Sport Club Corinthians Paulista

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Corinthians
Sport Club Corinthians Paulista
Nome Sport Club Corinthians Paulista
Alcunhas Timão
Time do Povo
Coringão
Campeão dos Campeões
Todo Poderoso
Alvinegro do Parque São Jorge
República Popular do Corinthians
Torcedor(a)/Adepto(a) Corinthiano[nota 1]
Fiel
Mascote Mosqueteiro
São Jorge
Gavião
Principal rival Palmeiras
São Paulo
Santos
Fundação 1 de setembro de 1910; há 113 anos
Estádio Neo Química Arena
Parque São Jorge
Capacidade 47,605[1]
18,500
Localização São Paulo, São Paulo, Brasil
Presidente Augusto Melo
Treinador(a) António Oliveira
Patrocinador(a) VaideBet[2]
Material (d)esportivo Nike
Competição Campeonato Paulista - Série A1
Campeonato Brasileiro - Série A
Copa do Brasil
Copa Sul-Americana
Basquetebol NBB
Ranking nacional Baixa 8.º lugar, 12 320 pontos[3]
Website corinthians.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Temporada atual

O Sport Club Corinthians Paulista, comumente referido como Corinthians, ou ainda pelo seu acrônimo SCCP, é um clube poliesportivo brasileiro da cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo. Foi fundado como uma equipe de futebol no dia 1 de setembro de 1910 por um grupo de operários do bairro Bom Retiro. Seu nome foi inspirado no Corinthian Football Club de Londres, que excursionava pelo Brasil.

Embora tenha atuado em outras modalidades esportivas ao longo dos anos, seu reconhecimento e suas principais conquistas foram alcançados no futebol.[4] O clube é um dos mais bem sucedidos do Brasil e das Américas nos últimos anos.[5] É o terceiro maior campeão nacional, com onze conquistas, ficando atrás somente do Palmeiras (17 conquistas) e Flamengo (14 conquistas). Conquistou dois Mundiais de Clubes da FIFA,[6] uma Copa Libertadores da América de forma invicta, uma Recopa Sul-Americana, sete Campeonatos Brasileiros,[7] três Copas do Brasil,[8] uma Supercopa do Brasil, cinco Torneios Rio-São Paulo (recordista, ao lado de Palmeiras e Santos), 30 Campeonatos Paulistas (atual recordista) e uma Copa Bandeirantes (único vencedor).

Suas cores tradicionais são o branco e o preto. Desde 2014, manda suas partidas de futebol na Neo Química Arena. Seus rivais históricos são o Palmeiras, com quem disputa o Derby Paulista; o São Paulo, com quem disputa o Majestoso; e o Santos, com quem disputa o Clássico Alvinegro. Sua torcida é conhecida como "Fiel"[9] e seus torcedores são estimados em aproximadamente 30 milhões espalhados por todo o Brasil e pelo mundo, atrás nacionalmente somente do carioca Flamengo.[10][11] a sua torcida é considerada também uma das maiores torcidas do mundo.[12][13]

De modalidades esportivas importantes ao longo da história corintiana,[14] destacam-se o basquete, onde o clube desfrutou de relativo sucesso, especialmente durante as décadas de 1950 e 1960, com a conquista de títulos paulistas, brasileiros e até sul-americanos, a natação que rendeu quatro conquistas do Troféu Brasil de Natação, atual Troféu Maria Lenk, e o futsal, a partir da década de 1970, que rendeu conquistas em torneios estaduais e nacionais. A influência do remo na história do clube modificou o escudo original, que aludia meramente ao futebol, com o acréscimo do par de remos e da âncora como aparecem até os dias de hoje.[15]

História

Fundação (1910-1912)

Ver artigo principal: Corinthian Football Club
O Corinthian Football Club (em foto do período 1896-1897)
A equipe do Corinthian Football Club que excursionou no Brasil em 1910 e que inspirou a criação do Sport Club Corinthians Paulista.

Em 1 de setembro de 1910, um grupo de cinco operários (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correa e Carlos Silva) do bairro paulistano Bom Retiro, sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, decidiram criar um novo time de futebol, além de mais oito pessoas que contribuíram com 20 mil réis e também foram considerados sócios-fundadores.[16] A ideia surgiu depois de assistirem à atuação do Corinthian FC,[17][18] equipe inglesa de futebol fundada em 1882, que excursionava pelo Brasil. Os ingleses eram chamados pela imprensa da época de "Corinthian's Team", mas o time brasileiro só seria batizado "Sport Club Corinthians Paulista" depois de muita discussão e algumas reuniões. O presidente escolhido por eles foi o alfaiate Miguel Battaglia, que já no primeiro momento afirmou, "O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time". Da primeira arrecadação de recursos à compra da primeira bola de futebol do clube pouco tempo se passou, na verdade, apenas uma semana. Um terreno alugado na Rua José Paulino foi aplainado e virou campo, e foi lá que, já no dia 14 de setembro, o primeiro treino foi realizado diante de uma plateia entusiasmada que garantiu: "Este veio para ficar". De partida em partida o time foi se tornando famoso, mas era ainda um time de várzea.[19]

Primeiros títulos (1913-1919)

Equipe do Corinthians em 1914, ano em que o clube conquistou seu primeiro título do Campeonato Paulista.

Em 1913, uma dissidência entre três clubes que disputavam o Campeonato Paulista abriu a oportunidade para que clubes de origem popular, conhecidos à época como "varzeanos", disputassem a competição organizada pela LPF, e o Corinthians ganhou o direito de disputar pela primeira vez essa competição após vencer uma seletiva contra o Minas Gerais, representante do bairro do Brás, e o FC São Paulo, do bairro do Bixiga.

A estreia corintiana no Campeonato Paulista foi contra o Germânia, no dia 20 de abril de 1913, em duelo que terminou com vitória adversária, pelo placar de 3–1. Nos quatro jogos seguintes, foram três derrotas (para Internacional, Americano e Santos) e um empate (Ypiranga). A primeira vitória ocorreu no dia 7 de setembro, um 2–0 contra o Germânia. Nas três partidas seguintes, mais três empates (com Internacional, Ypiranga e Americano). Ao final do Paulista de 1913, o Corinthians terminou na quarta colocação, com seis pontos ganhos (uma vitória, quatro empates e três derrotas, oito gols a favor e 16 contra).[20][nota 2] De positivo, o time revelaria dois futuros ídolos: Neco e Amílcar.

A temporada seguinte seria marcante para a história corintiana. Com apenas quatro anos de existência, o time conquistou seu primeiro título, o Campeonato Paulista de 1914 (organizado pela LPF).[21] O Corinthians sagrou-se campeão de forma invicta, com 10 vitórias em 10 partidas, 37 gols marcados e 9 gols sofridos.[19][nota 3] Com 12 gols, Neco foi o artilheiro da competição.[19][22][23] A equipe que conquistou o primeiro título da história corintiana era formada por: Aristides, Fúlvio e Casemiro González; Police, Bianco e César Nunes; Américo, Peres, Amílcar, Apparício e Neco.[19] Ainda naquele ano, o Corinthians realizou sua primeira partida contra uma equipe estrangeira, o Torino. Os italianos venceram por 3–0.[24][25]

Duas décadas vitoriosas (1920-1940)

Jogadores do Corinthians, em 1933. Arquivo Nacional.
Teleco foi um formidável goleador corinthiano, com a espantosa marca de 251 gols em 246 partidas (média de 1,02 gol por partida), sendo o terceiro maior marcador da história corinthiana até o momento. Foi o artilheiro máximo dos campeonatos paulistas de 1935, 1936, 1937, 1939 e 1941. Era conhecido como O Rei das Viradas
Amílcar tornou-se o primeiro jogador do Corinthians a ser convocado para a Seleção Brasileira
Neco (com a camisa da Seleção Brasileira, em foto de 1920) é tido como o primeiro grande ídolo corintiano e foi o primeiro jogador do Corinthians a ser homenageado com um busto no Parque São Jorge.

Nas décadas de 1920 e 1930, o Corinthians firmou-se como uma das equipes mais importantes de São Paulo, rivalizando com o Clube Atlético Paulistano e a Societá Sportiva Palestra Itália (futuro SE Palmeiras). No período, o clube arrematou nove títulos paulistas (sendo três tricampeonatos, feito jamais alcançado por outro clube paulista). Além de Neco, que jogou no clube até 1930, Rato,[26] Del Debbio,[27] Tuffy,[28] Grané,[29] Teleco,[30][31] Brandão,[32] e Servílio de Jesus[33] despontaram como grandes ídolos do clube no período.

