Satélites de Júpiter

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Júpiter e seus quatro maiores satélites

Esta é a lista de satélites de Júpiter. Júpiter possui 95 satélites confirmados,[nota 1] o segundo maior número "seguro" de satélites entre os oito planetas do Sistema Solar.[6] Os quatro satélites mais massivos, os satélites de Galileu, foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei, e foram os primeiros objetos descobertos pela humanidade em órbita de outro corpo que não a Terra ou o Sol. Desde o final do século XX, vários satélites menores foram descobertos, todos recebendo nomes de amantes, conquistas ou filhas do deus romano Júpiter, ou do equivalente grego, Zeus. Os quatro satélites de Galileu são facilmente os maiores corpos em órbita do planeta, com todos os demais satélites mais os anéis de Júpiter sendo responsáveis por apenas 0,003% da massa em torno do planeta.

Oito dos satélites de Júpiter são regulares, com órbitas prógradas e quase circulares, de baixa inclinação em respeito ao plano equatorial de Júpiter. Os satélites de Galileu estão em equilíbrio hidrostático, e seriam considerados planetas anões se estivessem em órbita em torno do Sol. Os outros quatro satélites regulares são muito menores e mais próximos do planeta, e servem como fonte de poeira dos anéis jupiterianos.

Os outros satélites de Júpiter são "irregulares", cujas órbitas, prógradas ou retrógradas, estão significantemente mais longe do planeta, e possuem maiores inclinações e excentricidades orbitais. Estes satélites eram provavelmente corpos menores que foram capturados pelo planeta. 30 satélites foram descobertos desde 2003 e ainda não receberam nome.

Características[editar | editar código-fonte]

As características físicas dos satélites de Júpiter variam significantemente. Os quatro satélites de Galileu todos possuem mais de 3 000 km de diâmetro. O maior satélite do planeta, Ganímedes, é o maior satélite natural do Sistema Solar, bem como o maior (tanto em tamanho quanto em massa) depois dos oito planetas, sendo maior em diâmetro do que Mercúrio.[7] Todos os outros satélites de Júpiter possuem menos de 250 km de diâmetro, com a maioria ligeiramente ultrapassando a marca de 5 km. Os formatos das órbitas dos satélites variam de círculos quase perfeitos e poucos inclinados a elipses altamente excêntricas e inclinadas, com vários satélites orbitando na direção oposta do sentido de rotação do planeta. O período orbital dos satélites jupiterianos varia entre sete horas (ou seja, menos do que o período de rotação do planeta) a períodos 3 000 vezes mais longos (ou seja, quase três anos terrestres).

Origem e evolução[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que os satélites regulares de Júpiter tenham sido formados através de um disco circumplanetário, este sendo um disco de gás e poeira em acreção, um processo análogo ao de um disco protoplanetário.[8][9] Os satélites podem ser os remanescentes de um número de satélites similares que formaram-se no início da história do planeta.[8][10]

Simulações sugerem que, embora o disco tenha possuído uma massa relativamente baixa, que ao longo do tempo uma fração substancial (na ordem de várias dezenas de %) da massa de Júpiter capturada da nebulosa solar foi processado pelos satélites em formação. Porém, para explicar a origem dos atuais satélites regulares, um disco contendo uma massa de apenas 2% a de Júpiter é necessária.[8] Visto assim, é provável que várias gerações de satélites contendo massas similares aos dos atuais satélites de Galileu tenham existido anteriormente. Cada geração de satélites teria impactado com o planeta, devido à fricção com o disco, e com novos satélites formando-se através de material recém-capturado pelo planeta, proveniente da nebulosa solar.[8] Quando a atual geração (possivelmente a quinta) formou-se, a densidade do disco teria diminuído de tal forma que não teria interferido significantemente com as órbitas dos satélites.[10] Mesmo assim, os satélites de Galileu foram afetados pelo disco, com a distância dos satélites e Júpiter diminuído. Tais satélites foram protegidos parcialmente por uma ressonância orbital, que ainda existe no presente (de 4:2:1) entre Io, Europa e Ganímedes. A massa maior de Ganímedes, relativo aos outros satélites, significaria que o primeiro teria migrado em direção ao planeta mais rapidamente do que Europa ou Io.[8]

Acredita-se que os satélites exteriores, irregulares, tenham sido asteroides que foram capturados por Júpiter durante o período no qual o disco deste ainda era denso e massivo o suficiente para absorver uma parcela significante do momento destes asteroides, o suficiente para capturá-las em órbitas em torno do planeta. Vários partiram-se devido ao estresse sofrido durante a captura, ou posteriormente, em colisões com outros corpos pequenos, produzindo as famílias de satélites atuais.[11]

História[editar | editar código-fonte]

Júpiter e os satélites de Galileu vistos em um telescópio.
Os quatro satélites de Galileu. Da esquerda para direita, em ordem crescente de distância em relação a Júpiter: Io, Europa, Ganímedes e Calisto.

