Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras

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Museu da Água - Amoreiras

O Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, mais conhecido por apenas Mãe d'Água das Amoreiras, é o depósito (o cálice) que recolhe as águas provenientes do aqueduto das Águas Livres, no distrito de Lisboa. Foi projectado em 1745 e construído no Jardim das Amoreiras, ficando concluido em 1834.

O Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras constitui atualmente um dos quatro núcleos do Museu da Água da EPAL em Lisboa.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Inicialmente pensada para ser construída entre São Roque e os terrenos do Palácio dos Condes de Soure, a Mãe d'Água foi desenhada pelo arquitecto húngaro Carlos Mardel (1696 - 1763). Foram demolidas algumas casas e o solo terraplanado. Acabou por ser edificada em Campolide de Baixo, junto ao Rato por ordem de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal.

Mardel trabalhou na Mãe d'Água a partir de 1745 até 1763, ano da sua morte. O projecto estava inacabado e foi retomado por Reinaldo Manuel dos Santos (1731 - 1791) em 1772. A alteração de arquitecto fez com que também o desenho do edifício tenha sido alterado, tanto no interior como no exterior. O projecto foi terminado apenas em 1834, já no reinado de D. Maria II, com a construção da cobertura, tendo apenas nessa altura começado a trabalhar em pleno.

A este edifício está anexado um outro, a Casa do Registo, de onde partem duas das principais galerias distribuidoras das Águas Livres, a do Loreto e a da Esperança, para além de uma terceira, mais pequena, que abastece o Chafariz do Rato.

Características[editar | editar código-fonte]

De linhas arquitectónicas de uma sobriedade invulgar, a construção assenta sobre um envasamento elevado em relação às ruas circundantes e onde, no interior, surge a cascata e a Arca d'Água com 7,5 metros de profundidade

Exposições[editar | editar código-fonte]

2015: "À luz do dia até os sons brilham. Wim Wenders à descoberta de Portugal." Comissariada por Anna Duque y González e Laura Schmidt. Organização conjunta Fundação Wim Wenders, Lisbon & Estoril Film Festival e Museu da Água.[2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MOITA, Irisalva (ed. lit.); MARQUES,Júlio (fotogr.). D. João V e o abastecimento de água a Lisboa. Lisboa : Câmara Municipal de Lisboa, 1990
  • ROSEIRA, Janime. Passeios em Lisboa. Porto : Asa, 2001. ISBN 972-41-2577-7
  • ROSSA, Walter. «Mãe d'Água das Amoreiras», in SANTANA, Francisco (dir.); SUCENA, Eduardo (dir.). Dicionário da História de Lisboa. Lisboa : [s.n.], 1994, pp. 557-559. ISBN 972-96030-0-6
  • SILVA, Augusto Vieira da. O Arco e a Mãe d'Água das Amoreiras. [S.l. : s.n.], 1948 (Separata do Boletim da Comissão de Fiscalização das Águas Lisboa)

Referências