Tempos de jejum (1941-1950)

Em 1941, o Corinthians novamente conquistou o Campeonato Paulista. O título só não foi de maneira invicta por conta de uma derrota, na última rodada, contra o Palestra Itália. O time era ótimo, e a linha média — Jango, Brandão e Dino — impecável. A festa do título corintiano foi realizada no recém-inaugurado estádio do Pacaembu.[34]

Contudo, nos nove anos seguintes, o Corinthians viveu um jejum de títulos paulistas. Sem conquistas estaduais, o clube do Parque São Jorge consolou-se em levar por quatro vezes a Taça São Paulo (em 1942, 1943, 1947 e 1948) - torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior. Sem ter a disposição seu poderio técnico dos últimos cinco anos, o Corinthians foi vice-campeão paulista cinco vezes, sendo três delas seguidas, entre 1942 e 1950, numa época de ascensão do São Paulo, liderado pelo atacante Leônidas da Silva, como nova força no futebol paulista.[34]

Mesmo com a contratação de nomes de peso no futebol nacional, como a do zagueiro Domingos da Guia, aos 32 anos, em 1944,[35] ou dos atacantes Milani e Hércules em anos seguintes, o Corinthians amargaria quase uma década sem conquistas importantes. A situação só começaria a mudar a partir de 1949, quando uma nova geração de pratas-da-casa foi conduzida pelo técnico Rato (o mesmo Rato campeão como jogador na década de 1920) ao time principal. Os frutos seriam colhidos na primeira metade da década seguinte.[34]

Era de Ouro (1951-1960)

Baltazar, grande artilheiro corinthiano, que tinha a alcunha de Cabecinha de Ouro, por seus gols de cabeça que inspiraram a canção "Gol de Baltazar", popular até os dias de hoje
Gilmar, considerado o maior goleiro da história do Corinthians, defendeu o clube durante 10 anos, de 1951 a 1961 (à direita na foto, com Pelé, após a vitoriosa final da Copa do Mundo de 1958).

Após um período sem grandes êxitos futebolísticos, o clube renovou sua equipe para a década de 1950. Jovens formados nas "categorias de base" do Corinthians, como Luizinho,[36][37] Cabeção, Roberto Belangero e Idário,[38] juntaram-se a jogadores como Baltazar,[39][40] Carbone,[41] Cláudio[42][43] e Gilmar,[44][45] formando um dos melhores times da história corintiana e do Brasil.[46][47] Essa equipe foi campeã do Campeonato Paulista (1951 e 1952), do Torneio Rio-São Paulo (1950, 1952 e 1953) e da Pequena Taça do Mundo de 1953.

Foi também com essa geração que o clube saiu do Brasil pela primeira vez em sua história, tendo vencido um amistoso no Uruguai contra um combinado local, por 4–1, em junho de 1951. No ano seguinte, o time excursionou pela primeira vez à Europa, com partidas amistosas na Turquia, Suécia, Dinamarca e Finlândia (o saldo foi de nove vitórias, um empate e uma derrota).[48] Sendo vice Campeão Mundial ao perder na final para o Fluminense na Copa Rio Internacional.1953, o time deixou a disputa do Campeonato Paulista daquele ano, preparando-se para o torneio do ano seguinte, que celebraria o "IV Centenário da Fundação" da cidade de São Paulo. Naquele ano, o clube disputou a Pequena Taça do Mundo, que acabou sendo campeão.

Em 1954, o Campeonato Paulista daquela temporada despertou grande interesse em todos os clubes e torcedores, porque comemorava o "IV Centenário da Fundação" da cidade de São Paulo. Para a época, era considerado o título paulista mais importante da história.[46] Um empate contra o Palmeiras garantiu a conquista de um dos títulos mais importantes da história alvinegra, que coroou a geração vitoriosa dos anos cinquenta.[49] A década de 1950 ainda marcou internacionalmente o clube. Entre 1951 e 1959, o Corinthians disputou 64 partidas contra equipes estrangeiras, com 47 vitórias, dez empates e apenas sete derrotas. Ficou invicto por 32 jogos, de 1952 e 1954.[50]

No final da década de 1950, assumiu a presidência do clube por voto direto dos associados Vicente Matheus, que comandou o Corinthians durante oito mandatos.[51]

Um incômodo jejum e a era Rivellino (1961-1975)

Embora tenha conquistado apenas um título pelo Corinthians, Rivellino é considerado por muitos como o maior jogador da história do clube.

No Campeonato Paulista de 1961, o time fez uma campanha tão pífia que foi apelidado por torcedores rivais de "Faz-Me-Rir".[52] O clube apostou na contratação de craques que chegavam ao Parque São Jorge como "salvadores da pátria", mas que acabaram não vingando no time (como Almir Pernambuquinho em 1960[53] e Mané Garrincha em 1966).[54] Mas aquela década também marcava o surgimento de Roberto Rivellino, "O Reizinho do Parque".[55][56] Embora tenha vencido apenas um grande título pelo Timão[57] (o Torneio Rio-São Paulo de 1966), é considerado o maior jogador da história corintiana.

Em 1966, na tentativa de acabar com o "jejum" de títulos no Campeonato Paulista, a diretoria corintiana contratou o zagueiro Ditão e o volante Nair, que vieram da Associação Portuguesa de Desportos, além do atacante Garrincha, que chegou ao Parque São Jorge com 32 anos de idade. Na época, a verba destinada ao departamento de futebol foi recorde e o jornal "A Gazeta Esportiva" passou a tratar o time como o "Timão do Corinthians", e assim nasceu o apelido que acompanha o clube até hoje.[54] Ainda no final da década, o Corinthians venceria o Santos, após quase 11 anos sem vitórias sobre a equipe de Pelé em edições do Campeonato Paulista.[58] Paulo Borges e Flavio fizeram os gols dessa vitória corintiana.[59]

Em 1970, depois de uma conturbada negociação com a Portuguesa, o Corinthians contratou o lateral Zé Maria.[60][61] O jogador havia sido campeão mundial com o Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 1970, no México, na reserva de Carlos Alberto Torres. Para sair da fila, a diretoria corintiana trouxe nos anos seguintes nomes como Vaguinho (em 1971)[62] e Geraldão,[63] além de promover jogadores da base como Wladimir.[64][65] Além da interminável fila de grandes conquistas, o Corinthians também não conseguia chegar, com frequência, a finais de grandes torneios. Ficou de 1957 a 1974 sem decidir o Campeonato Paulista. Em 1974, havia grande esperança de se quebrar o jejum na final estadual contra o Palmeiras. Mas o rival acabou vencendo os corintianos, o que precipitou a saída de Rivellino para o Fluminense.[57]

A "Invasão corintiana" e o fim da angústia (1976-1980)

Taça do título paulista de 1977 no Memorial do Parque São Jorge. (Imagem: Alessandra A.)

Corinthians e Rivellino acabariam encontrando-se na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense, em 5 de dezembro, naquela que é uma das partidas mais marcantes da história corintiana. Dezenas de milhares de torcedores alvinegros viajaram para o Rio de Janeiro para assistir o duelo no Estádio do Maracanã, que acabou dividido entre os corintianos e fluminenses. Aquele momento acabou conhecido como "A invasão corintiana ao Maracanã".[66] A consagração daquele dia célebre para os corintianos veio como a vitória sobre o clube carioca nos pênaltis, após empate de 1–1 no tempo regulamentar. Na decisão do Brasileiro, o Internacional derrotou o Corinthians em Porto Alegre.

No começo de 1977, o presidente corintiano Vicente Matheus trouxe Palhinha, do Cruzeiro, por uma quantia recorde para a época: 7 milhões de cruzeiros. O jogador tornaria-se um dos ídolos da "Fiel" naquele período.[67] Menos de um ano depois de "invadir" o Maracanã, o Corinthians viveria uma de suas noites mais inesquecíveis em 13 de outubro, com a conquista do Campeonato Paulista, que se tornou um dos títulos mais importantes da história corintiana, pois representava o fim de quase 23 anos sem ganhar competições oficiais. Na última das três partidas, contra a Associação Atlética Ponte Preta, o título veio com o gol de Basílio, no segundo tempo.[68][69]

Para 1978, a diretoria do clube contratou Sócrates, que pertencia ao Botafogo de Ribeirão Preto e acabaria por ser considerado um dos maiores craques da história do alvinegro.[70][71] Outro que chegava naquele ano ao clube e seria ídolo no Timão era Biro-Biro.[72][73] Em 1979, o Corinthians voltaria a vencer o Campeonato Paulista contra a mesma Ponte Preta.[74]

A Era da Democracia Corintiana (1981-1984)

Ver artigo principal: Democracia Corintiana
O ídolo Sócrates, idealizador da democracia corintiana.

No início de 1981, o presidente Vicente Matheus foi buscar pessoalmente na Arábia Saudita o meio-campo Zenon, que havia se destacado no Guarani Futebol Clube em temporadas anteriores e assumiria a camisa 10 do Corinthians, no lugar de Palhinha.[75] Mas após não conseguir um bom desempenho no Campeonato Paulista daquele ano (que era classificatório para o Campeonato Brasileiro do ano seguinte), o clube teve de jogar a Taça de Prata, espécie de "segunda divisão" do Campeonato Brasileiro, em 1982.[76]

Os resultados ruins em campo levaram a mudanças na diretoria com a saída de Vicente Matheus, e os jogadores passaram a ter papel ativo nas decisões do clube. Tudo era resolvido pelo voto, das contratações ao local de concentração.[70] O período ficou marcado como a "Democracia corintiana".[77] As mudanças surtiram efeito. Em 1982, quando liderados pelos ídolos Sócrates, Wladimir, Casagrande,[78] Biro-Biro e Zenon, o clube conquistou o Campeonato Paulista em cima do São Paulo, que tentava o tricampeonato na competição.[70][79] No ano seguinte, o Corinthians repetiria a final contra o rival e uma vez mais conquistaria o torneio. Ainda naquele ano, o Corinthians havia aplicado a maior goleada da história do Campeonato Brasileiro, um acachapante 10–1 sobre o Tiradentes, do Piauí, com quatro gols de Sócrates.