A primeira possível observação de um dos satélites de Júpiter foi realizado pelo astrônomo chinês Gan De, em 364 a.C.[12] Porém, a primeira observação dos satélites, sem incertezas, foi feita por Galileu Galilei em 1609.[13] Em março de 1610, Galileu já tinha observado Io, Europa, Ganímedes e Calisto, com seu telescópio de magnificação 30x.[14] Simon Marius argumentou que ele havia descoberto independentemente os quatro satélites durante o mesmo período, embora foi acusado por Galileu de plagiarismo; visto que Marius publicou tal descoberta quatro anos após Galileu, em 1614, o último é no geral creditado como o único descobridor dos quatro satélites.

Nenhum satélite adicional foi descoberto até que Edward Emerson Barnard descobriu Amalteia em 1892.[15] Com a ajuda de fotografia telescópica, novas descobertas foram rapidamente realizadas ao longo do século XX. Himalia foi descoberto em 1904,[16] Elara em 1905,[17] Pasife em 1908,[18] e Sinope em 1914,[19] com Lisiteia e Carme sendo descobertas em 1938,[20] Ananke em 1951,[21] e Leda em 1974.[22] Quando as sondas espaciais Voyager alcançaram Júpiter em 1979, 13 satélites haviam sido descobertos, enquanto que Temisto havia sido observado em 1975,[23] embora devido à falta de dados de observações iniciais, tinha sido perdida até 2000. As sondas Voyager descobriram três satélites interiores em 1979: Métis, Adrasteia e Tebe.[24]

Por duas décadas nenhum satélite adicional foi descoberto, porém, entre outubro de 1999 e fevereiro de 2003, pesquisadores utilizando detectores baseados na Terra encontraram 32 satélites, a maioria dos quais - 23 - foram descobertos por uma equipe liderada por Scott S. Sheppard e David C. Jewitt.[25] Todos estes satélites são pequenos, possuindo órbitas altamente excêntricas, geralmente retrógradas, e possuindo cerca de 3 km de diâmetro, com o maior possuindo 9 km de diâmetro. Acredita-se que todos estes satélites tenham sido capturados pelo planeta, embora esta hipótese não tenha sido confirmada. Em 2010 e 2011 quatro novos satélites foram descobertos. Outras duas descobertas foram feitas em 2016 e 2017, aumentando o número de satélites descobertos para 69, o maior número entre todos os planetas do Sistema Solar, com outros satélites pequenos, ainda não descobertos, podendo existir.

Nomenclatura[editar | editar código-fonte]

Galileu havia originalmente nomeado os quatro satélites descobertos por ele de "estrelas de Médici". Porém, Marius propôs o uso de Io, Europa, Ganímedes e Calisto, nomes de quatro amantes de Zeus.[26] Porém, a nomenclatura de Marius não foi utilizada até o século XX. Galileu, que havia rejeitado a nomenclatura proposta por Marius, inventou o sistema de numeração dos satélites, utilizando números romanos, chamando Io, Europa, Ganímedes e Calisto de Júpiter I, Júpiter II, Júpiter III e Júpiter IV, respectivamente. O uso de "primeiro satélite de Júpiter", "segundo satélite de Júpiter", e aí em diante, também foi utilizada.[26] Os atuais nomes dos satélites de Galileu tornaram-se populares no século XX, quando outros satélites (Júpiter V - Júpiter XII) foram descobertos (e não ainda nomeados).[27] Em uma convenção popular, mas não-oficial, Júpiter V, descoberto em 1892, foi nomeada de "Amalteia", utilizada pela primeira vez pelo astrônomo Camille Flammarion.[25]

Os outros satélites, na maioria da literatura astronômica, eram referidos simplesmente pelo seu numeral romano (por exemplo, Júpiter X) até a década de 1970.[28] Em 1975, a União Astronômica Internacional deu nomes oficiais para os satélites V-XIII,[29] e criou um processo formal de nomenclatura para futuros satélites descobertos.[29] Segundo a União Astronômica Internacional, os novos satélites de Júpiter devem ser nomeados em homenagem a amantes do Deus romano Júpiter, ou o equivalente grego, Zeus, e desde 2004, também em homenagem aos seus descendentes.[30] Todos os satélites de Júpiter a partir do XXXIV (Euporia) são nomeados a partir de filhas de Júpiter ou Zeus.[30]

Alguns asteroides possuem os mesmos nomes que satélites de Júpiter: 9 Métis, 38 Leda, 52 Europa, 85 Io, 113 Amalteia, e 239 Adrastea. Outros dois asteroides possuíam o mesmo nome que satélites de Júpiter, até que a União Astronômica Internacional mudou levemente o nome dos primeiros, em caráter permanente, para 1036 Ganymed e 204 Kallisto.

