Sismo de Creta de 1810

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Sismo de Creta de 1810
Epicentro Mediterrâneo Oriental
35° N 25° E
Profundidade 90 km
Magnitude est.: 7.5 MW
Data 16 de fevereiro de 1810 (214 anos)
Zonas mais atingidas Creta, Egito e Malta
Vítimas 2 000 (est.)
epicentro está localizado em: Mediterrâneo
epicentro
Localização do epicentro no Mediterrâneo

O sismo de Creta de 1810 ocorreu às 22:15 de 16 de fevereiro. Causou grande destruição em Heraclião, alguns danos de Malta ao norte do Egito e foi sentido da Itália central à Síria. 2 000 mortes foram registradas em Cândia (Heraclião).[1]

Ambiente tectônico[editar | editar código-fonte]

O arco helênico é uma característica tectônica arqueada relacionada com a subducção da placa africana abaixo da placa helênica. É uma das zonas sísmicas mais ativas na Eurásia Ocidental e tem uma história de grandes terremotos que também afetam o Egito.[2] Grandes terremotos com epicentros próximos de Creta e ao norte da ilha são tipicamente eventos de profundidade intermediária, localizados na interface da placa de subducção. Tais eventos são frequentemente M > 7, mas devido a profundidade deles, causam relativamente poucos danos para o tamanho deles, enquanto são muito sentidos.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

O terremoto foi muito sentido com registros de lugares tão distantes como Chipre, Turquia, Síria, Itália central e várias partes do Norte da África.[4][5] O choque principal é relatado como tendo durado por dois minutos em Malta.[1] Há registros de um tsunami, com ondas nos portos de Malta e Alexandria e canais próximos, embora estas tem mais a característica de seichas.[4][5]

O terremoto causou danos severos em Heraclião e nordeste de Creta. Danos também foram registrados em ilhas ao sul do Egeu, Cairo, Roseta e Alexandria ao norte do Egito e em Malta. Os registros do colapso de parte do Templo de Amon no Oásis de Siuá em 1811 tem sido também atribuídos ao evento de 1810, ao invés de um terremoto separado, que é agora considerado como um "evento espúrio".[4]

Referências

  1. a b Mallet 1855, p. 87.
  2. Hamouda 2006, p. 37-44.
  3. «Tectonic Summary of Greece» (em inglês). Consultado em 9 de fevereiro de 2014 
  4. a b c Ambraseys 1994, p. 63.
  5. a b Papadopoulos 2010, p. 7; 21.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ambraseys, N.N.; Melville, C.P. (1994). The seismicity of Egypt, Arabia, and the Red Sea: a historical review. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-39120-7 
  • Hamouda, A.Z. Numerical computations of 1303 tsunamigenic propagation towards Alexandria, Egyptian Coast. Journal of African Earth Sciences. 44. [S.l.: s.n.] doi:10.1016/j.jafrearsci.2005.11.005 
  • Mallet, R. «On the facts of earthquake phænomena». Report of the annual meeting, Volume 1854 
  • Papadopoulos, G.A.; Daskalaki E., Fokaefs A. & Giraleas N. (2010). «Tsunami hazards in the eastern Mediterranean Sea: strong earthquakes and tsunamis in the west Hellenic arc and trench system». Journal of Earthquakes and Tsunamis