Rio do Peixe (Paraíba)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rio do Peixe
Rio do Peixe (Paraíba)
Margem do rio do Peixe, com pegadas do período cretáceo
Comprimento (aprox.) 120 km
Nascente Serra do Padre, município de Bernardino Batista
Foz Rio Piranhas
Área da bacia 3.419[1][2] km²
País(es)  Brasil

O rio do Peixe é um curso d'água que banha o extremo oeste do estado da Paraíba, na região semiárida do Nordeste do Brasil.[2] Sua bacia engloba uma área de 3419 km² e abrange 17 municípios, onde em 2010 viviam em torno de 220 000 pessoas.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O termo “rio do Peixe” se refere ao fato de neste curso de água ter sido pescado na época da colonização “um peixe exótico e de grande dimensão”, segundo o historiador Coriolano de Medeiros.[3]

Povoamento da bacia[editar | editar código-fonte]

Toda a região da bacia do rio do Peixe foi território dos índios icós, tendo começado a ser colonizada pela Coroa portuguesa a partir de meados do século XVIII.[4] Em 1766, a cidade de Sousa foi fundada próximo à sua foz, convertendo-se no principal centro urbanno da região.[5] Pouco mais de um século e meio depois, o banditismo reinou em suas margens com as passagens ocasionais de bandoleiros no começo do século XX.

Atualmente, sua bacia conta com centros urbanos importantes do Sertão paraibano, como Sousa, Uiraúna e São João do Rio do Peixe.

Sub-bacia[editar | editar código-fonte]

O rio do Peixe nasce próximo à localidade de Baixio dos Galdinhos, na serra do Padre, município de Bernardino Batista, divisa com o estado do Ceará. É um dos afluentes da bacia do rio Piranhas–Açu e apresenta regime intermitente, secando na época de estiagem.[2] Em seu percurso, banha as cidade de São João do Rio do Peixe, Sousa e Aparecida, ambas no sertão paraibano, e é nesta última onde deságua no Piranhas.

De modo geral, a cobertura vegetal de sua bacia se encontra bastante antropizada, e as consequências da ocupação humana podem ser vistas na paisagem e na descarga de desejos urbanos.[1]

Em sua bacia encontra-se o célebre Vale dos Dinossauros, cujas pegadas datam do período Cretáceo,[6] sendo um dos mais importantes sítios paleontológicos do Brasil, com cerca de 50 tipos de pegadas de animais pré-históricos, espalhadas por toda a bacia sedimentar do rio do Peixe, em uma extensão de 700 quilômetros quadrados.

Referências

  1. a b c John E. de B.L. Cunha; et al. (23 de fevereiro de 2012). «Dinâmica da cobertura vegetal para a Bacia de São Joãodo Rio do Peixe, PB» (PDF). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Consultado em 12 de julho de 2017 
  2. a b c ROCHA, Dunaldson; et alii (2006). «Hidrogeologia da Bacia do Rio do Peixe» (PDF). Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Consultado em 30 de julho de 2014 
  3. Coriolano de Medeiros (1950). Dicionário corográfico do Estado da Paraíba. [S.l.]: Departamento de Imprensa Nacional. 269 páginas 
  4. Horácio de Almeida (1997). História da Paraíba, volume 2. [S.l.]: Editora Universitária (UFPB) / Conselho Estadual de Cultura 
  5. Otacílio Dantas Cartaxo (1964). Os caminhos geopolíticos da ribeira do Rio do Peixe. [S.l.]: A União. 90 páginas 
  6. T. Thulborn (2012). Dinosaur Tracks. [S.l.]: Springer Science & Business Media. 424 páginas. ISBN 9400904096 
Ícone de esboço Este artigo sobre hidrografia do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.