Torcida Independente

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Torcida Independente
(TTI)
Torcida Independente
Bandeirão da Independente em homenagem a Rogério Ceni
Lema ""Um sentimento que jamais acabará""
Tipo torcida organizada
Fundação 17 de abril de 1972 (52 anos)
Sede Rua 24 de Maio, 116, Sala 4, 1º andar, Centro, São Paulo - SP
Línguas oficiais português
Filiação São Paulo Futebol Clube
Sítio oficial site

A Torcida Tricolor Independente (TTI), popularmente conhecida por Torcida Independente, é a principal torcida organizada do São Paulo Futebol Clube. Atualmente liderada por Régis Ulisses Lopes (Rejão), é considerada também a principal torcida ultra do São Paulo Futebol Clube.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A Independente surgiu de uma cisão de membros da Torcida Uniformizada do São Paulo (TUSP), em 1972. Durante a disputa do São Paulo pela Copa Libertadores da América, descontentes com a Torcida Uniformizada do São Paulo, procuraram Newton para discutir a formação de uma nova torcida. Em reunião ocorrida em 17 de abril de 1972, em uma das salas emprestada pela Esfera Tour Turismo, na Avenida Ipiranga, foi criada a Torcida Tricolor Independente. O nome foi sugerido por Ricardo Rapp. Hoje em dia conta com cerca de 60 mil sócios.

A primeira diretoria da Independente estava assim composta: Ricardo Rapp, presidente; Reinaldo Cardoso, vice-presidente; coordenador de campo e tesoureiro; e Célio Perina, José Octávio Alvez Azevedo, Plínio Peloso, Osvaldo Gomes Feitosa Reis, sem cargos específicos. O estatuto da torcida foi criado em 9 de junho do mesmo ano. Os requisitos iniciais para ser sócio da Independente eram: ser torcedor do São Paulo, ter duas fotografias e contribuir mensalmente com Cr$20 mil.

A estreia oficial ocorreu em 23 de abril de 1972, na partida entre São Paulo e Portuguesa Santista, no Estádio do Pacaembu. Um ano depois, a sala para a criação da sede da Independente junto ao Estádio do Morumbi foi adquirida.

A primeira caravana da Independente foi para Piracicaba, onde o São Paulo disputou uma partida no Estádio Barão da Serra Negra com o XV de Novembro, pelo Campeonato Paulista de 1972. A excursão para Araraquara, a segunda da história da Independente, porém, teve maior importância, pois traria junto Arari Guimarães, que seria o responsável por colocar as finanças da Independente em dia. Arari chegou por meio de um anúncio publicado na Gazeta Esportiva e foi convidado para ser o tesoureiro da torcida. Quando a Independente se encontrava em dificuldades financeiras, usava os próprios recursos para saldar as dívidas.

Na tentativa de popularizar a Independente, alguns torcedores iniciaram uma campanha em rádios e jornais e lançaram um folheto para ser distribuídos nos jogos: o São Paulino Amigo. Um fato, porém, foi decisivo para o impulso da torcida: em protesto contra a proibição do uso dos instrumentos musicais durante os jogos, um integrante da torcida confeccionou faixas com os seguintes dizeres: Silêncio, estamos jogando!, enquanto o corneteiro executava a Marcha do Silêncio. O ocorrido foi veiculado em diversos meios de comunicação e, de 200 associados, a Independente passou para mil em um ano.

No dia 20 de agosto de 1995, houve um conflito envolvendo a Independente e a Mancha Alviverde, do Palmeiras, durante jogo final da extinta Supercopa São Paulo de juniores, no Estádio do Pacaembu, que resultou em 110 feridos e na morte do torcedor são-paulino Márcio Gasperin da Silva.[2] O episódio teve bastante repercussão na imprensa e ficou conhecido como "Batalha Campal do Pacaembu".[3] A Federação Paulista de Futebol proibiu a entrada da Torcida Organizada Independente nos estádios e a Justiça, por meio do Ministério Público, fechou a entidade anos depois. Nesses meses de proibição, alguns diretores, fundadores e associados foram afastados, sendo que, em 11 de novembro de 1998, foi fundado o Grêmio Esportivo Recreativo e Cultural Tricolor Independente, com uma nova diretoria. Após a refundação os primeiros problemas surgiram: a Tricolor Independente não possuía sede, material e muito menos dinheiro em caixa.

No final de 2002, o bonde de Batata e Negão, conhecido como "A Retomada", assumiu a torcida, conseguindo novos fornecedores, diversas sub-sedes e materiais. Com um trabalho junto ao Ministério Público e à Polícia Militar, a Independente voltou a estar presente nos estádios de futebol.

Participação no carnaval[editar | editar código-fonte]

Com a nova torcida foi criado também o Bloco Independente, que passou a disputar o carnaval de São Paulo, a exemplo de outras torcidas organizadas. Porém, após uma confusão em 2003, com integrantes do Pavilhão 9 e da Mancha Verde[4], o bloco foi excluído do carnaval pela UESP. Porém, o mesmo obteve em 2009 o direito de voltar ao carnaval com seu bloco. Com a fusão com o Malungos, foi criada a Independente Tricolor, que participou do Carnaval 2010 desfilando pelo Grupo 4 do carnaval paulistano (equivalente à sexta divisão), sagrando-se campeã e subindo para o Grupo 3. Em 2011, desfilou com o enredo "O que que a Bahia tem?", permanecendo no mesmo grupo para 2012. No ano de 2012, desfilou com o enredo "As Sete Maravilhas", ficando com a segunda colocação no Grupo 3 da UESP, assim subindo para o Grupo 2. Em 2013 desfilou pelo Grupo 2 UESP, onde conseguiu seu acesso para o Grupo 1, o grupo sucessor do Grupo de Acesso.

Em 2014 sagrou-se campeã do Grupo 1 da UESP, com 270,2 pontos - mesma pontuação que a Torcida Jovem do Santos Futebol Clube - vencendo pelo critério de desempate no quesito Evolução. Sendo assim, garantiu presença no Grupo de acesso no carnaval de 2015, em São Paulo.

Em 2018, a Independente Tricolor desfilou no Grupo Especial do carnaval de São Paulo, mas acabou terminando em último lugar e foi rebaixada.

Sub-sedes[editar | editar código-fonte]

A torcida possui várias sub-sedes espalhadas no interior de São Paulo, em outros estados do Brasil e possui ainda uma sub-sede fora do país, localizada no Japão.

Torcidas aliadas (União do Punho Cruzado)[editar | editar código-fonte]

Amizades[editar | editar código-fonte]

• Torcida Facção Jovem do Campinense Clube

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Willian Ferreira (8 de novembro de 2021). «Presidente da Independente, principal torcida organizada do São Paulo, ataca torcedora com comentários machistas». Torcedores.com. Consultado em 21 de janeiro de 2022 
  2. Futebol tem década perdida após barbárie no Pacaembu Terra, acessado em 6 de novembro de 2010
  3. Especial Torcedor 2: Punição rigorosa para conter a violência nos estádios (06'14) Câmara dos Deputados, acessado em 6 de novembro de 2010
  4. «Bloco é expulso do carnaval de São Paulo». Revista Época. 25 de fevereiro de 2003. Consultado em 21 de janeiro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]