No ano seguinte, a equipe corintiana não conseguiu o seu quarto tricampeonato paulista, tendo perdido o título para o Santos. Já pelo Campeonato Brasileiro, o time do Parque São Jorge fez sua melhor campanha desde o vice-campeonato da edição de 1976 e chegou à semifinal. O plantel alvinegro foi eliminado pelo Fluminense, mas a campanha é também lembrada pela goleada por 4–1 sobre o Flamengo de Zico e companhia.

Aposta na base e primeiro título brasileiro (1985-1992)

Conhecido como Xodó do Fiel, Neto foi o grande ídolo dos corintianos entre as temporadas de 1989 e 1993.

Em 1985, já sem Sócrates em seu plantel[80] e com o fim da Democracia Corintiana, a nova diretoria corintiana apostou na consolidação de uma grande equipe, com as contratações de De León, que deixou o Grêmio como o jogador mais caro do futebol brasileiro até então, Serginho Chulapa e Dunga, que se somavam a reforços do ano anterior, como Carlos, Édson e Juninho, contratados da Ponte Preta, e aos bem estabelecidos Wladimir, Biro-Biro, Zenon e Casagrande.[81] O grande time, porém, só ficou no "papel": no Campeonato Brasileiro, o Timão foi eliminado antes das semifinais, e no Campeonato Paulista, a equipe ficou apenas em quinto lugar.[81]

Nos anos seguintes, o clube renovou-se com um elenco de jogadores como o volante Wilson Mano,[82] e o zagueiro Marcelo,[83] além de apostar em jogadores formados nas categorias de base corintiana, como o goleiro Ronaldo,[84] o volante Márcio Bittencourt e o atacante Viola. Assim, o Corinthians voltaria à conquista do Campeonato Paulista.[85]

Em 1990, o Corinthians conquistaria um dos títulos mais importantes de sua história. Com uma equipe dirigida pelo técnico Nelsinho e liderada em campo por Neto (que se consagraria como grande ídolo corintiano), o clube faturou seu primeiro Campeonato Brasileiro, vencendo na decisão o São Paulo.[86][87]

Em janeiro de 1991, o Corinthians ganhou a Supercopa do Brasil, tendo enfrentado o Flamengo, vencedor da Copa do Brasil de 1990, ganhando por 1 a 0, gol de Neto. No final do mesmo ano, Vicente Matheus deixava a presidência corintiana. Sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o clube e ficaria no cargo até 1993.

Era Dualib, o período das parcerias (1993-2006)

Marcelinho Carioca foi o grande ídolo dos corintianos entre as temporadas de 1994 e 2001.

Em 1993, em nova eleição, o presidente escolhido seria Alberto Dualib, e o clube conquistaria nos anos seguintes o Campeonato Paulista de 1995 e o seu primeiro título da Copa do Brasil, de forma invicta, cuja vaga conquistou após vencer a Copa Bandeirantes, no ano anterior.[88] O meia-atacante Marcelinho Carioca foi um dos grandes destaques dessas conquistas e despontaria a partir dali como grande ídolo do clube.

A Era Dualib foi marcada por parcerias com grupos privados: Banco Excel (1997), Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated (de 1999 a 2001) e MSI (de 2005 a 2007), que levaram muitos recursos financeiros ao clube, conquistas e polêmicas.[89][90] Entre grandes nomes que defenderam o clube, destacam-se Gamarra, Rincón, Vampeta, Edílson, Ricardinho, Kléber e Dida no elenco entre 1998 e 2000 e Carlitos Tevez, Mascherano e Nilmar no time de 2005 e 2006, entre outros nomes.

Já em relação a títulos, o clube conquistou mais três edições do Campeonato Brasileiro de Futebol (1998, 1999 e 2005), quatro do Campeonatos Paulistas (1997, 1999, 2001 e 2003), a Copa Bandeirantes (na sua única edição, em 1994), uma Copa do Brasil (em 2002), além do primeiro Campeonato Mundial de Clubes (em 2000), a maior conquista desse período. Primeiro torneio do gênero organizado pela FIFA, o Corinthians superou os rivais de chave Raja Casablanca, Real Madrid e Al Nassr, e venceu a final contra o Vasco da Gama, na disputa por penais, sagrando-se o primeiro campeão mundial pela FIFA.[91][92][93]

Fim das parcerias, o rebaixamento e a volta por cima (2007-2010)

Ronaldo, principal nome entre 2009 e 2011.

Em 2007, a MSI deixou o clube, juntamente com seus principais jogadores: Tevez, Mascherano, Roger e Gustavo Nery. Pressionado, Alberto Dualib, que ocupava a presidência corintiana havia mais de uma década, também deixou o cargo.[94] Após eleição ainda naquele ano, Andrés Sanchez foi eleito o novo presidente.[nota 4] A saída do MSI criou-se um período de instabilidade, que culminou do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro.[96][97]

Com investimentos em projetos de marketing, reformulação da equipe de futebol e comissão técnica (comandada por Mano Menezes),[98] o Corinthians deu a volta por cima com o vice-campeonato da Copa do Brasil[99][100] e o título da Série B, que garantiu a volta para a divisão principal do futebol do país.[101]

No final daquele ano, a diretoria corintiana acertou a contratação de Ronaldo Fenômeno, que se tornou o principal atleta do elenco nas duas temporadas seguintes, marcado pelos títulos Paulista (invicto) e da Copa do Brasil de 2009, além do centenário do clube, em setembro de 2010, quando foi anunciada a construção de seu novo estádio, no bairro de Itaquera.

A conquista da América, o segundo Mundial e um novo estádio (2011-presente)

A equipe que conquistou o Mundial de Clubes da FIFA de 2012
Elenco corintiano celebra a conquista do Mundial de Clubes da FIFA 2012.

A temporada 2011 começou com uma eliminação precoce na Copa Libertadores da América, mas o clube se recuperou com um vice-campeonato no Campeonato Paulista e sua quinta conquista no Campeonato Brasileiro de 2011.[102]

Com a manutenção do elenco base do título nacional, o Corinthians fez uma das mais importantes temporadas de sua história, ao se sagrar pela primeira vez campeão da Copa Libertadores - e de maneira invicta, vencendo o Boca Juniors na final[103][104] - e do Campeonato Mundial de Clubes da FIFA pela segunda vez, com uma vitória contra o campeão europeu Chelsea, com um gol de Paolo Guerrero.[105][106][107]

Apesar da conquista do Campeonato Paulista[108] e da Recopa Sul-Americana (ao bater o São Paulo),[109][110] ganhando também o título honorífico da Tríplice Coroa Internacional de Futebol.[111] O alvinegro não foi bem nos principais torneios da temporada 2013, sendo eliminado nas oitavas-de-final da Libertadores,[112][113][114][nota 5][118][119][120][121] nas quartas de final da Copa do Brasil[122] e terminado apenas uma décima colocação no Campeonato Brasileiro. Ao final daquele ano, com a saída de Tite, Mano Menezes foi contratado como novo treinador e com a missão de reformular o elenco corintiano consagrado de 2012.[123] O grande acontecimento do ano de 2014 foi a inauguração do novo estádio de futebol alvinegro, construído no bairro de Itaquera,[124] com uma partida entre Corinthians e Figueirense pelo Campeonato Brasileiro.[125] Logo depois, o estádio foi entregue a FIFA, onde foi palco da abertura da Copa do Mundo daquele ano e outros cinco duelos.[126] O time encerrou a temporada sem títulos, tendo sido eliminado ainda na primeira fase do Paulista,[127] nas quartas-de-final da Copa do Brasil[128] e terminado em quarto lugar no Brasileiro.

Para a temporada de 2015, o técnico Tite retorna ao clube pela terceira vez.[129] Inicia a preparação para a temporada disputando a primeira edição do torneio amistoso internacional Florida Cup, nos Estados Unidos. Destaque para a vitória por 2 a 1 sobre o clube alemão Bayer Leverkusen. No Campeonato Paulista foi eliminado nas semifinais,[130] pela Copa Libertadores[131] e Copa do Brasil[132] ficou nas oitavas-de-finais. Já no Campeonato Brasileiro, sagrou-se campeão pela sexta vez.[133] No ano de 2016 o alvinegro iniciou a preparação da temporada disputado a segunda edição da Florida Cup, destaque para a vitória de 3 a 2 sobre a equipe ucraniana Shakhtar Donetsk. Com o desmanche do elenco campeão brasileiro do ano anterior[134] e a saída do técnico Tite[135] para a Seleção Brasileira, foi eliminado nas semifinais do Campeonato Paulista,[136] eliminado nas oitavas-de-finais da Copa Libertadores[137] e nas quartas-de-finais da Copa do Brasil.[138] No Campeonato Brasileiro ficou na sétima posição, cuja classificação assegurou vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte após dez anos de ausência na competição.[139] O ano de 2017 iniciou com um vice-campeonato no torneio amistoso internacional da Florida Cup.[140] Ainda no primeiro semestre ficou na quarta fase da Copa do Brasil,[141] além da 28° conquista do Campeonato Paulista. No segundo semestre ficou nas oitavas-de-finais na Copa Sul-Americana[142] e encerrando o ano com a sétima conquista do Campeonato Brasileiro.[143]

O ano de 2018 teve um feito histórico, com a 29° conquista do Campeonato Paulista, sobre o arquirrival Palmeiras, ainda mais na arena deles, depois de perder o primeiro na Neo Química Arena, o Coringão conseguiu reverter o placar por 1 a 0 e vencer a decisão nos pênaltis.[144] Já o ano de 2019, reservou outra marca histórica, a 30° conquista do Campeonato Paulista, sobre o São Paulo, jogando em casa, depois de muito tempo o Corinthians conquistava novamente um tricampenato estadual. Para o ano de 2020 foram realizadas diversas novas contratações como Luan, Léo Natel entre outras. Iniciou o ano sendo vice-campeão paulista perdendo a final nos pênaltis para o seu rival Palmeiras. Com um elenco extremamente frágil, foi eliminado precocemente da Copa do Brasil e Libertadores, além de brigar contra o rebaixamento durante grande parte do campeonato.

