Segundo Concílio de Niceia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Segundo Concílio de Niceia
Segundo Concílio de Niceia
Ícone do Segundo Concílio Ecumênico de Niceia (Convento de Novodevichy, Moscou
Data Ano 787 da Era Cristã
Aceite por Católicos Romanos, Ortodoxos
Concílio anterior Terceiro Concílio de Constantinopla
Concílio seguinte Católicos: Quarto Concílio de Constantinopla (Católico Romano)
Ortodoxos: Quarto Concílio de Constantinopla (Ortodoxo)
Convocado por Tarásio, patriarca de Constantinopla
Presidido por Tarásio
Afluência c. 350
Tópicos de discussão Veneração, Iconoclastia
Todos os Concílios Ecuménicos Católicos
Portal do Cristianismo


O Segundo Concílio de Niceia foi o sétimo Concílio ecumênico do cristianismo[1], e o último a ser aceito tanto pela Igreja Católica quanto pela Igreja Ortodoxa. Reuniu-se em 24 de setembro a 23 de outubro de 787 em Niceia (local do Primeiro Concílio de Niceia; atualmente İznik na Turquia). O tema foi a legitimidade da veneração de imagens de santos[2] que tinham sido suprimidos pelo édito do Império Bizantino durante o reinado de Leão III, o Isáurio (717 - 741), seu filho, Constantino V (741 - 775) havia reprimido definitivamente a veneração de imagens.

História

A veneração de ícones tinha sido definitivamente abolida por medidas enérgicas de Constantino V e do Concílio de Hieria que se auto-intitulou o sétimo Concílio Ecuménico, mesmo não tendo participado dele todos os membros da igreja. Estas tendências iconoclastas foram partilhadas pelo seu filho, Leão IV, o Cazar. Após a sua morte precoce, sua viúva Irene, como regente de seu filho Constantino VI, desejava restaurar a veneração de ícones. O concílio de Hieria não teve participação das igrejas ocidentais, motivo pelo qual não foi aceito por toda a igreja e foi desqualificado em 784, quando o patriarca de Constantinopla Tarásio foi nomeado sucessor do patriarca Paulo, o Novo, este que desejava uma reaproximação com as igrejas ocidentais, convocou um novo concílio, o Papa Adriano I foi convidado a participar, e aceitou com prazer.

Em 786, o concílio reuniu-se primeiramente na Igreja dos Santos Apóstolos em Constantinopla, porém, depois de protestos dos membros de Roma, que viam Constantinopla com desconfiança, ele foi dissolvido e transferido para Niceia. Participaram dele cerca de 350 pessoas, 308 bispos ou seus representantes. O patriarca Tarásio presidiu o concílio[2], sete sessões foram realizadas em Niceia[1]. O pretexto para a veneração dos ícones foi estabelecido a partir das passagens bíblicas de Êxodo 25:19, Números 7:89, Hebreus 9:5, Ezequiel 41:18 e Gênesis 31:34.

Referências

  1. a b Ostrogorsky, George. History of the Byzantine State. New Brunswick:Rutgers University Press, 1969. ISBN 0-8135-0599-2. Pág.:178.
  2. a b Gibbon, Edward. The Decline and Fall of the Roman Empire. New York: Random House Inc., 1995. ISBN 0-679-60148-1. Pág.: 1693.

Ver também

Ícone de esboço Este artigo sobre cristianismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.