Série 1100 da CP

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Série 1100
Série 1100 da CP
Locotractora 1104, preservada com o esquema de cores original no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento.
Descrição
Propulsão Diesel-elétrico
Fabricante General Electric
Locomotivas fabricadas 12
Tipo de serviço Via e manobras
Características
Bitola Bitola ibérica
1 668 mm (5,47 ft)
Operação
Ano da entrada em serviço 1949
Unidades preservadas 1
Locotractora 1106 no Barreiro, em 1993

A Série 1100 refere-se a um tipo de locotractora, que esteve ao serviço da companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.

História[editar | editar código-fonte]

No finais da Década de 1940, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses iniciou um programa para renovar a sua frota, através da encomenda de material circulante americano a gasóleo, incluindo doze locotractoras à firma General Electric.[1]

Em 1 de Abril de 1949, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que já tinham chegado mais quatro unidades desta série, que tinham sido transportados a bordo do vapor Ribeira Grande, da Companhia de Navegação Carregadores Açorianos.[1] Já tinham entrado nas oficinas da companhia em Campolide, prevendo-se a sua entrada ao serviço dentro de cerca de dois meses.[1]

Uma das locotractoras desta série fez parte de uma exposição nas oficinas do Barreiro, durante a Reunião Internacional dos Caminhos de Ferro, realizada em Lisboa entre 1 e 3 de Junho de 1949.[2]

Em 30 de Junho desse ano, foi organizada uma viagem especial entre Campolide e Sintra, para testar uma das locotractoras desta série.[3] A bordo do comboio viajou o director geral, Roberto de Espregueira Mendes, e outros funcionários da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[3]

A unidade número 1104 foi repintada com o esquema de cores original, em tons verdes, para ser exposta no Museu Nacional Ferroviário.[4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Cada unidade possuía dois motores, totalizando uma potência de 380 C.V., podendo atingir uma velocidade máxima de 50 Km/h.[3] Cada locotractora pesava cerca de 50 T.[1] Utilizavam transmissão eléctrica, o que facilitava as operações de manobras e reduzia as despesas de manutenção.[1] Este tipo de locotractora foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido utilizadas para rebocar os primeiros vagões de mercadorias desembarcados após a Batalha da Normandia, e depois durante o avanço aliado na França, Bélgica e Alemanha, tendo recebido grandes elogios pela sua eficiência.[1]

Foram encomendadas principalmente para assegurar as manobras do material circulante no interior das estações, e para rebocar comboios mistos em linhas secundárias.[1]

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

  • Informações diversas
  • Características gerais
  • Motor diesel de tracção
    • Potência de utilização: 190 Cv[4]

Referências

  1. a b c d e f g «Novo material para a C. P.» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1471). 1 de Abril de 1949. p. 248. Consultado em 8 de Setembro de 2018 
  2. «Comissão Permanente da Associação Internacional dos Congressos de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1476). 16 de Junho de 1949. p. 407-417. Consultado em 8 de Setembro de 2018 
  3. a b c «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1478). 16 de Julho de 1949. p. 470. Consultado em 8 de Setembro de 2018 
  4. a b c d e f ERUSTE, Manuel Galán (1998). «Exposición ferroviaria: 50 Años de la Traccion Diesel en Portugal». Maquetren (em espanhol). 6 (71). Madrid: Revistas Profesionales. p. 19 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]



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