Grupos[editar | editar código-fonte]

As órbitas dos satélites irregulares de Júpiter, e dos agrupamentos destes: por eixo semi-maior (o eixo horizontal em Gm); pela inclinação orbital (o eixo vertical); e pela excentricidade (linhas amarelas). Os tamanhos relativos são indicados pelos círculos.

Satélites regulares[editar | editar código-fonte]

Estes estão divididos em dois grupos:

  • O grupo Amalteia ou satélites interiores é composto por satélites que orbitam muito próximos a Júpiter: Métis, Adrasteia, Amalteia e Tebe, organizados em ordem crescente de distância do planeta. Os dois primeiros orbitam em torno do planeta em menos de um dia jupiteriano, enquanto que os dois últimos são respectivamente o quinto e o sétimo maiores satélites do sistema jupiteriano. Observações sugerem que Amalteia, e possivelmente outros membros do grupo, não formou-se na órbita atual, mas sim mais longe do planeta, ou que é um corpo menor capturado pelo planeta.[31] Estes satélites, bem como um número de satélites interiores não descobertos, reabastecem e mantém o sistema de anéis jupiterianos. Métis e Adrasteia ajudam a manter o principal anel, enquanto que Amalteia e Tebe mantém cada uma seu próprio sistema de anéis.[32][33]
  • Satélites de Galileu ou grupo principal é composto pelos quatro maiores satélites de Júpiter: Io, Europa, Ganímedes e Calisto, organizados em ordem crescente de distância do planeta. Os quatro possuem diâmetros maiores do que qualquer planeta anão descoberto, e Ganímedes é o objeto mais massivo do Sistema Solar, quando o Sol e os oito planetas não são incluídos, além de possuir um diâmetro maior do que Mercúrio. Respectivamente o quarto, sexto, primeiro e terceiro maior satélite do Sistema Solar, os quatro em conjunto agrupam 99,999% da massa em torno de Júpiter. Enquanto isto, este possui uma massa 5 mil vezes maior do que a dos quatro satélites de Galileu em conjunto. [nota 2] Os três primeiros possuem uma ressonância orbital de 1:2:4. Modelos sugerem que os quatro satélites formaram-se via a acreção lenta de material na subnebulosa jupiteriana de baixa densidade - um disco de gás e poeira que existiu em torno do planeta após sua formação, e que durou até 10 milhões de anos, no caso de Calisto.[35]

Satélites irregulares[editar | editar código-fonte]

Os satélites exteriores de Júpiter e suas órbitas altamente inclinadas

Os satélites irregulares de Júpiter são substancialmente menores do que os satélites regulares, possuindo órbitas mais distantes e excêntricas. Estes satélites formam famílias que possuem parâmetros orbitais similares (tais como eixo semi-maior, inclinação e excentricidade) e composição. Acredita-se que estes grupos sejam, ao menos parcialmente, famílias dinâmicas que foram criados quando os corpos maiores (embora ainda relativamente pequenos) originais foram despedaçados em pedaços menores via impactos de asteroides capturados pelo campo gravitacional do planeta. Estas famílias possuem os nomes de seus maiores membros. Embora não exista um consenso rígido distinguindo uma família das outras, estas são tipicamente identificadas como:[36][37][38]

Temisto é o satélite irregular mais próximo do planeta, e não faz parte de qualquer família conhecida.[36][37]
  • Os membros do grupo Himalia estão dispersos em um 1,4 Gm relativo ao seus eixo semi-maiores, possuem uma diferença de 1,6° de inclinação (média de 27,5° ± 0,8°) e excentricidades variando entre 0,11 e 0,25. Cientistas sugeriram que este grupo poderia ser um remanescente da desintegração de um asteroide capturado proveniente do cinturão de asteroides.[37]
  • Carpo é o satélite prógrado mais distante do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida.[36]
Satélites retrógrados: inclinações em ° contra excentricidade, com os grupos de Carme e Anake identificados.
  • Satélites retrógrados:
    • S/2003 J 12 é o satélite retrógrado mais próximo do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida.
  • As órbitas dos satélites do grupo Carme estão dispersos sob uma distância de apenas 1,2 Gm em eixo semi-maior, possuindo uma diferença média de 1,6° em inclinação (165,7 ± 0,8°), e excentricidades variando entre 0,23 e 0,27. São bastante homogêneos em cor (possuindo uma cor vermelha clara). Acredita-se que sejam provenientes da desintegração de um asteroide tipo D, possivelmente um troiano de Júpiter.[39]
  • Os satélites do grupo Ananke estão dispersos em uma distância maior do que os grupos anteriores - 2,4 Gm no eixo semi-maior - possuindo também maiores diferenças médias de inclinação (8.1°, variando entre 145,7°, 154,8°), e excentricidades (que variam entre 0,25 e 0,43). A maioria possuem uma cor cinza. Acredita-se que sejam provenientes da desintegração de um asteroide capturado.[39]
  • Os satélites do grupo Pasife são significantemente dispersos um dos outros, em uma distância de 1,3 Gm, inclinações entre 144,5° and 158,3°, e excentricidades variando entre 0,25 and 0,43.[39] Suas cores também variam significantemente, do vermelho para cinza, podendo ter sido o resultado de várias colisões múltiplas. Sinope, por vezes incluída no grupo Pasife,[39] é vermelho, porém, dado sua diferença de inclinação, pode ter sido capturado independentemente.[37] Pasife e Sinope também possuem uma ressonância secular com Júpiter.[40]
  • S/2003 J 2 é o satélite mais longínquo do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida.