Com o novo presidente eleito Duílio Monteiro Alves assumiu o clube com o objetivo de abater as grandes dívidas que foram impostas sobre o Corinthians principalmente por causa de seu antecessor Andrés Sanchez. No ano de 2021, o clube passou por diversas dificuldades ao longo da temporada sendo eliminado precocemente do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana. Após a dispensa de diversos jogadores e com a contratação de nomes de peso como Willian , Róger Guedes, Renato Augusto e Giuliano o clube voltou a apresentar um bom futebol, terminando a temporada classificado para a Libertadores. Para a temporada 2022, com alguns novos reforços e com um início conturbado nas competições após a demissão do técnico Sylvinho e a contratação do técnico Vítor Pereira o clube voltou a apresentar um bom desempenho dentro de campo. Foi eliminado precocemente no Campeonato Paulista, entretanto retornou as quartas de final da Libertadores após 10 anos e foi finalista da Copa do Brasil sendo vice-campeão na competição. Encerrou a temporada classificado para a Libertadores. No início de 2023, teve um início de temporada excelente. Entretanto foi eliminado precocemente no Campeonato Paulista. Foi eliminado na fase de grupos da Libertadores, e foi eliminado na semi-final da copa sul-americana e copa do brasil. No campeonato Brasileiro flertou contra o rebaixamento a temporada inteira, porém escapou da zona de rebaixamento. O presidente Duílio Monteiro Alves foi duramente criticado por suas decisões na temporada sendo chamado por alguns como o pior presidente da história por suas decisões.

Nas novas eleições presidenciais do clube, Augusto Melo foi eleito o novo presidente do clube e prometeu reformulações no clube.

Cores e símbolos

A evolução do uniforme corintiano, em 1910, camisa bege, shorts e meias brancas. Em 1920, camisa branca, short preto e meias brancas, em 1950, o segundo uniforme na cor preta com finas listras brancas e calções pretos, que é o usado até os dias de hoje. As cores oficiais são o branco e o preto.

Uniforme

Jogo disputado pelo Corinthians usando o segundo uniforme

Oficialmente, a primeira camisa do Corinthians teria a cor bege, em homenagem ao time inglês homônimo. A camisa de 1910 tinha detalhes em preto nas mangas, barra e gola. Os calções eram brancos e feitos com sacos de farinha.[145] Entretanto, para o jornalista Celso Unzelte, pesquisador da história do time, seria muito improvável que o clube, na época pobre e humilde, tivesse recursos financeiros para comprar uniformes que não fossem brancos, e mesmo a fotografia mais antiga do time, do Campeonato Paulista de 1913, mostra os jogadores vestindo camisas e calções brancos.[146]

Incontroverso é o fato de que, a partir de 1920, o Corinthians passou a jogar com camisa branca e calção preto, quando a diretoria conseguiu dinheiro para comprá-los. Desde então, tornaram-se o uniforme oficial.[145][147] A partir deste modelo, encontra-se registro das primeiras versões alternativas do uniforme, utilizadas em partidas específicas.[145] Somente em 22 de dezembro de 1946 os atletas do clube entrariam em campo com camisas numeradas, em um amistoso contra o Club Atlético River Plate, no Estádio do Pacaembu.[148] Em 1949, o clube usou uma camisa grená em um amistoso contra a Portuguesa de Desportos, como uma forma de prestar homenagem ao elenco do Torino Football Club da Itália, que foi vitimado em um acidente de avião contra a Basílica de Superga, em Turim.[145][149]

No final de agosto de 2010, o Corinthians lançou no Parque São Jorge a camisa em comemoração ao centenário do clube, que foi utilizada como uniforme titular nas partidas em casa até o final do Campeonato Brasileiro daquele ano. A camisa remete ao suposto primeiro uniforme utilizado pelo Corinthians em 1910, com as camisetas na cor bege e no escudo as letras "CP", fazendo referência ao primeiro símbolo utilizado pelo clube.[150]

Evolução dos uniformes

Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
1910
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
2023

Escudo

A bandeira do estado de São Paulo aparece no escudo.

Ao contrário da camisa, o escudo do Corinthians passou por várias alterações ao longo dos anos. Enquanto o time disputava apenas amistosos e torneios de futebol de várzea, a camisa não tinha distintivo. O primeiro foi criado às pressas para o jogo contra o Minas Gerais, válido pela eliminatória para a Liga Paulista de Foot-Ball de 1913, e levava apenas as letras "C" e "P" (de Corinthians e Paulista) enlaçadas.[151] Esse escudo seria usado até o ano seguinte, quando Hermógenes Barbuy, litógrafo e irmão do jogador Amílcar, criou o primeiro escudo oficial, elaborando uma moldura para as letras e acrescentando o "S" (de Sport), que estreou no amistoso contra o Torino (Itália), em São Paulo.[152]

Artista Orfeu Maia, criador da última versão do escudo

Pouco tempo depois a moldura fica maior, e a partir de 1919 o distintivo começa a ganhar o formato atual, com a bandeira do Estado de São Paulo ao centro. Em 1937, o presidente Getúlio Vargas baixou o Estado Novo e fez uma cerimônia pública com a queima das bandeiras de todos os Estados da federação, pois queria um governo forte e centralizado. A bandeira paulista só sobreviveu dentro do escudo do Corinthians. Após a queda do regime, o uso de símbolos regionais foi liberado.[151] Em 1939, o escudo ganhou uma boia rodeando o círculo, além de um par de remos e a âncora, em alusão ao sucesso do clube nos esportes náuticos. O desenho foi criado pelo pintor modernista Francisco Rebolo, que foi jogador do segundo quadro do Corinthians na década de 1920. Depois disso, o símbolo corintiano passou por pequenas alterações ao longo do tempo, como na bandeira e na moldura.[151]

Pensando na modernização do distintivo, em 1980, o artista Orfeu Maia criou uma nova versão de nosso brasão que perdura até os dias atuais, substituindo a boia por uma corda e criando um design gráfico fantástico.[153]

Em 1990, foi adicionada a primeira estrela em referência ao primeiro título brasileiro. O mesmo foi feito com as conquistas de 1998, 1999 e 2005, além de uma estrela maior com contorno prateado posta acima das demais, em homenagem à conquista do Mundial da FIFA de 2000. Em 2011 a diretoria do Corinthians resolveu deixar de lado todas as estrelas do distintivo do clube, relevando a importância do seu próprio símbolo.[154] Abaixo, a evolução dos escudos, desde a fundação até os dias atuais:

Evolução do Escudo do Sport Club Corinthians Paulista
1913 1914 1915 1915 1916-1919 1919-1939 1939-1979 1980-Presente

O mosqueteiro e São Jorge

O mosqueteiro, o mascote do Corinthians (foto de uma estátua de D'Artagnan em Maastricht).
São Jorge, o santo padroeiro do Corinthians.

O Corinthians adotou o "mosqueteiro" como seu mascote. Há duas versões sobre a origem do mascote corintiano.[151][155] A primeira seria por conta do clube ter pleiteado uma vaga na Liga Paulista de Futebol em 1913, da qual apenas participavam Americano, Germânia e Internacional (como os personagens Athos, Porthos e Aramis, do romance "Os Três Mosqueteiros", escrito pelo francês Alexandre Dumas, em 1844).[151] Como havia outros pretendentes à vaga, o Corinthians teve de disputar uma seletiva contra o Minas Gerais (do Brás) e o FC São Paulo (do Bixiga), outros dois grandes da várzea paulistana. Após ter vencido as duas equipes, o Corinthians garantiu o direito de disputar a Divisão Especial da Liga, ganhando da imprensa o apelido de D'Artagnan, o quarto mosqueteiro.[151][155]

Uma segunda versão para a utilização do "mosqueteiro" como mascote corintiano surgiu em 1929, quando o Corinthians venceu o Barracas (Argentina), por 3–1.[155] Foi a primeira vitória do clube paulista em partidas internacionais e que ganhou destaque nas páginas do jornal "A Gazeta", com o título dado pelo jornalista Tomás Mazzoni: "O Corinthians venceu com 'fibra de mosqueteiro'". Esta versão é adotada oficialmente pelo clube e pelos historiadores, como Celso Unzelte.[151]

Além do mascote, o Corinthians tem bastante apego a São Jorge. Depois de comprar o campo do Parque São Jorge, em 1926, o Corinthians adotou o santo como seu padroeiro. O clube construiu uma capela em homenagem a São Jorge dentro de sua sede social.[156]

Oração de São Jorge


Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge.
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem,
tendo olhos não me enxerguem,
nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar,
cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo amarrar.

