Suecos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Suecos
svenskar
Bandeira da Suécia
Mapa da diáspora sueca ao redor do mundo.
População total

~ 13 000 000 –14 000 000

Regiões com população significativa
 Suécia 8 000 000
 Estados Unidos 4 325 00
 Reino Unido 100 000
 Noruega 90 000
Espanha 90 000
 Alemanha 50 000
 França 30 000
 Tailândia 20 000
 Finlândia 15 000
 Dinamarca 15 000
 Itália 12 000
Línguas

Língua nacional
Sueco
Línguas minoritárias

Lapão, Meänkieli, Romani, Iídiche e Finlandês
Religiões
Maioritariamente protestantes luteranos, membros da Igreja da Suécia, minorias Católicas e neopagãs.
Grupos étnicos relacionados
Dinamarqueses, Noruegueses, Finlandeses e Islandeses

Os suecos (em sueco: svenskar) são um povo escandinavo que habita a Suécia, um país situado no lado leste da Península da Escandinávia. Falam maioritariamente o sueco, uma língua germânica. A maioria é protestante de matriz luterana.[1][2][3]

A população total da Suécia ascendia a 9 875 378 habitantes em 31 de março de 2015. A esperança média de vida está atualmente acima dos 80 anos - 84 anos para as mulheres e 80 para os homens, sendo a mais elevada na Halândia e a menos elevada em Bótnia Setentrional. Em 1800, cerca de 90% dos habitantes do país viviam no campo. Hoje vivem mais de 85% nas cidades.[3][4][5]

Entre 1850 e 1930, emigrou para os Estados Unidos mais de 1 milhão e meio de Suecos. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a Suécia recebeu pelo contrário um elevado número de imigrante, que atualmente constituem uns 15% da população.[6][3]

Num sentido mais abrangente, são suecos todos aqueles que têm a cidadania sueca, incluindo por consequência os suecos residentes no estrangeiro (utlandssvenskar), os imigrantes naturalizados suecos, assim como os suecos falantes de línguas minoritárias oficiais da Suécia.[7][8]

Minorias nacionais da Suécia[editar | editar código-fonte]

As minorias nacionais suecas, com língua oficialmente reconhecida, são:[9]

Origem genética[editar | editar código-fonte]

Os suecos dos nossos dias são o resultado de sucessivas vagas de migrantes chegadas à Suécia, ocorridas sobretudo durante a Idade da Pedra e a Idade do Bronze.[10][11][12][13][14][15][16]

A primeira vaga teve lugar quando os glaciares que cobriam a península da Escandinávia começaram a derreter há uns 17 000 anos atrás. Os primeiros grupos de caçadores nómadas da Idade da Pedra, originários do Médio Oriente via Balcãs e Europa Central (haplogrupo I), entraram na Escandinávia há uns 13 000 anos, atraídos pelas renas e outras presas de caça de maior porte.[17]

Numa segunda vaga, há uns 6 000 anos, chegaram os primeiros agricultores da Idade da Pedra, provenientes da Síria e Turquia dos nossos dias (haplogrupo R1b), seguidos 1 000-2 000 anos depois pelos pastores da Ásia (haplogrupo R1a).[18]

A vaga seguinte era composta por agricultores da Idade do Bronze (haplogrupo I1), vindos das estepes russas através da Alemanha.[19]

Nas ondas migratórias da Idade do Ferro chegaram grupos provenientes da Ásia (haplogrupo N), que se estabeleceram na Finlândia e no Norte da Suécia, aí encontrando por sua vez pequenas vagas do Sul da Suécia.[20]

Embora a base principal da população da Suécia esteja nestas três grandes correntes migratórias da Pré-história - caçadores da Idade da Pedra, agricultores da Idade da Pedra e agricultores da Idade do Bronze - o acolhimento de novos grupos continuou até aos nossos dias.

