Romeu Tuma Júnior

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Romeu Tuma Júnior
Romeu Tuma Júnior
Romeu Tuma Júnior em 2018
Deputado Estadual de São Paulo
Período 1 de fevereiro de 2003
até 31 de janeiro de 2007
Dados pessoais
Nascimento 13 de agosto de 1960 (63 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Zilda Dirane Tuma
Pai: Romeu Tuma
Partido PPS (2001-2005)
PMDB (2005-2011)
DEM (2011-2013)
PTC (2013-2016)
PTB (2016-2017)
Republicanos (2018-presente)
Profissão Delegado de Polícia

Romeu Tuma Junior (São Paulo, 13 de agosto de 1960) é um político brasileiro filiado ao Republicanos.[1]

Policial[editar | editar código-fonte]

Descendente de sírios, Romeu Tuma Júnior iniciou a carreira policial aos 18 anos como investigador, em 1978. Foi Delegado de Polícia concursado da Polícia Civil do Estado de São Paulo, e em 2002 era delegado da Seccional de Taboão da Serra, quando foi o primeiro delegado responsável pelas investigações do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), além de ser a segunda pessoa a ver o corpo do prefeito em Itatiba.[2] Foi também deputado estadual paulista e ocupou o cargo de Secretário Nacional de Justiça (2007-2010) durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidindo, à época, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria.[3][4] Filho do falecido político Romeu Tuma e irmão de delegados e políticos, Tuma Júnior aposentou-se do cargo de Delegado Classe Especial (topo da carreira) em 2013, com 35 anos de serviço.[5]

Político[editar | editar código-fonte]

Formado em Direito, foi deputado estadual entre os anos de 2003 e 2007. Ocupou o cargo de corregedor parlamentar e foi presidente das comissões de Segurança Pública e de Defesa dos Direitos do Consumidor na Assembléia Legislativa paulista.

Diálogos interceptados seu gabinete pela Polícia Federal indicavam uma suposta articulação do Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, para acompanhar um concurso público. a com aprovação do ilustre escrivão da Polícia Civil do Estado de São Paulo, fazia gosto queo "futuro policial", com o policial Paulo Guilherme ‘Guga’ Mello, seu braço direito no Ministério da Justiça.[6]

Investigações da PF indicavam que o gabinete de Tuma Júnior supostamente funcionava como "central de favores" para parentes, amigos e aliados do próprio Secretário Nacional de Justiça e também de seus assessores mais próximos. Segundo matéria do Estadão, "diálogos e documentos colhidos ao longo da investigação mostram que Tuma Júnior e assessores usaram a secretaria para, por exemplo, agilizar processos de naturalização de estrangeiros ilegais e obter na PF a emissão a jato de passaportes para atender pedidos que chegavam diariamente por telefone". Inquérito policial também apontou provável lobby do próprio Tuma Júnior para a aprovação de um pedido de indenização em favor do pai de um dos seus assessores.[7]

Outras gravações revelam que Romeu Tuma Júnior, então presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do governo Lula, atuou no controlae do contrabando de produtos piratas na região da Rua 25 de Março, na capital paulista, instaurou inquérito para investigar no Estado. Li foi preso com mais 13 pessoas, sob acusação de comandar quadrilha especializada no contrabando de telefones celulares falsificados. Tuma Júnior demonstra ter negócios com Li já que dividiu um quarto de hotel e comprou vídeojogos.[8]

Resultado das publicações[editar | editar código-fonte]

Foi autor de obras de grande impacto sócio político realizando diversas revelações.[9]

Como denunciante[editar | editar código-fonte]

Tuma Júnior escreveu com o jornalista Claudio Tognolli o livro (Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado - Editora Topbooks) em que denuncia o que ele considera como aparelhamento do governo pelo PT para cometer crimes, em especial pedidos heterodoxos feitos a ele quando Secretário no Ministério da Justiça, e que Luiz Inácio Lula da Silva teria sido informante do governo militar.[9]

O livro vai ser adaptado para o filme Quem matou Celso Daniel, com direção de Marcos Jorge e lançamento previsto em 2019.[10]

Desempenho eleitoral[editar | editar código-fonte]

Ano Eleição Partido Candidato a Votos % Resultado Ref
2002 Estaduais em São Paulo PPS Deputado estadual 63.523 0,33% Eleito [11]
2006 Estaduais em São Paulo PMDB 43.800 0,22% Não eleito [12]
2018 Estaduais em São Paulo PRB Deputado federal 13.343 0,06% Não eleito [13]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Tuma Júnior, Romeu (2013). Assassinato de Reputações (PDF). Um Crime de Estado. 1 Primeira ed. Brasil: [s.n.] 323 páginas. 666. Consultado em 2 de julho de 2013 
  • Tuma Júnior, Romeu (2016). Assassinato de Reputações II. Muito Além da Lava-Jato. 1 Primeira ed. Brasil: [s.n.] 264 páginas 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Eleições», O Estado de S. Paulo, 2012, consultado em 10 de dezembro de 2013 
  2. «Exclusivo: Romeu Tuma Jr, responsável pela investigação inicial do caso Celso Daniel, fala sobre os desdobramentos da 27° fase da Operação Lava Jato», Radioatividade (Blog da Jovem Pan), 1 de Abril de 2016, consultado em 24 de maio de 2017 
  3. «Empresa doou R$ 50 mil para Tuma Júnior», Folha de S.Paulo, 27 de março de 2009, consultado em 11 de dezembro de 2013 
  4. «Tuma Júnior é exonerado do cargo de secretário nacional de Justiça», Folha de S.Paulo, 14 de junho de 2010, consultado em 11 de dezembro de 2013 
  5. Azevedo, Reinaldo (10 de dezembro de 2013), «Tuma Jr. nasceu em 1960, não em 1963, e já era policial em 1980», BR: Abril, Veja, consultado em 11 de dezembro de 2013 
  6. «PF mostra lobby de Tuma Jr. em favor de 'genro'», SP, BR, Estadão, 6 de maio de 2010, consultado em 10 de dezembro de 2013 
  7. «PF vê gabinete como 'central de favores'», Estadão, 11 de maio de 2010, consultado em 10 de dezembro de 2013 
  8. «O caso Tuma Júnior nas páginas do 'Estadão' e nas gravações da PF», Estadão, 10 de maio de 2010, consultado em 10 de dezembro de 2013 
  9. a b Azevedo, Reinaldo (7 de dezembro de 2013), «O Livro-Bomba – Tuma Jr. revela os detalhes do estado policial petista. Partido usa o governo para divulgar dossiês apócrifos e perseguir adversários. Caso dos trens em SP estava na lista. Ele tem documentos e quer falar no Congresso. Mais: diz que Lula foi informante da ditadura, e o contato era seu pai, então chefe do Dops», BR: Abril, Veja, consultado em 10 de dezembro de 2013 .
  10. «Diretor de 'Estômago' fará filme sobre a morte de Celso Daniel». VEJA. 27 de setembro de 2017. Consultado em 11 de outubro de 2017 
  11. «UOL Eleições 2002». www.uol.com.br. Consultado em 22 de fevereiro de 2024 
  12. «Folha Online - Especial - 2006 - Eleições - Apuração - São Paulo - Deputado Federal». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de fevereiro de 2024 
  13. «Resultado da apuração do 2º turno das Eleições 2018 - São Paulo (SP) para governador, senador, deputado federal e deputado estadual.». G1. Consultado em 6 de março de 2024