Soninha Francine

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Soninha Francine
Soninha Francine
Soninha em 2008
Vereadora de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2005
até 31 de dezembro de 2008

1º de janeiro de 2017
até 31 de dezembro de 2020

Secretária de Assistência Social de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2017
até 17 de abril de 2017
Prefeito João Doria
Antecessor(a) Luciana Temer
Sucessor(a) Filipe Sabará
Subprefeita da Lapa
Período 1º de janeiro de 2009
até 31 de março de 2010
Prefeito Gilberto Kassab
Dados pessoais
Nome completo Sonia Francine Gaspar Marmo
Nascimento 25 de agosto de 1967 (56 anos)
São Paulo, Brasil
Partido PT (1988-2007)
Cidadania (2007-presente)
Religião budismo[1]
Profissão Jornalista

Sonia Francine Gaspar Marmo (São Paulo, 25 de agosto de 1967) é uma apresentadora de televisão e política brasileira, filiada ao Cidadania.

Nascida no bairro de Santana,[2] formou-se em cinema pela ECA-USP, e participou de alguns filmes feitos pelos alunos do curso de cinema da ECA, mas tornou-se nacionalmente conhecida como VJ da MTV Brasil.

Soninha teve experiência como atriz amadora em várias peças. Sua primeira peça foi apresentada em inglês, no Festival de Teatro da Cultura Inglesa de São Paulo, onde participou de uma adaptação de Round and Round the Garden (Norman Conquests), texto de 1973 do renomado dramaturgo e diretor teatral inglês Alan Ayckbourn. A outra como Joana, papel principal da peça Gota d'Água de Chico Buarque de Holanda, atuando junto com Laerte Mello (Creonte), ambas dirigidas por Robson Camargo. A performance recebeu o prêmio The Best Production Award do Drama Festival da Cultura Inglesa de 1984.

Carreira na mídia[editar | editar código-fonte]

Soninha começou a trabalhar na MTV de São Paulo como assistente de produção, depois como diretora e coordenadora de produção, e então redatora, redigindo os textos para os VJs. Em 1994, começou a trabalhar ela mesma como apresentadora, substituindo os VJs. Permaneceu na emissora por dez anos.

Em 2000, passou a fazer parte da TV Cultura como apresentadora do programa "RG", destinado aos jovens. Neste período, ela se envolveu em um episódio polêmico: uma matéria de capa da revista Época, onde ela admitia que era usuária de maconha e defendia sua descriminalização. A repercussão do caso levou à sua demissão da TV Cultura, mas ela continuou assinando sua coluna na Folha de S.Paulo e exercendo o cargo de comentarista esportiva na ESPN Brasil.

Atualmente escreve também para a revista Vida Simples, entre outros veículos. Em 2007 foi uma das apresentadoras do programa Saia Justa.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Em 2004, disputou e venceu a eleição para vereador da cidade de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores, com um total de 50.989 votos, exercendo o seu mandato até 2008. Na Câmara Municipal de São Paulo, defendeu temas ligados aos direitos dos LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros), jovens, esporte, cultura, acessibilidade, democracia da tecnologia da informação e conhecimento, moradia e meio ambiente.

Foi proponente e relatora da CPI do Trabalho Análogo à Escravidão no município de São Paulo e relatora da Comissão Parlamentar de Estudos sobre as Mudanças Climáticas e seus efeitos no município de São Paulo.

Em 2006, disputou a eleição para deputada federal, também pelo PT, mas não conseguiu ser eleita. Recebeu um total de 44.953 votos.[3]

Em 27 de setembro de 2007, anunciou que iria se candidatar às eleições para a prefeitura de São Paulo, em 2008, depois de trocar de partido, indo para o PPS. Soninha ficou com 266.978 votos (4,19% dos votos válidos).

