Sinfonia n.º 7 (Shostakovich)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Sinfonia n.º 7 em dó maior (Opus 60), também conhecida como Leninegrado, foi uma sinfonia composta por Dmitri Shostakovich. A sinfonia foi dedicada à cidade de Leningrado, a 27 de Dezembro de 1941. Estreou mundialmente em 9 de Julho de 1942, nos Estados Unidos da América, numa interpretação da Orquestra Sinfónica da NBC, dirigida por Arturo Toscanini.

No seu tempo, a sinfonia era extremamente popular na Rússia e no Ocidente, como um símbolo da resistência ao totalitarismo e militarismo nazi. Como uma condenação da invasão alemã à União Soviética, a peça é particularmente representativa das responsabilidades políticas que Shostakovich sentia ter pelo estado, apesar dos conflitos e críticas que sofreu ao longo da sua carreira a partir dos censores soviéticos e Stalin.

Depois da guerra, a reputação da sinfonia decresceu substancialmente, devido à percepção do público como sendo propaganda de guerra, assim como devido à ideia de que se tratava de uma das obras menos conseguida de Shostakovich. Em anos mais recentes, estudiosos têm sugerido que a obra é melhor interpretada como uma descrição do totalitarismo e fascismo no geral. Esta interpretação é complicada visto não se saber ao certo quando a composição começou a ser elaborada.

Forma[editar | editar código-fonte]

É a maior sinfonia de Shostakovich e umas das maiores obras do seu repertório, com actuações que variam entre uma hora e uma hora e um quarto. A escala e escopo da obra é consistente com outras sinfonias do autor, assim como com as obras de compositores que mais lhe influenciaram, incluindo Bruckner, Mahler e Stravinsky.

A sinfonia está escrita nos quatro movimentos tradicionais:

  1. Allegretto (25-30 minutos)
  2. Moderato (poco allegretto) (10-15 minutos)
  3. Adagio (15-20 minutos)
  4. Allegro non troppo (15-20 minutos)

Instrumentação[editar | editar código-fonte]

A obra foi escrita para:

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Christopher Headington, Shostakovich: Symphony No.7 in C major, Op. 60 ("Leningrado"), 1988. Librillo de la grabación de Järvi, CHANDOS 8623.
  • François-René Tranchefort (editor). Guide de la musique symponique, 1986. Fayard. ISBN 978-2-213-01638-2.