Thomas Young
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Junho de 2009) |
Thomas Young | |
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Conhecido(a) por | Módulo de Young, experiência da dupla fenda |
Nascimento | 13 de junho de 1773 Milverton |
Morte | 10 de maio de 1829 (55 anos) Londres |
Nacionalidade | Britânico |
Instituições | Royal Institution, Board of Longitude |
Campo(s) | Física, medicina e egiptologia |
Thomas Young (Milverton, 13 de junho de 1773 — Londres, 10 de maio de 1829) foi um físico, médico e egiptólogo britânico.[1]
Em 1801 foi nomeado professor de filosofia natural (principalmente física) do Royal Institution.
Conhecido pela experiência da dupla fenda, que possibilitou a determinação do carácter ondulatório da luz. Young exerceu a medicina durante toda a sua vida (primeiros trabalhos sobre o cristalino com 26 anos de idade), mas ficou conhecido por seus trabalhos em óptica, onde ele explica o fenômeno da interferência e em mecânica, pela definição do módulo de Young. Ele se interessou também pela egiptologia, participando do estudo da Pedra de Roseta. Era considerado um gênio; poliglota (falava 14 línguas), dominava a física, os clássicos, a história, construía instrumentos e era conhecido como "o homem que tudo sabe".
Biografia
Nascido em uma família de quacres em 1773, na aldeia inglesa de Milverton. Foi o primogênito de dez filhos, passando seus primeiros sete anos de vida na casa dos avós maternos. Esses incentivaram a sua curiosidade em todas as direções. Lia com facilidade aos dois anos de idade e leria a Bíblia aos quatro. Os anos seguintes foram passados em diversos internatos, por fim, aos treze anos, deixa a Compton School, em Dorsetshire. Young continua seus estudos como autodidata lendo entre outras obras Principia Mathematica e Opticks, de Newton, enquanto estendia seu repertório de línguas. Ele optou por ser médico e partiu para Londres em 1792. No ano seguinte leu seu primeiro ensaio científico, “Observations on Vision”, perante a Royal Society. Seu relatório teve como consequência sua eleição como membro da Royal Society, que aconteceu em 1794. Passaram-se vários anos de estudos médicos em Edimburgo e Gottingen, onde redigiu uma dissertação sobre a produção humana do som. Em 1797, Young voltou a Inglaterra e para a Cambridge University, para seu mestrado. Volta para Londres com os títulos de M.D. (doutor em medicina) e F.R.S (membro da Royal Society). Em 1800 Young recebeu o convite para lecionar física na Royal Institution e aceita. Em 1802 antes de se demitir, alegando que o cargo interferia na sua prática da medicina, proferiu trinta e uma palestras na instituição. Essas palestras foram publicadas em 1807, como “A course of Lectures on Natural Philosophy and the Mechanical Arts”. As palestras de Young abrangeram o que deve ter sido a maior parte do conhecimento científico da época: gravitação, leis de Newton, o sistema solar, vida animal, reino vegetal, máquinas hidráulicas, carpintaria, natureza do som e da luz.
Pesquisa
Experiência da dupla fenda
Especulações sobre a natureza da luz remontam à Antiguidade. Por volta da segunda metade do século XVII, duas amplas classes de teorias haviam sido estabelecidas, uma favorecendo as partículas, e outra as ondas. A primeira dessas classes era associada a Isaac Newton e defendia que a luz era composta de minúsculas partículas, corpúsculos. A outra sustentava que a luz era transmitida da mesma forma que o som, por ondas, e seus defensores eram: René Descartes, Christiaan Huygens, Robert Hooke e Leonard Euler. Teorias tanto sobre ondas quanto sobre corpúsculos podiam explicar porque a luz segue geralmente em linha reta, a lei do reflexo e a refração. O teste decisivo entre as teorias rivais parecia localizar-se na difração e interferência. A experiência da dupla fenda de Thomas Young, realizada em 1800 e anunciada perante a Royal Society de Londres, é um ponto de virada crucial na história da ciência, pois prova após um século de debates , que a luz não era composta de partículas, mas existia na forma de onda. Até hoje, todos os calouros de física repetem a experiência de Young no laboratório. Nesta, um feixe de laser é passado por duas fendas estreitas, separadas por uma fração de milímetro, gravadas em uma lâmina opaca. Em uma parede distante, em vez de um único feixe ou raio, o que vemos é uma série de faixas claras e escuras, que chamamos de franjas de interferência. A grande contribuição de Thomas Young para a ciência da óptica foi sua teoria das ondas e sua explicação do princípio da interferência. Juntos os trabalhos de Young, Arago, Fresnel e outros forçaram gradualmente a aceitação da teoria das ondas para a luz, e a teoria corpuscular foi finalmente abandonada por volta de 1830.
Referências
- ↑ BIOGRAPHY OF THOMAS YOUNG ( 1773 - 1829 ) (em inglês)
Bibliografia
- Rothman,Tony.Tudo é Relativo: e outras fábulas da ciência e tecnologia.Rio de Janeiro:DIFEL,2005 ISBN 8-574-32064-1
Publicações selecionadas
- Thomas Young , Philip Kelland , A Course of Lectures On Natural Philosophy and the Mechanical Arts: Pt. I. Mechanics. Pt. Ii. Hydrodynamics. Pt. Iii. Physics - Primary Source Edition, Nabu Press ISBN 1-295-75386-3 (em inglês)
- Rothman,Tony.A course of lectures on natural philosophy and the mechanical arts (1807) Biblioteca Digital da Califórnia Livro (em inglês)
- A Course of Lectures on Natural Philosophy and the Mechanical Arts (1807, republished 2002 by Thoemmes Press).
- Miscellaneous Works of the Late Thomas Young, M.D., F.R.S. (1855, 3 volumes, editor John Murray, republished 2003 by Thoemmes Press).
- Thomas Young ,Miscellaneous Works of the Late Thomas Young: Including His Scientific Memoirs, Kessinger Publishing, 2007 ISBN 1-430-47629-X (em inglês)
- Thomas Young ,Miscellaneous works of the late Thomas Young .. (1855) Biblioteca Americanas Livro (em inglês)
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