Reynaldo dos Santos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Reynaldo dos Santos
Reynaldo dos Santos
Nascimento 3 de dezembro de 1880
Vila Franca de Xira, Portugal
Morte 6 de maio de 1970 (89 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Cônjuge Suzana Cid
Irene Virote de Carvalho Quihó
Filho(a)(s) João Cid dos Santos
Ocupação Médico, escritor, historiador
Prémios Prémio José de Figueiredo 1952
Magnum opus A Torre de Belém

Reynaldo dos Santos GCSE (Vila Franca de Xira, 3 de dezembro de 1880Lisboa, 6 de maio de 1970) foi médico, escritor e historiador de arte português. Foi pioneiro nos campos da cirurgia vascular e urologia, publicou inúmeras obras sobre a arte portuguesa do século XV, someadamente sobre o estilo manuelino e sobre as pinturas de Nuno Gonçalves.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciado em Medicina em 1903 pela Faculdade de Medicina de Lisboa, foi nomeado Professor de Cirurgia e Urologia em 1907.[1] Em 1908 foi para Paris, onde trabalhou com Theodore Tuffier. Relacionou-se com diversas individualidades entre as quais Carrel e Cushing. De regresso a Lisboa, dedicou-se com paixão à cirurgia. A 28 de junho de 1919, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2] Em 1928 realiza a sua primeira Arteriografia e logo a seguir uma aortografia translombar. Em 1937 foi condecorado por Rudolph Matas com a Violet Heart Fund Medal, por ter sido "o cirurgião que mais contribuiu para o avanço da cirurgia vascular.[3] A 7 de março de 1940, foi elevado ao grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]

O interesse pelas Belas-Artes nasce na sua juventude, durante as férias, na Figueira da Foz, "quando, conjuntamente com Henrique de Vilhena, começa a participar nas campanhas arqueológicas conduzidas pelo advogado António Santos Rocha que lhe aconselha a ler Taine, autor que vai desempenhar grande influência no campo dos estudos da arte".[4] Sem esquecer o seu amor pela literatura, Reynaldo dos Santos frequentou diversos círculos intelectuais, onde conviveu com personalidades como Almada Negreiros, Aquilino Ribeiro, Eugénio de Castro, Afonso Lopes Vieira, Jaime Cortesão, Viana da Mota e Raul Brandão, entre muitos outros. Reynaldo dos Santos destaca-se como um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do século XX.

Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Homens Livres [5] (1923), Lusitânia [6] (1924-1927), nos Anais das bibliotecas, arquivo e museus municipais.[7] (1931-1936), na Revista Municipal [8] (1939-1973) publicada pela Câmara Municipal de Lisboa e na revista luso-brasileira Atlântico.[9]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Álvaro Pires de Évora: pintor quatrocentista em Itália, Imprensa Libanio da Silva, 1922.
  • Torre de Belém. Estudo histórico e arqueológico, com desenhos de Maria de Lourdes. Edição do autor, IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, 1923.

Referências

  1. Reis, Carlos Vieira. «Reynaldo dos Santos». Vidas Lusófonas. Consultado em 21 de novembro de 2012 
  2. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Reinaldo dos Santos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de agosto de 2019 
  3. «Cid, o inovador» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 25 de julho de 2011 
  4. «Reynaldo dos Santos». Vidas Lusófonas. Consultado em 1 de maio de 2016 
  5. Rita Correia (6 de fevereiro de 2018). «Ficha histórica:Homens livres (1923)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de março de 2018 
  6. Rita Correia (5 de novembro de 2013). «Ficha histórica: Lusitania : revista de estudos portugueses (1924-1927)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de dezembro de 2014 
  7. Rita Correia (7 de julho de 2013). «Ficha histórica: Anais das Bibliotecas, Arquivo e Museus Municipais (1931-1936).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 5 de maio de 2014 
  8. «Revista Municipal (1939-1973), Índice de colaboradores» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de junho de 2015 
  9. Helena Roldão (12 de Outubro de 2012). «Ficha histórica:Atlântico: revista luso-brasileira (1942-1950)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Novembro de 2019 

Referências


Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
António Egas Moniz
Sócio correspondente da ABL - cadeira 2
1957 — 1970
Sucedido por
João Gaspar Simões em literatura e João Cid dos Santos em Medicina[1][2]
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) médico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Cid
  2. «Academia Brasileira de Letras». Consultado em 21 de novembro de 2012