Toronto

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 Nota: Para outras cidades com o mesmo nome, veja Toronto (desambiguação).
City of Toronto
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Bandeira Brasão
Lema(s): Diversity Our Strength
(Do inglês: Diversidade Nossa Força)

Localização em Ontário
City of Toronto está localizado em: Canadá
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Localização no Canadá
Coordenadas: 43°40′N, 79°25′O
Província Ontário
Região administrativa Nenhum. Toronto é uma municipalidade independente
Fundado em 1754
Incorporado em 6 de março de 1834
Prefeito John Tory
Órgão governante Conselho Municipal de Toronto
Código postal M
Área  
 - Cidade 629,91* km², 243,2 mi²
Altitude 76 m, 249 ft
Fuso horário UTC -5/-4
População (2006)  
 - Cidade 2 503 281
 - Densidade 3 972 hab/km², 10 203,5 hab/mi²
 - Metrópole 5 555 912 (RMT)
8 102 163 (Golden Horseshoe)
*Comprimento norte-sul: 21 km
Comprimento leste-oeste: 43 km
Website: www.city.toronto.on.ca

Toronto é a maior cidade do Canadá e a quarta maior cidade da América do Norte, sendo a capital da província de Ontário. Situa-se na margem norte do Lago Ontário. A cidade de Toronto propriamente dita possui, aproximadamente, 2,8 milhões de habitantes, aproximadamente 45% da população da Região Metropolitana de Toronto. Aproximadamente um terço da população canadense vive dentro de um raio de 160 quilômetros da cidade. Toronto é considerada uma das cidades mais multiculturais do mundo, sendo uma metrópole que atrai dezenas de milhares de imigrantes anualmente.[1][2][3] Seus habitantes são chamados de torontonianos (Torontonians, em inglês).

Toronto é a capital financeira do Canadá, e é considerada uma cidade global alfa, exercendo significativa influência em nível regional, nacional e internacional.[4] e é considerada um dos principais centros financeiros do mundo.[5][6][7] Toronto é o centro financeiro do Canadá, bem como um dos principais centros culturais e científicos. Toronto é o maior pólo industrial, financeiro e de telecomunicações do Canadá. A cidade possui uma das economias mais diversificadas da América do Norte, com a maior concentração de sedes de empresas, instituições culturais e a maior comunidade artística do país.

Em janeiro de 2005, Toronto foi escolhida pelo governo canadense como uma das capitais culturais do Canadá. É uma das cidades mais seguras do continente americano - sua taxa de criminalidade é menor do que qualquer grande cidade estadunidense, e uma das menores do Canadá.[8]

Em janeiro de 2015, Toronto foi considerada pelo Economist a melhor cidade do mundo para se viver.[9]

Etimologia

Originalmente, o termo "Toronto" referia-se a um canal de água conectando o lago Simcoe com o lago Couchiching. O nome deste canal foi estilizado de tkaronto pelos mohawk, termo que significa "onde há árvores na água",[10] à época, os Mohawk chamavam este lago de "Lago Toronto". A referência mais antiga mencionada sobre o termo tkaronto em 1615 por Samuel de Champlain.[11]

Este litoral era conectado ao litoral do Lago Ontário por uma estrada que levava até ao Rio Humber e sua foz no Lago Ontário. À medida que a estrada tornou-se cada vez mais usada, o termo "Toronto" passou a ser cada vez mais usado, e eventualmente, passou a ser também usado em um posto comercial francês próximo à foz do Rio Humber. Parte desta confusão pode ser atribuída à sucessão de povos indígenas que viveram na área ao longo do século XVIII, que eram tribos algonquinas ou iroqueses - com a notável exceção dos Mississaugas, parte dos Chippwa (os Mississaugas são a origem do nome da segunda maior cidade da Região Metropolitana de Toronto, Mississauga, atualmente localizado imediatamente a oeste de Toronto).

Até o início da colonização britânica, não existiam assentamentos permanentes na região, embora tantos os nativos indígenas e os franceses tentaram instalar assentamentos permanentes, incluindo a construção de um pequeno forte próxima à foz do Rio Humber, atualmente enterrada sob o solo, onde localiza-se agora a Canadian National Exhibition. Os britânicos construíram um forte e um assentamento que foi chamado de "York", em referência ao duque de Príncipe Frederico, Duque de Iorque. O nome York foi dado ao invés do comumente utilizado "toronto" devido à preferência de Simcoe por nomes ingleses sobre nomes de origem aborígene.[10] Os habitantes do assentamento pressionaram para que o nome original fosse dado ao assentamento, que ocorreu quando o assentamento foi elevado à categoria de cidade em 1834.[12]

Outras definições dizem que a origiem do nome da cidade vem da palavra hurão toronton, que significa "terra de abundância", "terra de várias pessoas", ou "lugar de encontro".[13][14]

História

Localizado na margem norte do Lago Ontário, Toronto era originalmente um termo usado em uma indeterminada localização geográfica, aparecendo aproximadamente na mesma área da futura cidade de Toronto em mapas do final do século XVII e do início do XVIII. Eventualmente, o nome "Toronto" foi designado para descrever a área localizada na foz do Rio Humber, onde atualmente a cidade de Toronto está localizada.

Exploração e assentamento europeu

Anteriormente à chegada dos primeiros exploradores europeus, diversas tribos nativo americanas viviam na região onde atualmente localiza-se a cidade de Toronto. Tais tribos em geral eram parte das famílias nativo americanas dos algonquinos ou dos iroqueses, com exceção dos Mississaugas (parte da família nativo americana dos chippewa). Os primeiros exploradores europeus exploraram a região em torno da década de 1640, em expedições francesas partindo de Quebec, rumo aos Grandes Lagos. Tais expedições foram feitas por ordem de Samuel de Champlain. A região de Toronto passou então a fazer parte da colônia francesa de Nova França.

Porém, colonização européia em todo o Canadá central, incluindo a região onde Toronto atualmente está localizada, foi quase inexistente até 1784 - até então, o número de colonos europeus vivendo em toda a área que atualmente é a província de Ontário era de aproximadamente 400 habitantes. Em 1750, os franceses construíram um posto comercial próximo à foz do Rio Humber, e um forte próximo ao Rio Don. Este forte chamava-se Fort Rouillé. Em 1759, os franceses queimaram este forte - para impedir que forças britânicas avançando na região tomassem o controle do forte - e abandonaram a região. Em 1763, toda a Nova França passou ao domínio britânico, ao final da Guerra Franco-Indígena, sob os termos do Tratado de Paris.

Após 1783 - quando a Guerra da Independência dos Estados Unidos - grandes números de colonos americanos leais à Coroa britânica abandonaram o recém-criado Estados Unidos. Os britânicos forneceram suprimentos e terras para estes colonos [carece de fontes?], e recompensaram em dinheiro muitos deles [quem?] - vários deles [quem?] haviam lutado do lado das forças britânicas. [carece de fontes?] Em 1788, os britânicos compraram mais de mil quilômetros quadrados de terra dos nativos americanos mississaugas, que constitui atualmente Toronto e alguns de seus subúrbios, para abrigar estes colonos. Os britânicos construíram uma vila, nas atuais Ilhas Toronto, e ali construíram um forte. Tanto o forte quanto a vila foram nomeados como York. As Ilhas Toronto são uma cadeia de pequenas ilhas que levam a um pântano (atualmente não-existente, tendo sido drenado) a oeste da cadeia, e a uma abertuda à leste do arquipélago, formando uma baía que protegia naturalmente a recém-criada vila, que era protegido pelo Fort York, localizado aproximadamente no centro geográfico das ilhas. A vila propriamente dita ficava do outro lado do arquipélago, próximo à atual Parliament Street.

Em 29 de julho de 1793, o Tenente Governador da recém-criada colônia britânica de Canadá Superior (que forma as bases da atual província de Ontário), John Graves Simcoe, escolheu York para ser a nova capital da recém-formada colônia de Canadá Superior, tendo mudado da então Newark, atualmente, Niagara-on-the-Lake, oficialmente, em 1 de fevereiro de 1796.

O Tenente Governador Simcoe estava especialmente preocupado para iniciar comunicações militares entre assentamentos ao sul do Canadá Superior - especialmente Newark, então a capital da colônia - e aqueles assentamentos no leste da colônia, tais como Kingston. Para isto, Simcoe iniciou a construção de várias estradas. A Dundas Street foi construída para conectar a região de York até a vila homónima, Dundas, próximo a Hamilton, para continuar a oeste, em direção a Windsor, na fronteira canadense com os Estados Unidos. A Kingston Road foi construída entre Toronto e Montreal, passando por Kingston. A maior parte desta estrada formaria posteriormente a Highway 401, atualmente uma das rodovias mais movimentadas do mundo. Uma terceira rota, a Yonge Street, foi construída entre o Lago Ontário e o Lago Toronto (atualmente o Lago Simcoe), tendo sido inaugurada em três anos. A Yonge Street é atualmente a linha divisória leste-oeste de Toronto, e é muitas vezes chamada de "a rua mais longa do mundo", com seus 1 896 quilômetros de comprimento, que estendem-se até Rainy River, Ontário, na fronteira canadense com o Estado americano de Minnesota. Todas as três estradas mencionadas ainda existem nos dias atuais.

Século XIX

Em 1813, durante a Guerra de 1812, York foi atacada por forças americanas, e queimada parcialmente. Em retaliação a este ataque, os ingleses invadiram a capital americana, Washington, DC, no ano seguinte. Fort York então era um forte de pequeno porte, e seus defensores britânicos, vendo que a defesa do forte seria impossível, decidiram recuar, incendiando anteriormente as paredes e o chão próximos ao depósito de munições. Quando as forças americanas entraram no forte, este depósito repentinamente explodiu, matando vários soldados americanos. As tropas americanas ficaram por quatro dias no forte, tendo saqueado a vila homónima. Entre ouro e dinheiro, os americanos tomaram o mastro cerimonial da Assembleia Legislativa. Este mastro foi devolvido somente em 1934, por ordens do então Presidente americano Franklin Delano Roosevelt. Após a saída das tropas americanas, os britânicos construíram um forte muito mais resistente, a aproximadamente duzentos metros oeste da localização original. Outro ataque americano foi derrotado com facilidade, sendo que os navios americanos não foram capazes de aproximar-se do litoral.

