Remessa

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As remessas são quantidades de dinheiro enviadas por emigrantes a seus países de origem e representam uma soma considerável para os países em desenvolvimento. Em 2005, as remessas foram avaliadas em 167 bilhões de dólares [1], o que as tornam a segunda fonte (em volume) de financiamento dos países em desenvolvimento em escala mundial, atrás somente dos investimentos diretos do exterior. A ajuda pública repassada pelos países ricos aos países em desenvolvimento representa apenas a metade das somas transferidas pelos emigrantes.[2] O montante referido acima de 167 bilhões tem como base exclusivamente as estatísticas oficiais, tanto dos países remetentes quanto dos recipiendários, não tomando em conta que elevados valores são transferidos extra-oficialmente, em espécie, ou em ouro metálico.

As quantidades anuais de dinheiro são tão significativas que, em alguns países, superaram as exportações tradicionais como principal fonte de ingressos da economia nacional.

Os principais países recipiendários são: Índia (21,7 bilhões de dólares em 2004[3]), China (21,3(, México (18,1), Filipinas (7,4). Os países em que as remessas representam a parte majoritária de seu PIB são os seguintes: Tonga (31,1% do PIB em 2004 [4]), Moldávia (27,1%), Lesoto (25,8), Haiti (24,8%), Jordânia (23%) e Bósnia-Herzegovina (22,5%).

Efeitos das remessas

O volume de dinheiro movimentado tornou-se tão elevado, que os bancos nacionais estabeleceram agências em diversas cidades dos Estados Unidos para captar essa forma de negócio aberto pelos emigrantes.

Até os governos começaram a mobilizar-se para aproveitar o nacionalismo ainda presente em seus cidadãos, oferecendo alguma espécie de facilidade de co-investimento em obras de cunho social, transferindo as soluções em aberto para uma parte da contribuição dos emigrantes.

Ligações externas

Referências

  1. World Bank 2005, p.87.
  2. As remessas dos emigrantes são a primeira fonte de divisas para 36 países.
  3. World Bank 2005, p.90.
  4. Ibid.