Tito Tácio

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Rômulo, Hersília e Tito Tácio.
As sabinas, de Jacques-Louis David, Museu do Louvre

Tito Tácio (em latim Titus Tatius) era, segundo a mitologia romana, rei dos sabinos, no tempo em que Rômulo reinava em Roma.

Depois do rapto das sabinas pelos romanos,[carece de fontes?] os romanos derrotaram, primeiro, os cenirenses, e depois, uma aliança de Fidenas, Crustumério e Antemnas,[1] os sabinos escolheram como seu comandante Tito Tácio, e marcharam contra Roma.[2] Tomou, quase sem combate, o monte Quirinal.[carece de fontes?]

A cidade era de acesso difícil, e eles precisavam conquistar uma fortaleza no local onde, na época de Plutarco, estava o Capitólio, e que tinha uma guarda, com Espúrio Tarpeio como seu capitão.[2]

Tarpeia, filha de Terpeio, vendo que os sabinos levavam braçadeiras de ouro no braço esquerdo, propôs a Tácio trair a cidadela, caso recebesse dos sabinos o que eles levavam neste braço.[2]

Tácio aceitou a proposta, e entrou à noite, quando ela abriu os portões.[3] Tácio, fiel à sua promessa, mas mostrando seu desprezo pela traição [Nota 1] cumpriu literalmente sua promessa, jogando sobre Tarpeia não só o bracelete como o escudo; os demais sabinos fizeram o mesmo, e mataram Tarpeia sob o impacto dos braceletes de ouro e enterrada pelos escudos.[4] Plutarco menciona uma versão alternativa, pela qual Tarpeia seria filha de Tácio, e que vivia à força com Rômulo, tendo traído os romanos por ordem do pai.[5]

Terminada a guerra com a intervenção das sabinas, reinou cinco anos juntamente com Rômulo. Os dois povos, sabinos e quirites, se reuniram e a segunda tribo tomou o nome de tatienses ou titienses.[carece de fontes?]

O seu palácio estava situado no Capitólio, no mesmo local onde mais tarde foi edificado o templo de Juno.

Os laurentinos, insultados por Tácio, aproveitaram-se de um sacrifício solene em Lavínio, ao qual o rei assistia, para matá-lo. Seu túmulo, sobre o qual havia todos os anos sacrifícios em honra dos mortos, se achava no monte Aventino.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Anstett J., História de Roma, Laemmert & Cia.

Notas e referências

Notas

  1. Plutarco cita uma frase de Antígono, que ele amava os homens que ofereciam a traição, mas odiava aquelas que tinham traído, e de César, que ele amava a traição mas odiava o traidor.

Referências

  1. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.1 [em linha]
  2. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.2
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.3
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.4
  5. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.5
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