Thilo Sarrazin

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Thilo Sarrazin
Thilo Sarrazin
Nascimento 12 de fevereiro de 1945 (79 anos)
Gera (Alemanha Nazista)
Cidadania Alemanha
Progenitores
  • Hans-Christian Sarrazin
  • Mechthild Sarrazin
Cônjuge Ursula Sarrazin
Alma mater
Ocupação economista, político, banqueiro, ensaísta, escritor de não ficção, economista
Prêmios
  • Sappho Award (2013)
Empregador(a) Fundação Friedrich Ebert, Ministério Federal das Finanças da Alemanha, Federal Ministry of Labour and Social Affairs of Germany, Ministério Federal das Finanças da Alemanha, Hans Apel, Deutsche Bahn, Deutsche Bundesbank
Obras destacadas Deutschland schafft sich ab, Der neue Tugendterror, Europa braucht den Euro nicht, Hostile Takeover: How Islam Impedes Progress and Threatens Society
Página oficial
http://www.thilo-sarrazin.de

Thilo Sarrazin (Gera, Alemanha, 1945) é um político alemão, ex-membro do SPD. Foi senador de finanças pelo Estado de Berlim entre 2002 e 2009. Desde 2009 há sido membro da Junta Diretiva do Deutsche Bundesbank. Foi criticado por seus comentários sobre a política de imigração alemã em seu livro Deutschland schafft sich ab ("Alemanha se extingue a si mesma"), que foi publicado em agosto de 2010.

Sarrazin estudou economia na Universidade de Bonn, onde obtive seu doutorado. Desde novembro de 1973 até dezembro de 1974 trabalhou para a Fundação Friedrich Ebert e se tornou membro ativo do SPD. No ano de 1975 començou a trabalhar no Ministério Federal de Finanças. Posteriormente foi chefe de unidade no Ministério de Trabalho e Assuntos Sociais, e em 1981 regressou ao Ministério Federal de Finanças.

Até 1997 foi Secretário de Estado de Ministério de Fazenda do land de Renânia-Palatinado. Posteriormente foi diretor executivo da empresa TLG Immobilien.

Sarrazin está casado e tem dois filhos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pessoal[editar | editar código-fonte]

Sarrazin nasceu em Gera, Alemanha. Sua origem paterna, um francês huguenote, de família originária de Borgonha, enquanto sua origem materna é Anglo-Italiana. Ele explicou que seu sobrenome significa "sarraceno" e é comum no Sul da França: "Ele é derivada de piratas árabes que eram chamados de "sarracenos" na Idade Média ". Ele se referiu a si mesmo como "um europeu mestiço". [1] Sarrazin é casado com Ursula Sarrazin e tem dois filhos. Seu característico sorriso aparente é devido a uma operação ocorrida em 2004 para remover um tumor em um nervo da orelha, resultando em uma diminuição do lado direito da seu rosto.

Profissional[editar | editar código-fonte]

Cresceu em Recklinghausen e aos sete anos ele foi enviado para uma escola na Baviera, onde completou sua formação básica. Serviu no exército de 1967-1971, cursando depois Economia na Universidade de Bonn, obtendo seu doutorado. De novembro de 1973 a dezembro de 1974, ele trabalhou para a Fundação Friedrich Ebert e tornou-se activo no SPD. Em 1975, Sarrazin começou a trabalhar no Ministério Federal das Finanças . Até 1981 atuou como Chefe da Unidade no Ministério do Trabalho e dos Assuntos Sociais, e em 1981 ele retornou ao Ministério Federal das Finanças. De outubro de 1981, ele serviu como chefe de escritório e era um estreito colaborador do ministro federal das Finanças Hans Matthöfer e depois, do seu sucessor Manfred Lahnstein.

Mesmo após o fim da coalizão formada pelo bloco socialista-liberal, em Outubro de 1982, Sarrazin permaneceu no Ministério da Fazenda, onde foi diretor de várias unidades, incluindo o "Innerdeutsche Beziehungen", responsável por preparar as políticas monetária, económica e social. Durante seu período como chefe do Ministério Federal das Finanças, foi parcialmente responsável pelo setor ferroviário alemão. De 1990 a 1991 Sarrazin trabalhou para o THA . Até 1997, ele foi Secretário de Estado no Ministério das Finanças em Renânia-Palatinate. Posteriormente, ele foi presidente-executivo da TLG Immobilien (TLG).

