Runas

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Alfabeto rúnico antigo (Futhark).
Pedra rúnica com runas do século XI em Skänninge, Suécia.
Osso com runas encontrado em Lund.
Codex Runicus - um pergaminho do séc. XIII com as Leis da Escânia
Sino da Igreja de Saleby, com inscrições rúnicas de 1228.

As runas são letras características, usadas para escrever nas línguas germânicas da Europa do Norte, principalmente na Escandinávia e nas ilhas Britânicas, desde o séc. II e até ao séc. XI. Estes caracteres têm sido encontrados em pedras rúnicas, e em menor número em ossos e peças de madeira, assim como em pergaminhos e placas metálicas.[1][2]

A versão escandinava é conhecida como Futhark (derivado das suas primeiras seis letras: 'F', 'U' 'Th', 'A', 'R', e 'K'), e a versão anglo-saxónica como Futhorc (um nome também com origem nas primeiras letras deste alfabeto).

As inscrições rúnicas mais antigas datam de cerca do ano 150, e o alfabeto foi substituído pelo alfabeto latino com a cristianização, por volta do século VI na Europa central e no século XI na Escandinávia.

Contudo, o uso de runas persistiu para propósitos especializados, principalmente na Escandinávia, na área rural da Suécia até ao início do século XX (usado principalmente para decoração e em calendários Rúnicos).

Além do alfabeto, a cultura germânica antiga possuía um calendário, cujo ano se iniciava no dia 29 de Junho, representado pela runa Feob.

Nota

Runemal era a arte do uso de alfabetos rúnicos para obter respostas, como um oráculo, instrumento usado pelos iniciados nesta arte desde o pré-cristianismo para o auto-conhecimento. Arte denominada de pagã pelo cristianismo.

Origem Mitológica das Runas

Contam as lendas vikings que os deuses moravam em Asgard, um lugar localizado no topo de Yggdrasil, a Árvore que sustenta os nove mundos. Nesta árvore, o deus Odin conheceu a sua maior provação e descobriu o mistério da sabedoria: as Runas. Alguns versos do Edda Maior, um livro de poemas compostos entre os séculos IX e XIII, contam esta aventura de Odin em algumas de suas estrofes:

Esta é a criação mítica das Runas, na qual o sacrifício de Odin (que logo depois foi ressuscitado por magia) trouxe para a humanidade essa escrita alfabética antiga, cujas letras possuíam nomes significativos e sons também significativos, e que eram utilizadas na poesia, nas inscrições e nas adivinhações, mas que nunca chegaram a ser uma língua falada.

Transliterar Rúnico

Rúnico

Latino

Complexo

Simplificado

F

F

V

V

U

U

Ʀ

Y

Y

W

W

Þ

TH

Ð

D

A

A

Ô

O

Â

A

Ō

O

Ŏ

O

Ó

O

Œ

Œ

R

R

K

K

K

G

G

Ŋ

NG

Ĝ

G

Ƿ

W

H

H

Ĥ

H

Ȟ

H

H

N

N

Ņ

N

N

I

I

E

E

J

J

Ǣ

Æ

Ă

A

Æ

Æ

P

P

Z

S

S

Š

S

Ş

S

C

C

Z

Z

T

T

Ţ

T

D

D

B

B

B

P

P

Ê

E

M

M

M

M

L

L

Ŀ

L

Nᵍ

NG

N̂ᵍ

NG

D

Ò

O

Ʀ̌

Ʀ̧

Ʀ̂

Q

Q

X

X

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+

+

Observação: Esta tabela ainda está em aperfeiçoamento, desculpe a imprecisão!

Referências

  1. «Runorna». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. 2004. p. 76. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  2. «runor». Norstedts uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 2007-2008. p. 1097. 1488 páginas. ISBN 9789113017136 

Ver também

Ligações externas

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