Sítio arqueológico de Queimada

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O sítio arqueológico de Queimada localiza-se no lugar de mesmo nome, na freguesia de Ovil, Baião, em Portugal.

O sítio encontra-se onde começa um estradão que, a partir da estrada de Baião para Mesão Frio, sobe para o planalto da serra da Aboboreira e o cruza, dando acesso aos múltiplos monumentos da necrópole megalítica da Aboboreira. Neste lugar, na subida inicial do estradão, foram encontradas nove fossas abertas no saibro (da Idade do Bronze) e nove buracos de poste.

Queimada fica no lugar onde existiu antes a povoação de S. Tiago de Valverde, que foi destruída (e queimada) durante a retirada das tropas francesas de Soult, ao fim da segunda invasão francesa, em Abril de 1809. A cidade de Amarante resistiu quatorze dias, até 2 de Maio, tentando impedir-lhes a fuga para o Minho.

Fossas de Monte Calvo e Vale da Quintela[editar | editar código-fonte]

A subida inicial do estradão que sobe para a Aboboreira, a partir da estrada de asfalto que atravessa Queimada, contorna e atravessa uma pequena elevação chamada Monte Calvo e passa depois pelo chamado Vale de Quintela, antes de entroncar no estradão que provém de Loivos do Monte.

A cerca de 700 metros da estrada de asfalto, nota-se à direita um muro feito para proteger as primeiras três fossas que foram descobertas, em 1978, aquando do melhoramento do estradão, das quais duas foram cortadas e a terceira posteriormente identificada, apresentando uma forma sub-esférica. A dificuldade de atribuir funções a estas fossas, que são parecidas com outras encontradas na Bouça do Frade, levou a pressupor tratarem-se de sepulturas, cuja ausência de restos ósseos seria atribuída à acidez dos solos. No seu interior recolheu-se algum espólio, com predomínio para os fragmentos cerâmicos, embora de dimensões muito pequenas e incaracterísticas, e materiais líticos.

A escavação prosseguiu igualmente no Vale de Quintela (41º 12' 8" N, 7º 59' 24" W), situado a 400 metros a nordeste da estação de Monte Calvo onde foi descoberto um outro conjunto de 3 fossas, à esquerda do estradão.

Em 1980-1981, a escavação no Monte Calvo permitiu verificar a existência de mais de nove buracos de poste e seis fossas. Uma das fossas (fossa 4) foi integralmente escavada e revelou uma morfologia tronco-cónica, bastante irregular.

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