Muitas das Ilhas Toronto atualmente não existem mais, tendo sido incorporadas ao continente, por causa da expansão artificial do litoral do continente em direção às ilhas, incorporando várias delas. Atualmente, este forte está a centenas de metros do litoral da cidade, escondido pela Gardiner Expressway.

Mapa de Toronto em 1894.

Em 1834, a então cidade secundária (town) de York foi elevada para a categoria de cidade primária (city), e foi renomeada para seu atual nome, Toronto, para distinguir a cidade de várias outras localidades na colônia, incluindo o condado onde Toronto estava situado. Toronto foi elevado à categoria de cidade primária em 6 de março, e William Lyon Mackenzie tornou-se seu primeiro prefeito. Então, Toronto tinha cerca de dez mil habitantes. Em 1837, Mackenzie liderou uma revolta contra o governo britânico, buscando maior autonomia para a colônia do Canadá Superior, na Revolta do Canadá Superior. Esta rebelião, que não ganhou popularidade, foi facilmente extinguida pelos britânicos, e Mackenzie fugiu para os Estados Unidos.

A Grande Fome Irlandesa de 1846-1849 trouxe grandes números de irlandeses à cidade. Irlandeses protestantes eram geralmente bem-vindos pela população inglesa e escocesa da cidade, e logo vários destes irlandeses ocupariam importantes posições no comércio, educação e nas políticas. A Ordem de Orange tornou-se uma força dominante na sociedade de Toronto, tanto que na década de 1920 Toronto era chamado de "O Belfast do Canadá".[15] A importância da Ordem de Orange diminuiu somente após a década de 1940. Em contraste, irlandeses católicos que instalaram-se em Toronto enfrentaram intolerância e discriminação, tanto da sociedade quanto do governo. Os irlandeses compunham quase a totalidade da população católica da cidade até a década de 1890, quando católicos alemães e franceses começaram a se instalarem na cidade. Porém, mesmo assim, os irlandeses católicos continuaram a formar 90% da população católica da cidade. Várias iniciativas dos irlandeses e seus descendentes tais como a fundação da Universidade de Saint Michael em 1852, três hospitais e várias organizações de caridade fortaleceram a identidade irlandesa - independente de religião - na cidade, transformando a presença irlandesa em Toronto em uma de influência e poder.[16]

Toronto cresceu rapidamente nas décadas finais do século XIX. Sua população cresceu de 30 mil habitantes em 1851 para 56 mil habitantes em 1871 e 181 mil habitantes em 1891. Nesta época, foram instaladas um sistema extensivo de bondes ao longo da cidade - muito deste sistema ainda está em operação atualmente - além da construção de ferrovias, em especial, a Canadian Pacific Railway, que conectaram Toronto com outras cidades primárias do Canadá. Também foram construídas ferrovias radiais, trilhos que corriam ao longo de vias públicas primárias com ruas e avenidas. Uma destas ferrovias radiais estava instalado na Yonge Street, que conectou Toronto com o Lago Simcoe, e assim, permitia aos seus passageiros locomoção às praias do Lago Simcoe para recreação. À época, as águas das praias de Toronto ao longo do Lago Ontário estavam muito poluídas para serem usadas para o lazer - isto porque o lixo da cidade era despejado diretamente nas águas do Lago Ontário.

Século XX

Incêndio de Toronto de 1904.

A economia da cidade também passou a crescer rapidamente durante o final do século XX. Muitas fábricas foram construídas, e a cidade logo tornou-se um dos pólos econômicos do país, assim atraindo ainda mais imigrantes, tais como italianos e alemães, além de ingleses, escoceses, irlandeses e franceses, os principais grupos imigrantes até a década de 1950. Durante o período, a população da cidade também cresceu rapidamente devido à migração rural de habitantes de áreas rurais de Ontário.[17] Italianos, portugueses e gregos, bem como chineses, russos, poloneses, e outros grupos da Europa Oriental, foram os principais grupos imigrantes entre as décadas de 1950 e 1970. O grande número de imigrantes fez com que a população de Toronto (limítes políticos atuais) superasse um milhão em 1951, dobrando em 1971.[18] O fluxo de imigrantes também tornou a cidade cada vez mais multicultural: enquanto que britânicos (incluindo irlandeses) compunham mais de 90% da população da cidade em 1901, esta percentagem caiu para 80% em 1931 e para 70% em 1951.[19]

A Grand Trunk Railway e a Great Nothern Railway foram unidas após a construção da Union Station, no centro da cidade. Com a adoção de medidas do governo canadense cujo objetivo era promover o povoamento das regiões centrais do Canadá, Toronto logo tornou-se o ponto de partida de pessoas - primariamente, imigrantes - em direção rumo ao oeste. Toronto tornou-se um importante pólo ferroviário, bem como um grande centro bancário. Em 1904, grandes secções do centro de Toronto foram destruídas no Incêndio de Toronto de 1904. Porém, estas secções foram rapidamente reconstruídas.

À medida que Toronto crescia, bem como os limites de sua área urbanizada, a cidade logo tornou-se naturalmente cercada pelo Rio Humber ao oeste e pelo Rio Don a leste. Vários rios e riachos de menor porte cortavam a cidade, à época. Muitos destes rios [quais?] e riachos passaram a serem usados como esgotos a céu aberto. O trecho de um destes riachos corria por baixo da Universidade de Toronto. Tudo isto passou a criar sérios problemas de saúde na cidade.

Vista da Queen Street e da Old City Hall, a antiga prefeitura de Toronto, em 1920.

O Rio Don, com seu vale especialmente largo e profundo, cortava Toronto e a isolava de cidades localizadas a leste do Rio, e criava assim sérias dificuldades de transporte e locomoção entre um ponto a outro do Vale. Estes problemas foram resolvidos em 1919, com a construção do Prince Edward Viaduct, conectando a Bloor Street no lado oeste do Vale com a Danforth Avenue a leste do vale. Edmund Burke, o engenheiro que desenvolveu a ponte, exigiu que um andar inferior fosse adicionado na ponte, embaixo da via principal, para trens. A cidade não quis pagar pela construção deste andar adicional, alegando que este andar extra para trens seria inútil, mas Burke insistiu e eventualmente a cidade cedeu às exigências de Burke. Este andar extra salvou à cidade milhões de dólares, quando uma linha de metrô leste-oeste, a linha Bloor-Danforth do metrô de Toronto, foi construída na cidade, em 1966. A construção do viaduto representa um marco histórico na história de Toronto. Agora conectada ao que eram anteriormente cidades separadas, a cidade de Toronto cresceu drasticamente durante as décadas iniciais do século XX.

A demanda por suprimentos de guerra ao longo da Primeira Guerra Mundial fizeram com que o setor industrial da cidade crescesse drasticamente. A população da cidade também continuou a crescer rapidamente até a década de 1930, quando a Grande Depressão gerou desemprego e miséria na cidade. Vários saíram de Toronto, sem rumo definido, em direção a várias outras cidades canadenses, buscando pela sorte de encontrar um emprego ou um abrigo. A Segunda Guerra Mundial novamente trouxe prosperidade econômica para cidade, bem como intenso crescimento populacional. Este crescimento aumentou ainda mais após o fim da segunda, com a chegada de milhares de imigrantes europeus anualmente, que prossegueria até a década de 1970.

O rápido crescimento populacional causou vários problemas. A cidade de Toronto, então, possuía um quinto do seu tamanho atual, e outras 12 cidades existiam dentro dos atuais limites territoriais de Toronto. Isto causou sérios problemas no trânsito em geral, falta de abrigos e até mesmo falta de água potável em algumas destas cidades. Toronto e seus 12 subúrbios muitas vezes não conseguiam trabalhar juntos para resolver estes problemas. Além disso, algumas destas municipalidades não tinham fundos suficientes para cobrir os gastos dos programas planejados a resolver ou minimizar estes problemas. Este problema fez com que a província de Ontário criasse a Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto - uma subdivisão semelhante à de um condado ou à de uma municipalidade regional, mas com mais poderes e autonomia - em 1 de janeiro de 1954. Estas cidades eram New Toronto, Mimico, Weston e Leaside, as vilas de Long Branch, Swansea e Forest Hill; e os distritos rurais de Etobicoke, York, North York, East York e Scarborough. Os limites desta municipalidade formam os atuais limites da cidade de Toronto.

Como um resultado do crescimento que se seguiu, o Ontário decidiu, em 1967, reduzir o número de cidades, vilas e distritos rurais dentro da Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto para seis, após a fusão de Long Branch, New Toronto e Mimico em Etobicoke, Weston em York, Leaside em East York e Swansea e Forest Hill em Toronto. Esta Municipalidade trouxe vários avanços à cidade, como a instalação do primeiro sistema computadorizado de tráfico do mundo, a construção de abrigos para idosos e de abrigos de baixo aluguel para famílias de baixa renda. Problemas de abastecimento de água foram solucionados, e houve-se a construção de um extensivo sistema de metrô entre 1949 e 1972. A primeira linha do metrô da cidade, a Yonge, foi inaugurada em 1954.[20]

Ao longo da década de 1960 e de 1970, a cidade de Toronto superou a cidade quebequense de Montreal em termos populacionais, se tornando a maior e mais importante cidade do Canadá desde então e se firmando nas décadas seguintes como o principal centro urbano, financeiro, industrial, comercial, cultural e administrativo do país. Várias empresas anteriormente sediadas em Montreal mudaram-se para Toronto. Em 1968, a cidade realizou uma extensiva revitalização do litoral da cidade, permitindo o acesso do público às praias da cidade. Em 1971, um parque de diversões, o Ontario Place, foi construído, e em 1976, a Torre CN foi inaugurada. Com a construção da última - que até setembro de 2007 era a estrutura mais alta do mundo - Toronto tornou-se um pólo turístico mundialmente conhecido, atraindo milhões de turistas anualmente.