Tabela[editar | editar código-fonte]

Os satélites de Júpiter estão listados abaixo por ordem crescente de período orbital. Os satélites que possuem massa suficiente para colapsarem em uma esfera estão em negrito. Estes são os quatro satélites de Galileu, que são comparáveis em tamanho e massa com a Lua da Terra. Os quatro satélites interiores são muito menores. Os satélites irregulares estão em cinza quando prógrados e cinza escuro quando retrógrados.

Ordem
[nota 3]
Número
[nota 4]
Nome Imagem Diâmetro
(km)[nota 5]
Massa
(×1016 kg)
Eixo semi-maior
(km)[41]
Período orbital
(d)[41][nota 6][nota 7]
Inclinação
(°)[41]
Excentricidade
[36]
Descoberta
[25]
Descobridor
[25]
Grupo
[nota 8]
1 XVI Métis
60×40×34 ~3,6 127 690 +7h 4m 29s 0,06°[42] 0,000 02 1979 Synnott
(Voyager 1)
Amalteia
2 XV Adrasteia
20×16×14 ~0,2 128 690 +7h 9m 30s 0,03°[42] 0,001 5 1979 Jewitt
(Voyager 2)
Amalteia
3 V Amalteia
250×146×128 208 181 366 +11h 57m 23s 0,374°[42] 0,003 2 1892 Barnard Amalteia
4 XIV Tebe
116×98×84 ~43 221 889 +16h 11m 17s 1,076°[42] 0,017 5 1979 Synnott
(Voyager 1)
Amalteia
5 I Io
3 660,0×3 637,4
×3 630,6
8 900 000 421 700 +1,769 137 786 0,050°[42] 0,004 1 1610 Galilei Galileu
6 II Europa
3 121,6 4 800 000 671 034 +3,551 181 041 0,471°[42] 0,009 4 1610 Galilei Galileu
7 III Ganímedes
5 262,4 15 000 000 1 070 412 +7,154 552 96 0,204°[42] 0,001 1 1610 Galilei Galileu
8 IV Calisto
4 820,6 11 000 000 1 882 709 +16,689 018 4 0,205°[42] 0,007 4 1610 Galilei Galileu
9 XVIII Temisto 8 0,069 7 393 216 +129,87 45,762° 0,211 5 1975/2000 Kowal & Roemer/
Sheppard et al.
Temisto
10 XIII Leda 16 0,6 11 187 781 +241,75 27,562° 0,167 3 1974 Kowal[43] Himalia
11 VI Himalia 170 670 11 451 971 +250,37 30,486° 0,151 3 1904 Perrine Himalia
12 X Lisiteia 36 6,3 11 740 560 +259,89 27,006° 0,132 2 1938 Nicholson Himalia
13 VII Elara
86 87 11 778 034 +261,14 29,691° 0,194 8 1905 Perrine Himalia
14 Dia 4 0,009 0 12570424 +287,93 27.584° 0.205 8 2001 Sheppard et al. Himalia?
15 XLVI Carpo 3 0,004 5 17 144 873 +458,62 56,001° 0,273 5 2003 Sheppard et al. Carpo
16 S/2003 J 12 1 0,000 15 17 739 539 −482,69 142,680° 0,444 9 2003 Sheppard et al. ?
17 XXXIV Euporia 2 0,001 5 19 088 434 −538,78 144,694° 0,096 0 2002 Sheppard et al. Ananke
18 S/2003 J 3 2 0,001 5 19 621 780 −561,52 146,363° 0,250 7 2003 Sheppard et al. Ananke
19 S/2003 J 18 2 0,001 5 19 812 577 −569,73 147,401° 0,156 9 2003 Gladman et al. Ananke
20 S/2011 J 1 1 20 155 290 −582,22 162,8° 0,296 3 2011 Sheppard et al. ?
21 S/2010 J 2 1 20 307 150 −588,1 150,4° 0,307 2010 Veillet Ananke?