Com o advento da Era Viquingue, os Escandinavos trazem para a Suécia escravos e imigrantes das suas expedições às costas da Escócia, Irlanda Inglaterra e até Norte de África.[21] A chegada do cristianismo e a entrada na esfera medieval europeia, trouxe às poucas cidades existentes no país nos séculos XII e XIV um considerável número de comerciantes e artesãos alemães.[22]

Nos séculos XVI e XVI, houve uma importante imigração de camponeses finlandeses para as florestas da Suécia Central, e no século XVII, em menor número, de Valões da atual Bélgica para trabalhar na indústria do ferro.[23] No auge da sua potência – na época do Império Sueco – o país atraiu inúmeros escoceses, holandeses, ingleses, finlandeses e bálticos.[24]

Nos séculos XVII e XIX, a industrialização e os acontecimentos políticos, trazem para a Suécia novos habitantes, desde uma nova família real de origem francesa, a novos grupos de alemães, holandeses e escoceses. Os primeiros judeus, vindos da Alemanha, começam a estabelecer-se no país, sendo o seu número reforçado com novos grupos fugindo às perseguições religiosas e ao genocídio nazista. Novas leis muito severas para com os ciganos, revelam que estes já estavam no país desde o século XVI.[25]

Finalmente em meados do século XX, a modernização do país atrai grandes grupos de trabalhadores vindos da Finlândia, Itália, Grécia, Turquia e Jugoslávia. Com o recrudescer dos conflitos em África e no Médio Oriente, e já no dealbar do século XXI, numerosos refugiados procuram a Suécia, vindos da Somália, Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Eritreia, etc.[26]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Sueco». Infopédia. Consultado em 17 de maio de 2015 
  2. «Sueco». Aulete Digital. Consultado em 17 de maio de 2015 
  3. a b c Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Sverige i tiden - Svenskarna som statistik». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  4. «A esperança média de vida em Portugal está acima dos 80 anos». TSF. Consultado em 5 de junho de 2016 
  5. «Medellivslängd efter kön 1960−2015 och prognos 2016−2060» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 5 de junho de 2016. Arquivado do original em 28 de maio de 2016 
  6. «Befolkningsstatistik (Estatística da População (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia (Statistiska centralbyrån). Consultado em 4 de junho de 2016 
  7. Arne Schöldström e Ann-Sophie Gleisner. «Medborgarskap - Svenskt medborgarskap» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 17 de maio de 2015 
  8. «Skatten sämst enligt utlandssvenskar». Göteborgs-Posten. 5 de março de 2016. ISSN 1103-9345. Consultado em 5 de março de 2016 
  9. Frans af Schmidt. «Nationell minoritet» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca 
  10. Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (setembro de 2006). «Forntiden». Sveriges historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 12-13. 511 páginas. ISBN 9789151846668 
  11. Andersson, M. & Knarrström, B. (1999). Senpaleolitikum i Skåne. En studie av materiell kultur och ekonomi hos Sveriges första fångstfolk. Lund UV-Syd, Riksantikvarieämbetet.
  12. Karlsson et al (2006). Y-chromosome diversity in Sweden – A long-time perspective, European Journal of Human Genetics, 14, 963–970. [1]
  13. Atlas of the Human Journey - The Genographic Project
  14. Malmström (2007). Ancient DNA as a Means to Investigate the European Neolithic. Doctoral Dissertation. Acta Universitatis Upsaliensis, Uppsala.
  15. Bergman et al (2004). Deglaciation and Colonization: Pioneer Settlements in Northern Fennoscandia. Journal of World Prehistory, Vol. 18, No. 2, June 2004.
  16. «De var de första svenskarna (Eles foram os primeiros suecos (em sueco). SVT Nyheter. 15 de maio de 2017 
  17. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «De första jägarna». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 12-25. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  18. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Bönderna kommer37». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 26-. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  19. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Män med brons tar över». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 54-67. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  20. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Järn ger makt och samer blir samer». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 70-87. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  21. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Viking-DNA i väst och ost». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 88-104. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  22. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Ny gud, nytt rike». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 106-126. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  23. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Skogsfinnar och valloner». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 128-141. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  24. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Sverige blir som störst». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 142-159. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  25. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «1700- och 1800-tal». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 160-180. 232 páginas. ISBN 9789100167547 
  26. Bojs, Karin; Peter Sjölund (2016). «Den nya tidens folkvandringar». Svenskarna och deras fäder. De senaste 11 000 åren (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers. p. 182-193. 232 páginas. ISBN 9789100167547 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Media relacionados com Suecos no Wikimedia Commons
Ícone de esboço Este artigo sobre a Suécia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.