Sinhá Moça (1986)

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Sinhá Moça
Sinhá Moça (1986)
Logotipo da primeira versão da telenovela
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero Drama
Romance
Duração 45 minutos
Criador(es) Benedito Ruy Barbosa
Baseado em Sinhá-Moça de Maria Dezonne Pacheco Fernandes
Desenvolvedor(es) Rede Globo
Elenco
País de origem  Brasil
Idioma original português
Episódios 172
Produção
Diretor(es) Reynaldo Boury
Jayme Monjardim
Tema de abertura "Pra Não Mais Voltar", Fafá de Belém
Exibição
Emissora original Brasil Rede Globo
Transmissão original 28 de abril – 14 de novembro de 1986
Cronologia
De Quina pra Lua
Direito de Amar
Programas relacionados Sinhá Moça (2006)

Sinhá Moça é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 28 de abril a 14 de novembro de 1986, em 172 capítulos. Substituiu De Quina pra Lua e foi substituída por Direito de Amar, sendo a 32ª "novela das seis" exibida pela emissora.

Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção foi de Reynaldo Boury e Jayme Monjardim. A trama foi baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, publicado em 1950.

Contou com as atuações de Lucélia Santos, Marcos Paulo, Elaine Cristina, Patrícia Pillar, Daniel Dantas, Raymundo de Souza e Rubens de Falco.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Monarquistas e republicanos se defrontam em Araruna, pequena cidade fictícia do interior paulista, em 1886, dois anos antes da promulgação da Lei Áurea. A história de amor de Sinhá Moça (Lizandra Souto/Lucélia Santos), filha do coronel Ferreira, o Barão de Araruna (Rubens de Falco), ferrenho escravocrata, e da submissa Cândida (Elaine Cristina), com o jovem Dr. Rodolfo Garcia Fontes (Marcos Paulo), um ativo abolicionista republicano, ante as dificuldades da campanha para a abolição da escravatura.

Os dois se conhecem no trem, quando Sinhá Moça, depois de terminar seus estudos na cidade de São Paulo, retorna a Araruna. Assim como Rodolfo, ela tem ideias abolicionistas e critica as atitudes do pai, lutando em defesa dos negros. Sinhá Moça, junto com Rodolfo e outros abolicionistas, invade senzalas à noite, libertando os negros e entregando-os a associações abolicionistas, que os orientam rumo à liberdade.

Do outro lado da história está Dimas (Selton Mello/Raymundo de Souza) (que na verdade é o menino Rafael, ex-escravo alforriado) e sua obstinada luta para destruir o Barão, seu verdadeiro pai com a escrava da fazenda Maria das Dores (Dhu Moraes). Antes de ser vendido pelo Barão, Rafael foi grande amigo de Sinhá Moça, com quem passou a infância. Depois de alforriado, adota o nome de Dimas e se torna o braço direito do tipógrafo Augusto (Luiz Carlos Arutin), um abolicionista convicto, despertando o amor em Juliana (Luciana Braga), neta deste.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Lucélia Santos protagoniza Sinhá Moça, a principal protagonista.
Rubens de Falco protagoniza como principal antagonista.
Intérprete Personagem
Lucélia Santos Maria das Graças Ferreira Fontes (Sinhá Moça)
Marcos Paulo Rodolfo Fontes
Rubens de Falco Coronel José Ferreira, Barão de Araruna
Elaine Cristina Cândida Ferreira, Baronesa de Araruna
Mauro Mendonça Dr. Geraldo Fontes
Neuza Amaral Inês Fontes
Daniel Dantas Ricardo Fontes
Patrícia Pillar Ana Luísa Teixeira (Ana do Véu)
Norma Blum Nina Teixeira
José Augusto Branco Manoel Teixeira
Raymundo de Souza Dimas / Rafael
Luciana Braga Juliana Castroneves
Chica Xavier Bá Virgínia
Luiz Carlos Arutin Augusto Castroneves
Cláudio Corrêa e Castro Dr. João Amorim
Antônio Pompeo Justino
Gésio Amadeu Fulgêncio
Milton Gonçalves Pai José
Cosme dos Santos Bastião
Grande Otelo Justo
Tony Tornado Justo Filho / Capitão-do-Mato
Valter Santos Feitor Bruno
Tarcísio Filho Mário
Tato Gabus Mendes José Coutinho
Sérgio Viotti Frei José
Cláudio Mamberti Delegado Antero
Ruth de Souza Balbina
Solange Couto Adelaide
Ivan Mesquita Coutinho
Nizo Neto Nino
Dênis Derkian Renato
Ênio Santos Inácio
Jacyra Sampaio Rute
Canarinho Pai André Zamemba
Zeni Pereira Mãe Maria Zamemba
Fernando Almeida Felipe Zamemba
Paulo Barbosa Tonhão Zamemba
Daisy Nascimento Nena Zamemba
Germano Filho Everaldo
Augusto Olímpio Bobó
Renato Prieto Vila
José Prata Bentinho
Fernando José Martinho

