TV Continental
TV Continental | |
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TV Continental LTDA. | |
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Rua das Laranjeiras, 291 - Laranjeiras Brasil | |
Cidade de concessão | Rio de Janeiro, RJ |
Canais | 09 VHF analógico |
Slogan | Fique de olho no 9. |
Fundador(es) | Rubens Berardo |
Fundação | 15 de março de 1959 |
Sucessora | TV Record RJ (1982-1987) TV Copacabana (1987-1992) OM Rio (1992-1993) CNT RJ (1993-presente) |
Cobertura | Rio de Janeiro e Região Metropolitana |
A TV Continental foi emissora de TV do Rio de Janeiro, transmitida pelo canal 9 entre 1959 e 1972. Foi a terceira emissora inaugurada nesta cidade - após a TV Tupi (canal 6) e a TV Rio (canal 13) - fruto da perseverança de 3 nordestinos: o deputado Rubens Berardo e seus irmãos Carlos e Murilo. Com a fusão da ORB (Organização Rubens Berardo S.A., dona das rádios Continental e Metropolitana) com a Companhia Cinematográfica Flama, estava dado o passo para a fundação da TV Continental. A emissora se situava na Rua das Laranjeiras, 291, onde antes funcionava a Flama. O estúdio A era então o maior do Brasil, medindo 15m x 28m e com uma piscina que lhe serviria para inúmeras situações cênicas. O veterano Dermival Costa Lima vinha da TV Paulista para organizar a estação. A Continental chegou a ser apelidada de “Recreio dos Bandeirantes”, por ter trazido para sua equipe dezenas de profissionais de São Paulo. A pré-estréia foi no Maracanã, com a transmissão do jogo Brasil 2 x 0 Inglaterra, em 13 de maio de 1959. O locutor Waldir Amaral, habituado ao rádio, foi criticado por sua narração atrasada em relação aos lances. Três das quatro câmeras pifaram durante 20 minutos, dificultando o trabalho do diretor de corte Ibañez Filho, que ainda assim obteve bons resultados. O canal 9 do Rio de Janeiro entrou no ar oficialmente às 19h do dia 30 de junho de 1959, com a bênção das instalações e a presença de Juscelino Kubitschek na solenidade. A partir do dia 1° de julho, teve início a programação da semana inaugural. “Um Amigo Em Cada Rua”, slogan de campanha do deputado Rubens Berardo, também foi o título do show de abertura.
Teve seu auge no ano de 1960, quando contava com artistas como Elizeth Cardoso, Agnaldo Rayol e Ivon Cury. Mas logo entrou em crise, com salários atrasados e uma precariedade técnica e artística que se refletia na tela: atores esqueciam os textos, cenários caíam, lâmpadas estouravam no palco.
Em 1971, pouco antes de sua falência, a TV Continental foi despejada da Rua das Laranjeiras (onde hoje se localiza uma concessionária de automóveis) e mudou-se para um imóvel menor no bairro de Vila Isabel.
Em 1972, a TV Continental tem sua programação alugada à Ordem Religiosa dos Capuchinhos do Rio de Janeiro, mesmo assim, a emissora, já totalmente endividada e com todos os seus imoveis hipotecados, passou a transmitir sua programação (baseados em filmes e séries antigas) direto de um velho caminhão de transmissão localizado ao lado da ordem no centro do Rio. Tentou se reerguer com o nome de TV Guanabara, e tinha apenas duas horas diárias de programação educativa, realizadas pelo Instituto de Educação de Alfredina de Paiva e Sousa. Ainda em 1972, o DENTEL cassa a concessão do canal.
A TV Studios, então no canal 11 desde sua criação em 1976, arrematou em leilão oficial, dentre outras coisas, a torre de 45 metros da TV Continental que permitiu o início dos testes da nova emissora no Rio de Janeiro.[1]
As transmissões no canal 9 carioca só voltariam a partir de 1982, quando o canal se constitui na TV Record Rio de Janeiro de Silvio Santos. Em 1987, ainda sob o comando de Sílvio, muda de nome para TV Copacabana, assumindo no mesmo ano o nome definitivo TV Corcovado, que em 1992 é vendida para as Organizações Martinez, passando esse canal a ser a Rede OM Rio, atual CNT Rio.
Ver também
Referências
- ↑ http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx Revista Veja ed. 402 mai/1976 - página 102