Recentemente, devido a torcida organizada e escola de samba ligada ao clube Gaviões da Fiel, o gavião também tornou-se um dos mascotes do time.

Patrocinadores

A partir da década de 1980, a publicidade estava liberada nas camisas de futebol, mas o Corinthians não conseguia encontrar patrocinadores. Era o período da Democracia Corintiana, e a camisa estampou nas costas a frase "Dia 15, vote!", embalado pelas eleições diretas para governador em 1982.[145] Naquele mesmo ano, a empresa de material esportivo Topper exibia o seu logo no lado direito da camisa e, na final do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, exibiu nas costas (como exigia a legislação da época) o patrocínio da Bombril. Em 1983, a Cofap foi a primeira marca a ocupar também a frente da camisa, a partir do Campeonato Paulista. Em 1984, para renovar o contrato do ídolo Sócrates, o clube contou com ajuda da empresa Corona, conseguindo assim mantê-lo e tendo que pintar, em troca, um chuveiro na parte frontal da camisa.[145]

A partir de 1985, passou a ser patrocinado pela Kalunga, em acordo que perdurou até 1994. Desde então, o clube mudou de patrocínio constantemente. Na era Ronaldo, o clube manteve um contrato com o "Grupo Hypermarcas", além de ter vendido outros espaços da camisa para outras empresas. Atualmente, o banco estatal brasileiro Caixa é o principal patrocinador do clube, após ter fechado um acordo em novembro de 2012 para estampar sua logomarca até dezembro de 2014 além de ter a Nike como fornecedora de material esportivo até 2022.[157]

Estrutura e patrimônio

Estádios

Neo Química Arena
Sport Club Corinthians Paulista

Nomes
Nome Arena Corinthians
Apelido Itaquerão[158][159]
Características
Local Radial Leste, Itaquera, São Paulo, Brasil[160]
Gramado (105 x 68 m)
Capacidade 47.605 (oficial)[1] [nota 6]
Construção
Data 30 de maio de 2011 a 15 de abril de 2014
Custo R$ 1,150 bilhão (incluso juros bancários)[162][163]
Inauguração
Data 18 de maio de 2014
Partida inaugural Corinthians 0–1 Figueirense
Primeiro gol Giovanni Augusto
Recordes
Público recorde 63.267
Data recorde 9 de julho de 2014
Partida com mais público Países Baixos 0(2)–(4)0 Argentina[164]
Arquiteto Aníbal Coutinho

Neo Química Arena

Ver artigo principal: Neo Química Arena
Neo Química Arena possui o melhor sistema de iluminação do Mundo[165]

Desde que o Parque São Jorge havia se tornado uma casa modesta demais para comportar o grande número de torcedores do Corinthians, sempre houve muitos projetos,[166] mas nunca foram levados à frente.[167][168]

Em 27 de agosto de 2010 foi anunciada a construção de um novo estádio com capacidade prevista para 48 000 pessoas e um valor estimado em 350 milhões de reais.[169] Seu projeto foi de autoria de Aníbal Coutinho.[nota 7] Localizado em uma propriedade de 197 095,14 metros quadrados,[172] a área construída é de 189 mil metros quadrados.[160]

Construído pela Odebrecht entre 2011 e 2014, tinha previsão de custo inicial em 820 milhões de reais.[173] Porém, seu preço final atingiu R$ 985 milhões, ressaltasse que nesta conta não estão incluídos os gastos com as arquibancadas móveis (custeadas pelo governo de São Paulo em parceria com a AmBev), as estruturas complementares da FIFA, que fizeram parte do projeto Copa do Mundo FIFA de 2014, e os gastos com pagamento de juros dos empréstimos bancários, ampliaram os custos para R$ 1,15 bilhão.[174]

O estádio está localizado a 19 quilômetros a leste do centro da cidade e a 21 km de distância do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. A estação de metrô mais próxima é a Corinthians-Itaquera, a 500 metros do estádio. Ela se conecta a uma estação de trem com o mesmo nome. A estação de metrô Artur Alvim está a 800 metros de distância. Se todos os usuários embarcaram em trens para deixar o estádio, ele estaria vazio em 30 minutos.[175] Durante os jogos do Mundial de 2014, um trem expresso ligou a Luz e a Estação Corinthians-Itaquera da CPTM, fazendo a viagem em 17 minutos.[176]

A Arena Corinthians foi inaugurada oficialmente em 19 de maio de 2014 com uma partida oficial entre Corinthians e Figueirense, válida pelo Campeonato Brasileiro, que terminou com vitória por 1 a 0 da equipe catarinense.[125]

Dias depois, sediou a abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014 entre Brasil e Croácia e outras cinco partidas da principal competição entre seleções nacionais do mundo, incluindo uma semifinal. Durante o Mundial, a Arena Corinthians teve excepcionalmente 19 800 assentos temporários a mais para atender exigência da FIFA.[177][178][179] As arquibancadas móveis foram retiradas após o fim da Copa.[180][181]

A Arena Corinthians foi uma das sedes do futebol olímpico no RIO 2016. O estádio recebeu 10 jogos, incluindo uma semifinal do masculino e a decisão da medalha de bronze no feminino.[182] É atualmente o 12º maior estádio do Brasil e o segundo maior do Estado de São Paulo.

Em novembro de 2018, a Conmebol comunicou que a Arena Corinthians iria substituir o Allianz Parque na competição entre seleções da América do Sul, sendo um dos seis estádios utilizados para a Copa América, que ocorreram entre 14 de junho a 7 de julho de 2019.[183]

A NFL (National Football League), liga estadunidense de futebol americano, fará um jogo oficial de sua temporada regular de 2024-25 no Brasil. O jogo será no segundo semestre de 2024 na Neo Química Arena, com equipes ainda a serem definidas.[184] A NFL estabeleceu a data de 6 de setembro de 2024 para a realização da partida. O Philadelphia Eagles será a equipe mandante com adversário ainda a ser definido.[185]

Estatísticas de jogos, público, renda e competições do Corinthians em sua Arena

* Atualizado até 28 de abril de 2023:

Quadro geral por ano
Ano J V E D GP GC SG AP MP
2014 18 12 5 1 34 14 20 75,93% 30 944
2015 35 26 6 3 74 21 53 80,00% 33 679
2016 34 24 8 2 62 17 45 78,43% 30 244
2017 34 20 11 3 50 24 26 69,61% 34 419
2018 35 19 9 7 41 25 16 64,44% 32 272
2019 38 19 13 6 47 28 19 61.40% 33 182
2020 23 10 8 5 28 23 5 55.07% 30 125*
2021 37 19 10 8 63 38 25 60.36% 32 662*
2022 36 22 9 5 54 19 35 69.44% 37 899
2023 10 7 2 1 20 7 13 73.33% 40 972
Total* 290 171 79 40 453 209 244 68.80% 35 326*

* Atualizado até 28 de abril de 2023:

Quadro geral por competição
Competição J V E D GP GC SG AP MP
Brasileiro 166 97 49 21 249 127 122 67.47% 33 642
Paulista 74 47 20 7 122 49 73 71.64% 30 664
Libertadores 20 11 4 5 32 12 20 64.91% 39 220
Copa do Brasil 24 15 3 6 42 18 24 63.77% 32 722
Copa Sul-Americana 11 5 3 2 19 4 15 54.55% 30 253
Amistosos 5 3 2 0 9 4 5 73.33% 28 346
Total* 300 173 79 41 457 211 246 68.05% 35 326

*Atualizado até 28 de abril de 2023.

Jogos oficiais Copa Libertadores Copa Sul-Americana Camp. Brasileiro Copa do Brasil Camp. Paulista Amistoso Número de pagantes Média de pagantes Renda total (R$) Renda média (R$) Ticket médio (R$/pag.)
300 20 11 166 24 74 5 8.098.167 35.326 465.517.390,97 1.915.709,43 57,48

Parque São Jorge

Ver artigo principal: Parque São Jorge
Visita Monitorada[186]

O Estádio Alfredo Schürig, mais conhecido como Fazendinha e Parque São Jorge, é um estádio de propriedade do Corinthians. Construído entre 1926 e 1928 através da ajuda financeira dos sócios do clube,[156] foi inaugurado em um amistoso entre Corinthians e América-RJ.[28] Em 1961, ganhou um novo sistema de iluminação, que estreou em uma partida contra o Flamengo, que resultou em uma vitória alvinegra por 7 a 2. A última partida da equipe profissional corintiana no Parque São Jorge ocorreu no dia 3 de agosto de 2002, em um amistoso contra o Brasiliense. Com capacidade atualmente para receber cerca de 18 000 espectadores, o Parque São Jorge tem sido utilizado para receber jogos do time de Futebol Americano do clube, o Corinthians Steamrollers, e também é usado para treinamentos e partidas das categorias de base corintianas.[156]

