Strider

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Strider
Produtora(s) Capcom
Editora(s) Capcom
Série Strider
Plataforma(s) Arcade
Conversões Amiga
Amstrad CPC
Atari ST
Commodore 64
DOS
Master System
Mega Drive
Sharp X68000
TurboGrafx-CD
Virtual Console (Wii)
ZX Spectrum
Género(s) Hack and slash
Plataformas
Sistema CPS-1
CPU Motorola 68000 @ 10 MHz
Zilog Z-80 @ 3.579 MHz
Som Yamaha YM2151 @ 3.579 MHz
Oki 6295 @ 7.576 MHz
Vídeo Raster, 384 x 224 pixels (horizontal), 4096 cores
Strider Returns

Strider (ストライダー飛竜, Sutoraidā Hiryū?) é um videogame do gênero plataforma lançado para arcade no ano de 1989 pela fabricante japonesa de jogos eletrônicos Capcom.[1][2]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Em 2048 o misterioso Grandmaster Meio dá início a seu plano de dominação mundial. Um guerreiro solitário surge como única chance da humanidade contra a tirania: trata-se de Hiryu, um membro "Classe A" da organização secreta Strider, que colocará toda sua força e perícia à prova, a fim de deter Grandmaster Meio e pôr fim a seu nefasto plano.[3][4][5]

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

Strider é um jogo de plataforma. No comando de Hiryu, o jogador deve percorrer cinco fases dentro de um limite de tempo, tendo como únicos recursos o pulo e a espada especial Strider conhecida como Cypher. São cinco fases ambientadas em diferentes partes do mundo como a Sibéria e a Floresta Amazônica, bem como na base espacial de Meio, onde ocorre a última batalha. Ao final de cada fase, um chefe deve ser derrotado, para que Hiryu possa seguir sua jornada. Durante o jogo, power ups coletados aumentam a capacidade de ataque de Hiryu, seja garantindo mais alcance à Cypher ou mesmo invocando a ajuda de robôs e animais biônicos, chamados no jogo de Options.[4][6]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Strider é o resultado de uma colaboração entre a Capcom e o estúdio japonês de mangás Moto Kikaku. O mangá intitulado Strider Hiryu foi lançado em 1988, porém não obteve o sucesso esperado, o que colocou em risco a produção do jogo.[7] Ainda assim a Capcom apostou no título e, em 1989, lançou Strider nos arcades. O sucesso do jogo estimulou a companhia a lançar também uma versão do jogo para NES, porém com uma história e jogabilidade completamente diferentes.[4][7] Novidade para a época foram a inclusão de cenas entre as fases e samples de vozes digitalizadas em vários idiomas como mandarim e russo, onde os inimigos zombam de Hiryu e apostam em sua derrota.[3]

Muitas das inspirações de Strider vem de elementos reais. A ação se passa na fictícia república soviética de Kazakh, de onde Grandmaster Meio inicia sua investida contra o mundo, numa clara referência à Guerra Fria e a União Soviética (que viria a se desfazer dois anos depois). Além disso, o chefe da primeira fase Ouroboros carrega uma foice e um martelo, que compõe o símbolo comunista.[6] Alguns elementos do jogo também trazem claras referências ao universo Star Wars: Grandmaster Meio se assemelha ao Imperador Palpatine e o caçador de recompensas Solo teve seu nome e design inspirados em Han Solo e Boba Fett respectivamente.[8]

Strider foi o terceiro título lançado para a plataforma CPS-1 da Capcom.[5]

Versões[editar | editar código-fonte]

Versões de Strider foram desenvolvidas para os principais consoles e computadores da época como Amiga, Atari ST, ZX Spectrum, Commodore 64, Master System, Sharp X68000 e Mega Drive.[1] A versão para Mega Drive foi o primeiro jogo a atingir a marca de 8 Megabits (equivalente a 1 Megabyte) no console[4][9], o que resultou numa versão bastante fiel ao arcade. Já a versão para NES é totalmente diferente das outras, tendo uma jogabilidade menos linear e envolvendo coleta de itens e pistas. Esta versão segue a ideia original do mangá Strider Hiryu.[7][10]

Continuações[editar | editar código-fonte]

Em 1990 foi lançada nos EUA uma sequência desenvolvida pela U.S. Gold sob licença da Capcom, chamada Journey From Darkness: Strider Returns para várias plataformas incluindo Master System e Mega Drive.[4] Porém, uma outra versão, desenvolvida pela própria Capcom chegou aos arcades em 1999 (10 anos após o lançamento do jogo original) chamada Strider 2.[1] Por sua vez, um port desse jogo foi lançado em 2000 para Playstation[1][4], contando com uma fase extra e a possibilidade de jogar com Hien, um Strider rival de Hiryu.[5]

Em 2014, um reboot da série foi lançado para Playstation 3, Playstation 4, Xbox One e Windows chamado apenas Strider.[2][4][5][11]

Outras aparições[editar | editar código-fonte]

Devido a sua popularidade, o personagem Hiryu aparece como personagem jogável de vários outros títulos da Capcom, notoriamente nos jogos da série Versus.[4][5]

Referências

  1. a b c d «Strider». Arcade Museum (em inglês). Consultado em 25 de abril de 2022 
  2. a b «Strider through the ages». Capcom Unit (em inglês). Consultado em 21 de abril de 2022 
  3. a b «Strider». Hardcore Gaming 101 (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2022 
  4. a b c d e f g h «Strider – O Ninja da Capcom em grande estilo na tela do Mega Drive!». Blog Tectoy. Consultado em 26 de abril de 2022 
  5. a b c d e «Video Game / Strider (Arcade)». Tvtropes.org (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2022 
  6. a b Márcio Alexsandro Pacheco. «Strider – O ninja da Capcom em sua era de ouro nos videogames». Cantogamer. Consultado em 3 de maio de 2022 
  7. a b c «STRIDER - O projeto multimídia da Capcom de um game ninja distópico pós-soviético». Destrutor.com.br. Consultado em 26 de abril de 2022 
  8. «Strider Hiryu, the secondmost awesome ninja of the 80s». Awesomez.net. Consultado em 2 de maio de 2022 
  9. Alexandra Hall. «Strider's Most Disappointing Console Port Had The Best Soundtrack». Kotaku.com (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2022 
  10. «The Making Of Strider». Retrogamer.net (em inglês). Consultado em 2 de maio de 2022 
  11. «Strider: O assassino de elite está de volta, em grande estilo!». Techtudo. Consultado em 27 de abril de 2022 


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