Desde a década de 1970, o número de europeus imigrando e instalando-se em Toronto passou a cair, e a crescente imigração de asiáticos, hispânicos e africanos passaram a fazer de Toronto uma cidade multicultural.

Em 1981, o Eaton Centre, o shopping center mais famoso da cidade, foi inaugurado, e em 1989, o Rogers Centre, então com o nome de SkyDome, foi construído.

Em 1997, Toronto tinha cerca de 625 mil habitantes, e era então a segunda maior cidade em população do Canadá, atrás apenas de Montreal - embora sua região metropolitana fosse significantemente maior, 4,7 milhões em Toronto contra 3,2 milhões em Montreal. Neste ano, o governo de Ontário decidiu fundir todas as cidades da Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto - Toronto, North York, Scarborough, Etobicoke, York e East York - em uma única cidade, Toronto. Muitos habitantes das antigas seis cidades se opuseram à fusão, argumentando que a fusão iria destruir a identidade própria destas distintas comunidades, e iria também reduzir o fornecimento de serviços públicos, tais como saúde e educação. Apesar da oposição pública [carece de fontes?], a fusão ocorreu, em 1 de janeiro de 1998. Da noite para o dia, Toronto, com seus 2,2 milhões de habitantes, tornou-se a maior cidade do país, ultrapassando Montreal e seus um milhão de habitantes. Uma eleição para prefeito da nova super-cidade foi realizada em 1997, e foi vencida por Mel Lastman, anteriormente prefeito da atualmente extinta cidade de North York.

Século XXI

Vista de Toronto durante o pôr-do-sol.

Em 2001, a cidade de Toronto ficou em segundo lugar na votação para cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, perdendo para Pequim.

Em 2002, Toronto sediou o Dia Mundial da Juventude de 2002. Ainda no mesmo ano, o Papa João Paulo II visitou a cidade. Os dois maiores sindicatos da cidade, a Locals 79 e a 416 of CUPE (Canadian Union of Public Employees) entraram em greve, algumas semanas antes do acontecimento do Dia Mundial da Juventude. Bibliotecas, creches, coleta de lixo e outros seviços públicos de responsabilidade municipal fecharam temporiamente. O governo de Ontário forçou os sindicatos de volta ao trabalho alguns dias antes do acontecimento do Dia Mundial da Juventude.

Em 2003, Toronto foi atingida pela epidemia da pneumonia asiática, trazida por um canadense de ascendência chinesa que havia viajado anteriormente para Hong Kong. No total, a doença contaminou centenas de pessoas, matando 42 delas. Embora a doença tenha atingido primariamente hospitais - infectando em sua maioria profissionais relacionados à área da saúde e pacientes, sendo que a maioria das mortes foram de pacientes hospitalares que já estavam com a saúde abalada - a Organização Mundial da Saúde, em 21 de abril, anunciou ao mundo de que quaisquer viagens desnecessárias à cidade não deveriam ser realizadas. Toronto foi a única cidade do hemisfério ocidental que foi elevada à categoria de "Altamente Perigosa". O turismo na cidade caiu drasticamente, e o comércio em geral entrou em recessão. Para tentar recuperar deste choque, a cidade realizou um concerto musical, o Molson Canadian Rocks for Toronto, com bandas e cantores internacionalmente conhecidas tais como Rolling Stones, AC/DC, Rush, The Guess Who, Justin Timberlake, entre outros. O concerto atraiu entre 450 mil e 500 mil pessoas, fazendo do concerto o maior já realizado no Canadá, e um dos dez maiores da história.

Em 14 de agosto de 2003, Toronto, bem como todo o sul do Ontário e o nordeste dos Estados Unidos, sofreu um apagão geral, no Apagão da América do Norte de 2003. Os resultados causaram caos geral na cidade. A eletricidade somente voltou em algumas áreas da cidade após 12 horas, sendo que algumas áreas voltaram a receber eletricidade apenas após três dias.

Nas eleições municipais de 2003, David Miller foi escolhido como o novo prefeito de Toronto, após ter feito uma campanha eleitoral bem-sucedida, onde ele incluiu uma promessa em cancelar uma ponte conectando o Aeroporto Toronto City Centre com o continente. Em 2004, a cidade balanceou seus gastos pela primeira vez em anos, através da elevação moderada de impostos de propriedade e de maiores quantidades de verbas recebidas do governo provincial e nacional.

Toronto foi candidata aos Jogos Olímpicos de Verão de 1996 e de 2008. Toronto ficou em terceiro lugar em 1996 atrás de Atenas e Atlanta, a escolhida para sede. E ficou em segundo lugar na votação do Comité Olímpico Internacional, tendo perdido para Pequim. Toronto era o candidato mais provável para sediar os jogos de 2012, tendo perdido principalmente em razão dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, que ocorreriam também no Canadá, em Vancouver. Toronto cogitou candidatar-se para sediar Jogos Olímpicos de Verão de 2016, tendo o comitê olímpico canadense abandonado a ideia após Vancouver vencer a candidatura para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010.[21][22]

Toronto venceu a candidatura dos Jogos Pan-americanos de 2015 em 7 de novembro de 2009.[23] Pressão também havia sido colocada anteriormente para que a cidade se candidatasse a sediar a Expo 2015. Embora estimativas indicassem que a Feira Mundial geraria cerca de 214 mil empregos e 5,3 bilhões de dólares canadenses, um saldo negativo de pelo menos 700 milhões de dólares canadenses também foi estimado, sendo que os governos da cidade, da província e do Canadá não assumissem responsabilidade pela dívida que se seguiria, o que fizeram com que Toronto não se candidatasse antes da data limite.

Panorama de 360º da cidade de Toronto, vista da Torre CN. As ilhas de Toronto e o Aeroporto Toronto City Centre podem ser visto no lago Ontário, no lado esquerdo da imagem.

Geografia

Imagem de satélite de Toronto e sua região metropolitana em 1985.

Toronto está localizada na margem norte do Lago Ontário. A cidade limita-se ao sul com o o Lago Ontário, a leste com a Municipalidade Regional de Durham, ao norte com a Municipalidade Regional de York e a oeste com a Municipalidade Regional de Peel. A maior parte dos limites com estas municipalidades regionais são realizadas através de ruas ou rios: ao leste através do Rio Rouge, ao norte com a Steeles Avenue e ao oeste com a Etobicoke Creek, a Renforth Avenue, a Eglinton Avenue e a Highway 427. Vários rios cortam a cidade, das quais as principais são o Rio Don, o Rio Humber (Ontário) e o Rio Rouge. Suas coordenadas geográficas são 43°40′N, 79°25′O. A cidade possui uma área total de 641 km². Toronto é cortado por diversos rios e riachos. A flora dos vales destes rios são protegidos pela cidade, o que permite a existência de vales densamente florestados dentro de Toronto, com trilhas recreacionais dentro da cidade.[24]

Clima

Cena típica da primavera no High Park.

Toronto possui um clima temperado, com quatro estações bem definidas, sendo quente e úmido no verão e frio e seco no inverno. No inverno, a média das mínimas é de -6,6 °C, e a média das máximas, de 0 °C. No verão, a média das mínimas é de 15,5 °C, e a média das máximas, de 26 °C.

Toronto possui um tempo relativamente instável, especialmente nos meses de inverno, com mínimas variando geralmente entre -30 °C e 0 °C, e máximas variando entre -25 °C e 15 °C, sendo que o fator do vento diminui ainda mais estas temperaturas (que podem cair para menos de -40 °C). Períodos de temperaturas amenas ocorrem ao longo do inverno, com máximas entre 5 °C e 10 °C sendo relativamente comuns no inverno), desencadeando o derretimento regular da neve que fazem com que períodos sem neve sejam comuns, existentes até mesmo no meio do inverno. Geralmente, ocorrem dois ou três períodos de temperaturas muito baixas, onde as máximas não superam os -20 °C.

Vista de um cruzamento movimentado de Toronto no inverno, em um dia de alta precipitação de neve.

No verão, as variações de temperatura são menores, com máximas variando geralmente entre 20 °C e 30 °C, e mínimas entre 10 °C e 25 °C. Toronto possui no Canadá uma reputação de ser uma cidade quente, mas comparado com muitas partes do mundo, Toronto experimenta condições climáticas muito frias, exceto no verão.

Os dias de outono em Toronto geralmente oferecem temperaturas agradáveis ao dia, seguidos por noites relativamente frias. A primavera é tipicamente a menor estação do ano, geralmente com dias quentes e noites frias. A precipitação média anual de chuva de Toronto é de 83,4 centímentros. A taxa de precipitação média de neve é de 115 centímetros. O mês menos chuvoso é o mês de agosto, com apenas nove dias chuvosos, em média. A precipitação de chuva e neve na cidade é bem distribuída ao longo do ano. O mês que mais registra dias com precipitação do ano é o mês de janeiro, que registra em média 16 dias onde há precipitação de chuva, neve ou granizo. Contando-se apenas precipitação líquida, os meses mais chuvosos são os meses de verão, que registram em média 13 dias com chuva por mês. O verão é também a estação mais ensolarada da cidade.