Com o grande crescimento da torcida do Corinthians, o Parque São Jorge ficou pequeno demais para receber partidas do clube, que passou a mandar suas partidas mais importantes para estádios maiores. O principal deles foi o Estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Estádio do Pacaembu, que pertence ao município de São Paulo e desde sua inauguração, em 1940, era considerado como a "casa" do Corinthians.[187] Entre as décadas de 1940 e 1960, o clube mandou quase todas suas principais partidas no Pacaembu, que viu o clube alvinegro ser campeão do Campeonato Paulista por três vezes na década de 1950.[188] A partir da década de 1970, o Corinthians também passou a usar como mandante o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi e de propriedade do São Paulo Futebol Clube.[188] Embora o clube alvinegro mantivesse o Pacaembu como estádio principal, o Morumbi, por ter uma capacidade maior, foi quase sempre o palco dos grandes clássicos e decisões corintianas (como finais do Campeonato Paulista e do Campeonato Brasileiro) entre meados dos anos setenta e fim da década de 2000.[188] Por conta de um desentendimento com Juvenal Juvêncio, então presidente do São Paulo, sobre o número de ingressos para uma partida do clássico Majestoso em 2009, a diretoria corintiana decidiu que nunca mais mandaria jogos no Morumbi, e o Pacaembu voltou a receber as principais decisões corintianas, como a do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Copa Libertadores de 2012, até a inauguração da Arena Corinthians.[188][189]

Estádio da Ponte Grande

Arquibancada principal do Estádio da Ponte Grande (foto de 1918)
Ver artigo principal: Estádio da Ponte Grande

O Estádio da Ponte Grande foi o primeiro estádio do Corinthians Paulista. Anteriormente o clube mandava seus jogos no "Campo do Lenheiro", em um terreno situado na antiga Rua dos Imigrantes, atual Rua José Paulino, no bairro do Bom Retiro onde o clube foi fundado. O Estádio da Ponte Grande foi inaugurado em 1918, e ficava próximo da Ponte das Bandeiras, onde hoje está localizado o Centro Esportivo e de Lazer Tietê, na região norte da cidade de São Paulo.[190]

No Estádio da Ponte Grande o Corinthians conquistou os títulos estaduais de 1922, 1923 e 1924, além de ter sido palco de algumas taças conquistadas em amistosos. Outro fato marcante foi o jogo entre a Seleção Brasileira x Corinthians. A partida amistosa aconteceu em 1925, e terminou empatada em 1-1. Apesar da importância histórica do local para o Alvinegro Paulista, há poucos registros fotográficos do que foi o primeiro Estádio do Corinthians.

Em 1926, o então presidente do Corinthians Ernesto Cassano compra o terreno do Parque São Jorge para o clube. O terreno pertencia ao Esporte Clube Sírio, e foi comprado por Ernesto Cassano por 750 contos de réis, pagos em dez anos. A partir dai o clube iniciou o processo de mudança da Ponte Grande na zona norte de São Paulo, para o bairro do Tatuapé, na zona Leste da cidade.

CT Joaquim Grava

Ver artigo principal: CT Joaquim Grava

O centro de treinamento da equipe profissional foi inaugurado em setembro de 2010. Seu nome de batismo é uma homenagem ao médico Joaquim Grava, principal idealizador do projeto. O CT corintiano é considerado um dos mais modernos do mundo.[191] Ele foi utilizado pela Seleção Iraniana durante a Copa do Mundo em 2014.[192]

Ao lado do CT Joaquim Grava, o Corinthians pretende construir um centro de treinamento para os atletas formados na base. O projeto prevê três campos oficiais (105x68m) com grama natural e um campo menor de grama sintética, um alojamento para 152 atletas e ainda refeitório e cozinha, além de uma mini escola com duas salas de aula e um auditório.[193]

Memorial

Inaugurado em janeiro de 2006, pouco tempo depois da conquista do quarto campeonato brasileiro pelo clube, o Memorial do Corinthians está localizado na sua sede social, no Parque São Jorge. O espaço apresenta a história do time através de vídeos, fotos e espaços que mostram ambientes reais do mundo do futebol.[194] Além das diversas taças expostas, o local possui espaços temáticos para as conquistas do Paulista de 1977, da Libertadores invicta de 2012 e das duas taças do Mundial da FIFA.

Situação financeira

Em 2012, com os títulos da Libertadores e do Mundial, a receita anual corintiana atingiu a expressiva marca de 358 milhões de reais.[195] Em abril de 2015, um relatório oficial revelou que a receita total do Corinthians foi de 258,2 milhões de reais em 2014, uma queda de 18% em relação aos R$ 316 milhões de 2013, e as dívidas do clube atingiram 313 milhões de reais.[196] Se incluídos os débitos para quitar a Arena Corinthians, o endividamento passava de 1 bilhão de reais, valor dez vezes maior de quando Andrés Sanchez assumiu o clube no fim de 2007.[195]

A dívida do Corinthians aumentou drasticamente a partir de 2008, principalmente pelas despesas com futebol profissional (que fez do time do Parque São Jorge aquele que mais gastou com pagamentos de salário e contratações entre 2009 e 2014, com 1,2 bilhão de reais, uma média de 200 milhões por ano), por impostos atrasados entre 2007 a 2010 (o que gerou um débito de 94 milhões de reais para a atual seguinte, de Mário Gobbi, que pôde quitar pouco mais que metade relativa aos impostos sonegados pela gestão Sanchez) e ainda pelo pagamento da construção da Arena Corinthians, que, entre juros e obra, custou 1,15 bilhão de reais.

Apesar do alto endividamento, de 2010 e 2014, o Corinthians foi um dos clubes mais valiosos do futebol brasileiro, liderando o ranking da consultoria BDO por cinco anos consecutivos e sendo o primeiro a ultrapassar a marca de 1 bilhão de reais, chegando em 2014 a 1,2 bilhão.[197][198][199][200] Em 2013, o ranking dos 20 clubes mais valiosos do mundo da revista Forbes colocava o Corinthians na 16ª posição, com renda avaliada no valor de 358 milhões de reais, sendo o único não europeu a constar na lista.[201][202] O Corinthians também liderou o ranking de 2014 dessa mesma revista sobre os 30 clubes mais valiosos da América, sendo avaliado em 579,9 milhões de dólares.[203]

A administração do presidente Duilio Monteiro Alves, vem procurando mitigar a grave situação financeira do clube, no 1º trimestre de 2021, o Corinthians teve superávit de R$ 3,5 mi.[204] Concomitante a ajustes em curso, o Corinthians assinou contrato com auditoria KPMG por auxílio na renegociação de suas dívidas, visando uma reestruturação pautada em auxílio na renegociação de dívidas e na captação de novos recursos.[205]

Torcida

Torcida do Corinthians no Pacaembu.

A torcida do Corinthians é chamada carinhosamente de "Fiel". De acordo com uma série de institutos de pesquisas, como Ibope e Datafolha, além da Revista Placar, o Timão possui entre 27 e 33 milhões de torcedores(as) espalhados(as) pelo país, levando-se em conta, nas dadas pesquisas, brasileiros a partir de 10 ou 16 anos de idade,[206] tendo a segunda maior torcida no Brasil, atrás nacionalmente somente do Flamengo.[207] Todavia, pesquisas de abrangência nacional mais recentes apontam um forte crescimento da torcida corintiana nos últimos anos, reduzindo a distância em relação aos rubro-negros cariocas.[11] Pelos dados do Datafolha, em 2014, que considera torcedores(as) a partir de 16 anos de idade (em um universo de 202,9 milhões de brasileiros), são 28,4 milhões de corintianos em todo o Brasil, sendo que na faixa de renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos, o Corinthians lidera com 17,6% dos brasileiros(as), bem acima do Flamengo que possui 10,9% nesta faixa e o São Paulo que possui 9,2% da população mais rica.[208] O crescimento alvinegro é percebido ao comparar a última pesquisa do Ibope, em 2010, que levava em conta torcedores com 10 anos ou mais e estimava 21,7 milhões de alvinegros espalhados pelo país.[206]

Analisando-se desde a primeira pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em 1993, até os dias atuais, chega-se à conclusão de que neste período a torcida corintiana foi a única que cresceu consideravelmente entre as equipes do Brasil. Em 1993, o instituto indicou que o Corinthians tinha 10% dos torcedores do país, com margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Ou seja, a equipe do Parque São Jorge teria entre 8% e 12% dos fãs. Já na última pesquisa, em 2014, o clube paulista aparece com 14% dos torcedores. Pela margem de erro, 12% ou 16%. Com esses números, o Corinthians foi o único time que conseguiu crescer acima da margem de erro em relação à primeira pesquisa. Em termos de comparação, o Flamengo tinha 17% em 1993 e 18% em 2014. Portanto, ficou dentro do margem de erro e não apresentou crescimento.[209] Somente no Estado de São Paulo estão concentrados cerca de 15,6 milhões de corintianos, com isso, o time do Parque São Jorge supera o número de torcedores somados de São Paulo e Palmeiras (os seus dois maiores rivais).[210] Outros 13 milhões de "fiéis" estão espalhados pelo resto do Brasil. Os corintianos lideram na região Sudeste.[211][212] Em Minas Gerais, o "Timão" tem 900 mil torcedores e é a terceira maior torcida nesse Estado - atrás somente de Atlético-MG e Cruzeiro.[213] No Sul do país, os corintianos só ficam atrás das torcidas de Grêmio e Internacional, inclusive no Rio Grande do Sul, onde conta com mais de 60 mil torcedores.[11][214][215] No Paraná a presença é grande, estado no qual o Corinthians possui mais de 1,5 milhões de alvinegros.[216][217]

"Bando de Loucos", um dos apelidos da torcida corintiana. (Imagem: Alessandra A.)

