Simone Duvalier

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Simone Duvalier
Nascimento Simone Ovide
13 de março de 1913
Porto Príncipe
Morte 26 de dezembro de 1997 (84 anos)
Saint-Cloud
Cidadania Haiti
Cônjuge François Duvalier
Filho(a)(s) Jean-Claude Duvalier
Ocupação política, enfermeira

Simone Duvalier (a. 1913-1997) foi a esposa do ditador haitiano François "Papa Doc" Duvalier (1907-1971).

Nascida Simone Ovide por volta de 1913, perto da cidade haitiana de Léogâne, filha ilegítima de um comerciante e escritor mulato, Jules Faine, e Célie Ovide, uma das empregadas de sua casa. Em tenra idade sua mãe lhe entregou, e ela passou a maior parte de sua infância em um orfanato em Pétionville, um subúrbio exclusivo nas colinas acima de Port-au-Prince. Os órfãos eram incentivados a adquirir qualificação profissional e Simone Ovide foi formada como auxiliar de enfermagem. Enquanto trabalhava como enfermeira, ela conheceu um jovem médico chamado François Duvalier. Eles se casaram em 27 de dezembro de 1939, e tiveram quatro filhos: Marie Denise, Nicole, Simone, e Jean-Claude, seu único filho.[1]

Após seu casamento, François Duvalier tornou-se ministro da saúde pública e do trabalho em 1949 e venceu a eleição para a presidência em 1957. Ao longo de seus 14 anos de mandato, sua esposa vigiava o acesso a seu marido e desenvolvia e promovia seus próprios favoritos no palácio.[2]

Por causa de seu status adquirido e sua postura arrogante, os haitianos se referiam a ela como "Mama Doc". Ela foi, como seu marido, descrita como uma especialista em vodu. Ela cultivou a imagem de uma benfeitora; distribuindo obras de caridade para os habitantes de "Cité Simone", um assentamento planejado nomeado por sua causa que é conhecido atualmente como Cité Soleil, uma das favelas mais miseráveis ​​da América Latina.[2]

A influência de Madame Duvalier atingiu o seu auge após a morte de seu marido em 1971, quando o seu filho com 19 anos de idade, Jean-Claude Duvalier, sucedeu seu pai como "presidente vitalício" do Haiti. Ela apreciava o título de primeira-dama e o poder que lhe foi conferido; foi dito por seus colaboradores que ela ressentiu-se profundamente por ter que abandonar esse papel depois de Jean-Claude Duvalier casou-se em 1980 e ela foi rebaixada para "Guardiã da Revolução Duvalierista". [1]

Quando seu filho foi expulso do poder em fevereiro de 1986, Simone Duvalier se juntou a ele e sua esposa, Michèle Bennett, no exílio na França. Ela foi raramente vista em público. Após o amargo divórcio de Jean-Claude de sua esposa, Madame Duvalier viveu com seu filho em relativa pobreza nos subúrbios de Paris.[2] Ela faleceu em 1997. [2]

Referências

  1. a b Abbott, Elizabeth (1988). Haiti: The Duvaliers and Their Legacy. New York: McGraw-Hill. ISBN 0-07-046029-9 
  2. a b c d Rohter, Larry (31 de dezembro de 1999). «Simone Duvalier, Haiti's 'Mama Doc'». New York Times. Consultado em 23 de dezembro de 2007  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "obit" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes