Sacerdócio

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Sacerdócio (do latim sacer, que significa "sagrado" e dos, dotis "dom") é a condição de pessoas que executam as cerimônias de determinada religião.

Considerações gerais

Dependendo da religião e da forma que ela procede, aquele que deseja entrar num determinado sacerdócio deverá ter certos pré-requisitos como diploma em teologia e de outros cursos específicos. Provavelmente terá que professar votos tais como o de castidade. Entre outras recomendações. A maioria não aceita mulheres no desempenho dessas funções ou seu nível hierárquico dentro do sacerdócio é limitado.

A hierarquia existe em todos os sacerdócios e cada religião tem seus líderes, com deveres, vestuário, ritos e forma de transmissão do ofício sacerdotal. A transmissão pode através de castas, hereditário ou eletiva.

Nas religiões estruturadas, as funções sagradas — como a oferta de dons e sacrifícios pelos pecados — são exercidas por aqueles que receberam o sacerdócio ou acreditam tê-lo recebido.

Religiões contemporâneas

Hinduísmo

O sacerdócio no hinduísmo é exercido por uma casta: os brâmanes. O termo brâmane significa literalmente "aquele que realizou a divindade". A maioria dos Brâmanes é conhecida por praticarem um vegetarianismo rígido, apesar de, atualmente, a prática ser baseada de acordo com a região. Eles são responsáveis pelos rituais e constituem a camada mais respeitada da sociedade.

Judaico-cristianismo

Judaísmo

"Autoridade e poder concedidos por Deus ao homem para agir em todas as coisas relacionadas com a salvação da humanidade..."[1]

Os portadores desse ofício no judaísmo devem ser chamados por Deus como foi Aarão (Heb. 5:4); não se toma essa honra para si, tal como Aarão que recebeu o sacerdócio pela imposição de mãos de Moisés, seu irmão. Aarão foi chamado por revelação e recebeu o Sacerdócio de quem o possuía.[carece de fontes?]

Cristianismo

No Cristianismo, Jesus Cristo é o sumo sacerdote por excelência, o mediador entre Deus e o homem, Aquele que intercede a nosso favor. Pode definir-se como o poder e autoridade de Deus concedido aos homens para o ministério da palavra e para pastorear o rebanho de Deus. Quando devidamente comissionado (‘ungido’) por Jesus Cristo, através de profetas (videntes, ou ‘reveladores’), que também tenham sido chamados por Deus, por profecia, por revelação e pela imposição de mãos, tal como os apóstolos originais de Jesus Cristo, como o foram Pedro, Tiago e João.

Protestantismo

O ofício sacerdotal separado inexiste. O título é atribuído a Jesus Cristo, com seu Sacerdócio imutável (Hebreus 7:24), e analogamente a todos os fiéis, pois os convertidos, por intermédio de Jesus Cristo, podem oferecer a Deus, sacrifícios espirituais, como fruto de lábios que confessam seu nome (Hebreus 13:15 e I Pedro 2:5).

Religiões antigas

Egito

No antigo Egito não existiu uma estrutura sacerdotal centralizada; cada deus possuía um grupo de homens e mulheres dedicados ao seu culto. O termo mais comum para designar um sacerdote em egípcio era hem-netjer, o que significa "servo de deus".

O clero egípcio estava estruturado de forma hierárquica. O rei era em teoria o líder de todos os cultos egípcios, mas como já foi referido este delegava o seu poder a outro homem, o sumo sacerdote, que na hierarquia era seguido do segundo sacerdote, por sua vez seguido do terceiro e quartos sacerdote. O grupo seguinte era o dos "pais divinos" e dos "puros". Existiam também os sacerdotes leitores, os que calculavam o momento ideal para realizar um determinada cerimónia através da observação do sol ("horólogos") e os que determinavam os dias fastos e nefastos ("horóscopos"). Finalmente, pode distinguir-se um grupo dedicado aos serviços de manutenção do templo (imiu-seté).

Ver também

Sacerdote

Notas

  1. «Sacerdócio», Guia de Estudo das Escrituras, p. 186 .

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