Termoformados

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Termoformagem é um termo utilizado para designar os métodos de transformação de polímeros efetuados por meio do aquecimento de chapas termoplásticas, com posterior moldagem por pressão positiva ou negativa (INNOVA, 2019[1]; MALPAGA, 2012 p. 13 e 14[2]; PICKLER, 2016 p. 31[3]; SULPLAST, 2019[4]).

Em todas as modalidades de termoformagem, a espinha dorsal produtiva pode ser estabelecida com base nas seguintes etapas: 1) posicionamento da chapa termoplástica na estrutura de moldagem; 2) aquecimento da chapa termoplástica até sua temperatura vítrea (tg); 3) conformação do material por pressão negativa ou positiva; 4) resfriamento; 5) extração do produto (INNOVA, 2019[1]; PICKLER, 2016 p. 37[3]; SULPLAST, 2019[5]).

A diferença entre os processos termoformados reside na fase de conformação, que pode ser efetuada por movimentação mecânica negativa ou positiva em relação ao molde, sucção a vácuo (pressão negativa), compressão (pressão positiva) ou atividade combinada de mais de uma destas ações (OLIVEIRA, 2015[6]).

Principais métodos de termoformagem[editar | editar código-fonte]

De acordo com Mundo do Plástico (2018)[7], os principais métodos de termoformagem são:

- Vacuum forming (Moldagem a vácuo);

- Vacuum casting (Molde com macho e fêmea);

- Press forming (Moldagem por pressão).

Dentre eles, o mais empregado na indústria de transformação é o vacuum forming, que possibilita o desenvolvimento de itens com precisão técnica, elevada resistência mecânica, espessura variável e boa relação custo/benefício, quando comparado a outros processos de transformação do plástico (MUNDO DO PLÁSTICO, 2018[7]; SULPLAST, 2019[5]).

Em função de suas vantagens, produtos termoformados são usados por diversos setores industriais como: automotivo, refrigeração, máquinas agrícolas, construção civil, embalagens, aeronaves e muitos outros (OLIVEIRA, 2015[6]; SULPLAST, 2019[5]).

Principais matérias-primas utilizadas[editar | editar código-fonte]

Diversos tipos de materiais termoplásticos podem ser utilizados nos processos de termoformagem, de acordo com as exigências de cada projeto. Mas segundo Pickler (2016, p. 36)[3], entre as principais matérias-primas usadas, é possível citar:

- Polipropileno (PP);

- Acrolonitrila-Butadieno-Estireno (ABS);

- Poliestireno (PS);

- Polimetacrilato de metila (PMMA);

- Policarbonato (PC);

- Polietileno (PE);

- Policloreto de vinila (PVC).

Além disso, também podem ser efetuadas misturas entre dois materiais como ABS+PMMA ou adicionar aditivos como cargas e reforços, para se conseguir potencializar determinadas propriedades como resistência UV, leveza, resistência mecânica, elasticidade, estabilidade dimensional, dentre outras (BRASKEN, 2002[8]; COSTA, 2019[9]; SULPLAST, 2019[5]).

História da termoformagem[editar | editar código-fonte]

Embora as primeiras iniciativas de termoformagem remontem à moldagem de carapaças de tartaruga (queratina) para confecção de recipientes para comida, por parte de povos pré-históricos do Egito e da Micronésia, processos menos artesanais surgiram apenas na década de 1870, quando John Wesley Hyatt e Charles Burroughs, passarama conformar nos EUA, chapas de celuloide ou nitrato de celulose em moldes de aço (PICKLER, 2016 p. 31[3]).

Mas segundo Pickler (2016, p. 32)[3], a termoformagem moderna se desenvolveu no período da 2ª Guerra Mundial, quando: “pesquisas em resinas de termoplásticos permitiram a comercialização da extrusão de PVC (policloreto de vinila), PS (poliestireno) e o desenvolvimento do PMMA (acrílico)”.

Em processo de evolução ao longo dos anos, atualmente a termoformagem é utilizada para produzir itens como pára-choques, painéis, carenagens  e proteções automotivas, forros e tampas de refrigeradores, além de muitos produtos presentes no dia-a-dia (PICKLER, 2016 p. 32[3]; SULPLAST, 2019[5]).

  1. a b INNOVA. «Manual de Termoformagem» (PDF). Consultado em 21 de outubro de 2019 
  2. MALPAGA, Isaac. Estudo de caso comparativo de viabilidade técnica e econômica entre processos de termoformagem e injeção plástica. 2012. 106 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia de Controle e Automação, Faculdade Politécnica de Jundiaí, Jundiaí, 2012.
  3. a b c d e f PICKLER, Guilherme de Pieri. Análise de eficiência energética de uma termoformadora de copos poliméricos descartáveis. 2016. 160 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/174696/344790.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 20 out. 2019
  4. Sulplast Fibra de Vidro e Termoplástico Ltda. (2019). «Termoplástico». Consultado em 26 de novembro de 2019 
  5. a b c d e Sulplast Fibra de Vidro e Termoplástico Ltda. «Vacuum Forming». Consultado em 24 de novembro de 2019 
  6. a b OLIVEIRA, Emerson. Processamento de Polímeros. Joinville: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, 2015. 74 slides, color. Aula do Curso de Técnico em Mecânica. Disponível em: <http://joinville.ifsc.edu.br/~emerson.oliveira/Processamento%20de%20Pol%C3%ADmeros/Vespertino/Processamento-Pol%C3%ADmeros.pdf>. Acesso em: 22 out. 2019.
  7. a b Mundo do Plástico. «Conheça os processos mais aplicados na termoformagem». Informa Markets. Consultado em 21 de outubro de 2019 
  8. BRASKEN. «Glossário de termos aplicados a polímeros» (PDF). Consultado em 23 de outubro de 2019 
  9. COSTA, Hamilton Nunes da. «A influência de cargas na composição da matéria-prima plastica». Consultado em 23 de outubro de 2019