Sepultamento

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Um funeral subaquático em Vinte mil léguas submarinas da edição com desenhos de Alphonse de Neuville e Edouard Riou.

O sepultamento ou inumação consiste no ato de colocar o corpo falecido em uma sepultura. Por isso, o sepultamento é um ato distinto de enterro. No primeiro caso o cadáver é sepultado numa sepultura e no segundo o cadáver é enterrado numa cova ou colocado em uma espécie de gaveta.

História

Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.

No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo, possuíam mais de 360 igrejas.

O sepultamento continua a existir em cemitérios modernos que constroem sepulturas ao invés de covas. O corpo não é enterrado e sim encerrado dentro de uma câmara, onde irá decompor.

Motivos para o sepultamento

O sepultamento não é necessariamente uma questão de saúde pública. Ao contrário do que imagina o senso comum, a Organização Mundial da Saúde prescreve a inumação obrigatória apenas de cadáveres portadores de alguma doença infecciosa[1].

Visita aos mortos em Guanajuato, México
  • Respeito pelos restos mortais é necessário, pois se deixados ao relento, os corpos poderão ser consumidos por carniceiros, o que é considerado um ultraje em muitas (mas não todas) culturas.
  • O sepultamento pode ser visto como "fecho" para a família e amigos do falecido. Enterrar e ocultar o corpo é uma forma de aliviar a dor da perda física do ente querido.
  • Muitas culturas acreditam na vida após a morte. O sepultamento é visto comumente como passo necessário para que o morto alcance esta "nova etapa".
  • Muitas religiões prescrevem uma maneira "correta" de viver, o que inclui os costumes relacionados com o tratamento dos mortos.
  • Desde que passamos pela cultura agricola, ele nos dá imagens comparativas fortes, pois assim como a semente o defunto é depositado numa cova para que possa nascer noutra forma.

Exumação

Em algumas circunstâncias, é necessário desenterrar o corpo para que uma perícia possa determinar a causa da morte. No meio jurídico, tal termo denomina-se exumação e é realizado através de ordem judicial, ou a pedido das partes, ou dos próprios peritos, a fim de ser submetido à perícia médico-legal. O sepultamento evita em grande parte que os restos mortais se misturem aos elementos presentes no solo, o que dificultaria a realização de exames mais minuciosos, como o toxicológico, por exemplo.[2] No Brasil a exumação ocorre também, após 3 ou 5 anos após o sepultamento em cova rasa, dependendo do caso e da legislação local do município, após esse período os restos mortais é depositado em modo geral, no ossário do cemitério, para dar espaço a novos corpos, isso ocorre quando a família não adquiri sepultura ou jazigo perpétuo.

Religião

Algumas religiões acreditam, que, depois da morte as pessoas passam por um julgamento final, ao qual o Deus (Varia de religião para religião) a julga para decidir se elas vão para o céu ou para o inferno, já outras religiões acreditam que a morte é o fim, onde tudo o que ela viveu termina por ali.

Referências

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