Dados climatológicos para Toronto
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) −1,3 −0,6 4,4 11,5 18,2 23,5 26,5 25,3 20,9 14,2 7,7 1,4 12,6
Temperatura mínima média (°C) −7,9 −7,2 −2,4 3,5 9,3 14,3 17,6 16,9 13 7,2 2,1 −4,4 5,2
Precipitação (mm) 55,2 52,6 65,2 65,4 68 67 71 82,5 76,2 63,3 76,1 76,5 818,9
Fonte: Environment Canada[25]

Meio Ambiente

Toronto possui sérios problemas ambientais. As praias da cidade, ao longo do Lago Ontário, foram ao longo do século XIX muito populares entre a população da cidade. Porém, o crescimento da indústria de manufaturação na cidade tornou as águas do litoral da cidade altamente perigosas à saúde humana, por causa da poluição. Durante a década de 1960 e a década de 1970, muitas das indústrias poluidoras da cidade foram embora, e atualmente, várias das praias novamente são usadas por banhistas. Porém, mesmo assim, a poluição da água continua a ser um problema, e a cidade regulamente testa as águas de todas as praias ao longo dos dias de verão, e fechando as praias com altos níveis de poluição.

Um dos principais problemas da cidade atualmente é o lixo. Na medida em que o último aterro sanitário da cidade, o Keele Valley, atingiu sua capacidade, a prefeitura viu que nenhuma outra cidade no sul do Ontário estava disposta a comprar lixo da cidade. Embora a cidade tenha feito um acordo para depositar lixo em uma mina abandonada no norte do Ontário quando o Keele Valley fosse fechado, o acordo gerou tanta controvérsia, que aumentava à medida que a data prevista para o fechamento do Keele Valley se aproximava, que a prefeitura cancelou o acordo.

Latas de lixo reciclável tricolores são uma vista comum na cidade.

Em 2002, quando o Keele Valley foi fechado, a prefeitura de Toronto já havia feito um novo acordo, onde todo o lixo produzido pela cidade seria exportada para um atero sanitário localizado no Estado americano de Michigan. Até hoje, o lixo produzido em Toronto é transportado via caminhões até Michigan. O contrato expira em 2008, e pode ser estendido até 2010. Porém, crescente oposição dos habitantes e da Câmara dos Representantes do Estado americano fizeram com que a cidade expandisse seu sistema de reciclagem de lixo, e procurasse lugares alternativos para dispor-se do lixo restante, uma vez que não possui intenções em estender o contrato além 2008. Por causa da controvérsia, Carelton Farms, o aterro sanitário em Michigan sob contrato com a prefeitura de Toronto, anunciou em maio de 2006 que não aceitará mais resíduos de esgoto, embora continuará a aceitar lixo doméstico. Em 19 de setembro de 2006, a prefeitura de Toronto anunciou planos para comprar um aterro sanitário de London, a um preço estimado em mais de 500 milhões de dólares. Porém, o acordo, que gerou indignação por parte de muitos habitantes [quem?] [carece de fontes?] de London, ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Municipal de Toronto. Se aprovada, o aterro terá capacidade para depositar lixo proveniente de Toronto por cerca de 25 anos, e os primeiros depósitos de lixo proveniente de Toronto seriam iniciados por volta de 2010.

Como programas alternativos, a prefeitura de Toronto unificou o sistema de reciclagem da cidade, introduziu programas que visam os habitantes da cidade a reciclar, e um programa voltado à reciclagem de materiais orgânicos, para gerar composto, embora este último programa tenha sido criticado pelo seu alto custo, três vezes mais caro (o tonelada) que o atual acordo com o aterro sanitário em Michigan. Embora muitos habitantes sejam contra incineradores por causa da alta poluição gerada, a Municipalidade Regional de Peel está interessada em construir um incinerador, capaz de gerar eletricidade (suficiente para abastecer cinco mil casas) queimando lixo. [carece de fontes?] As municipalidades regionais de York e Durham possuem programa conjunto ainda mais ambicioso. O centro de incineramento proposto por ambos seria capaz de abastecer até 200 mil casas, e construção poderia ser iniciada em 2011.

Diversas empresas propuseram converter lixo em gás sintético, que poderia ser utilizado como combustível para geração de eletricidade (uma proposta afirmou que 100 mil toneladas de lixo seriam capazes de gerar até 12 megawatts). Os resíduos seriam filtrados, e poderia ser misturado com asfalto na construção de vias públicas.

Litoral

Porto de Toronto.

Durante décadas o litoral de Toronto junto ao Lago Ontário tem causado controvérsia na cidade. Uma parte significativa da cidade - inclusive seu centro financeiro - encontra-se separada de seu litoral através da Gardiner Expressway e de uma ferrovia, que correm ao sul da cidade. Anteriormente, as zonas localizadas próximas ao litoral e ao lado do centro financeiro eram utilizadas para fins industriais, o que contribuía para esta separação.

Embora a maior parte das fábricas tenham sido abandonadas, dando gradualmente lugar a parques, zonas residenciais e comerciais, muitos dizem [quem?] que a construção de muitos prédios próximos ao longo do litoral (que continua até os dias atuais) mantém e agrava a separação da cidade de seu litoral. Muitos [quem?] propõem que os trechos da Gardiner Expressway e da ferrovia correndo próximas ao litoral sejam reconstruídos subterraneamente, embora esta solução é improvável mesmo a longo prazo, devido ao alto custo do projeto. Em 26 de setembro, um conselho municipal recomendou a demolição da Gardiner, entre a Spadina Avenue e a Don Valley Parkway, trecho localizado imediatamente ao sul do centro financeiro da cidade. O trecho demolido seria substituído por uma ampliação da Lakeshore Boulevard, que atualmente corre ao longo da Gardiner, em uma via de cinco faixas por sentido. O projeto, cujo custo estimado é de 758 milhões de dólares canadenses, gerou grande controvérsia.

Outra controvérsia é o Aeroporto Toronto City Centre, localizado em uma ilha artificial, distante a apenas 100 metros do continente. Muitos [quem?] apoiam a construção de uma ponte ligando a ilha com o aeroporto, embora outros sejam contra, temendo que um aumento no tráfego na região agrave o problema da poluição atmosférica na região. Atualmente, o aeroporto é servido somente por uma linha de ferry, a menor do mundo. A ilha que abriga o aeroporto possui parques e residências, embora não seja permitido o tráfego direto de pessoas entre o aeroporto e outras partes da ilha.

Demografia

População de Toronto por ano, dentro de limites atuais
Ano Toronto Metrópole
(CMA, não inclui Burlington e Oshawa)
Metrópole
(GTA)
1861 65 085 193 844[26]
1901 238 080 440 000[26]
1951 1 117 470 1 262 000[26]
1971 2 089 728 2 628 045[27]
1976 2 124 295 2 803 101[28]
1981 2,137,380 2,998,947[29]
1986 2,192,721 3,733,085[30]
1991 2 275 771[31] 3 893 933[32] 4 235 756[31]
1996 2 385 421[33] 4 263 759[33] 4 628 883[34]
2001 2 481 494,[35] 4 682 897[35] 5 081 826[36]
2006 2 503 281[35] 5 113 149[35] 5 555 912[37]
Toronto é uma cidade multicultural, com etnias das mais diversas parte do mundo. A College Street é o centro da Little Italy, um bairro italiano da cidade.

Toronto era a segunda maior cidade do país até 1998, com 625 mil habitantes e aproximadamente 150 km², quando a fusão de Toronto com as outras cinco cidades que compunham a Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto fez com que Toronto passasse a ter 2,3 milhões de habitantes e 641 km², assim, ultrapassando Montreal e seu um milhão de habitantes. Porém, contando-se os atuais limites municipais de ambas as cidades - Montreal e outras 27 cidades fundiram-se em 2001 - Toronto de fato ultrapassou a população de Montreal na década de 1970. A população da região metropolitana de Toronto ultrapassou a população da região metropolitana de Montreal já na década de 1960. A atual densidade populacional de Toronto é de 3 939,4 habitantes por quilômetro quadrado. Atualmente, Toronto é a quarta maior cidade da América do Norte, atrás apenas da Cidade do México, Nova Iorque, Los Angeles.

Estudos prevém que a população de Toronto aumente em 2031 para 3 milhões, enquanto que a região metropolitana aumentará para 7,45 milhões.[38]

Entre 2001 e 2006, o crescimento populacional anual da cidade foi de 0,2%. Em 2001, 17,5% da população da cidade tinha 14 anos de idade ou menos, e 13,6% tinha 65 anos de idade ou mais. A idade média era de 36,9 anos.

Raças e etnias

Tabela mostrando minorias étnicas que compõem a população de Toronto.

Toronto é uma das cidades mais multiculturais do mundo. Segundo o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em 2004, Toronto possui a segunda maior população que nasceu fora do país do mundo, atrás de Miami. Toronto é mais diverso etnicamente que Miami, porém, visto que a população nascido no exterior é dominado por latino americanos. 49,9% da população torontoniana nasceu fora do Canadá.[39]

O censo canadense de 2006 indica que 46,9% da população de Toronto é composta por minorias visíveis: 1 162 630 habitantes, compondo 23% da minoria visível canadense, vivem em Toronto (não incluindo seus subúrbios). 70% provém da Ásia. Cerca de metade dos imigrantes que migram para o Canadá assentam em Toronto ou região metropolitana.

