The Emerald Forest

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The Emerald Forest
The Emerald Forest
"Que tipo de homem tentaria ano após ano, durante uma década, resgatar um menino perdido na mais selvagem floresta do mundo? Seu pai."
No Brasil A Floresta de Esmeraldas
Em Portugal A Floresta Esmeralda
 Reino Unido
1985 •  cor •  110 min 
Género
Direção John Boorman
Roteiro Rospo Pallenberg
Elenco
Música
Cinematografia Philippe Rousselot
Idioma inglês e português

The Emerald Forest (bra: A Floresta de Esmeraldas[1]; prt: A Floresta Esmeralda[2]) é um filme britânico de 1985, dos gêneros drama, ação e aventura, dirigido por John Boorman, com roteiro de Rospo Pallenberg.[1]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmio Categoria Recipiente Resultado
BAFTA 1986 Melhor trilha sonora Junior Homrich, Brian Gascoigne Indicado[3]
Melhor cinematografia Philippe Rousselot Indicado[3]
Melhor maquiagem e caracterização Peter Frampton, Paul Engelen Anna Dryhurst, Luis Michelotti, Beth Presares Indicado[3]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Baseado em fato, o filme conta a história de Tommy, o filho de um engenheiro norte-americano que trabalhava na construção de uma represa hidrelétrica em território amazônico. Quando as obras da hidrelétrica estão no início, Tommy é raptado por indígenas. O pai chega a correr pela floresta atrás do filho, mas não consegue ver seu filho nem os índios, que se autodenominavam "povo invisível".

O filme passa para um período de dez anos depois, quando o pai de Tommy, Bill Markham (interpretado por Powers Boothe) continua a procurá-lo pela Amazônia, visitando tribos que não tiveram contato frequente com o homem branco no interior da floresta.

A partir desta história entre pai e filho, o filme cria narrativas paralelas carregadas de dualismos, que acabam se cruzando em torno da vida do garoto raptado pelos indígenas e que foi aculturado pelos indígenas, e seu pai, o engenheiro norte-americano projetista de hidrelétricas que vive a procurá-lo com um fuzil entre "tribos perdidas" lendárias em uma Amazônia aparentemente idílica.

A história entre pai e do filho é permeada por temáticas indigenista e ambientalista, onde se misturam constantemente a contraposição de ideia como a consevação da floresta intacta, em contraposição ao desenvolvimento representado pela hidrelétrica, a defesa do modo de vida indígena mais tradicional, em contraposição à aculturação e a urbanização, enfim, ao choque entre o Primeiro mundo, representado pelo engenheiro norte-americano e o Terceiro Mundo, representado pela floresta supostamente intocada e cidade de Belém dos anos 1980, onde convivem com a miséria extrema.[4] A barragem hidrelétrica fictícia evoca imagem de represas reais que foram construídas nos anos 1970 e 1980 na Amazônia central e oriental, como Balbina próxima a Manaus e Tucuruí no Pará. A tribo de Tommy é retratada como sendo composta por jovens índios bonitos e atléticos, que respeitam os poucos idosos (o pajé e sua esposa), são amantes da natureza e preservam tradições muito antigas, como o "ritual de passagem" para a vida adulta pelo qual Tommy passa.

Bill, o engenheiro pai de Tommy, encontra o filho em meio a uma guerra entre duas tribos, a do "povo invisível" e um grupo rival, o "povo feroz", de índios cruéis e canibais. Tommy (chamado de Tome pelos indígenas) chega a levar o pai ferido à sua aldeia onde este é curado em um ritual xamânico indígena. Bill tenta levá-lo de volta, mas ele já está adaptado à selva e à vida como índio e se recusa a ir com ele. Na tribo, Tommy havia sido adotado pelo chefe, que o trata como herdeiro.

Os "índios invisíveis" utilizam um pó a base de esmeraldas para supostamente adquirirem o poder da invisibilidade, mas estas pedras mágicas ficavam em um local distante, onde eles moraram antes, próximo à hidrelétrica. Tommy vai até lá procurar estas pedras e as troca pela índia por quem era apaixonado. O confronto dos "invisíveis" com seus rivais, o "povo feroz" é atribuído ao deslocamento destes grupos indígenas resultante da "chegada" de povos brancos, especificamente, devido à construção da hidrelétrica projetada pelo pai de Tommy. O "povo feroz" adquire armas e bebidas de contrabandistas, ataca a tribo do "povo invisível", sequestra suas mulheres e as vende a um prostíbulo. Para resgatá-las, Tommy vai à cidade pedir ajuda a seu pai, onde encontra outros indígenas "aculturados" vivendo em casas de palafita miseráveis. Os indígenas aculturados e o pai de Tommy decidem ajudar os índios "invisíveis" a recuperar suas mulheres e sua terra na luta contra o "povo feroz". Após a batalha final contra os "ferozes", o pai de Tommy diz que por causa da hidrelétrica que está quase ficando pronta, virão mais brancos e que eles nunca teriam paz. Os "índios invisíveis" fazem um ritual xamânico para invocar os sapos, que coacham muito, provocando muita chuva e a hidrelétrica é destruída.

A tônica do filme, que consegue prender a atenção do espectador com a trama e com as paisagens exuberantes da floresta amazônica, é o choque cultural entre o civilizado, que destrói a natureza e o indígena supostamente "selvagem", com seus mitos e tradições ancestrais e que, por isso, preserva a natureza, em um vídeo repleto de imagens de paisagens exuberantes da floresta amazônica.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «A Floresta de Esmeraldas». Brasil: CinePlayers. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  2. «A Floresta Esmeralda». Portugal: CineCartaz. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  3. a b c «BAFTA|Film in 1986». BAFTA Awards Database. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  4. a b YOUNG, Theodore Robert (2001) "Retratos do Brasil no Cinema Norte-Americano Contemporâneo". p 415- . in: TORRES, Sonia (org). Raízes e Rumos: Perspectivas Interdisciplinares em Estudos Americanos.1 ed. Sette Letras: Rio de Janeiro, RJ
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