Serviço de inteligência

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Um Serviço de Inteligência ou Serviço de Informações é geralmente um departamento governamental cuja função é a coleta ou recolha de informações, ditas "inteligência" nesse contexto, relacionadas com possíveis ameaças à segurança do Estado.

Quando um serviço obtém informações consideradas secretas ou confidenciais sobre um Estado, um país ou uma organização sem autorização do detentor dessas informações, essa actividade é descrita como espionagem. A maioria dos serviços de inteligência (também chamados de serviços secretos) usa ou já usou de espionagem, contando com a indulgência de seus respectivos governos. A lei de todos os Estados considera como actividade criminosa a espionagem de que são alvo, mas por norma se abstém de contemplar o caso da sua própria actividade de espionagem, cuja prática os governos em princípio não reconhecem nem comentam.

Além de trabalhar na coleta ou recolha de informações, os serviços também tentam evitar a ação de serviços de inteligência estrangeiros em seu país (contra-espionagem).

Na esfera privada (empresas), os "serviços de informação" ou "inteligência" são chamados de "Inteligência Competitiva (IC)" ou "informações de negócios" e são contratados para pesquisas de antecedentes criminais de candidatos a cargos de confiança, levantamento de informações sobre métodos dos concorrentes, realização de investigações de fraudes corporativas e a localização de pessoas e bens para a recuperação de ativos desviados de uma fraude. Dentre as agências de inteligência e investigações de fraudes corporativas no mundo se destacam a Pinkerton, Kroll, Control Risks, Montax, Serasa Experian, Equifax e Dun & Bradstreet, S.B.I.P.

História

Apesar de a espionagem ser praticada desde a antiguidade, a primeira rede de informações relativamente organizada foi montada durante o século XVI, durante o reinado da Rainha Elizabeth I. O responsável pela rede de agentes era Sir Francis Walsingham, que recrutou contato dentro e fora da Grã-Bretanha, incluindo estadistas, diplomatas (utilizados em larga escala devido a facilidade de ir e vir), artistas (entre eles o dramaturgo Cristopher Marlowe, amigo de Shakespeare). Esse serviço entretanto foi uma iniciativa pessoal de Walsingham mais do que um órgão oficial. O primeiro serviço de inteligência institucional foi criado durante o reinado de Luís XIV de França.

Estima-se que o serviço de informações mais eficiente de todos os tempos seja o serviço secreto de inteligência britânico (Secret Intelligence Service - SIS), mais conhecido pelo seu antigo nome - MI6. O SIS tem um longo histórico de espionagem internacional, inclusive em Portugal e no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. O SIS se tornou conhecido através de livros de ficção, muitos deles escritos por pessoas que trabalharam com ou para o serviço (John Le Carré, Ian Fleming, etc).

A CIA também foi alvo de muitas produções, sobretudo cinematográficas. Este serviço de inteligência estadunidense foi criado em 1947. Sua antecessora foi criada em 1942, chamava-se OSS (Escritório de Assuntos Estratégicos), uma adicional de espionagem do FBI. Há registros, estes tirados da programação televisiva do canal privado The History Channel, que mostra a fundação da instituição no começo do século XX, os americanos ainda incertos sobre sua inauguração e se era viável competir com as potências europeias da época, Alemanha e Grã-Bretanha, pois ainda antes da Primeira Guerra Mundial, estas eram muito mais experientes do que os americanos. Nesse período que sucedeu com o afundamento do USS Maine na baía de Havana em Cuba, começaram os experimentos recrutando arqueólogos. A região de atividade foi a América Central, onde foram os responsáveis pela descoberta de antigas cidades maias.

No período da Segunda Guerra Mundial, a vitória contra os nazistas em campo de batalha deu-lhes a segurança política por meio de um acordo e a troca educacional entre a GESTAPO, serviço de espionagem alemão, e os americanos.

O Mossad - Serviço de Inteligência Israelense - também é conhecido por sua eficiência, principalmente em manter o anonimato. Os serviços do órgão foram utilizados ostensivamente na repressão não só aos grupos armados palestinos, mas também aos refugiados de Gaza e Cisjordânia em geral, desde antes da Guerra do Yom Kippur. Um agente do Mossad chamado Eli Cohen ficou famoso por passar vários anos infiltrado no Estado Maior da Síria. Quando foi descoberto foi torturado e executado.

Inteligência no Brasil

O primeiro serviço de inteligência brasileiro na forma de Polícial, foi criado em 1956 por ordem do presidente Juscelino Kubitschek, devido aos 2 (dois) atentados sofridos. Chamava-se Sfici (Serviço Federal de Informações e Contra-Informação), aos moldes do Serviço Nacional de Informações do Império Brasileiro, criado por Dom Pedro de Alcântara em 1821, com vistas exclusivamente à Segurança Nacional de Defesa. A forma de JK, de estendê-lo ao chamado crime organizado, se desenvolveu e foi aperfeiçoado devido aos inúmeros atentados presidenciais, funcionando durante o chamado pelos opositores de golpe de 1964, e durante o regime militar foi substituído pelo nome de Serviço Nacional de Informações, em consideração ao serviço que funcionou no Império Brasileiro (incrementado com a chamada Segurança Interna); em que participou ativamente da repressão tanto à esquerda quanto à direita, nos crimes contra o Estado Brasileiro Constituído e aos movimentos sociais que o queriam prejudicar, segundo a visão do Congresso Nacional, de então.

O atual serviço de inteligência é a Agência Brasileira de Inteligência, reformulado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, aproveitando os moldes legados dos serviços de inteligência transformados desde a criação do primeiro por Dom Pedro em 1821. Entre seus agentes da atual ABIN, ainda figuram vários nomes de ex-integrantes do SNI.

Formas de inteligência

Quatro formas de inteligência podem ser consideradas:

Historicamente, a maior fonte de informações foi a HUMINT, porém já há algum tempo a SIGINT assumiu a importância principal.

Ver também

Ligações externas

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