Ross Brawn

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Ross Brawn
Ross Brawn
Ross Brawn no Festival de Velocidade de Goodwood de 2016
Nascimento 23 de novembro de 1954 (69 anos)
Manchester
Nacionalidade  Reino Unido
Cônjuge Jean Brawn
Ocupação Diretor técnico da Benetton (19911996)
Diretor técnico da Ferrari (19962006)
Chefe de equipe da Honda F1 (2008)
Dono da equipe Brawn (Temporada de Fórmula 1 de 2009
Chefe de equipe da Mercedes GP (20102013)

Ross Brawn, OBE (Manchester, 23 de novembro de 1954) é um engenheiro de automobilismo e dirigente esportivo inglês. É o atual diretor geral, de esportes a motor e diretor técnico da Fórmula 1.[1]

Já trabalhou para várias equipes da categoria máxima do automobilismo mundial, a Fórmula 1, servindo como o diretor-técnico da Benetton quando esta tornou-se pela primeira vez campeã mundial. Posteriormente, viveu seu auge na categoria como diretor-técnico da Ferrari, onde permaneceu até 2006. Principal responsável pelas estratégias de corrida da equipe, foi peça fundamental nas diversas vitórias da escuderia italiana e nos cinco títulos mundiais de Michael Schumacher pela equipe. Os outros títulos de Schumacher foram exatamente pela Benetton, em 1994 e 1995. Sendo assim, Ross Brawn esteve diretamente ligado a todos os sete títulos do maior campeão da história da categoria.

Ross Brawn tirou uma licença sabática do esporte em 2007, mas retornou à F1 para o temporada de 2008 como líder da equipe Honda F1. No início de 2009, adquiriu a equipe Honda e optou por fundar sua própria equipe, a Brawn, com a qual ganhou o título de pilotos com Jenson Button e o de construtores também com Button e Rubens Barrichello.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Ross Brawn durante o GP dos Estados Unidos de 2003.

Ross Brawn iniciou sua carreira na Fórmula 1 como mecânico na equipe Williams em 1978. No final dos anos 1980 foi contratado pela Jaguar para cuidar da divisão de carros esporte da empresa.

Regressou à Fórmula 1 em 1992 como diretor-técnico da equipe Benetton, e ajudou a equipe na conquista do campeonato de construtores de 1995, bem como nos títulos do mundial de pilotos de Michael Schumacher em 1994 e 1995. Nestes dois anos, a extinta equipe Benetton conquistou seus primeiros e únicos títulos da Fórmula 1 em toda a sua história.

A parceria com Schumacher foi refeita na temporada 1997 na Ferrari, onde assumiu novamente o cargo de diretor-técnico. Ambos foram decisivos na reconstrução das glórias da equipe que conquistou o mundial de construtores em 1999, o primeiro de seis títulos consecutivos. A escuderia, capitaneada por Brawn, levou Schumacher à conquista de cinco títulos consecutivos de pilotos (entre as temporadas de 2000 e 2004).

A contribuição de Ross Brawn na inédita sequência de títulos de pilotos e construtores elevou-o à condição de um dos principais nomes da história da Ferrari compondo um time vencedor com Schumacher e Jean Todt. Em 26 de outubro de 2006, a Ferrari anunciou que Brawn estava deixando a equipe para um ano sabático, permitindo que outros membros dos departamentos técnicos da Ferrari avançassem na hierarquia interna.

Em 12 de novembro de 2007, anunciou seu retorno à Fórmula 1 como chefe de equipe da Honda para a temporada 2008. Em dezembro de 2008, a equipe Honda anunciou sua retirada da F1.

Mas, em 5 de março de 2009, através do sistema "management buy-out", uma compra de 100% da equipe de Fórmula 1 da Honda foi concluída, com Ross Brawn tendo uma participação de controle de 54% e tornou-se líder da mesma. Anunciaram a entrada da equipe para a disputa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2009 sob o novo nome Brawn. Os acionistas minoritários eram o diretor executivo Nick Fry (31%), o ex-chefe financeiro da Honda Nigel Kerr (8%), o ex-chefe de Recursos Humanos da Honda John Marsden (3%), a ex-assessora jurídica da Honda Caroline McGrory (3%) e o ex-diretor da Honda Gordon Blair (1%). Esta foi uma das grandes cartadas de sua carreira, já que naquele ano ele desenvolveu nitidamente o melhor carro do grid, fato que lhe trouxe mais um título do Mundial de Pilotos, com o também inglês Jenson Button, e de Construtores.

Em 16 de novembro de 2009, a montadora alemã Mercedes-Benz anunciou a compra da Brawn GP.[2] A equipe passou a se chamar então Mercedes GP a partir de 2010, e Ross Brawn passou a ser co-proprietário da equipe junto a Nick Fry, seu antigo colega em várias equipes, ele e Fry mantiveram uma participação de 24,9% na nova equipe. Além desta função, Brawn permaneceu também no cargo de chefe de equipe.[3][4]

Em 2011, Brawn e Fry venderam suas ações remanescentes a Mercedes-Benz.[5] Em 29 de outubro, a BBC informou que Brawn deixaria a Mercedes no final da temporada de 2013, após desacordo sobre seu papel na equipe.[6]

No dia 23 de janeiro de 2017, a Liberty Media, atual controladora dos diretor comerciais da Fórmula 1, anunciou a demissão de Bernie Ecclestone e para o seu lugar, foi anunciado Ross Brawn, que dividira a função com Sean Bratches. Bernie Ecclestone comandava exclusivamente a categoria, porém, com sua demissão, a Liberty Media dividiu o comando para dois dirigentes, um cuidando do setor esportivo e outro para o setor comercial.[7]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Brawn and Bratches join F1 in sporting and commercial roles». Formula 1. 23 de janeiro de 2017. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  2. «Sport Digest, November 16–21». The Daily Telegraph. London. 25 de novembro de 2009 
  3. Mercedes compra Brawn GP e vende a sua parte da McLaren UOL Esporte.
  4. Mercedes vende sua parte na McLaren e compra equipe Brawn GP Folha Online.
  5. Benson, Andrew (16 de novembro de 2009). «Mercedes takes over Brawn F1 team». BBC News. Consultado em 22 de maio de 2010 
  6. «Ross Brawn to leave Mercedes at the end of the current F1 season». BBC News. 29 de outubro de 2009. Consultado em 29 de outubro de 2013 
  7. «Ecclestone é demitido e Ross Brawn é o novo manda-chuva da Fórmula 1». Portal BOL. Consultado em 24 de janeiro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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