Tigre-de-sumatra

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Tigre de sumatra
Tigre de sumatra
Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Espécie: P. tigris
Subespécie: P. t. sondaica
Nome trinomial
Panthera tigris sondaica
Temminck, 1844
Distribuição geográfica
pequenas áreas da Ilha de Sumatra
pequenas áreas da Ilha de Sumatra
Sinónimos

O tigre-de-sumatra (nome científico: Panthera tigris sumatrae[1]) é uma população de tigres (Panthera tigris) que ocorre na ilha de Sumatra, Indonésia.[1][2] Antes classificado como uma subespécie separada sob o nome Panthera tigris sumatrae, foi reclassificada como apenas uma população parte da subespécie Panthera tigris sondaica, que inclui o tigre-de-java e o tigre-de-bali, todas do arquipélago da Sonda.[1]

O tigre de sumatra foi listado como Criticamente Ameaçado na Lista Vermelha da IUCN em 2008, uma vez que a população foi estimada em 441 a 679 indivíduos, sem subpopulação superior a 50 indivíduos e uma tendência decrescente.[3][4][5]

O tigre-da-sumatra é a única população sobrevivente do grupo de tigres das Ilhas da Sonda que incluía os agora extintos tigres-de-bali e os tigres-de-java.

Sequências de genes mitocondriais completos de 34 tigres sustentam a hipótese de que os tigres-de-sumatra são diagnosticados como distintos das subespécies continentais.[6]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Em 2017, a Força-Tarefa de Classificação de Cat do Grupo Cat Specialist revisou a taxonomia de Felídeos e agora reconhece as populações de tigres vivos e extintos na Indonésia como P. t. sondaica.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

O tigre-de-sumatra, em tamanho corpóreo, é a menor subespécie ou população de tigre restante.[7][8] Os machos pesam entre 100 e 140 kg[8] e medem entre 2,2 a 2,48 m de comprimento[8] total da ponta do nariz até ponta da cauda, as fêmeas são relativamente menores e pesam entre 75 a 110 kg e medem de 2,15 a 2,30 m de comprimento total.

Visualmente, além do tamanho, esta subespécie de tigre difere das outras por suas listras negras mais escuras e largas e seu corpo alaranjado em tom mais forte, quase marrom, para se camuflar melhor na floresta tropical densa, e possui um grande crescimento de pelos longos nas bochechas.

Tigre-de-sumatra no "San Antonio Zoo".

Segundo análises de DNA, revelou-se a existência de certas características genéticas únicas, indicando que o tigre-de-sumatra está no limite entre a subespécie e sua separação como uma nova espécie diferente dos tigres continentais, se não se extinguir antes.[6] Por conta disso foi sugerido que deveriam destinar mais esforços para conservar os tigres-de-sumatra do que às demais subespécies. A maior ameaça que enfrentam é a caça e destruição de seu habitat. Ademais, entre 1998 a 2000 foram mortos baleados 66 tigres, que constituíam aproximadamente 20% (ou seja um quinto) da população total.

Ataques a humanos[editar | editar código-fonte]

Tigre de sumatra bocejando.

Existem vários casos de pessoas mortas por tigres-de-sumatra, mas o número de animais mortos por causa do homem (destruição do habitat, caça ilegal entre outros) é extremamente maior.

Com a sua mordida de 450 Kg (no ataque ele morde o pescoço) e suas grandes patas musculosas com garras afiadas, um tigre mesmo velho ou debilitado pode atacar e matar facilmente um humano. Em 2009, quatro agricultores foram mortos por um tigre-de-sumatra, enquanto extraíam látex. O tigre os atacou à noite, enquanto acampavam. Ele matou uma criança e seus irmãos. Seu tio conseguiu escapar com vida, enquanto os gritos da criança se estendiam por toda a floresta.

Mais tarde, foi encontrado um membro da criança. Os irmãos mortos foram encontrados inteiros. O tigre foi capturado e morto pela população.

Em 2021, um turista chamado Renan Rodrigues sobreviveu a um ataque do Tigre de Sumatra, o felino o atacou a noite enquanto o mesmo estava catalogando cogumelos na selva. a fuga de Rodrigues só foi possível pois o tigre se assustou com seus gritos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Kitchener, A. C.; et al. (2017). «A revised taxonomy of the Felidae: The final report of the Cat Classification Task Force of the IUCN Cat Specialist Group» (PDF). Cat News. Special Issue. (em inglês) (11): 66-68. Consultado em 27 de Junho de 2019 
  2. Luo S-J, Kim J-H, Johnson WE, Walt Jvd, Martenson J, Yuhki N, et al. (2004) Phylogeography and Genetic Ancestry of Tigers (Panthera tigris). PLoS Biol 2(12): e442. (em inglês)
  3. «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 28 de junho de 2019 
  4. Wibisono, Hariyo T.; Pusparini, Wulan (2010). «Sumatran tiger (Panthera tigris sumatrae): A review of conservation status». Integrative Zoology (em inglês). 5 (4): 313–323. ISSN 1749-4877. doi:10.1111/j.1749-4877.2010.00219.x 
  5. Bhagabati, Nirmal K.; Ricketts, Taylor; Sulistyawan, Thomas Barano Siswa; Conte, Marc; Ennaanay, Driss; Hadian, Oki; McKenzie, Emily; Olwero, Nasser; Rosenthal, Amy (1 de janeiro de 2014). «Ecosystem services reinforce Sumatran tiger conservation in land use plans». Biological Conservation. 169: 147–156. ISSN 0006-3207. doi:10.1016/j.biocon.2013.11.010 
  6. a b Cracraft, J.; et al. (1998). «Sorting out tigers (Panthera tigris): mitochondrial sequences, nuclear inserts, systematics, and conservation genetics» (PDF). Animal Conservation (em inglês) (1): 139-150. Consultado em 27 de junho de 2019 
  7. «Sumatran Tiger | Species | WWF». World Wildlife Fund (em inglês). Consultado em 28 de junho de 2019 
  8. a b c «Sumatran Tiger - Tiger Facts and Information» (em inglês). Consultado em 28 de junho de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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