Slut-shaming

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Em sexualidade humana, slut-shaming (do inglês, slut, gíria para se referir a mulher vadia, promíscua, prostituta,[1] e shaming, de shame, verbo que significa "envergonhar, causar vergonha", em tradução livre, seria "[pôr] pecha de prostituta"[2][3][4] ou "tachar de prostituta"[5][6] ou "de vadia"[7]) é uma forma de estigma social aplicada a pessoas, especialmente mulheres e meninas, que são percebidas por violar as expectativas tradicionais de comportamentos sexuais. Alguns exemplos de casos em que as mulheres são "envergonhadas por ser vadias" incluem violar os códigos de vestimenta aceitos por vestir de forma percebida como sexualmente provocativas, o pedido de acesso ao controle de natalidade,[8][9] ou ter sexo casual antes do casamento. O termo pode ser traduzido em português como reprovação de conduta[10] ou censura moral.[11]

Definições e características[editar | editar código-fonte]

Slut-shaming é definida por muitos como um processo em que as mulheres são atacadas por sua transgressão aos códigos aceites de conduta sexual,[12] isto é, de adverti-las para um comportamento ou desejos que são mais sexuais do que a sociedade considera aceitável.[13] Emily Bazelon diz que slut-shaming é "retrógrado, o oposto da feminista. Chamar uma garota de slut avisa a ela que há uma linha: ela pode ser sexual, mas não muito sexual."[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Tom Dalzell; Terry Victor (2014). The Concise New Partridge Dictionary of Slang and Unconventional English. Routledge. p. 713. ISBN 978-1-317-62512-4.
  2. Jiménez, Claudia Salazar (11 de outubro de 2017). «Chimamanda Ngozi Adichie: "Nossa época obriga a tomar partido"». EL PAÍS 
  3. «Homem é condenado por chamar ex-mulher de prostituta». Consultor Jurídico 
  4. Fonseca, Maria Augusta (2007). Oswald de Andrade: biografia. [S.l.]: Globo. ISBN 9788525043528 
  5. «Diario iraní indigna a Francia al tachar de 'prostituta' a Carla Bruni» (em espanhol). Vanguardia.com. Consultado em 3 de janeiro de 2018 
  6. DE CARVALHO, Gisele Mendes (2010). «Delitos relativos à prostituição no Código Penal brasileiro: proteção da dignidade humana ou paternalismo jurídico?» (PDF). Ciências Penais. 12. Consultado em 3 de janeiro de 2018 
  7. «Amor sem posse: a vida de casais que se relacionam livremente». A Notícia 
  8. Lamb, Sharon (27 de junho de 2008). «The 'Right' Sexuality for Girls». Chronicle of Higher Education. 54 (42): B14–B15. ISSN 0009-5982. (pede subscrição (ajuda)) 
  9. Albury, Kath; Crawford, Kate (18 de maio de 2012). «Sexting, consent and young people's ethics: Beyond Megan's Story». Continuum: Journal of Media & Cultural Studies. 26 (3): 463–473. doi:10.1080/10304312.2012.665840 
  10. Cesar Kiraly. Os Limites da Representação: um ensaio desde a filosofia de David Hume. [S.l.: s.n.] 220 páginas. isb 9788578550790 
  11. Fernado Galvão (2007). Direito Penal Curso Completo. [S.l.]: Editora del Rey. 951 páginas. isb 9788573088830 
  12. Jessica Ringrose (21 de agosto de 2012). Postfeminist Education?: Girls and the Sexual Politics of Schooling. [S.l.]: Routledge. p. 93. ISBN 978-1-136-25971-5. Consultado em 16 de maio de 2013 
  13. Denise Du Vernay. Feminism, Sexism, and the Small Screen. [S.l.: s.n.] pp. 163–182  in Joseph J. Foy; Timothy M. Dale (24 de abril de 2013). Homer Simpson Ponders Politics: Popular Culture as Political Theory. [S.l.]: University Press of Kentucky. p. 164. ISBN 978-0-8131-4151-0. Consultado em 16 de maio de 2013 
  14. Emily Bazelon (19 de fevereiro de 2013). Sticks and Stones: Defeating the Culture of Bullying and Rediscovering the Power of Character and Empathy. [S.l.]: Random House Publishing Group. p. 95. ISBN 978-0-679-64400-2. Consultado em 16 de maio de 2013  Emphasis in original.