The End (canção de The Doors)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de The End (The Doors))
 Nota: Para outros significados, veja The End.
"The End"
Canção de The Doors
do álbum The Doors
Lançamento 4 de Janeiro de 1967
Gravação Finais de Agosto – inícios de Setembro de 1966
Gênero(s)
Duração 11:41
Gravadora(s) Elektra Records
Composição Jim Morrison
Produção The Doors
Paul A. Rothchild
Faixas de The Doors
  1. "Break on Through (To the Other Side)"
  2. "Soul Kitchen"
  3. "The Crystal Ship"
  4. "Twentieth Century Fox"
  5. "Alabama Song (Whiskey Bar)"
  6. "Light My Fire"
  7. "Back Door Man"
  8. "I Looked at You"
  9. "End of the Night"
  10. "Take It as It Comes"
  11. "The End"

"The End" é uma canção da banda norte-americana The Doors pertencente ao seu álbum homónimo. Foi criada ao longo de vários meses de actuações no Whisky a Go Go em Los Angeles. A banda tocaria esta música na sua última actuação. Foi lançada pela primeira vez em Janeiro de 1967.

"The End" entrou para a lista das 500 melhores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.[5] O solo de guitarra também apareceu na lista dos cem melhores de todos os tempos pela revista Guitar World.[6]

Influências[editar | editar código-fonte]

A parte falada da canção inclui as linhas "Pai?/ Sim, filho?/ Eu quero matar-te/ Mãe? Eu quero…FODER-TE", (com essa última linha falada quase toda inaudível). Isto também pode ser considerado uma referência à obra de Sófocles, Édipo Rei, uma produção a qual Jim Morrison trabalhou por um curto período de tempo na Universidade do Estado da Flórida.

Morrison disse em 1969, "Toda a vez que escuto essa canção, significa algo mais para mim. Começa como uma simples canção de despedida provavelmente para uma garota, mas eu a vejo como uma despedida para um tipo de infância. Eu sinceramente não sei. Eu penso que é suficientemente complexo e universal na sua imaginação que pode ser quase qualquer coisa que você queira". Ray Manzarek, o tecladista da banda The Doors diz "Jim estava dando voz aos moldes rock para a obra de Sófocles, Édipo Rei, em tempos de largas discussões sobre tendências Freudianas na psicologia. Ele não disse que queria fazer aquilo com seus próprios pais. Ele estava encenando um trecho da dramaturgia grega. Isso era teatro!".

Jim pode ter sido influenciado pelos conceitos de individualismo e arquétipos de Carl Jung, e certamente influenciado pelo conceito de Friedrich Nietzsche de ir além dos limites dos tipos de seres humanos que existiram por tanto tempo, adorando a vitalidade e a vida de Dionísio ("A mãe") enquanto rejeitava a sistemática e as tradições de Apolo ("O pai").

Significado[editar | editar código-fonte]

A referência lírica para "the Blue Bus" tem sido variavelmente conjeturada para se referir a diversas coisas. Tanto aos passeios místicos ("Blue Bus tours") sobre o indiano Meher Baba ou para a linha de transporte público de Santa Mônica "Big Blue Bus". Outra conjectura é que Morrison estava se referindo a droga oximorfina, um substituto para morfina, a qual era a droga relacionada para "The Blue Bus" em conseqüência do seu formato ser de comprimidos azuis. Conhecida a afinidade de Morrison pelas drogas e pelo álcool, essa parece ser a probabilidade mais provável.

A visão inspiradora pode ser um estado de união com o amor no seu alterado estado de consciência induzido após o uso de drogas alucinógenas. Similarmente, o trecho "the blue bus is calling us…" pode se referir a viciante atração da oximorfina desenvolvida em seus usuários, e "driver where you taking us?" pode se referir ao estado alterado de consciência e insights providos durante a degustação da droga.

Outra interpretação para "The Blue Bus" pode ser também relacionada pelo fato de que, nos EUA, eram usados como inductos, ônibus azuis como transporte de tropas para o treino básico militar ou para manobras ao redor da base.

"The End" foi muito popular durante a Guerra do Vietnã, e Morrison poderia ter a intenção de tê-la como um hino anti-Vietnã.

Algumas outras frases mencionadas em "The End" podem ajudar a entender o significado do trecho "The Blue Bus". A frase "The west is the best, The west is the best, Get here, and well do the rest" pode nos traz a imagem de tropas se preparando para a Guerra do Vietnã para lutar contra a procuração "Oeste x Comunismo" da Guerra Fria.

Existem outras frases com alusões militares incluindo "Lost in a Roman…wilderness of pain" e "The killer awoke before dawn, he put his boots on; He took a face from the ancient gallery." Essa pode ser a imagem de um soldado se preparando para batalha.

Esta canção foi usada em posicão de protagonismo no filme Apocalipse Now (1979), de Francis Ford Copolla, precisamente sobre a Guerra do Vietnam.

Referências

  1. Milligan, Barry (1992). Pleasures and Pains (em inglês). [S.l.]: University of Virginia Press. p. 123. ISBN 9780813934686 
  2. Borgzinner, Jon (18 de agosto de 1967). LIFE (em inglês). [S.l.]: Time Inc. p. 36 
  3. Pipes, Rusty (Janeiro de 2002). «Cosmik Debris Magazine Presents The Golden Age of Rock». Cosmik Debris (em inglês). Consultado em 3 de fevereiro de 2019. Arquivado do original em 11 de março de 2016 
  4. Gaar, Gillian G. (25 de abril de 2015). The Doors: The Illustrated History (em inglês). [S.l.]: Voyageur Press. p. 92. ISBN 9781627887052 
  5. Staff (7 de abril de 2011). «500 Greatest Songs of All Time, No. 336 The Doors: The End». Rolling Stone. New York City: Wenner Media. Consultado em 20 de abril de 2018. Cópia arquivada em 21 de abril de 2018 
  6. Staff (30 de outubro de 2008). «100 Greatest Guitar Solos: 51-100». Guitar World. Consultado em 20 de abril de 2018 
Ícone de esboço Este artigo sobre uma canção é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.