Minorias visíveis em Toronto (2006)[40] População %
Minoria visível Sul asiáticos 298 370 12,0
Chineses 283 075 11,4
Negros 208 555 8,4
Filipinos 102 555 4,1
Latino americanos 64 855 2,6
Sudoeste asiáticos 42 755 1,7
Sudeste asiáticos 37 495 1,5
Coreanos 34 220 1,4
Árabes 22 485 0,9
Japoneses 11 965 0,5
Minorias múltiplas 31 100 1,3
Outras minorias 25 195 1,0
Total de minorias visíveis 1 162 630 46,9
Não pertencente a uma minoria visível (incluem aborígenes) 1 313 930 53,1
População total 2 476 565 100
Minorias visíveis na região metropolitana de Toronto (2006)[41] População %
Minoria visível Sul asiáticos 684,070 13,5
Chineses 486 330 9,6
Negros 352 220 6,9
Filipinos 171 980 3,4
Latino americanos 99 295 2,0
Sudoeste asiáticos 75 475 1,5
Sudeste asiáticos 70 215 1,4
Coreanos 55 265 1,1
Árabes 53 430 1,1
Japoneses 19 010 0,4
Minorias múltiplas 60 075 1,2
Outras minorias 46 705 0,9
Total de minorias visíveis 2,174,070 42,9
Não pertencente a uma minoria visível (incluem aborígenes) 2 898 005 57.1
População total 5,072,075 100

Desde a década de 1850, Toronto tem sido um dos principais polos de entrada de imigrantes do mundo. Os anos após as grandes guerras mundiais atraíram grande número de imigrantes. Ingleses e escoceses vieram em grande número nos anos que se seguiram a essas guerras. Poloneses, neerlandeses e gregos vieram em grande número nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. A imigração italiana e portuguesa tornou-se muito forte entre a década de 1950 e a década de 1970. Desde então, a maioria dos imigrantes instalando-se em Toronto são asiáticos em geral, especialmente chineses.[42]

Toronto é considerada por muitos [quem?] como a cidade mais multicultural do mundo, sendo que aproximadamente 45% da população da cidade nasceu fora do país (a segunda maior percentagem, atrás somente de Miami, onde, no entanto, a grande maioria dos imigrantes é de hispânicos). 42,8% (1 405 680 habitantes) da população de Toronto afirmaram fazer parte de uma minoria visível (afro-canadenses, árabes, asiáticos e hispânicos) no censo nacional de 2001, um crescimento de 33,7% sobre o censo de 1996, onde 43% (1 051 125) da população da cidade disseram fazer parte de uma minoria visível. 49% da população de Toronto nasceu fora do Canadá, um crescimento de 1% sobre os dados de 1996. Novos imigrantes em Toronto desde 1991 numeram 516 635, representando 21% da população. Um de cada cinco habitantes da cidade são imigrantes recentes, tendo instalado-se na cidade entre 1991 e 2001.

57,2% da população da cidade possui ascendência européia. Os principais grupos étnicos europeus na cidade são os ingleses (~500 mil habitantes), escoceses (~425 mil habitantes), irlandeses (~375 mil habitantes), italianos (~350 mil habitantes), alemães (~220 mil habitantes), portugueses (~130 mil habitantes), franceses (~120 mil habitantes) e poloneses (~85 mil habitantes). Toronto possui uma grande comunidade portuguesa. Aproximadamente 60% da população portuguesa da cidade vêm dos Açores, e 10% vêm de Madeira. Toronto possui também uma pequena comunidade brasileira. Aproximadamente quinze mil brasileiros vivem na cidade.

Vista de vários ônibus de uma agência de turismo voltada especialmente para canadenses de ascendência chinesa, esperando pelo embarque dos turistas, em um shopping center da cidade.

Chineses compõem aproximadamente 10,6% da população de Toronto (259 710 habitantes), sul asiáticos compõem 10,3% da população da cidade (253 920 habitantes), e afro-canadenses compõem 8,3% da população da cidade (204 075 habitantes). Metade da população afro-canadense vive em Toronto. Filipinos compõem 3,5% (86 460 habitantes) da população de Toronto, Hispânicos, 2,2% (54 350 habitantes), árabes e oeste-asiáticos, 2,4% (59 560 habitantes), sudeste-asiáticos, 1,4% (33 870), coreanos, 1,2% (29 755), e japoneses, 0,5% (11 595). Outras minorias étnicas formam 1,5% da população da cidade (37 985 habitantes). Deve-se tomar em conta que muito dos habitantes de Toronto são descendentes de duas ou mais etnias. No total, minorias étnicas compõem 46,9 % da população da cidade (censo de 2006). Devido à imigração, esta percentagem está aumentando rapidamente, e estima-se que minorias étnicas deverão formar a maioria da população da cidade em torno de 2017.[43] Toronto possui no total mais de um milhão de habitantes que pertencem a uma minoria étnica (compondo 26% da população minoritária canadense).

Toronto concentra 48,7% da população da Região Metropolitana de Toronto. Em 2001, 57,8% de todos os imigrantes que instalaram-se na Região Metropolitana de Toronto instalaram-se em Toronto. Contando-se apenas os imigrantes que chegaram após 1990, esta taxa sobe para 64,4%. Cerca de metade das pessoas imigrando para o Canadá instalam-se em Toronto. A população de Toronto está crescendo aproximadamente 1,9% por ano. Estima-se que a cidade alcançará três milhões de habitantes em 2030. No mesmo ano, estima-se a população da região metropolitana em 7,45 milhões de habitantes.

Aproximadamente 20% da população da cidade possui 14 anos de idade ou menos, enquanto pessoas com mais de 65 anos de idade constituem 11,2% da populaçào de Toronto.

Religião

A Igreja Católica Romana é a maior religião da cidade (31,4%), seguida pela Protestante (21,1%), mas a cidade possui comunidades religiosas bem-estabelecidas de judeus (7,0%), muçulmanos (6,7%), hindus (4,8%), e outras religiões (4%). 18% da população da cidade não possui nenhuma afiliação religiosa.[44]

Idiomas

Mais de 100 idiomas e dialetos são falados em Toronto, e mais de um terço da população da cidade fala outro idioma que não o inglês em casa.

Enquanto que o inglês é o idioma predominante na cidade (é a língua materna de 51,8% da população da cidade), o Statistics Canada afirma que outros idiomas também possuem presença significante na cidade são a língua materna de uma parte considerável da população da cidade são o chinês (idioma materno de 355 270 habitantes), o italiano (206 325), o português (113 355), punjabi (99 600), espanhol (83 245), polonês (79 875), tagalog (77 220) tâmil (77 060), urdu (57 635), francês (57 485), grego (50 165), árabe (46 575), alemão (43 665), vietnamita (36 555) e o ucraniano (26 675).

Bairros e distritos

O cruzamento da Wellesley Street e da Church Street, ou simplesmente Church and Wellesley, onde está situada o bairro de maioria homossexual da cidade. Este cruzamento sedia anualmente uma das maiores paradas gays do mundo, que atraem cerca de 800 mil pessoas por evento.

Toronto possui um total de 240 bairros diferentes. Muitos [quais?]destes bairros já foram no passado cidades ou vilas, que foram eventualmente fundidas a outras cidades. Até 1997, Toronto estava dividido em seis distintas cidades: a cidade de Toronto propriamente dita, North York, Scarborough, Etobicoke, York e East York. Estas seis cidades foram fundidas em uma única cidade de Toronto em 1998. As seis antigas cidades são agora seis distintos distritos (boroughs) de Toronto.

Muitos destes bairros estão nomeadas em homenagem a uma dada etnia ou nacionalidade. A Corso Italia e a Little Italia assim são nomeadas dado ao grande número de italianos nestes bairros, enquanto a Portugal Village possui uma grande população portuguesa, vindos do continente europeu. Várias áreas da cidade também são cognomeadas pela prefeitura da cidade, embora não possuam o estatuto de bairro, como a Rua Açores - que é uma área cognomeada, não uma rua - que possui uma grande população portuguesa, a maioria imigrantes vindos dos Açores e seus descendentes.

Criminalidade

Toronto possui uma das taxas de criminalidade mais baixas do continente americano, com 1,3 homicídios para cada 100 mil habitantes.[8] Em comparação, Chicago, que possui aproximadamente a mesma população de Toronto, possui 18 homicídios para cada 100 mil habitantes.[45] Mesmo assim, as taxas de criminalidade têm aumentado nos últimos anos. Em 2004 houve no total 314 homicídios. A taxa de roubo na cidade é de 115 para cada 100 mil habitantes. O maior problema é a crescente presença do tráfico ilegal de drogas na cidade e os confrontos (às vezes envolvendo tiroteio) entre gangues - que envolvem quase sempre drogas - à noite que resultam em feridos ou na morte de membros e/ou de pessoas inocentes. Especialistas americanos em confrontos de gangues foram contratados para minimizar estes problemas em áreas onde tais gangues geralmente confrontam-se.

Em 2005, a taxa de homicídios, que estava em crescimento desde 1996, diminuiu. Durante o ano, foram registrados um total de aproximadamente 75 homicídios, a grande maioria relacionados com o tráfico de drogas. Porém, mesmo assim, vários habitantes da cidade acreditam que Toronto não é mais uma cidade segura, especialmente nas ruas da cidade à noite, local e horário onde a grande maioria dos homicídios acontece.

Abrigos e sem-tetos

Os preços de compra e manutenção das residências em geral em Toronto é uma das maiores do Canadá. Uma casa com três quartos e 200 metros quadrados de área útil custa em média aproximadamente 350 mil dólares canadenses. Os preços do aluguel também estão gradualmente aumentando. A falta de residências de baixo custo levou a um aumento de sem-tetos na cidade. Em Toronto, sem-tetos são geralmente desempregados, pessoas com deficiências mentais, e jovens adolescentes que fugiram de casa. Não se sabe o número exato de sem-tetos vivendo na cidade, devido às diferentes definições do termo; em 2003, cerca de 32 mil pessoas utilizaram abrigos para sem-tetos fornecidos pela cidade.[46]

O número de sem-tetos que vivem nas ruas da cidade, em gradual crescimento nos últimos anos, é um grande problema para a cidade (especialmente nos dias de inverno, quando a temperatura pode cair até -50 °C durante a noite, quando se inclui o fator vento). A morte de um sem-teto em 2000 devido a uma noite de frio intenso incentivou a cidade a construir abrigos (em número insuficiente para atender a demanda) designados a atender tais sem-tetos, especialmente em dias de frio intenso, mas fazendo pouco mais do que isso.