Fora das regiões Sul/Sudeste, o Corinthians consolida-se como segundo time mais popular do país.[214] Na soma das regiões Centro-Oeste e Norte, os corintianos também ficam com o segundo posto de torcida mais popular.[214] O mesmo acontece no Nordeste brasileiro.[214] Os corintianos têm forte presença de torcedores em Estados como Pernambuco (segundo pesquisa o Ibope, são quase 700 mil torcedores, que só perdem para os dois times locais: Sport Recife e Santa Cruz; já o Datafolha coloca como a segunda maior torcida do Estado).[218][219] Já no Ceará, o Timão tem mais de 700 mil torcedores e fica atrás de Fortaleza, Ceará e Flamengo.[216][220] Na Bahia, o Corinthians conta com mais de 1,1 milhão de torcedores, sendo superado somente por Bahia, Vitória e Flamengo.[216] No Distrito Federal o Timão possui 122 mil torcedores(as), sendo a terceira maior torcida.[221] Já em Goiás, fica atrás apenas de Goiás e Flamengo.

Um dos momentos mais marcantes protagonizados por seus torcedores ocorreu em 1976, na semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano, quando dezenas de milhares de corintianos foram ao Rio de Janeiro para assistir ao jogo válido pelas semifinais do Brasileirão, contra o Fluminense, até então conhecido como "A Máquina Tricolor" devido a imensa qualidade de seu escrete, no Estádio do Maracanã. O acontecimento ficou registrado na história como a "Invasão Corintiana".[222] Este também foi o maior público registrado em uma partida envolvendo o alvinegro no maior estádio do Brasil.[223] Outro evento marcante que contou com forte apoio de torcedores corintianos foi o Mundial de Clubes da FIFA de 2012, quando mais de 40 mil "fiéis" foram acompanhar o clube em Yokohama, no Japão.[224][225][226][227][228][229]

O recorde de público nos dois principais estádios do Estado de São Paulo, o Morumbi e o Pacaembu, foram registrados em partidas com a presença do Corinthians. No dia 9 de outubro[230] de 1977, mais de 146 mil pessoas assistiram ao duelo entre Corinthians e Ponte Preta, o segundo das finais do Campeonato Paulista daquele ano, que encerraria o tabu do "Timão" de 23 anos sem títulos oficiais.[carece de fontes?] Pelo Campeonato Brasileiro, o maior público no estádio também é corintiano e a marca foi estabelecida em 6 de maio de 1984, no duelo entre Corinthians e Flamengo, válido pelas quartas-de-final da competição.[231] No Pacaembu, o Corinthians reina soberano com nove dos dez maiores públicos da história do estádio.[carece de fontes?] O recorde de público do Pacaembu foi no clássico entre Corinthians e São Paulo, em 1942, que teve mais de 70 mil espectadores e contava com a estreia do astro Leônidas da Silva pelo time tricolor.[232]

Torcidas organizadas

Torcida Organizada do Corinthians em Florianópolis, Santa Catarina. (Imagem: Alessandra A.)

O Corinthians tem como principais Torcidas Organizadas a Gaviões da Fiel, a Camisa 12, a Fiel Macabra, a Pavilhão 9 e a Estopim da Fiel. Fundada em 1969, a Gaviões da Fiel é a maior delas e possui mais de 100 mil sócios.[233][234] Gaviões e Camisa 12 têm rivalidade histórica, pois a segunda nasceu de uma divisão entre diretores da primeira, dois anos depois da fundação dos Gaviões.[235] Hoje, existe uma divisão por razões políticas dentro da própria Gaviões da Fiel. Em jogos do clube como mandante, as quatro maiores torcidas corintianas cantam geralmente suas próprias músicas. As letras cantadas pelos integrantes da Gaviões da Fiel sobressaem-se sobre as demais torcidas uniformizadas, devido ao maior número de integrantes, e costumam ser acompanhadas pelos outros torcedores, normalmente desvinculados a qualquer facção, espalhados pelo estádio.

Fora do estádio, as organizadas têm participado efetivamente da vida político-administrativa do Corinthians, mesmo que por vezes de maneira um tanto radical. Um dos casos mais notórios desta participação ocorreu na queda de Alberto Dualib, na década de 2000, que estava há mais de 15 anos no poder corintiano.[223] Outros episódios já incluíram pressão e até ameaças sobre jogadores, entre os quais hostilidades contra atletas e invasão do Parque São Jorge durante a reapresentação do time após a queda na Copa Libertadores da América de 2000,[236][237] além de um protesto que culminou em agressões contra funcionários e ameaças a atletas em uma invasão ao CT Joaquim Grava em 2014.[238]

Clássicos, rivalidades e títulos

Ver artigo principal: Trio de Ferro

O Corinthians possui uma rica história diante de seus rivais históricos: contra o Palmeiras, São Paulo e Santos, sendo que os dois primeiros e o Corinthians fazem parte do chamado Trio de Ferro do futebol de São Paulo. O alvinegro paulistano é o único clube brasileiro a decidir títulos do Campeonato Brasileiro e confrontos em Copa Libertadores contra seus principais rivais.

No Campeonato Brasileiro, conquistou seu primeiro título na competição ao derrotar o São Paulo em 1990. Em 1994 e 2002 perdeu o título para Palmeiras e Santos respectivamente.

Pela Copa Libertadores, enfrentou o Palmeiras em seis oportunidades, com três vitórias cada, onde foi eliminado em 1999 e 2000 nas quartas-de-finais e semifinais respectivamente. Diante do Santos, ocorreram dois confrontos em 2012 nas semifinais, com uma vitória Corintiana e um empate. Contra o São Paulo foram dois confrontos em 2015 pela fase de grupos, com uma vitória cada.

Durante o ano de 2014, primeiro ano da nova casa Corintiana, a Arena Corinthians, o Corinthians obteve três êxitos diante dos rivais nos primeiros clássicos em sua arena. Vitória sobre o Palmeiras por 2 a 0,[239] vitória sobre o São Paulo por 3 a 2[240] e vitória por 1 a 0 sobre o Santos.[241] Todos os confrontos válidos pelo Campeonato Brasileiro do respectivo ano.

Derby paulista

Ver artigo principal: Derby Paulista
Derby 355 entre Corinthians e Palmeiras na Arena Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 2017. Partida válida pela 32° rodada vencida pelo Corinthians por 3 a 2

O Derby Paulista é o nome do clássico disputado entre Corinthians e Palmeiras, considerado o mais tradicional da capital paulista e uma das maiores rivalidades mundiais. O nome do clássico foi dado pelo jornalista Tommaso Mazzoni, numa referência à mais importante corrida de cavalo do mundo, o Derby de Epsom, no qual sempre foi difícil de apontar o vencedor. Em virtude da clássica corrida de cavalos, o nome Derby acabou sendo identificado mundialmente para os confrontos relevantes em todos os esportes.

Em 6 de maio de 1917, ocorreu o primeiro confronto entre os clubes, onde foi vencido pelo Palmeiras (na época, tinha o nome de Palestra Itália) pelo placar de 3 a 0, partida disputada no estádio Palestra Itália.

Uma das particularidades desta rivalidade, se deve ao fato de ambos os clubes evitarem as cores do rival. O lado do Corinthians evita a cor verde assim como o Palmeiras evita a cor preta em suas dependências, em alusão ao arquirrival.[242]

Os anos de ouro da rivalidade foi na década de 1990, onde decidiram Campeonatos Paulista e o Campeonato Brasileiro de 1994, além dos confrontos épicos pela Copa Libertadores, nos anos de 1999 e 2000, pelas quartas-de-finais e semifinais respectivamente, figurando como uma das rivalidades que mais decidiram no Brasil. [243][244][245]

Rival J V E D GP GC
Palmeiras 377[246][247] 129 114 134 494 541

Majestoso

Ver artigo principal: Majestoso
Majestoso 325 entre Corinthians e São Paulo na Arena Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 2015. Jogo válido pela 36º rodada com vitória do Corinthians por 6 a 1, com a entrega do troféu de campeão nacional

O clássico Majestoso é a rivalidade entre Corinthians e São Paulo. O nome do clássico foi idealizado pelo jornalista Tommaso Mazzoni.

O primeiro encontro entre os clubes ocorreu em 25 de maio de 1930, no estádio Parque São Jorge, com vitória do Corinthians por 2 a 1.

O auge da rivalidade, deu início nos anos 90, onde os dois clubes mediram forças pelas semifinais da extinta Copa Conmebol em 1994, semifinais de Campeonatos Brasileiros e decisões de Campeonatos Paulistas. Os grandes duelos se estenderam nos anos 2000, com decisão de Torneio Rio-São Paulo em 2002 e semifinal de Copa do Brasil.