22 XLII Thelxinoe 2 0,001 5 20 453 753 −597,61 151,292° 0,268 4 2003 Sheppard et al. Ananke
23 XXXIII Euante 3 0,004 5 20 464 854 −598,09 143,409° 0,200 0 2002 Sheppard et al. Ananke
24 XLV Helique 4 0,009 0 20 540 266 −601,40 154,586° 0,137 4 2003 Sheppard et al. Ananke
25 XXXV Ortósia 2 0,001 5 20 567 971 −602,62 142,366° 0,243 3 2002 Sheppard et al. Ananke
26 S/2016 J 1 1[44] 0,0015 20595477[45] −603,83[45] 139,839[45] 0,140 5[45] 2016 Sheppard et al. Ananke?
27 XXIV Iocasta 5 0,019 20 722 566 −609,43 147,248° 0,287 4 2001 Sheppard et al. Ananke
28 S/2003 J 16 2 0,001 5 20 743 779 −610,36 150,769° 0,318 4 2003 Gladman et al. Ananke
29 XXVII Praxidique 7 0,043 20 823 948 −613,90 144,205° 0,184 0 2001 Sheppard et al. Ananke
30 XXII Harpalique 4 0,012 21 063 814 −624,54 147,223° 0,244 0 2001 Sheppard et al. Ananke
31 XL Mneme 2 0,001 5 21 129 786 −627,48 149,732° 0,316 9 2003 Gladman et al. Ananke
32 XXX Hermipe 4 0,009 0 21 182 086 −629,81 151,242° 0,229 0 2002 Sheppard et al. Ananke?
33 XXIX Tione 4 0,009 0 21 405 570 −639,80 147,276° 0,252 5 2002 Sheppard et al. Ananke
34 XII Ananke 28 3,0 21 454 952 −642,02 151,564° 0,344 5 1951 Nicholson Ananke
35 L Herse 2 0,001 5 22 134 306 −672,75 162,490° 0,237 9 2003 Gladman et al. Carme
36 XXXI Aitne 3 0,004 5 22 285 161 −679,64 165,562° 0,392 7 2002 Sheppard et al. Carme
37 XXXVII Cale 2 0,001 5 22 409 207 −685,32 165,378° 0,201 1 2002 Sheppard et al. Carme
38 XX Taigete 5 0,016 22 438 648 −686,67 164,890° 0,367 8 2001 Sheppard et al. Carme
39 S/2003 J 19 2 0,001 5 22 709 061 −699,12 164,727° 0,196 1 2003 Gladman et al. Carme
40 XXI Caldene 4 0,007 5 22 713 444 −699,33 167,070° 0,291 6 2001 Sheppard et al. Carme
41 S/2003 J 15 2 0,001 5 22 720 999 −699,68 141,812° 0,093 2 2003 Sheppard et al. Ananke?
42 S/2003 J 10 2 0,0015 22 730 813 −700,13 163,813° 0,343 8 2003 Sheppard et al. Carme?
43 S/2003 J 23 2 0,001 5 22 739 654 −700,54 148,849° 0,393 0 2004 Sheppard et al. Pasife
44 XXV Erinome 3 0,004 5 22 986 266 −711,96 163,737° 0,255 2 2001 Sheppard et al. Carme
45 XLI Aoede 4 0,009 0 23 044 175 −714,66 160,482° 0,601 1 2003 Sheppard et al. Pasife
46 XLIV Calicore 2 0,001 5 23 111 823 −717,81 164,605° 0,2041 2003 Sheppard et al. Carme?
47 XXIII Calique 5 0,019 23 180 773 −721,02 165,505° 0,213 9 2001 Sheppard et al. Carme
48 XI Carme 46 13 23 197 992 −721,82 165,047° 0,234 2 1938 Nicholson Carme
49 XVII Caliroe 9 0,087 23 214 986 −722,62 139,849° 0,258 2 2000 Gladman et al. Pasife
50 XXXII Euridome 3 0,004 5 23 230 858 −723,36 149,324° 0,376 9 2002 Sheppard et al. Pasife?
