Tlepólemo (regente de Ptolemeu V Epifânio)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o filho de Héracles e rei de Rodes, veja Tlepólemo.

Tlepólemo foi um regente do faraó macedônio Ptolemeu V Epifânio.

Personalidade[editar | editar código-fonte]

Segundo as Histórias, de Políbio, Tlepólemo, que era muito jovem quando se tornou regente, [1] era frívolo e gostava da fama, mas, de modo geral, tinha mais qualidades que defeitos.[2] Ele era capacidado na condução da guerra, naturalmente corajoso e gostava de lidar com os soldados,[3] mas era incompetente para lidar com questões delicadas de política e na administração financeira.[4]

Situação no Egito no início do reinado de Ptolemeu V[editar | editar código-fonte]

Quando Ptolemeu IV Filopátor faleceu, seus ministros Agátocles e Sosíbio falsificaram um testamento, pelo qual eles seriam os guardiães de Ptolemeu V Epifânio,[5] filho de Ptolemeu IV e Arsínoe III.[6] Eles então trouxeram duas urnas, com os ossos do rei Ptolomeu IV e da rainha Arsínoe III,[7] só que na urna da rainha havia especiarias.[8]

Após o funeral, o povo começou a comentar o que havia acontecido com Arsínoe III,[9] levando à revolta,[10] segundo alguns, mais por ódio de Agátocles do que por amor a Arsínoe.[11]

Queda de Agátocles[editar | editar código-fonte]

Agátocles acabaria por se envolver em conflitos com Tlepólemo,[12] o governador da cidade de Pelúsio,[13] que mobilizou a população de Alexandria contra Agátocles.[14] Este foi morto por seus amigos para não cair nas mãos do povo [15] e Tlepómeno tornou-se o novo regente.[1]

Regência de Tlepólemo[editar | editar código-fonte]

Tlepólemo passava boa parte do dia com seus jovens amigos, bebendo e gastando o dinheiro do Estado.[16] Na parte do dia em que ele dava audiências, ele esbanjava a fortuna real com presentes para qualquer um que tivesse vindo da Grécia, ou os atores do teatro, soldados ou generais;[17] ele era incapaz de se recusar a dar dinheiro a quem se tornasse agradável.[18]

Isso se tornou um círculo vicioso:[19] quem recebia seus favores exagerava nas expressões de agradecimento,[20] e Tlepólemo, ouvindo os elogios e brindes feitos a si, lendo as inscrições em sua honra, e ouvindo os poemas cantados sobre ele, se tornou cada vez mais vaidoso, tornando-se ainda mais perdulário em presentes para estrangeiros e soldados.[21]

Os cortesãos passaram a comparar Tlepólemo com Sosíbio, fazendo, do último, objeto de admiração.[22] Ptolemeu, filho de Sosíbio, que havia havia passado um tempo na corte de Filipe V da Macedónia,[23] passou a criticar Tlepólemo,[24] Tlepólemo reuniu o conselho, protestou que o acusavam em segredo, e que ele os acusava na frente deles,[25] e tomou o anel de Sosíbio, e passou a agir da forma que queria.[26]

Queda[editar | editar código-fonte]

Os textos antigos não mencionam o que aconteceu com Tlepólemo.[carece de fontes?] O próximo regente do Egito foi Aristomenes,[27] da Acarnânia.[28]

Referências

  1. a b Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.1
  2. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.2
  3. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.3
  4. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.4
  5. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.4
  6. Pedra de Roseta, 3
  7. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.6
  8. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.7
  9. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.8
  10. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.9
  11. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.10
  12. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.34
  13. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.26
  14. Políbio, Histórias, Livro XV, 25.36
  15. Políbio, Histórias, Livro XV, 33.6
  16. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.6
  17. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.8
  18. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.9
  19. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.10
  20. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.11
  21. Políbio, Histórias, Livro XVI, 21.12
  22. Políbio, Histórias, Livro XVI, 22.1
  23. Políbio, Histórias, Livro XVI, 22.3
  24. Políbio, Histórias, Livro XVI, 22.4-7
  25. Políbio, Histórias, Livro XVI, 22.10
  26. Políbio, Histórias, Livro XVI, 22.11
  27. Políbio, Histórias, Livro XVIII, 53.7
  28. Políbio, Histórias, Livro XV, 31.6-7