Sérgio Lima

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura pelo quadrinista brasileiro, veja Sérgio Lima (quadrinista).
Sérgio Lima
Master of Surrealism, or true savage.
Nascimento 1939 (85 anos)
Pirassununga,  Brasil
Prémios Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1985)
Género literário Poesia

Sergio Cláudio de Franceschi Lima (Pirassununga, 1939) é um poeta, artista plástico e pensador brasileiro. É filho do pintor Heros Lima.

Obteve o título de Doutor em Letras, pela FFLCH-USP, na área de Literatura Brasileira, com a tese "Surrealismo - Polêmica de sua Recepção no Brasil Modernista".

Obra[editar | editar código-fonte]

Como poeta, Sergio Lima distingue-se pela ligação direta com o surrealismo. Seu primeiro livro (Amore) foi mencionado pelo periódico francês La Brèche - Action Surréaliste, dirigido por André Breton, em fevereiro de 1965.

É considerado o maior especialista em surrealismo no Brasil, tendo escrito diversas obras de referência sobre o assunto. Desde os anos 60 mantém ativo o soi-disant Grupo Surrealista de São Paulo, formado em torno de si, com a participação de diversos nomes representativos da literatura e da arte brasileiras ao longo de quase cinco décadas de atuação. Do Grupo Surrealista de São Paulo fizeram parte, em algum momento: Leila Ferraz, Raul Fiker, Nelson Guimarães de Paula, Floriano Martins, Claudio Willer, Marcus Salgado, Alex Januário, entre outros. Nos anos 70, integrou o importante Grupo Phases, liderado por Edouard Jaguer.

Estreou em 1960, com o texto "A planície verde", publicado no primeiro número da revista de cinema e literatura "Delírio", criada em companhia de Gustavo Dahl, Rudá de Andrade, Fernando Seplinski e Jean-Claude Bernardet.

Em 1967, organizou a XIII Exposição Internacional do Surrealismo, na FAAP, em São Paulo, com auxílio de Flávio de Carvalho, de que resultou o primeiro número da revista A Phala. O segundo número foi publicado em 2013, sob direção de Sergio Lima, contendo as pranchas com as frottages de "Retorno ao selvagem", realizadas em 1957.

Como crítico e ensaísta, escreveu em vários periódicos brasileiros e estrangeiros: Status, Arte em São Paulo, Organon, Imaginário, Revista de Cultura e Mídia, Salamandra, Union Libre, Con-Texto etc.

Seus trabalhos estão incluídos em antologias e coletâneas, no Brasil e em outros países.

Ministrou inúmeros cursos e palestras e coordenou oficinas literárias em universidades, casas de cultura e outras instituições.

Principais obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Amore. São Paulo: Massao Ohno, 1963.
  • A Phala: Revista do Movimento Surrealista Internacional. São Paulo: Faap, 1967.
  • O corpo significa. São Paulo; Edart, 1976.
  • A festa deitada. São Paulo: Quíron, 1976.
  • Collage em nova superfície: Textos sobre a re-utilização dos resíduos (impressos) do registro fotográfico. São Paulo: Massao Ohno: Parma: Raul di Pace, 1984.
  • A alta licenciosidade. São Paulo; Edição do Autor, 1985.
  • Aluvião Rei. Lisboa: &etc, 1992.
  • A Aventura Surrealista - Tomo I. Campinas: Unicamp: São Paulo: Unesp, 1995.
  • Poemas Tableaux. Vila Nova de Famalicão: Centro de Estudos do Surrealismo, 2007.
  • Retorno ao Selvagem. Vila Nova de Famalicão: Centro de Estudos do Surrealismo, 2007.
  • O Olhar Selvagem: O Cinema dos Surrealistas. São Paulo: Algol, 2008.
  • Cantos à Mulher Nocturna. Coimbra: Edições Debout sur l´oeuf, 2009.
  • A Aventura Surrealista - Tomo II. Sâo Paulo: Editora da USP, 2010.
  • Secrets in Red and Green (em parceria com o fotógrafo norte-americano Richard Misiano-Genovese). New York: La Belle Inutile, 2013.
  • A Phala 2: Revista do Movimento Surrealista. Sevilla: Publidisa, 2013.
  • O rasgo absoluto. Coimbra: Edições Debout sur l´oeuf, 2016.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]