Sérvia (sítio arqueológico)

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 Nota: Para a vila grega, veja Sérvia (Grécia). Para o país, veja Sérvia.
Sérvia
Sérbia
Σέρβια
Localização atual
Sérvia está localizado em: Grécia
Sérvia
Localização do sítio de Sérvia
Coordenadas 40° 11' 09" N 22° 0' 10" E
País  Grécia
Região Macedônia Ocidental
Unidade regional Cozani
Localidade mais próxima Sérvia
Dados históricos
Fundação Neolítico Médio (ca. 5 000 a.C.)
Abandono Idade do Bronze Antiga
Início da ocupação Neolítico Médio
Condições atuais submerso
Notas
Acesso público Não

Sérvia ou Sérbia (em grego: Σέρβια) é um sítio arqueológico localizado próximo à vila homônima, na unidade regional de Cozani, Grécia. Seu registro arqueológico remonta ao Neolítico Médio, com datação aproximada para c.5 000 a.C. Esteve ocupado por séculos até ser abandonado no Neolítico Tardio, porém aproximadamente 1 000 anos depois, na Idade do Bronze Antiga, voltou a ser ocupado. Atualmente se encontra submerso no lago artificial de Polífito.

História[editar | editar código-fonte]

A vila de Sérvia deu seu nome a um assentamento pré-histórico situado na antiga ponte que atravessou o rio Haliácmo a oeste e agora está submerso no lago Polífito. Foi relatado pela primeira vez por Alan John Bayard Wace e escavado pela primeira vez pela Escola Britânica de Atenas sob a direção de Walter Heurtley em 1930.[1] Escavações foram conduzidas pelo Serviço Arqueológico Grego e a Escola Britânica de Atenas[2] sob a direção de Aikaterina Rhomiopoulou e Cressida Ridley entre 1971 e 1973.[3][4]

O sítio é um monte baixo criado por detritos de fases sucessivas de ocupação humana, começando no Neolítico Médio antes de 5 000 a.C.. Os edifícios quadrados e retangulares, de um ou dois andares, foram enquadrados com massivos postes de carvalho e os muros foram criados com pau a pique. A clássica cerâmica vermelho em creme dessa fase[5] está intimamente relacionada com aquela encontradas nos sítios de Sesclo e Aquileu. As formas típicas são barracas de frutas, tigelas rasas e taças. Ferramentas em pedra e osso são frequentes, enquanto ornamentos de pedra e conchas marinhas (Spondylus gaederopus e Glycimeris) são quase frequentes.[3][4]

A ocupação continuou por 1 000 anos até os primeiros estágios do Neolítico Tardio, caracterizado por cerâmica preta polida e verde-no-verde. Fragmentos ocasionais de cerâmicas de outros estilos, junto de peças ocasionais de obsidiana de Melos, mostram que comércio a longa distância tinha sido estabelecido com a costa da Tessália e Macedônia Oriental. Após um longo intervalo, a ocupação recomeçou na Idade do Bronze Antiga (3 000 a.C.) com o repertório cerâmico sugerindo uma orientação cultural em direção à Macedônia Central em vez da Tessália.[3] Estudos paleobotânicos de sementes e outros restos vegetais recuperados de todos os períodos no sítio e estudados por R. Housely e R. Hubbard fornecem importante informação sobre práticas agriculturais gregas precoces.[4]

Referências

  1. Heurtley 1939, p. 43-56.
  2. «Obituary: Cressida Ridley» (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2015 
  3. a b c «Servia, Greek Macedonia: Research and Publication - Introdution» (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2015 
  4. a b c Ridley 1979, p. 185-230.
  5. «Discoveries at Servia in Western Macedonia: 2» (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2015 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Heurtley, W. A. (1939). Prehistoric Macedonia. Cambridge: Cambridge University Press 
  • Ridley, C.; Wardle, K. A. (1979). «Rescue Excavations at Servia 1971-73: a preliminary report». Londres. Anuário da Escola Britânica de Atenas. 74