar o tecido antrópico do outro bairro e trecho da zona setentrional (algo comum na cidade graças ao estágio natural de platôs sedimentares lembrando ilhas antrópicas ou arquipélago antrópico - alguns visitantes intra-regionais de outras sedes estaduais vizinhas com estágio natural divergente em sites que discutem temas antrópicos a exemplo do skyscrapercity confundem o facto com a parte antrópica, acusando as rodovias que funcionam como auto-estradas quando passam dentro do tecido urbano e as auto-estradas como causa de tal, mas sua análise é pouco criteriosa pois conhecendo menos o terreno e se engajando menos na análise das causas buscando meros diferenciais entre estas cidades apenas tenta explicar de um modo mais superficial; o próprio estágio natural também explica a origem e expansão tardia em ilhas na floresta facilitadas pela questão do plato rasgado pelo sistema fluvial ou seja por que e como o tecido antrópico cresceu de modo divergente de outras sedes onde o índice de conurbação entre as zonas é maior pois são geralmente planícies costeiras plenas e as poucas elevações são isoladas do antropismo a exemplo do parque das dunas e os rios também não são associados a vales profundos a exemplo do Recife, o que facilita bastante a divergência formando um padrão único). Aracaju e Fortaleza também seguem o padrão planície plena idem Maceió, etc. Em Salvador vemos mares de colinas sedimentares no hinterland da península mas foram invadidas por antropismo caótico e irregular de migração descontrolada a exemplo de trechos de zonas de vales do condado em referência inicial; além disso são já sistemas acolinados de menor extensão que se repetem e a autossomia média também diverge.

O Alto Róger é considerado um bairro de classe média e média—baixa, enquanto o Baixo apresenta renda per capita menor e índices de criminalidade maiores. A constituição populacional também se altera e as próprias características da ocupação espacial mais desordenada e densa na parte mais baixa do bairro. A maior parte da população se encontra na área baixa do bairro, que claramente poderia ser subdividido em dois bairros, visto as diferenças óbvias entre o Alto, mais similar ao Centro da cidade e Tambiá (uma espécie de pequeno prolongamento de tal bairro), e o Baixo, mais similar ao Varadouro e outros bairros limítrofes.

O Alto Róger, mais antigo e tradicional (um tanto decadente, já que o ápice socioeconômico deu-se entre na primeira metade do século XX), atualmente é habitado por famílias sobretudo de classe social «C», enquanto o baixo — mais recente — por famílias de classe «D», muitas dos quais migrantes e seus descendentes estabelecidos nas últimas décadas (segunda metade do século XX).

O sudeste do bairro é mais desenvolvido e a parte noroeste a mais carente devido à localização em relação ao centro comercial da cidade. Na parta baixa, localiza-se a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como «Presídio do Róger».[3]

O Róger é atendido por duas linhas de ônibus: a 002 (Róger/Clube Guarany) e a A002 (Róger/Alto Róger). Ambas possuem o seu terminal no Conjunto Asa Branca, próximo ao Presídio do Róger.

História[editar | editar código-fonte]

Primeiramente, famílias de maior poder aquisitivo colonizaram as partes mais antigas do bairro, na parte alta. Posteriormente, com o desenvolvimento de João Pessoa no sentido leste (litoral), em meados do século XX, as elites da cidade foram saindo da zona norte, onde o Róger se situa e migrando para as praias, até então apenas zona de veraneio (na primeira metade do referido século a zona norte ainda era o lar das famílias mais abastadas, e bairros como Tambiá eram elitistas, enquanto hoje são habitados pela classe «C»).

O Alto Róger era um bairro de classe «B» em torno da década de 1920. Já em 1975, suas partes mais setentrionais e distantes do centro já apresentavam sinais de urbanização irregular e desordenada. O estado urbanizou a avenida Epitácio Pessoa e expandiu a zona norte em direção a leste (praias), e isso foi esvaziando a zona norte ocidental da cidade cada vez mais, o que se refletiu em bairros antigamente tradicionais como o Alto Roger e Tambiá–Centro, que foram perdendo seu poder aquisitivo e sendo repovoados por famílias de renda mais baixa. Mais tarde, comunidades foram crescendo além do Alto Roger (atual parte baixa do bairro), mas adotaram a denominação do bairro para evitar discriminação.[nota 1]

Atrações e cultura[editar | editar código-fonte]

No Róger encontra-se o parque zoobotânico Arruda Câmara, popularmente denominado «Bica».[4] O bairro também é conhecido por ser tradicionalmente muito cultural, destacando-se pela prática de grupos folclóricos(quadrilhas juninas e «alas ursas»), além de escolas de samba, com grande participação de seus moradores.

Em seu perímetro, acontecem vários eventos esportivos da cidade, como campeonatos de futsal e futebol, abrangendo clubes amadores de toda João Pessoa.

Notas

  1. Do mesmo modo, moradores do bairro São José se diziam moradores de Manaíra «Ocidental», assim como os dos bairros São Rafael, Santa Clara e Timbó preferem se referir como moradores de Castelo Branco, Bancários e Altiplano.

Referências

  1. «Mapa com subdivisões dos bairros de João Pessoa — PB». Consultado em 19 de abril de 2012. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2012 
  2. Adm. do IBGE (2000). «Unidade Territorial: 2507507 - João Pessoa - PB». Banco de Dados Agregados — IBGE. Consultado em 25 de fevereiro de 2014 
  3. Da redação (31 de janeiro de 2014). «MP pede reforma e ampliação do presídio do Roger em João Pessoa». G1 Paraíba. Consultado em 25 de fevereiro de 2014 
  4. Adm. do sítio (2010). «Parque Zoobotânico Arruda Câmara». Portal da Prefeitura de João Pessoa