Em decisões, Corinthians e São Paulo decidiram inúmeros Campeonatos Paulistas, a nível nacional decidiram o Campeonato Brasileiro de 1990, já a nível internacional decidiram a Recopa Sul-Americana de 2013. Figurando como a rivalidade brasileira que mais decidiu em números de torneios.[248]

Rival[249] J V E D GP GC
São Paulo 360 133 115 112 509 485

Clássico alvinegro

Ver artigo principal: Clássico Alvinegro
Clássico 321 entre Corinthians e Santos na Arena Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 2015. Partida válida pela 27º rodada vencida pelo Corinthians por 2 a 0

O Clássico Alvinegro é disputado entre Corinthians e Santos, o clássico possui este nome em alusão as cores dos dois clubes.

O primeiro duelo entre as equipes ocorreu em 6 de março de 1913, partida realizada no antigo estádio Parque Antarctica, onde a equipe do litoral venceu a equipe da capital por 6 a 3.

Um dos fatos mais marcantes da história desta rivalidade, foram os tabus sem vitórias dos rivais. O Corinthians ficou sem vencer o rival por 11 anos em campeonatos paulistas, enquanto o Santos ficou sem vencer o Corinthians por 7 anos considerando todos os campeonatos.

Em decisões de campeonatos, os alvinegros já decidiram alguns Campeonatos Paulista e decidiram o Campeonato Brasileiro de 2002. Em torneios internacionais se enfrentaram em uma oportunidade, pelas semifinais da Copa Libertadores de 2012 onde o Corinthians avançou para a decisão do torneio.

Rival J V E D GP GC
Santos 349 137 101 111 602 516

Outros confrontos

Títulos e honrarias

HONRARIAS
Coroas Competições Títulos Temporadas
Tríplice Coroa Internacional 1 2013
MUNDIAIS
Troféus Competições Títulos Temporadas
Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2 2000 e 2012
CONTINENTAIS
Troféus Competições Títulos Temporadas
Copa Libertadores da América 1 2012
Recopa Sul-Americana 1 2013
NACIONAIS
Troféus Competições Títulos Temporadas
Campeonato Brasileiro 7 1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017
Copa do Brasil 3 1995, 2002 e 2009
Supercopa do Brasil 1 1991
Campeonato Brasileiro - Série B 1 2008
INTERESTADUAIS
Troféus Competições Títulos Temporadas
Torneio Rio-São Paulo 5 1950, 1953, 1954, 1966 e 2002
ESTADUAIS
Troféus Competições Títulos Temporadas
Campeonato Paulista 30 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2009, 2013, 2017, 2018 e 2019

São Paulo

Copa Paulista 1 1962
TOTAL
Escudo Conquistas Títulos Categorias
Títulos oficiais 52 2 Mundiais, 2 Continentais, 12 Nacionais, 5 Interestaduais e 31 Estaduais

Campeão invicto

Principais títulos

Torneio Ano N.º
Campeonato Paulista 1914
Campeonato Paulista 1916
Campeonato Paulista 1922
Campeonato Paulista 1923
Campeonato Paulista 1924
Campeonato Paulista 1928
Campeonato Paulista 1929
Campeonato Paulista 1930
Campeonato Paulista 1937
Campeonato Paulista 1938 10º
Campeonato Paulista 1939 11º
Campeonato Paulista 1941 12º
Torneio Rio-São Paulo 1950 13º
Campeonato Paulista 1951 14º
Campeonato Paulista 1952 15º
Torneio Rio-São Paulo 1953 16º
Torneio Rio-São Paulo 1954 17º
Campeonato Paulista 1954 18º
Torneio Rio-São Paulo 1966 19º
Campeonato Paulista 1977 20º
Campeonato Paulista 1979 21º
Campeonato Paulista 1982 22º
Campeonato Paulista 1983 23º
Campeonato Paulista 1988 24º
Campeonato Brasileiro 1990 25º
Supercopa do Brasil 1991 26º
Copa do Brasil 1995 27º
Campeonato Paulista 1995 28º
Campeonato Paulista 1997 29º
Campeonato Brasileiro 1998 30º
Campeonato Paulista 1999 31º
Campeonato Brasileiro 1999 32º
Mundial de Clubes 2000 33º
Campeonato Paulista 2001 34º
Torneio Rio-São Paulo 2002 35º
Copa do Brasil 2002 36º
Campeonato Paulista 2003 37º
Campeonato Brasileiro 2005 38º
Campeonato Paulista 2009 39º
Copa do Brasil 2009 40º
Campeonato Brasileiro 2011 41º
Copa Libertadores 2012 42º
Mundial de Clubes 2012 43º
Campeonato Paulista 2013 44º
Recopa Sul-Americana 2013 45º
Campeonato Brasileiro 2015 46º
Campeonato Paulista 2017 47º
Campeonato Brasileiro 2017 48º
Campeonato Paulista 2018 49º
Campeonato Paulista 2019 50º

Estatísticas

Participações

Participações em 2023
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
São Paulo Campeonato Paulista 109 Campeão (30 vezes) 1913 2024
Brasil Campeonato Brasileiro 55 Campeão (7 vezes) 1967 2024 1
Série B/Taça de Prata 2 Campeão (2008) 1982 2008 2
Copa do Brasil 28 Campeão (1995, 2002 e 2009) 1989 2024
Supercopa do Brasil 1 Campeão (1991) 1991
Copa dos Campeões 2 Quartas de final (2001) 2001 2002
Copa Libertadores da América 16 Campeão (2012) 1977 2023
Copa Sul-Americana 9 Semifinal (2019 e 2023) 2003 2024
Copa Mercosul 4 Semifinal (2001) 1998 2001
Recopa Sul-Americana 1 Campeão (2013) 2013
Mundial de Clubes 2 Campeão (2000 e 2012) 2000 2012

Campanhas de destaque

Sport Club Corinthians Paulista
Torneio Campeão Vice-campeão Terceiro colocado Quarto colocado
Mundial de Clubes da FIFA 2 (2000 e 2012) 0 (não possui) 0 (não possui) 0 (não possui)
Copa Libertadores da América 1 (2012) 0 (não possui) 0 (não possui) 1 (2000)
Copa Sul-Americana 0 (não possui) 0 (não possui) 0 (não possui) 2 (2019 e 2023)
Recopa Sul-Americana 1 (2013) 0 (não possui)
Copa Conmebol 0 (não possui) 0 (não possui) 1 (1994) 0 (não possui)
Copa Mercosul 0 (não possui) 0 (não possui) 1 (2001) 0 (não possui)
Brasil Campeonato Brasileiro 7 (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017) 3 (1976, 1994 e 2002) 4 (1967, 1969, 1993 e 2010) 6 (1971, 1972, 1982, 1984, 2014 e 2022)
Brasil Copa do Brasil 3 (1995, 2002 e 2009) 4 (2001, 2008, 2018 e 2022) 2 (1997 e 2023) 0 (não possui)
Brasil Supercopa do Brasil 1 (1991) 0 (não possui)
Brasil Campeonato Brasileiro - Série B 1 (2008) 0 (não possui) 0 (não possui) 0 (não possui)
Rio de JaneiroXSão Paulo Torneio Rio-São Paulo 5 (1950, 1953, 1954, 1966 e 2002) 3 (1951, 1963 e 1993) 3 (1952, 1958 1960) 2 (1964 e 1965)
São Paulo Campeonato Paulista 30 vezes (Última em 2019) 21 vezes (Última em 2020) 25 vezes (Última em 2022) 11 vezes (Última em 1996)

Retrospecto em competições oficiais

Retrospecto do Sport Club Corinthians Paulista em competições oficiais de futebol.[250][251]

Última atualização: 28 de maio de 2021.

Torneios nacionais e regionais
Competição P T J V E D GP GC
Brasil Campeonato Brasileiro Unificado 52 7 1 458 626 430 402 1 949 1 521
Brasil Copa do Brasil 25 3 159 81 38 40 264 151
São Paulo Campeonato Paulista 107 30 2 604 1 461 643 500 5 260 2 798
São PauloRio de Janeiro Torneio Rio-São Paulo 15 5 219 94 46 79 371 371
Torneios internacionais
Competição P T J V E D GP GC
Mundial de Clubes da FIFA 2 2 6 4 2 0 8 2
Copa Libertadores da América 15 1 122 64 27 31 211 120
Copa Sul-Americana 7 0 36 14 13 9 47 37
Recopa Sul-Americana 1 1 2 2 0 0 4 1

P Participações, T Títulos, J Jogos, V Vitórias, E Empates, D Derrotas, GP Gols Pró e GC Gols Contra


Maiores artilheiros da história do clube

Jogadores que mais marcaram com a camisa do Corinthians.[252][253]

 
Goleadores
Brasil 1. Cláudio (1945–1957) 305
Brasil 2. Baltazar (1945–1957) 269
Brasil 3. Teleco (1934–1944) 257
Brasil 4. Neco (1913–1930) 243
Brasil 5. Marcelinho Carioca (1994–1997 / 1998–2001 / 2006 / 2010) 206
Brasil 6. Servílio (1938–1949) 200
Brasil 7. Luizinho (1948–1960 / 1964–1967 / 1996) 175
Brasil 8. Flávio (1964–1969) 172
Brasil 8. Sócrates (1978–1984) 172
Brasil 10. Paulo (1954–1960) 146

Jogadores que mais vestiram a camisa do clube

Jogadores que mais vezes atuaram com a camisa do Corinthians.[254][255]

Legenda: