Rudolph Maté

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rudolph Maté
Nome completo Rudolf Matheh
Nascimento 21 de janeiro de 1898
Cracóvia, Polônia
Morte 27 de outubro de 1964 (66 anos)
Hollywood, Estados Unidos
Ocupação Cineasta, diretor de fotografia
Atividade 1920 - 1962
Oscares da Academia
1941: Foreign Correspondent
Melhor Fotografia (indicado)
1942: That Hamilton Woman
Melhor Fotografia (indicado)
1943: The Pride of the Yankees
Melhor Fotografia (indicado)
1944: Sahara
Melhor Fotografia (indicado)
1945: Cover Girl
Melhor Fotografia (indicado)

Rudolph Maté, nascido Rudolf Matheh (Cracóvia, na época no Império Austro/Húngaro, hoje na Polônia, 21 de janeiro de 1898 - Hollywood, Califórnia, 27 de outubro de 1964) foi um diretor de fotografia e cineasta, mais valorizado pelos filmes que fotografou do que pelos que dirigiu.[1][2][3]

Vida e carreira[editar | editar código-fonte]

Formado pela Universidade de Budapeste, Maté entrou para o mundo do cinema em 1919, como assistente de cameraman do húngaro Alexander Korda. Depois trabalhou em Viena e Berlim, com Karl Freund e Erich Pommer. Tornou-se diretor de fotografia em 1922, em filmes de Carl Theodor Dreyer e também de Fritz Lang e René Clair, sendo notado pelos efeitos inventivos e pelo modo como conseguia diferentes tipos de atmosfera e impacto.[2] Mudou-se para os Estados Unidos em 1935 e, pelos doze anos seguintes, continuou na cinematografia, pela qual recebeu cinco indicações ao Oscar. Promovido a diretor em 1947 pela Paramount Pictures, fez filmes de ação e suspense, geralmente divertidos, bem feitos e bonitos,[3] mas que nunca o tiraram do círculo dos realizadores médios.[2]

Entre os filmes em que sua fotografia tem um papel importante, estão Mikael, La passion de Jeanne d'Arc e Vampyr, todos de Dreyer, Liliom, de Lang, Dante's Inferno, Come and Get It, Stella Dallas, este de King Vidor, Foreign Correspondent, de Alfred Hitchcock, Sahara e Gilda.[2]

A carreira de diretor começou promissora, com os thrillers The Dark Past, D.O.A. e Union Station. A promessa não se cumpriu, mas ainda assim destacam-se o filme noir Second Chance e os faroestesThe Violent Men e The Rawhide Years.[2][3]

Maté também dirigiu vários episódios da série Letter to Loretta, apresentada por Loretta Young. Seus últimos trabalhos no cinema foram Il Dominatore dei Sette Mari, uma aventura com piratas produzida na Itália em 1962 e Aliki, drama romântico coproduzido no mesmo ano pela Grécia e Inglaterra. Aposentou-se a seguir e pouco tempo depois faleceu de ataque cardíaco, aos 66 anos de idade.

Premiações[editar | editar código-fonte]

Rudolph Maté foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia em cinco ocasiões sucessivas, mas nunca recebeu a estatueta:

Ano Filme Categoria Situação
1941 Foreign Correspondent Melhor Fotografia (Preto e Branco) Indicado
1942 That Hamilton Woman! Melhor Fotografia (Preto e Branco) Indicado
1943 The Pride of the Yankees Melhor Fotografia (Preto e Branco) Indicado
1944 Sahara Melhor Fotografia (Preto e Branco) Indicado
1945 Cover Girl Melhor Fotografia (Em Cores) Indicado

Filmografia (como diretor)[editar | editar código-fonte]

Ano Nome original Nome PT/BR Nome PT/PT Notas
1947 It Had to Be You Tem Que Ser Você Tinhas Que Ser Tu Codirigido por Don Hartman
1949 The Dark Past Passado Tenebroso
1950 D.O.A. Com as Horas Contadas Com as Horas Contadas
Union Station Rastro Sangrento Rasto Sangrento
No Sad Songs for Me Destino Amargo Destino Amargo
Branded A Marca Rubra A Marca Rubra
1951 The Prince Who Was a Thief O Príncipe Ladrão O Príncipe Ladrão
When Worlds Collide O Fim do Mundo Quando os Mundos Chocam
1952 Paula Coração de Mãe Paula, Coração de Mãe
The Green Glove A Luva de Ferro A Luva de Ferro
Sally and Saint Anne O Céu Está em Toda Parte A Casa do Avô
1953 Second Chance A Última Chance Cruel Perseguição
The Mississippi Gambler O Aventureiro do Mississippi O Aventureiro do Mississippi
Forbidden Lábios Que Mentem Amor Proibido
1954 The Black Shield of Falworth O Escudo Negro de Falworth O Escudo Negro
The Siege at Red River Corações Divididos O Último Cerco
1955 The Violent Men Um Pecado em Cada Alma Homens Violentos
The Far Horizons Aventura Sangrenta Horizontes Desconhecidos
1956 Miracle in the Rain O Amor Nunca Morre Milagre à Chuva
The Rawhide Years O Vício Singra o Mississippi Anos de Violência
Port Afrique Pecadoras de Porto África Port-Afrique
Three Violent People Trindade Violenta Esquece o Meu Passado
1958 The Deep Six Batalha Contra o Medo
1959 For the First Time Pela Primeira Vez
1960 The Immaculate Road
The Barbarians Revolta dos Bárbaros Coprodução ítalo-norteamericana
1962 The 300 Spartans Os Trezentos de Esparta Os Trezentos Espartanos
Il Dominatore dei Sette Mari O Pirata Real Codirigido por Primo Zeglio
Aliki Coprodução greco-inglesa

Referências

  1. FILHO, Rubens Ewald (2002). Dicionário de Cineastas. São Paulo: Companhia Editora Nacional 
  2. a b c d e QUINLAN, David The Illustrated Guide to Film Directors, Londres: Batsford, 1983 (em inglês)
  3. a b c KATZ, Ephraim, The Film Encyclopedia, 6.ª edição, Nova Iorque: HarperCollins, 2008 (em inglês)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FILHO, Rubens Ewald (2002). Dicionário de Cineastas. São Paulo: Companhia Editora Nacional 
  • KATZ, Ephraim, The Film Encyclopedia, 6.ª edição, Nova Iorque: HarperCollins, 2008 (em inglês)
  • QUINLAN, David The Illustrated Guide to Film Directors, Londres: Batsford, 1983 (em inglês)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]