51 S/2011 J 2 1 23 329 710 −725,06 151,8° 0,386 7 2011 Sheppard et al. Pasife?
52 XXXVIII Pasite 2 0,001 5 23 307 318 −726,93 165,759° 0,328 8 2002 Sheppard et al. Carme
53 S/2010 J 1 2 23 314 335 −723,2 163,2° 0,320 2010 Jacobson et al. Pasife?
54 XLIX Coré 2 0,001 5 23 345 093 −776,02 137,371° 0,195 1 2003 Sheppard et al. Pasife
55 XLVIII Cilene 2 0,001 5 23 396 269 −731,10 140,148° 0,411 5 2003 Sheppard et al. Pasife
56 XLVII Euquelade 4 0,009 0 23 483 694 −735,20 163,996° 0,282 8 2003 Sheppard et al. Carme
57 S/2017 J 1 2[44] 0,0015 23483972[46] -735,21[46] 149,197[46] 0,396 9[46] 2017 Sheppard et al. Pasife
58 S/2003 J 4 2 0,001 5 23 570 790 −739,29 147,175° 0,300 3 2003 Sheppard et al. Pasife
59 VIII Pasife 60 30 23 609 042 −741,09 141,803° 0,374 3 1908 Gladman et al. Pasife
60 XXXIX Hegemone 3 0,004 5 23 702 511 −745,50 152,506° 0,407 7 2003 Sheppard et al. Pasife
61 XLIII Arque 3 0,004 5 23 717 051 −746,19 164,587° 0,149 2 2002 Sheppard et al. Carme
62 XXVI Isonoe 4 0,007 5 23 800 647 −750,13 165,127° 0,177 5 2001 Sheppard et al. Carme
63 S/2003 J 9 1 0,000 15 23 857 808 −752,84 164,980° 0,276 1 2003 Sheppard et al. Carme
64 S/2003 J 5 4 0,009 0 23 973 926 −758,34 165,549° 0,307 0 2003 Sheppard et al. Carme
65 IX Sinope 38 7,5 24 057 865 −762,33 153,778° 0,275 0 1914 Nicholson Pasife
66 XXXVI Esponde 2 0,001 5 24 252 627 −771,60 154,372° 0,443 1 2002 Sheppard et al. Pasife
67 XXVIII Autonoe 4 0,009 0 24 264 445 −772,17 151,058° 0,369 0 2002 Sheppard et al. Pasife
68 XIX Megaclite 5 0,021 24 687 239 −792,44 150,398° 0,307 7 2001 Sheppard et al. Pasife
69 S/2003 J 2 2 0,001 5 30 290 846 −1 077,02 153,521° 0,188 2 2003 Sheppard et al. Pasife
70 ?? Hegemone??? 3 0,004 5 23702511 −745,50 152,506° 0,407 7 2003 Sheppard et al. Pasife
71 XLIII Arque???
3 ? ? ? ? ? 2002? Sheppard et al.? Carme?
72 XXVI Isonoe??? 4 0,007 5 23800647 −750,13? 165,127°? ?0,177 5 2001 Sheppard et al. Carme
73 S/2003 J 9 1 0,000 15 23857808 −752,84 164,980° 0,276 1 2003 Sheppard et al. Carme
74 LVII Erinome 4 0,009 0 23973926 −758,34 165,549° 0,307 0 2003 Sheppard et al. Carme
75 IX Sinope
38 7,5 24057865 −739,33 153,778° 0,275 0 1914 Nicholson Pasife
76 XXXVI Esponde 2 0,001 5 24252627 −771,60 154,372° 0,443 1 2002 Sheppard et al. Pasife
77 XXVIII Autonoe 4 0,009 0 24264445 −772,17 151,058° 0,369 0 2002 Sheppard et al. Pasife
78 XIX Megaclite 5 0,021 24687239 −792,44 150,398° 0,307 7 2001 Sheppard et al. Pasife
79 S/2003 J 2 2 0,001 5 28570410
-981,55
153,521°
0,407 4
2003 Sheppard et al. Pasife

