Sé de Portalegre

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Sé Catedral de Portalegre
Sé de Portalegre
Tipo
Estilo dominante Renascimento
Arquiteto Afonso Álvares
Início da construção 1556
Fim da construção 1575
Proprietário atual Estado Português
Função atual Religiosa
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
Ano 1910
DGPC 70707
SIPA 3772
Geografia
País Portugal
Cidade Portalegre
Coordenadas 39° 17' 28" N 7° 26' 1" O

A Sé de Portalegre, também designada por Catedral de Portalegre e Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Assunção, localiza-se na freguesia da Sé e São Lourenço, na cidade e no município de Portalegre, no Distrito de Portalegre, em Portugal.[1]

A Sé de Portalegre está classificada como Monumento Nacional desde 1910.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A construção da Catedral ficou a dever-se ao bispo Dom Julião de Alva, por ocasião da formação da Diocese de Portalegre. Os trabalhos tiveram início a 14 de Maio de 1556, em terrenos onde anteriormente se erguera a Igreja de Santa Maria do Castelo, embora já desde 1553, por Alvará de D. João III, tivessem começado as expropriações para o novo templo. Para o sucesso do novo empreendimento arquitectónico, Dom Julião de Alva contou, desde cedo, com o patronato régio, traduzido em financiamento para materiais e mão-de-obra.

O apoio concedido por D. João III e também pela rainha Dona Catarina a grandes empreendimentos arquitectónicos, como a Catedral de Portalegre, a de Elvas ou a de Leiria, conduziu à sua integração na grande corrente do Maneirismo reformado, caro aos gostos da coroa e um instrumento eficaz da Igreja pós-Trento. Estas razões explicam a sua forte implantação em território nacional e a sua longevidade em regiões do interior do país.

Nave principal da Catedral de Portalegre

Com projeto de Afonso Álvares, foi principiada em 1556. A sua última pedra, do fecho da abóbada, foi colocada em 1575, tendo sido concluída e consagrada no mesmo século.

Em 1795, por determinação do bispo D. Manuel Tavares, foi restaurada, datando deste período a sua atual feição. Na ocasião, ampliou ainda o Paço Episcopal, ergueu uma edificação própria para o Cartório da Casa Eclesiástica e mandou edificar a Igreja de São Tiago.

Maria II de Portugal ofereceu à Sé de Portalegre um sino fundido em Estremoz.

Com início em fevereiro de 2021, foi sujeita a obras de reabilitação do edifício em si mesmo e do património móvel e integrado (restauro dos retábulos, pinturas, imagens, azulejos etc) que o enriquece[3].

O monumento voltou a abrir as suas portas em 16 de Março de 2023, após as obras de reabilitação que envolveram um investimento de 3,5 milhões de euros. As intervenções abrangeram o edifício, claustros, espaço anexos e a conservação e restauro dos retábulos das 12 capelas interiores da Sé e da Capela de São Tiago. Durante as obras, foram ainda encontradas pinturas em murais que datam dos finais dos séculos XVI, XVII e XVIII nas capelas.[4]

Características[editar | editar código-fonte]

Interior.

O edifício apresenta 28 janelas e a frontaria elementos dos séculos XVI, XVII e XVIII. A fachada lateral norte é constituída por seis pilastras; a lateral sul é em tudo semelhante, estando, no entanto, virada para o claustro. Cada torre tem quatro olhais com arcos de volta redonda onde se encontram os sinos.

O interior é repartido por três naves, com abóbadas de berço, arcos redondos e nervuras. O Altar-Mor compõe-se de um retábulo de oito painéis. À direita fica a Capela do Santíssimo e à esquerda a de São Pedro. Os púlpitos são de pedra mármore, bem como as grades que ficam em frente da capela principal.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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