Ameaças de ataques terroristas

Sendo o principal centro financeiro do país, Toronto é considerada por muitos [quem?] como um alvo em potencial para ataques terroristas. Alvos em potencial de um ataque incluiriam o sistema de transporte público, a bolsa de valores e arranha-céus da cidade. Em 3 de junho de 2006, 19 pessoas foram presas, acusadas de planejarem ataques terroristas no Sul do Ontário, incluindo Toronto. Este grupo tinha comprado três toneladas de nitrato de amônia, que seria utilizado para fabricar bombas. O grupo também teria planejado abrir fogo em multidões e tomar estruturas importantes na cidade. Apesar do medo, investigadores dizem que o perigo de um atentado terrorista é mínimo.

O motivo do ataque seria a oposição dos Taliban contra a presença canadense no Afeganistão, à medida que tropas canadenses lá localizadas têm sido alvos de ataques cada vez mais frequentes. Oficiais dos Taliban recentemente decretaram avisos voltados diretamente para o Canadá, pela primeira vez desde o início da Guerra ao Terror.

Imigração ilegal

Muitos imigrantes que se instalam em Toronto são ilegais. A maioria deles são chineses, vietnamitas, poloneses, portugueses, brasileiros e hispano-americanos (especialmente mexicanos). Dos aproximadamente quinze mil brasileiros que vivem em Toronto, estima-se que entre 20% a 25% sejam ilegais. Muitos desses imigrantes são atraídos por causa de agentes que dizem ser licenciados pela Agência de Imigração do Canadá, sendo que, de fato, não o são. Geralmente, cobram milhares de dólares, e garantem entrada fácil e legal no país.

Segundo a revista Business Week e o jornal Toronto Sun, a Agência de Imigração do Canadá possui conhecimento desse problema, mas pouco faz, porque esses imigrantes são vitais em alguns segmentos da economia da cidade como mão-de-obra barata. Se todos os brasileiros e portugueses ilegais fossem deportados, segundo o Toronto Sun, a indústria de construção - que emprega grande quantidade de brasileiros e portugueses - muitos deles ilegais -, entraria em colapso.

Administração

Prefeitura de Toronto.
Toronto e seus seis distritos administrativos: Antigo Toronto, York, East York, North York, Etobicoke, e Scarborough.

Os habitantes de Toronto elegem representantes que irão representar a cidade no governo provincial e no governo nacional. Além disso, os habitantes da cidade também elegem diretamente o prefeito os membros do Conselho Municipal. 22 Membros do Parlamento representam Toronto na Câmara dos Comuns do Canadá, quanto que outros 22 Membros do Parlamento representam a cidade na Assembleia Legislativa de Ontário, localizada na Queen's Park, localizada no centro da cidade. Sendo a capital do Ontário, vários escritórios e oficinas provinciais estão localizadas na cidade.

O governo municipal de Toronto consiste no prefeito e por 44 conselheiros municipais. Cada um destes conselheiros são eleitos em um dos 44 distritos eleitorais da cidade, cada um com aproximadamente 55 mil pessoas. Tanto o prefeito quanto os conselheiros municipais são eleitos pela população da cidade em eleições que ocorrem sempre no mês de novembro, para mandatos de até três anos de duração. O governo municipal de Toronto é o quinto maior da América do Norte, e possui um orçamento anual de 6,4 bilhões de dólares canadenses.

Seu orçamento financeiro em 2006 foi de 7,6 bilhões de dólares canadenses.[47] A cidade recebe fundos do governo de Ontário, além de taxas municipais e de fundos cobrados por serviços fornecidos pelo município. 36% do orçamento foi gasto em programas obrigatórios por regulamentos provinciais, 53% em agências e programas municipais tais como o sistema de bibliotecas públicas, e 11% em gastos administrativos.[48]

O atual governo municipal da cidade é baseada na criação da Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto, mais conhecida como "Metro", em 1954. Este novo governo regional, que incluía as comunidades de East York, Etobicoke, Forest Hill, Leaside, Long Branch, Mimico, New Toronto, North York, Scarborough, Swansea, Toronto, Weston e York, foi criada pela necessidade de maior coordenação para o uso da terra, maior organização de planejamento urbano, bem como serviços divididos, seria mais eficiente.

Estas 13 cidades, vilas e comunidades rurais continuaram a existir independentemente do governo regional, e a fornecer alguns serviços locais aos seus residentes. Gradualmente, o governo da Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto passou a administrar serviços que cruzavam fronteiras municipais, tais como vias expressas, saneamento básico e transporte público.

Em 1 de janeiro de 1967, vários dos municípios de menor porte foram fundidas com os de maior porte, reduzindo o número de diferentes municípios dentro da Municipalidade da Região Metropolitana de Toronto para seis. Forest Hill e Swansea tornaram-se bairros de Toronto; Long Branch, Mimico e New Toronto foram fundidas com a cidade de Etobicoke, Weston foi fundida com York, e Leaside tornou-se um bairro de East York.

Esta formação durou até 1997, quando o governo de Ontário anunciou que o nível regional de governo foi abolido, e as seis existentes municipalidades - Toronto, Etobicoke, North York, East York, York e Scarborough seriam fundidas em uma única Cidade de Toronto. A fusão foi concretizada em 1 de janeiro de 1998. Muitas pessoas criticaram esta fusão, que foi sucedida por uma queda maciça do número de serviços e de verbas provinciais para toda a nova cidade de Toronto, fazendo com que o governo da cidade de Toronto passasse a ter pouquíssimo ou nenhum ávit em seu orçamento, reduzindo as verbas dedicadas para investimentos. Um plebiscito realizado anteriormente da fusão ser concretizada indicou que a maioria dos cidadãos da nova cidade de Toronto eram contra a fusão; porém, em Ontário, tais plebiscitos não possuem qualquer legalidade, e a província de Ontário tinha o direito de ignorar tais resultados, o que de fato aconteceu. Mel Lastman, anteriormente prefeito da ex-cidade de North York, foi eleito na primeira eleição municipal da nova cidade de Toronto como o primeiro prefeito da nova Cidade de Toronto.

Vista da Assembleia Legislativa do Ontário. Toronto é a capital da província.

Nesta época, a definição de Toronto em si passou a ser duvidada por alguns. Nas eleições municipais de Toronto de 2000, mais de 88% dos habitantes da cidade votaram em um prefeito que havia discutido em sua campanha eleitoral sobre a possibilidade da formação de uma província de Toronto. Tooker Gomberg, o segundo colocado nas eleições com 8% dos votos, era um proponente da criação desta província, enquanto o vencedor da eleição, Mel Lastman, com 80% dos votos, também discussou e suportou a ideia em sua campanha eleitoral. Porém, isto foi mais um ataque ao governo do Canadá do que uma séria proposta, e após vencer as eleições, Lastman parou de discutir sobre o assunto. Em todo caso, uma separação deste gênero seria legalmente muito difícil, se não impossível - dentro da Constituição do Canadá, as municipalidades não possuem poderes, eles são apenas permitidos o uso de autoridade provincial. Caso Toronto de fato tente ser elevada à categoria de província, terá de receber aprovação da Câmara dos Comuns, do Senado e de dois terços dos votos a favor da população de todo o país.

Este problema tem preocupado muito os ativistas que querem que Toronto seja elevada à categoria de província. Um número de organizações não-governamentais tem advogado uma campanha contra o governo de Ontário que levou à primeira grande manifestação popular ocorrida em Toronto em 2001, quando manifestantes pró-província de Toronto confrontaram-se com a polícia em frente à Assembleia Legislativa de Ontário, bem como várias manifestações populares de menor porte ao longo de 2001. Alguns políticos do governo federal, incluindo o Membro do Parlamento e ex-primeiro-ministro do Canadá, Paul Martin, prometeram um "novo negócio para cidades". Atualmente, tanto a Câmara dos Comuns quanto o Senado reconhecem até certo ponto os problemas enfrentados pela cidade, porém, esforços para resolvê-los continuam a ser insuficientes.

Politicamente, Toronto é uma cidade muito liberal, segundo os padrões políticos da América do Norte. O Partido Liberal - tanto em nível federal quanto provincial - possui grande apoio dos eleitores de toda a cidade - no entanto, uma considerável parte dos eleitores do centro da cidade apoia o Novo Partido Democrata. Atualmente, Toronto possui 21 representantes na Câmara dos Comuns, dos quais 18 são liberais e 3 são do Novo Partido Democrata. O Partido Conservador não possui nenhum membro na Câmara dos Comuns em Toronto, e no geral, seu desempenho na cidade em eleições em geral é ruim. Embora sindicatos possuam considerável influência na cidade, eles não são as principais causas da natureza liberal de Toronto; são o alto número de imigrantes e a força de grupos ativistas as principais razões. Toronto é o principal centro de suporte para causas liberais como casamento homossexual e controle de armas tanto em Ontário como no Canadá.

Cidades irmãs

Economia

Vista do centro financeiro de Toronto a partir da Torre CN.

A economia de Toronto é uma das mais variadas e fortes da América do Norte. Toronto é o principal pólo industrial, comercial e financeiro do Canadá, e um dos principais do continente.

Até a década de 1970, Toronto era o segundo maior pólo comercial do Canadá, atrás de Montreal. O grande crescimento econômico de Toronto foi estimulado pela descoberta de grandes depósitos de recursos naturais ao longo da província de Ontário e da crescente presença da indústria automobilística em todo o sul da província. Além disso, a inauguração do Canal Marítimo do São Lourenço permitiu o trânsito de navios entre o Oceano Atlântico até aos Grandes Lagos, tornando Toronto um centro portuário importante. Durante a década de 1960, além disso, o nacionalismo quebequense e a aprovação de várias leis que passaram a obrigar empresas sediadas no Quebec a usarem somente o francês como idioma de trabalho. Isso prejudicou enormemente a economia daquela cidade pois fez com que várias empresas sediadas anteriormente em Montreal - especialmente as grandes multinacionais, cujo mercado se estendem muito além dos limites do Quebec) mudassem para Toronto, onde o francês não é necessário para o comércio. Vários habitantes de Montreal apelidaram esta migração de "Êxodo".