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Os satélites naturais de Júpiter anunciados mais recentemente são S/2022 J 1, S/2022 J 2 e S/2022 J 3, publicadas nos MPECs 2023-D44 a 2023-D46 de 22 de fevereiro de 2023.[1][2][3] Isso adiciona mais três à contagem anterior de 92 de janeiro de 2023, elevando o total para 95.[4][5]
  2. A massa de Júpiter é de 1,898 x 1027 kg[34] enquanto que a dos satélites de Galileu é de 3,93-4,28 x 1023 kg.
  3. Ordem refere-se à posição em relação a outros satélites com respeito à distância média de Júpiter,
  4. Refere-se ao número romano atribuído a cada satélite na sua descoberta,
  5. Diâmetros com entradas múltiplas tais como "60×40×34" indicam que o satélite em questão não é uma esfera quase perfeita e que cada uma de suas dimensões foi medida com precisão suficiente,
  6. Períodos com valores negativos são retrógrados,
  7. Note que alguns dos eixos semi-maiores foram computados utilizando o valor µ enquanto que as excentricidades foram tomadas utilizando a inclinação em relação ao plano de Laplace local.
  8. "?" refere-se a satélites os quais cientistas possuem dúvidas sobre os grupos que estes pertencem,

Referências

  1. «MPEC 2023-D44 : S/2022 J 1». Minor Planet Electronic Circulars. Minor Planet Center. 22 de fevereiro de 2023. Consultado em 11 de março de 2023 
  2. «MPEC 2023-D45 : S/2022 J 2». Minor Planet Electronic Circulars. Minor Planet Center. 22 de fevereiro de 2023. Consultado em 11 de março de 2023 
  3. «MPEC 2023-D46 : S/2022 J 3». Minor Planet Electronic Circulars. Minor Planet Center. 22 de fevereiro de 2023. Consultado em 11 de março de 2023 
  4. Hecht, Jeff (31 de janeiro de 2023). «Astronomers Find a Dozen More Moons for Jupiter». Sky & Telescope. Consultado em 1 de fevereiro de 2023 
  5. Sheppard, Scott S. (20 de dezembro de 2022). «Moons of Jupiter». Earth & Planets Laboratory (em inglês). Carnegie Institution for Science. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  6. «Solar System Bodies». JPL/NASA. Consultado em 9 de setembro de 2008 
  7. «Ganymede». nineplanets.org. 31 de outubro de 1997. Consultado em 27 de fevereiro de 2008 
  8. a b c d e Canup, Robert M.; Ward, William R. (2009). «Origin of Europa and the Galilean Satellites». Europa. [S.l.]: University of Arizona Press (in press) 
  9. Alibert, Y.; Mousis, O. and Benz, W. (2005). «Modeling the Jovian subnebula I. Thermodynamic conditions and migration of proto-satellites». Astronomy & Astrophysics. 439: 1205–13. doi:10.1051/0004-6361:20052841 
  10. a b Chown, Marcus (7 de março de 2009). «Cannibalistic Jupiter ate its early moons». New Scientist. Consultado em 18 de março de 2009 
  11. Jewitt, David; Haghighipour, Nader (2007). «Irregular Satellites of the Planets: Products of Capture in the Early Solar System» (pdf). Annual Review of Astronomy and Astrophysics. 45: 261–95. doi:10.1146/annurev.astro.44.051905.092459 
  12. Xi, Zezong Z. (1981). «The Discovery of Jupiter's Satellite Made by Gan De 2000 years Before Galileo». Acta Astrophysica Sinica. 1 (2). 87 páginas 
  13. Galilei, Galileo (1989). Translated and prefaced by Albert Van Helden, ed. Sidereus Nuncius. Chicago & London: University of Chicago Press. pp. 14–16. ISBN 0226279030 
  14. Van Helden, Albert (março de 1974). «The Telescope in the Seventeenth Century». The University of Chicago Press on behalf of The History of Science Society. Isis. 65 (1): 38–58. doi:10.1086/351216 
  15. Barnard, E. E. (1892). «Discovery and Observation of a Fifth Satellite to Jupiter». Astronomical Journal. 12: 81–85. doi:10.1086/101715 
  16. «Discovery of a Sixth Satellite of Jupiter». Astronomical Journal. 24 (18): 154B;. 9 de janeiro de 1905. doi:10.1086/103654 
  17. Perrine, C. D. (1905). «The Seventh Satellite of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 17 (101): 62–63 
  18. Melotte, P. J. (1908). «Note on the Newly Discovered Eighth Satellite of Jupiter, Photographed at the Royal Observatory, Greenwich». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 68 (6): 456–457 
  19. Nicholson, S. B. (1914). «Discovery of the Ninth Satellite of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 26: 197–198. doi:10.1086/122336 
  20. Nicholson, S.B. (1938). «Two New Satellites of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 50: 292–293. doi:10.1086/124963 
  21. Nicholson, S. B. (1951). «An unidentified object near Jupiter, probably a new satellite». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 63 (375): 297–299. doi:10.1086/126402 