Em 2009, foi nomeada subprefeita da Lapa pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Permaneceu no cargo até 31 de março de 2010, quando saiu com a intenção de se candidatar ao governo do estado de São Paulo, o que acabou não se concretizando, pois seu partido, o PPS, decidiu apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. Foi então, no mesmo ano, editora do site oficial da campanha de José Serra à Presidência da República. Em fevereiro de 2011, assumiu o cargo de superintendente na SUTACO, da qual desligou-se em junho de 2012 para disputar pela segunda vez a prefeitura da cidade de São Paulo. Ficou com 162 384 votos (2,65% do votos válidos) no 1º turno. No 2º, declarou apoio a candidatura de José Serra.[4]

Em 2013, lançou o Blog Tecla Sap,[5] "Traduzindo a Política para o Português", que busca informações disponíveis na internet mas pouco acessadas pelo público em geral e explica seu significado para o público menos familiarizado com o vocabulário da política, legislação e administração pública.

Em 2015, foi convidada, pelo governador Geraldo Alckmin, a assumir a Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual de São Paulo.[6] Nas eleições de 2016 Soninha foi eleita vereadora com 40 113 votos.[7] Em novembro de 2016 foi anunciada como secretária do Desenvolvimento Social.[8]

Em 2016, foi anunciada pelo eleito à Prefeitura da cidade de São Paulo João Dória, a assumir a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.[9]

Em 17 de abril de 2017, após 110 dias à frente da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, é anunciada a saída de Soninha Francine do cargo pelo Prefeito João Dória, sob a justificativa de não possuir o perfil necessário para administrar a pasta municipal.[10]

Nas eleições municipais de 2020, foi candidata a vereadora pelo partido Cidadania, mas recebeu apenas 13 338 votos e não conseguiu ser eleita. Seu partido não conseguiu eleger nenhum vereador em razão do quociente eleitoral.[11]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Mãe de três filhas, Soninha confessou ter feito aborto na terceira gravidez, quando estava se separando do marido. Houve complicações no processo cirúrgico, que a deixaram internada.[12]

Em 2013, durante uma ação social, Soninha conheceu um morador de rua – Paulo Sergio Rodrigues Martins – que dormia na Praça da Sé, e começou a se relacionar com ele. Paulo sofria de alcoolismo, e mesmo contra a vontade da família, Soninha o levou para morar em sua casa cerca de dois anos depois, e eles passaram a ter um relacionamento estável. Paulo conseguiu controlar seu alcoolismo em março de 2017, e passou a frequentar um templo budista junto com ela.[13][14]

Referências

  1. Francine, Sonia (2004). Porque sou budista?. São Paulo: Jaboticaba. 167 páginas 
  2. «Ponto de Partida». Site Oficial. Consultado em 19 de agosto de 2009 
  3. «Eleições 2006 > São Paulo - Apuração Estadual». g1.globo.com. G1. Consultado em 2 de março de 2017 
  4. «Soninha: Dados eleitorais». UOL. Consultado em 2 de março de 2017 
  5. «Tecla SAP». 23 de agosto de 2013. Consultado em 2 de março de 2017 
  6. «Soninha Francine cuidará de políticas LGBT do governo Alckmin». Glamurama. UOL. Consultado em 2 de março de 2017 
  7. «Veja os 55 vereadores eleitos em SP». Eleições 2016 em São Paulo. 2 de outubro de 2016 
  8. «Doria anuncia Soninha Francine e mais sete novos secretários para prefeitura de SP». O Globo. 10 de novembro de 2016 
  9. «Soninha aceita convite de Doria para ser secretária de Assistência Social». São Paulo. 2 de novembro de 2016 
  10. «Doria anuncia saída de Soninha da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de SP». G1. 17 de abril de 2017. Consultado em 17 de junho de 2017 
  11. «São Paulo/SP: apuração em tempo real de prefeito e vereador.». noticias.uol.com.br. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  12. SA, Trip Editora e Propaganda (2 de março de 2017). Tpm. [S.l.]: Trip Editora e Propaganda SA 
  13. «As paixões de Soninha». Estadão, Blogs. 17 de junho de 2017. Consultado em 17 de junho de 2017 
  14. «Não queria que o olhassem com aversão, diz Soninha sobre marido ex-morador de rua». BBC. 17 de agosto de 2018. Consultado em 20 de agosto de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]