Segundo levantamento de PriceWaterhouseCoopers o produto interno bruto da região metropolitana de Toronto é de aproximadamente 209 bilhões de dólares americanos, com renda per capita de 39,4 mil dólares americanos (estimativa de 2005 utilizando o parâmetro PPP). Isto deixa Toronto em vigésimo primeiro lugar entre as economias das maiores metrópoles do mundo.

Manufatura

O Ontário possui grandes depósitos de recursos naturais tais como madeira, alumínio, cobre, ferro, níquel, prata, ouro, urânio e zinco. Além disso, a grande quantidade de rios, lagos e quedas d' água permitiu a construção de várias hidrelétricas, e os depósitos de urânio permitiram a construção de usinas nucleares. Isto mais uma malha ferroviária, rodoviária e hidroviária eficiente eventualmente fez de Toronto o maior pólo industrial do Canadá. Atualmente, Toronto possui mais de 5,7 mil fábricas. As fábricas localizadas na região metropolitana de Toronto produzem metade dos produtos industrializados em todo o Canadá. Cerca de um terço da força de trabalho de Toronto trabalham em fábricas.

As maiores atividades industriais da cidade são o processamento de alimentos, a indústria automobilística e a impressão de jornais, revistas e material publicitário. Outras atividades industriais importantes incluem a indústria têxtil, a fabricação de eletrônicos, papel e móveis.

Comércio e finanças

Toronto é o principal centro bancário do país - os cinco maiores bancos do país possuem suas sedes na cidade. No total, quatro de cada cinco bancos canadenses estão sediados na cidade. A bolsa de valores de Toronto, o Toronto Stock Exchange, é a maior bolsa de valores do Canadá, a segunda maior do continente americano (atrás apenas do New York Stock Exchange, localizado na cidade americana de Nova Iorque) e a sexta maior do mundo. A bolsa de valores de Toronto é a nona maior do mundo, e foi a primeira bolsa de valores em todo o continente americano a comercializar ações eletronicamente. Toronto também é o maior centro do comércio atacadista do Canadá.

A Bay Street é o coração financeiro do Canadá. Aqui estão localizadas as sedes dos quatro maiores bancos do Canadá, e a maioria dos mais altos arranha-céus da cidade.

Centro financeiro da cidade à noite.

Mídia

Em anos recentes, a cidade de Toronto tornou-se um dos centros da indústria cinematográfica do Canadá, juntamente com Vancouver, e um dos maiores da América do Norte, por causa do baixo preço na produção de filmes e shows de televisão no Canadá, em relação aos Estados Unidos. As ruas da cidade e seus monumentos podem ser vistos em uma variedade de filmes, que mimicam as ruas de grandes cidades americanas tais como Chicago e Nova Iorque. Toronto produz mais filmes e programas de televisão do que qualquer outra cidade das Américas, com exceção de Los Angeles e Nova Iorque.

Turismo

O Toronto Eaton Centre é o centro de compras mais movimentado da cidade de Toronto.

Toronto é um grande centro turístico, contendo uma rica variedade de atrações, entre as mais conhecidas, estão a CN Tower, a ex-mais alta estrutura do mundo (embora não seja considerado um edifício, até que o Burj Dubai, em Dubai o superou em 2010), e o ROM (Royal Ontario Museum), com suas mais seis milhões de peças que o tornam o maior museu do Canadá. Outras grandes atrações conhecidas incluem, a Casa Loma, edificada em 1911, conhecida por ter 98 quartos. Para a sua construção, foram investidos 3,5 milhões de dólares canadenses.

O Art Gallery of Ontario, inaugurado em 1900 possui uma das mais extensas coleções de arte moderna do Canadá.

A cidade possui grandes shoppings, onde o nome mais famoso é o Eaton Centre.

Entre outros lugares famosos no turismo estão incluídos o Fort York, o Queen's Park, o George R. Gardiner Museum of Ceramic Art, The Bata Shoe Museu, o Yorkville, o Centro de Toronto, a Universidade de Toronto, a Prefeitura entre outros.

Alguns pontos turísticos para conhecer em Toronto: Circu de Soleil, Niágara Falls, CN Tower, Distillery District, High Park entre outros.

Infraestrutura

Educação

Escolas

O sistema público escolar de Toronto é administrado pela Toronto District School Board (TDSB). O TDSB administra um total de 427 escolas, e é responsável pela educação de mais de 300 mil estudantes por ano, o que faz da TDSB o maior distrito escolar do Canadá e o quarto maior da América do Norte. O sistema católico de ensino administra outras 80 escolas que são responsáveis pela educação de mais de 70 mil alunos por ano.

Bibliotecas

A biblioteca central de Toronto.

A municipalidade de Toronto administra o maior sistema de bibliotecas públicas do país, e o segundo mais movimentado do mundo, em número de visitas, atrás apenas de Hong Kong. São 99 bibliotecas espalhadas pela cidade, com mais de nove milhões de itens diferentes. A grande coleção de livros, revistas, vídeos, CDs, DVDs e enciclopédias está disponível em diversos idiomas diferentes, sendo o inglês o idioma mais comum dos itens das bibliotecas da cidade. Outros itens podem ser encontrados em um total de 60 idiomas diferentes, sendo as mais comuns o mandarim, cantonês, italiano, espanhol, francês, português, vietnamita, hindi, latim e grego.

Ensino Superior

O câmpus central da Universidade de Toronto.

Toronto possui três universidades. O câmpus central da Universidade de Toronto (U of T) está localizada no centro da cidade, ocupando uma grande área no centro da cidade, e é a maior universidade do Canadá, empregando nove mil pessoas, e responsável pela educação de mais de 53 mil estudantes. A U of T também possui dois campi menores, uma em Scarborough e outra em Mississauga. As três juntas atendem cerca de 71,5 mil estudantes por ano. Outras duas universidades localizam-se em Toronto; a Universidade York, localizada em North York, e a Universidade Ryerson, localizada no centro da cidade. A primeira atende a 45 mil estudantes anualmente, e a segunda, 20 mil estudantes.

Toronto possui também outras cinco faculdades. A Faculdade de Arte e Desenho de Ontário é uma das faculdades de arte mais reconhecidas da América do Norte. As outras quatro faculdades - Seneca, Humber, Centenial e George Brown - possuem um total de 29 campi espalhados ao longo da cidade.

Transportes

Transporte público

Um bonde do Toronto Transit Commission, o sistema de transporte público de Toronto, na Dundas Street.

O fornecimento de serviços de transporte público em Toronto é de responsabilidade do Toronto Transit Commission (Comissão de Trânsito de Toronto), que controla as rotas de ônibus, bondes e metrô que operam dentro da cidade. O sistema de transporte público de Toronto é um dos mais auto-suficientes da América do Norte, gerando cerca de 81% da receita necessária para sua operação. Mesmo assim, este sistema tem recebido verbas insuficientes da cidade e da província nos últimos anos, o que causou uma queda na sua eficiência.

São aproximadamente 400 linhas de ônibus e 12 linhas de bondes servindo a cidade. Toronto é atualmente a única cidade no continente americano, bem como uma das poucas cidades do mundo, a possuir um sistema extensivo de bondes, voltado unicamente para o fornecimento de transporte público. As linhas de bonde operam primariamente no centro da cidade, servindo várias das mais movimentadas ruas e avenidas da cidade. Todas as linhas de bonde e a grande maioria das linhas de ônibus (com exceção de uma) conectam-se em algum ponto com uma estação de metrô. O sistema de metrô de Toronto possui 70 quilômetros de extensão e um total de 80 estações espalhadas em quatro linhas diferentes. Foi o primeiro sistema de metrô do Canadá, tendo sido inaugurado em 1954.

O sistema de transporte público de Toronto é totalmente integrado, sendo utilizado diariamente por cerca de 2,5 milhões de pessoas.[50]

Ruas

University Avenue.

As ruas em Toronto estão organizadas em um sistema de gradeamento, com algumas exceções notáveis. As principais ruas norte-sul de Toronto, de oeste a leste, são Kipling Avenue, Islington Avenue, Royal York Road, Jane Street, Keele Street, Weston Road, Dufferinf Street, Bathurst Street, Avenue Road, Yonge Street, Bayview Avenue, Leslie Street, Don Mills Road, Victoria Park Avenue, Warden Avenue, Kennedy Road, McCowan Road, Markham Road e Morningside Avenue. As principais ruas leste-oeste, de sul a norte, são Lakeshore Boulevard, Kingston Road, Queen Street, Dundas Street, Bloor Street/Danforth Avenue, St. Clair Avenue, Eglinton Avenue, Lawrence Avenue, Wilson Avenue/York Mills Road/Ellsemere Road, Sheppard Avenue, Finch Avenue e Steeles Avenue.

Dentro do centro financeiro de Toronto, a maior parte das ruas possuem duas faixas por sentido. Fora do centro da cidade, ruas arteriais possuem duas ou três faixas por sentido. Ruas muito raramente possuem um meio divisório (como no caso da Spadina Avenue ou da University Avenue). Isto é mais comum em secções de ruas arteriais, próximas a cruzamentos movimentados, fora do centro financeiro da cidade.

Yonge Street nas proximidades da Dundas Square.

O sistema de ruas de Toronto foi desenhado primariamente para carros, e é fácil de navegar. Algumas anormalidades existem, porém, como a Lawrence Avenue e a St. Clair Avenue, que estão divididas em duas distintas secções através do vale do Rio Don (no caso da St. Clair Avenue, as duas secções estão divididas por de 15 minutos de carro). R uas por vezes mudam de nomes (como no caso da Bloor Street/Danforth avenue). Ruas arteriais leste-oeste que cruzam pela Yonge Street recebem os sufixos West ou East, a primeira caso a secçao da rua esteja a oeste da Yonge Street, e a segunda a leste da Yonge Street. Mudança do nome das ruas em uma mesma via é comum ao longo de ruas leste-oeste cortando a Yonge Street. A fusão de 1999 fez com que ruas com o mesmo nome surgissem em diferentes partes da cidade, embora tal anormalia ocorra primariamente apenas entre pequenas ruas residenciais.