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem[1]
Aguinaldo Rocha Tibúrcio (fazendeiro escravocrata aliado do Barão de Araruna)
Alciro Cunha Nogueira (fazendeiro escravocrata aliado do Barão de Araruna)
Aldo Bueno escravo na fazenda de Coutinho
Alexandre Morenno escravo na fazenda Araruna
Antônio Francisco Honório (auxiliar do feitor Bruno que assediava Adelaide e acaba morto por Justino)
Ataíde Arcoverde Robusto (funcionário da taverna de Manoel)
Auricéia Araújo Dona Irma (costureira de Araruna)
César Augusto soldado na delegacia
Christovam Netto Tobias (escravo na fazenda Araruna)
Enock Batista soldado na delegacia
Dhu Moraes Maria das Dores (mãe de Rafael que nasceu de seu envolvimento com o Barão)
Evandro Leandro auxiliar do feitor Bruno
Francisco Nagen escravocrata aliado do Barão de Araruna
Henri Pagnoncelli Eduardo (engenheiro que se associa a Manoel na construção de uma usina de beneficiamento e acaba apaixonando-se por Ana)
Ibañez Filho escravocrata aliado do Barão de Araruna
Joel Silva Pedro (escravo da fazenda Araruna)
Jorge Coutinho pai de Bentinho, escravo na fazenda de Medeiros
Jorge de Jesus escravo da fazenda Araruna
Lizandra Souto Sinhá Moça (criança)
Miguel Rosemberg fiscal do trem interceptado por Rodolfo para resgatar Sinhá Moça
Nelson Soares Gomes escravo da fazenda Araruna
Newton Martins Viriato (fazendeiro escravocrata aliado do Barão de Araruna)
Onofre José (escravo da fazenda Araruna)
Paulo Nunes soldado da delegacia
Paulo Pinheiro agente que leva os imigrantes italianos a fazenda Araruna
Romeu Evaristo um dos escravos capturados pelo Capitão do Mato e depois solto pelo Irmão do Quilombo
Selton Mello Rafael (criança)
Thiago Justino escravo da fazenda Araruna
Wilson Rabello escravo que conversa com Justo a respeito de trabalhar na fazenda comprada pelos Fontes

Audiência[editar | editar código-fonte]

Em sua exibição original, a trama alcançou 46 pontos de média.[2]

O capítulo 48 que seria exibido em 21 de junho de 1986 não foi ao ar devido ao jogo Brasil X França pela Copa do Mundo FIFA de 1986. Por isso a novela terminou com 172 capítulos em vez dos 173 previstos.

Interrupção da Faixa das 18h (1986)[editar | editar código-fonte]

Após o término de Sinhá Moça, em 14 de Novembro de 1986, a TV Globo interrompeu a produção de novelas para as 18 horas por três meses. O motivo deu-se por conta de uma ameaça de desativação do horário, imposta pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Rio de Janeiro - SATED - RJ, que reivindicava uma jornada de trabalho não superior a 6 horas aos profissionais. Como alternativa a paralisação da faixa, a emissora exibiu uma versão compacta da novela "Locomotivas", com 78 capítulos, de 17 de novembro de 1986 a 14 de fevereiro de 1987, exibida originalmente entre 1º de fevereiro a 12 de setembro de 1977. Após essa exibição, finalmente em 16 de fevereiro de 1987 a novela inédita "Direito de Amar" pôde estrear.[3][4]

Reprises[editar | editar código-fonte]

Foi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 15 de março a 2 de julho de 1993, em 80 capítulos, substituindo Bebê a Bordo e sendo substituída por Barriga de Aluguel.[5]

Foi reexibida na íntegra pelo Viva de 29 de janeiro a 16 de agosto de 2018, substituindo Fera Radical e sendo substituída por Baila Comigo, às 14h30.[6] Seis anos depois, a versão de 2006 foi reapresentada, sendo a primeira telenovela a ter as duas versões exibidas pelo canal.[7]

Outras Mídias[editar | editar código-fonte]

A novela foi disponibilizada na íntegra na plataforma de streaming Globoplay em 12 de setembro de 2022.[8]

Remake[editar | editar código-fonte]

Em 2006 a Rede Globo fez uma nova versão da trama. Também escrita por Benedito Ruy Barbosa, Edmara Barbosa e Edilene Barbosa contou com Débora Falabella, Danton Mello, Patrícia Pillar e Osmar Prado nos papéis principais.[9]

Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

Sinhá Moça
Sinhá Moça (1986)
Trilha sonora
Lançamento Maio de 1986
Gênero(s) Vários
Gravadora(s) Som Livre

Capa: Juana Garibaldi Carvalho (modelo)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Sinhá Moça (1986) Site Teledramaturgia
  2. «Média Geral das Novelas das 18 horas da Globo de 1975 a 2010». TV Foco. 29 de maio de 2010. Consultado em 29 de outubro de 2015 
  3. Xavier, Nilson. «Locomotivas». Teledramaturgia. Consultado em 12 de julho de 2023 
  4. Xavier, Nilson. «Direito de Amar». Teledramaturgia. Consultado em 12 de julho de 2023 
  5. «Elenco de primeira e repetição de dobradinha: clássico da Globo estreava há 35 anos». TV História. 28 de abril de 2021. Consultado em 26 de outubro de 2021 
  6. «Primeira versão de "Sinhá Moça" será reprisada a partir do dia 29 no Viva». UOL. 18 de janeiro de 2018. Consultado em 26 de outubro de 2021 
  7. Redação (13 de novembro de 2023). «Sinhá Moça ganha reprise no VIVA». Portal Alta Definição. Consultado em 13 de novembro de 2023 
  8. «Confira as novidades de setembro, que chega repleto de estreias de Originais Globoplay». Globo Imprensa. 2 de setembro de 2022. Consultado em 2 de setembro de 2022 
  9. «Benedito Ruy Barbosa define nova "Sinhá Moça"». Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2005. Consultado em 21 de junho de 2017 
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