Seleuco V Filómetor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Seleuco V Filométor)
Seleuco V Filómetor
Pseudônimo(s) Seleucus
Nascimento século II a.C.
Morte 125 a.C.
Cidadania Império Selêucida
Progenitores
Irmão(ã)(s) Antíoco VI Teos Epifânio, Antíoco IX de Cízico, Antíoco VIII Filómetor
Ocupação soberano

Seleuco V Filómetor (? — 125 a.C.) foi um pretendente ao reino do Império Selêucida, por um breve tempo.

Família[editar | editar código-fonte]

Demétrio II Nicátor e Cleópatra Teia tiveram dois filhos, Seleuco V e Antíoco Gripo.[1] Demétrio II era filho de Demétrio I Sóter.[2][3] Cleópatra Teia, filha de Ptolemeu VI Filómetor, havia sido casada com Alexandre Balas,[4] e, depois de Demétrio, casou-se com seu irmão Antíoco VII Sideta, com quem teve um filho, Antíoco IX de Cízico.[1] Na Batalha de Antioquia (145 a.C.), no quarto ano da 158a olimpíada, morreram Alexandre Balas e Ptolemeu VI Filómetor, mas Demétrio II Nicátor sobreviveu.[2]

Breve reinado[editar | editar código-fonte]

Demétrio II, durante seu cativeiro de dez anos entre os partas,[5] havia se casado com Rodoguna, e foi morto por Cleópatra Teia.[1] De acordo com outra versão, Ptolemeu Fiscão instalou Alexandre Zabinas como rei da Síria; Demétrio foi derrotado em uma batalha perto de Damasco, tentou fugir para Tiro, que recusou sua entrada, e foi morto ao tentar escapar de barco, no primeiro ano da 164a olimpíada.[5]

Após Alexandre Zabinas haver derrotado Demétrio e se tornado rei da Síria, Seleuco colocou o diadema real, sem a permissão de sua mãe, e ela o assassinou.[6] Seleuco V tornou-se rei, mas foi assassinado por sua própria mãe com uma flecha, porque ela temia que ele vingasse o pai, ou porque ela havia se tornado louca e passou a odiar todo mundo.[7]

Sucessão[editar | editar código-fonte]

Seu sucessor foi seu irmão Antíoco VIII Filómetor (também conhecido como Antíoco Gripo).[7] Antíoco VIII Filómetor foi indicado por sua mãe para tornar-se rei da Síria.[6] Alexandre Zabinas, que havia se tornado rei com apoio de Ptolemeu VIII Evérgeta II, passou a desrespeitar Ptolemeu e este, casando sua filha Trifena com Antíoco VIII Gripo, ajudou Gripo a conquistar o trono da Síria.[8]

Cleópatra Teia tentou matar Antíoco VIII dando uma bebida envenenada, mas Antíoco forçou-a a beber e morrer do próprio veneno.[7][8]

Referências

  1. a b c Apiano, História Romana, As Guerras Sírias, 68 [em linha]
  2. a b Eusébio de Cesareia, Crônica, 96, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande
  3. Apiano, História Romana, As Guerras Sírias, 67 [em linha]
  4. Bar Hebreu, Cronografia, Livro VII, O primeiro reino dos gregos, Aqui começa a sétima série, que passa dos reis dos persas até os gregos pagãos
  5. a b Eusébio de Cesareia, Crônica, 97, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande
  6. a b Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 39.1 [em linha]
  7. a b c Apiano, História Romana, As Guerras Sírias, 69 [em linha]
  8. a b Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 39.2 [em linha]

Árvore genealógica baseada no texto, e nos artigos dos outros personagens. Linhas pontilhadas indicam paternidade questionada pelos autores antigos:

Antíoco III Magno
Seleuco IV Filopátor
Antíoco IV Epifânio
Ptolemeu VI Filómetor
Demétrio I Sóter
Antíoco V Eupátor
Alexandre Balas
Cleópatra Teia
Demétrio II Nicátor
Antíoco VII Sideta
Seleuco V Filómetor
Antíoco VIII Filómetor
Antíoco IX de Cízico
Antíoco VI
Alexandre Zabinas