Renata Felinto

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Renata Felinto
Renata Felinto
Felinto participa da mesa de discussão Arte e protesto, no quarto dia do Festival Latinidades 2016
Nascimento Renata Aparecida Felinto dos Santos
1978 (46 anos)
São Paulo
Cidadania Brasil
Etnia afro-brasileiros
Alma mater
Ocupação artista visual, investigadora, professora, escritora, ilustradora

Renata Aparecida Felinto dos Santos (São Paulo, 1978) é uma artista plástica e pesquisadora brasileira.[1][2][3][4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

A artista vive e trabalha no Ceará, onde leciona no departamento de artes da Universidade Regional do Cariri (URCA). Em 2016, defendeu sua tese de doutorado intitulada "A construção da identidade afrodescendente por meio das artes visuais contemporâneas: estudos de produções e de poéticas", pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP)[5]. Em 2021, a artista e educadora lecionou o curso Artes visuais e o pensamento decolonial no Museu de Arte Moderna de São Paulo.[6]

Graduou-se em Artes Visuais pela UNESP. Fez o mestrado na mesma instituição. Lecionou Arte e Cultura Africana no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.[7] Integra o conselho editorial da revista O Menelick 2º Ato.[8] Organizou a coletânea de ensaios Culturas africanas e afro-brasileiras em sala de aula : saberes para os professores, fazeres para os alunos (Editora Fino Traço, 2012).[9]

Usa o autorretrato como forma de expressão e manifestação política contra a predominância de imagens de mulheres brancas na arte.[10] Nessa mesma linha de trabalho, representou-se como uma versão negra de ícones pop como Brigitte Bardot, Kim Bassinger e Marilyn Monroe.

Em alguns de seus trabalhos, a artista, que é mãe solo de duas crianças, aborda o tema da maternagem. Em 2013, produziu o tríptico Meu bebê, em que fotografa a si mesma em estágio de gestação avançada com uma imagem de uma boneca de plástico branca e loira digitalmente colada sobre a barriga, na posição em que seu filho de fato estaria[11], ou em outras interações características do cuidado maternal. Já Embalando Mateus ao som de um hardcore é uma série de 25 colagens em impressão digital produzidas em 2017 em que a artista apresenta fotografias da família - de si, de seu filho e de sua mãe -, cercados por cupons fiscais, canhotos de compras com cartão de crédito, extratos bancários e outros documentos que remetem aos custos da criação de um filho[12], além de frases críticas coletadas junto a outras mães negras[11]. E em 2021, redigiu o texto curatorial para a exposição Maternagem, de Bárbara Milano[13][14][15].

Exposições (seleção)[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Mulheres pretas que movimentam #8 – Renata Felinto. Áfricas, 28 de julho de 2016
  2. Educação, arte e transformação: Renata Felinto participa da formação do Programa Jovem Monitor Cultural. Centro Cultural da Juventude, 24 de março de 2015
  3. Presenças: A performance negra como corpo político. Harper’S Bazaar Art | Abril 2015
  4. «Currículo Lattes». Consultado em 19 de junho de 2021 
  5. «Renata Felinto – Epistemologias Comunitárias». Consultado em 27 de março de 2021 
  6. «curso online | Artes visuais e o pensamento decolonial com Renata Felinto». MAM. Consultado em 27 de março de 2021 
  7. The Art of the Black Atlantic I. Contemporary And, 24 de março de 2016 (em inglês)
  8. O MENELICK, 100 anos (1915-2015): revisitando a trajetória da imprensa negra em São Paulo. Portal Literafro
  9. Fino Traço - Editora
  10. Dia Internacional da Mulher Negra: entrevista com a artista Renata Felinto Catraca Livre, 29 de julho de 2013
  11. a b SANTOS, Thaís Silva dos. «Discutindo os sentidos da mãe-preta: uma leitura feminista negra da produção visual da artistas negras» (PDF). Consultado em 19 de junho de 2021 
  12. «Rede Choque apresenta Renata Felinto». Consultado em 19 de junho de 2021 
  13. «Exposição Maternagem, em Revista Art Soul» 
  14. «Artistas Latinas - Bárbara Milano». Consultado em 19 de junho de 2021 
  15. «Exposições 'Afetividades Ordinárias' e 'Maternagem' relacionam imagem, afetos e questões políticas e sociais» 
  16. Cultural, Instituto Itaú. «Renata Felinto». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 27 de março de 2021 
  17. Braziliense, Correio (17 de maio de 2021). «Salão Anapolino de Arte anuncia vencedores da 25ª edição». Correio Brasiliense. Correio Brasiliense. Consultado em 20 de maio de 2021 
  18. «Prefeitura de Anápolis anuncia artistas premiados». Anápolis | Prefeitura Municipal. Consultado em 20 de maio de 2021 
  19. «Vencedores». Prêmio PIPA. Consultado em 27 de março de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]