Tunamar

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Tunamar
   Bandeira da marinha que serviu Bandeira da marinha que serviu
Fabricante Chung Yi Shipbuilding, Taiwan
Comissionamento 1973
Renomeado Foo Lang III (de 1973 a 1980), Geraldtown Endeavour (de 1980 a 1986), Solana Star (de 1986 a 1990) e Charles Henri (de 1990 a 1994)
Estado naufragado [1]
Destino 11 de outubro de 1994
Características gerais
Tipo de navio pesqueiro de alto mar, atuneiro
Tonelagem 388 t [2]
Comprimento 40,7 m
Boca 7 m
Calado 3,3 m
Propulsão hélice
Notas
IMO 7738175

Tunamar foi um navio japonês fabricado em 1973 e que ficou mais conhecido no Brasil pelo seu nome posterior, Solana Star (seu nome original era Foo Lang III).[1]

História[editar | editar código-fonte]

Em 1987 o então Solana Star, vindo da Austrália em direção aos Estados Unidos, traficando 22 toneladas de maconha enlatada, teve que ir à costa brasileira para fazer reparos. Temendo serem abordados pela Marinha Brasileira, em 13 de setembro os tripulantes jogaram ao mar a carga de maconha. Das 22 toneladas a polícia só conseguiu apreender 3,5 t, fazendo com que o resto das latas ficasse à deriva no mar.[3]

Muitas dessas latas acabaram sendo levadas pela correnteza inicialmente às praias de São Paulo e posteriormente às do Rio de Janeiro, fazendo com que o período em que isso aconteceu ficasse conhecido como “o verão da lata” (1987/1988). O episódio ficou conhecido em todo o Brasil e a banda do baixista Renato Rocha, ex-parceiro da Legião Urbana, chegou a ser batizada como “Solana Star”.

O navio foi apreendido e depois foi leiloado; após este leilão teve seu nome mudado e passou a se chamar Charles Henri. No final da sua existência, ele foi convertido em navio pesqueiro de atum e recebeu um outro novo nome, o seu nome final, Tunamar. Ele acabou afundando em Arraial do Cabo, a leste da Ilha de Cabo Frio, em sua viagem inaugural de Niterói a Santa Catarina em 11 de outubro de 1994, durante um desvio que teve fazer para o rumo norte devido às más condições do tempo. Os seus destroços estão a uma profundidade média de 61,5 metros. Vinte e dois tripulantes sobreviveram, outros dois morreram e nove ficaram desaparecidos no interior do navio.

A história do navio foi contada no livro Verão da Lata de autoria do jornalista Wilson Aquino.[4]

Referências

Site

  1. a b «Naufrágio Tunamar». Naufrágios do Brasil. Consultado em 30 de outubro de 2014 
  2. «Tunamar fishing vessel». Marinetraffic. Consultado em 30 de outubro de 2014 
  3. «Cadastro de Naufrágio no Brasil, Tunamar». Brasil Mergulho. Consultado em 30 de outubro de 2014 
  4. Daniel Solyszko (25 de setembro de 2012). «"Verão da Lata" conta como 22 toneladas de maconha acabaram nas praias brasileiras em 87». UOL. Consultado em 30 de outubro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]