Templo mortuário

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Templo Mortuário de Hatshepsut.

Templos mortuários ou funerários eram templos construídos ao lado ou nas proximidades das sepulturas reais no Egito Antigo. Estes templos eram destinados a comemorar o reinado do faraó para o qual foram construídas, bem como para serem usados para o culto do monarca após a sua morte.

História[editar | editar código-fonte]

Templos mortuários eram construídos em volta de pirâmides durante o Império Antigo e Médio, porém depois que os faraós do Império Novo passaram a construir suas tumbas no Vale dos Reis, os templos mortuários começaram a ser construídos separadamente. Estes templos do Império Novo eram chamados de "mansões de milhões de anos" pelos egípcios.[1]

Estes templos também eram usados como local de descanso para a barca de Amon no período do Belo Festival do Vale, durante o qual a estátua de culto do deus visitava a margem ocidental de Tebas.

O primeiro templo foi construído para Amenófis I, da 18ª Dinastia. Diversos outros governantes desta mesma dinastia construíram templos para o mesmo propósito, dos quais o mais conhecido era o de Deir Elbari, onde Hatexepsute construiu ao lado do templo funerário de Mentuotepe II,[2] e o de Amenófis III, do qual restam apenas os Colossos de Mêmnon.

Governantes posteriores à 18ª Dinastia deixaram de construir no local ou, no caso de Tutancâmon, e Horemebe, a construção de seus templos não chegou a ser concluída. O monarca Seti I, da 19ª Dinastia, construiu seu templo na região conhecida atualmente como Gurna.[3] Parte do seu "Templo glorioso de Seti Meremptah no campo de Amon que reside a oeste de Tebas" foi dedicado a seu pai, Ramessés I, cujo curto reinado impossibilitou-o de concluir seu próprio templo - concluído por seu filho, Ramessés II.

Ramessés II construiu seu próprio templo, conhecido posteriormente como Ramesseum (nome dado a ele por Champollion em 1829).[4] Bem mais tarde, durante a 20ª Dinastia, Ramessés III construiu seu próprio templo, em Medinet Habu.[5]

Referências

  1. Wilkinson, Richard H. (2000). The Complete Temples of Ancient Egypt. Thames & Hudson. p. 25
  2. K. Kris Hirst. «Pharaoh Hatshepsut's Deir el-Bahri». Consultado em 20 de abril de 2008 
  3. «Creatness eclipsed by magnitude». Al-Ahram Weekly. Consultado em 15 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 10 de dezembro de 2006 
  4. Guy Lecuyot. «The Ramesseum (Egypt), Recent Archaeological Research». Archéologies d'Orient et d'Occident. Consultado em 7 de março de 2007. Arquivado do original em 27 de novembro de 2006 
  5. Uvo Hölscher (1929). «Medinet Habu 1924-1928. II The Architectural Survey of the Great Temple and Palace of Medinet Habu (season 1927-28)». Chicago: University of Chicago Press. OIC. No. 5 
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