  22. Kowal, C. T.; Aksnes, K.; Marsden, B. G.; and Roemer, E. (1974). «Thirteenth satellite of Jupiter». Astronomical Journal. 80: 460–464. doi:10.1086/111766 
  23. Marsden, Brian G. (3 de outubro de 1975). «Probable New Satellite of Jupiter» (discovery telegram sent to the IAU). Cambridge, US: Smithsonian Astrophysical Observatory. International Astronomical Union Circulars. 2845. Consultado em 3 de setembro de 2008 
  24. Synnott, S.P. (1980). «1979J2: The Discovery of a Previously Unknown Jovian Satellite». Science. 210 (4471): 786–788. PMID 17739548. doi:10.1126/science.210.4471.786 
  25. a b c d «Gazetteer of Planetary Nomenclature». Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN). U.S. Geological Survey. 7 de novembro de 2008. Consultado em 2 de agosto de 2008 
  26. a b Marazzini, C. (2005). «The names of the satellites of Jupiter: from Galileo to Simon Marius». Lettere Italiane (em italiano). 57 (3): 391–407. ISSN 0024-1334 
  27. Nicholson, Seth Barnes (abril de 1939). «The Satellites of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 51 (300). pp. 85–94. doi:10.1086/125010 
  28. Payne-Gaposchkin, Cecilia; Haramundanis, Katherine (1970). Introduction to Astronomy. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall. ISBN 0-134-78107-4 
  29. a b Marsden, Brian G. (3 de outubro de 1975). «Satellites of Jupiter». International Astronomical Union Circulars. 2846. Consultado em 28 de agosto de 2008 
  30. a b Satellites of Jupiter, Saturn and Uranus. Working Group on Planetary System Nomenclature (Relatório). International Astronomical Union. Consultado em 28 de agosto de 2008 
  31. Anderson, J.D.; Johnson, T.V.; Shubert, G.; et al. (2005). «Amalthea's Density Is Less Than That of Water». Science. 308: 1291–1293. PMID 15919987. doi:10.1126/science.1110422 
  32. Burns, J.A.; Simonelli, D. P.; Showalter, M.R.; et al. (2004). «Jupiter's Ring-Moon System». In: Bagenal, F.; Dowling, T.E.; McKinnon, W.B. Jupiter: The Planet, Satellites and Magnetosphere. [S.l.]: Cambridge University Press 
  33. Burns, J. A.; Showalter, M. R.; Hamilton, D. P.; et al. (1999). «The Formation of Jupiter's Faint Rings». Science. 284: 1146–1150. doi:10.1126/science.284.5417.1146 
  34. «Massa de Júpiter». Consultado em 25 de dezembro de 2009 
  35. Canup, Robin M.; Ward, William R. (2002). «Formation of the Galilean Satellites: Conditions of Accretion» (pdf). The Astronomical Journal. 124: 3404–3423. doi:10.1086/344684 
  36. a b c d Sheppard, Scott S. «Jupiter's Known Satellites». Departament of Terrestrial Magnetism at Carniege Institution for science. Consultado em 13 de julho de 2011 
  37. a b c d Grav, T.; Holman, M.; Gladman, B.; Aksnes K. (2003). «Photometric survey of the irregular satellites». Icarus. 166: 33–45. doi:10.1016/j.icarus.2003.07.005 
  38. Sheppard, Scott S.; Jewitt, David C.; Porco, Carolyn (2004). «Jupiter's outer satellites and Trojans». In: Fran Bagenal, Timothy E. Dowling, William B. McKinnon. Jupiter. The planet, satellites and magnetosphere (pdf). 1. Cambridge, UK: Cambridge University Press. pp. 263–280. ISBN 0-521-81808-7 
  39. a b c d Sheppard, Scott S.; Jewitt, David C. (5 de maio de 2003). «An abundant population of small irregular satellites around Jupiter». Nature. 423: 261–263. doi:10.1038/nature01584 
  40. Nesvorný, David; Beaugé, Cristian; Dones, Luke (2004). «Collisional Origin of Families of Irregular Satellites» (PDF). The Astronomical Journal. 127: 1768–1783. doi:10.1086/382099 
  41. a b c «Natural Satellites Ephemeris Service». IAU: Minor Planet Center. Consultado em 3 de setembro de 2008 [ligação inativa]
  42. a b c d e f g h Siedelmann P.K.; Abalakin V.K.; Bursa  M,; Davies M.E.; de Bergh C.; Lieske J.H.; Obrest J.; Simon J.L.; Standish E.M.; Stooke P. ; Thomas P.C. (2000). «The Planets and Satellites 2000». IAU/IAG Working Group on Cartographic Coordinates and Rotational Elements of the Planets and Satellites. Consultado em 31 de agosto de 2008 [ligação inativa]
  43. «kanamitu». Consultado em 25 de dezembro de 2009 [ligação inativa]
  44. a b Scott S. Sheppard (junho de 2017). «Jupiter Satellite Data». Consultado em 10 de junho de 2017. Arquivado do original em 18 de março de 2015 
  45. a b c d «MPEC 2017-L08 : S/2016 J 1». Minor Planet Center. União Astronômica Internacional. Consultado em 10 de junho de 2017 
  46. a b c d «MPEC 2017-L47 : S/2017 J 1». Minor Planet Center. União Astronômica Internacional. Consultado em 6 de junho de 2017