Senado[editar | editar código-fonte]

Sarrazin foi senador em Berlim, em janeiro de 2002. Ele aderiu à política financeira baseada na poupança rigorosa e um sistema de contabilidade de entrada única para a gestão das autoridades locais. Como resultado de suas observações sobre a reputação de educação social em Berlim, Sarrazin foi considerado por alguns como um agitador. Suas propostas para o corte de benefícios sociais eram muitas vezes acompanhadas de protestos. Em 2008, fez sugestões, como a que um beneficiário do ALG II podia comer por menos de 4 € por dia.

Deutsche Bundesbank[editar | editar código-fonte]

Em 30 de abril de 2009, Sarrazin renunciou ao seu cargo como senador para integrar o comité executivo do Bundesbank. De 01 de maio de 2010 até 1 de setembro de 2010, as suas responsabilidades no Bundesbank incluíram as tecnologias da informação, monitoramento de riscos e revisão. Em 02 setembro de 2010, ele foi liberado das responsabilidades específicas em um movimento pela restantes membros do conselho de tê-lo removido como membro da diretoria executiva após uma série de declarações polêmicas feitas por Sarrazin. Devido a polêmica em função de seu livro, em 09 setembro de 2010 Sarrazin pediu ao presidente do Bundesbank para afastá-lo das suas funções como membro do conselho[2].

Imigração[editar | editar código-fonte]

Sarrazin publicou seu livro intitulado Deutschland schafft sich ab ("Alemanha extingue a si mesma"), que rapidamente se transformou no centro de grande polêmica sobre a imigração na Alemanha, Sarrazin levanta questões sobre a capacidade de integração e os custos dos imigrantes para a Alemanha e seus reflexos na economia, cultura e bem-estar social.
Sarrazin acusa os membros da comunidade islâmica de terem se beneficiado muito mais da previdência social do país do que contribuíram para a mesma[3]. Sarrazin afirma os fatores comuns aos grupos de imigrantes muçulmanos, principalmente Turcos e Árabes:

  • Integração abaixo da média no mercado de trabalho;
  • Dependência do sistema social acima da média;
  • Participação educacional abaixo da média;
  • Fertilidade acima da média;
  • Segregação espacial com tendência à formação de uma sociedade paralela;
  • Religiosidade acima da média com crescente tendência ao fundamentalismo;
  • Criminalidade acima da média, variando de um simples crime violento até o terrorismo.

Também afirma que apenas um terço dos imigrantes muçulmanos sobrevivem do seu próprio trabalho, e que a taxa de desemprego entre os muçulmanos é quatro vezes maior do entre os alemães. Destaca ainda, que a alta dependência dos sistema social e alta taxas de desemprego não são comuns entre os grupos de imigrantes não-muçulmanos.

"Em todos os países europeus os imigrantes muçulmanos custam à sociedade mais do que fornecem devido a sua pouca atividade de trabalho e aos benefícios sociais que recebem"
"Do ponto de vista cultural e civil, as concepções sociais e os valores que representam são um retrocesso", e que a imigração tem tornado a sociedade alemã mais burra, pois os imigrantes muçulmanos não tem bom nível educacional [4] (...) a maioria deles não tem qualquer atividade produtiva, senão vender frutas e legumes.[5]

Sarrazin também demonstra preocupação com a Demografia da Alemanha, mostrando temos de que os muçulmanos se tornem maioria entre a população do país, devido a altas taxas de fertilidade e imigração oriunda de países islâmicos.[6] Em um trecho, ele escreve:

"Eu não quero que o país dos meus netos e bisnetos seja de maioria muçulmana, ou que o turco ou árabe seja falado em grandes áreas, que as mulheres usem véus e o ritmo diário seja estabelecido pela chamada do muezzin. Se eu quiser experimentar isso, é só eu passar as férias no Oriente".[7]

Referências