Vias expressas

Embora Toronto possua uma malha de vias expressas, esta malha não é tão extensa e eficiente quanto aquelas localizadas em várias das grandes cidades americanas, ou quanto a malha de vias expressas de Montreal. Algumas cidades pertencentes à Região Metropolitana de Toronto, porém, possuem uma malha de vias expressas bem desenvolvida, tais como Mississauga e Brampton. Toronto é cortada no total por nove vias expressas que juntas possuem aproximadamente 75 quilômetros de extensão.

A Don Valley Parkway conecta os bairros da região norte e da região leste da cidade com o centro da cidade, enquanto que a Gardiner Expressway conecta bairros do oeste da cidade ao centro. A Don Valley termina na Via Expressa Macdonald-Cartier. Continua indo ao norte como Highway 404, conectando os bairros no extremo norte e várias das cidades da Regionalidade Municipal de York. A Gardiner termina na Highway 427, e continua indo a oeste como a Queen Elizabeth Way, passando por Mississauga, Oakville, Hamilton, St. Catharines, Niagara Falls e terminando em Buffalo, estado americano de Nova Iorque.

Vista da Via Expressa Macdonald-Cartier e do trevo rodoviário formado juntamente com a Leslie Street.

A Via Expressa Macdonald-Cartier, ou Highway 401 - que conecta Windsor até o extremo leste do Ontário (continuando depois no Quebec como a Auto-route 20, até Rimouski) - passa por Toronto. Trechos desta via expressa na cidade, entre Mississauga até Oshawa movimentam cerca de 500 mi veículos por dia, fazendo-o o mais movimentado do mundo, e mesmo com até nove faixas por direção em certos trechos, é afetada por congestionamentos constantes.[51][52]

A Highway 400 conecta Toronto (iniciando-se na Via Expressa Macdonald-Cartier) é a principal rota de transporte entre a região metropolitana de Toronto e as regiões central e noroeste de Ontário. A Highway 427 é a segunda via expressa mais movimentada da América do Norte, conectando a Gardiner e a Queensway com a Macdonald-Cartier, até o extremo norte da Municipalidade Regional de York e de Peel. Grande parte de seu trajeto serve como uma fronteira entre Toronto e a Municipalidade Regional de Peel, e entre Peel e York. No caminho localiza-se a Highway 409, uma curta via expressa que conecta a Macdonald-Cartier com o Aeroporto Internacional de Toronto, passando pela 427. A Macdonald-Cartier também corta a Allen Road.

A Highway 407 não opera dentro de Toronto, mas é uma via expressa primária na Região Metropolitana de Toronto. Esta via expressa é pedagiada. O pedágio é cobrado eletronicamente e de forma automática, quando um dado veículo entra dentro da via expressa, através de câmeras que registram a placa de licença do veículo.

Ferrovias

A Union Station.

Toronto é servida por cerca de 175 quilômetros de ferrovias. A cidade dispõe de um número de estações de trens para locomoção entre as cidades que compõem a região metropolitana de Toronto, e de uma estação central, a Union Station, localizada no centro financeiro da cidade. Esta estação, construída no século XIX, é ao mesmo tempo uma das estações mais movimentadas do metrô de Toronto, e atende também a duas linhas de bonde.

A GO Transit, tendo como principal base de operações a Union Station, oferece linhas inter-urbanas de trens e ônibus em horários regulares entre o centro financeiro de Toronto e seus bairros mais distantes, bem como subúrbios da cidade, e mesmo regiões vizinhas à Região Metropolitana de Toronto, que não fazem parte da área metropolitana, como Hamilton e Oshawa, transportando cerca de 205 mil passageiros por dia.[53]

Aeroportos

Toronto possui dois aeroportos dentro da cidade propriamente dita, e um total de oito em sua região metropolitana.

O principal aeroporto da cidade é o Aeroporto Internacional Lester B. Pearson (YYZ), que não está localizado na cidade de Toronto propriamente dita, e sim na cidade vizinha de Mississauga. É o quarto aeroporto internacional mais movimentado de todo o continente americano, e é o mais movimentado do país.

Imagem de satélite do Aeroporto Internacional Toronto Pearson (NASA).

A cidade possui dois aeroportos dentro de seus limites municipais. Um deles é o Billy Bishop Toronto City Airport (YTZ), localizado nas Ilhas Toronto, e serve primariamente aos vôos da aviação geral, embora a Air Canada Jazz, uma subidiária da Air Canada, opere um vôo entre o aeroporto e Ottawa. Está conectado ao continente através de um ferry que serve livremente os passageiros da linha aérea. O segundo aeroporto é a "Base Aérea Downsview" (C.F.B. Downsview), localizado em North York, que serve como uma base militar da Força Aérea do Canadá, bem como uma base de testes para a fabricante de aviões Bombardier.

O Aeroporto Internacional de Hamilton é um aeroporto que serve como alternativa ao Lester B. Pearson. Não está localizado propriamente na Região Metropolitana de Toronto, mas sim, em Hamilton, localizado a 85 quilômetros sudoeste de Toronto, sendo uma base para linhas aéreas de baixo custo e vôos charter.

Outros aeroportos na Região Metropolitana de Toronto, que servem apenas a vôos da aviação civil, estão localizadas em Buttonville, Markham, Oshawa, Brampton e Burlington.

Vôos com hidroplanos já foram operados entre Toronto e a região das Cataratas do Niágara. Este serviço já não existe mais.

Porto e balsas

Vista de uma das balsas que conecta Toronto com as Ilhas Toronto.

O Porto de Toronto, localizado próximo ao centro da cidade, movimenta cerca de dois milhões de toneladas de carga por ano, através de navios de pequeno e médio porte. Para o recebimento de navios de grande porte, Toronto faz uso do porto de Montreal (através de uma conexão via ferrovia).

O transporte entre Toronto e as Ilhas Toronto é feita através de balsas. O serviço é fornecido pelo Departamento de Parques e Recreação de Toronto. As balsas diaramente pecorrem o trecho entre a Bay Street e às ilhas, parando em três delas.

Um serviço de balsa, de passageiros e de alta velocidade, entre Toronto e Rochester, Nova Iorque, foi inaugurado em 17 de junho de 2004. O navio foi apelidado de The Breeze. Porém, este serviço foi suspenso após 11 semanas, quando a companhia, que o operava passou a ter dificuldades financeiras. O navio da companhia - anteriormente sediada em Toronto - foi comprado após a falência da companhia por uma subsidiária do município de Rochester, e o navio voltou a operar na rota Toronto-Rochester em 30 de junho de 2005, com o apelido The Cat.

Trânsito

Vista da Gardiner Expressway.

Nas últimas décadas, o tráfego de veículos nas ruas e especialmente nas vias expressas da cidade tem aumentado cada vez mais. Porém, o investimento da cidade e da província no mesmo período em vias públicas e no sistema de transporte público da cidade tem sido limitados, primariamente dedicados a pequenos projetos nas vias expressas da cidade. Por causa disso, o trânsito de veículos nas vias públicas da cidade é difícil, especialmente na hora do rush, gerando congestionamentos, e causando poluição. Um estudo recente estima que o custo dos congestionamentos para a economia de Toronto seja de seis bilhões de dólares canadenses. Agências de transporte e comércio alegam que os problemas de trânsito enfrentados pela cidade devem-se ao fato que um sistema de vias expressas, planejado na década de 1950, nunca foi completada, deixando enormes vazios na cidade. Desde o cancelamento da Spadina Expressway em 1971, a oposição da comunidade e do conselho municipal contra a construção de vias expressas tem aumentado.

O Ontário anunciou em março de 2004 a criação da Greater Toronto Transit Authority, um órgão de transporte público voltado para toda a região metropolitana de Toronto, com o alvo de facilitar a integração dos diferentes sistemas de transporte público operando na metrópole, e incentivar iniciativas tais como tarifa única em toda a metrópole. Ao mesmo tempo, o governo federal, provincial e municipal anunciram que iriam investir um total de um bilhão de dólares no TTC, o órgão que administra o sistema de transporte público de Toronto, que tem enfrentado estagnação nos números de passageiros nas últimas décadas, embora o número de passageiros usando a GO Transit tenha aumentado gradualmente em anos recentes.

Cultura

Arquitetura

A arquitetura dos prédios e edifícios de Toronto é primariamente contemporânea, embora alguns pontos de interesse mais antigos tenham uma arquitetura baseada no estilo gótico ou no estilo Art Déco. O céu de Toronto é dominado por grandes arranha-céus. Toronto é a cidade com mais grandes arranha-céus em desenvolvimento e construção de todo o hemisfério ocidental.

Moderna, Conteporânea
A Torre CN vista do Rogers Centre.
  • A Torre CN, o principal cartão-postal da cidade, e a segunda estrutura mais alta do mundo, não sustentada por cabos e em terra firme, com seus 553 metros de altura. Localizada no centro da cidade, perto do litoral, atrai milhões de turistas por ano. Foi inaugurada em 1976.
  • O Toronto City Hall, o prédio da prefeitura, é uma distinta atração arquitetônica, com seu estilo modernista, de aproximadamente 100 metros de altura. Próxima à prefeitura está o prédio do Conselho Municipal, que tem o formato de uma ostra. Os dois prédios que compõem a prefeitura e o prédio do Conselho Municipal estão localizadas em uma praça de cinco hectares de tamanho, a Nathan Phillips Square, localizada próxima ao Old City Hall, o antigo prédio da prefeitura.
  • Toronto possui inúmeros arranha-céus. São no total 1 623 edifícios com mais de 12 andares. Toronto, pela Emporis, é a décima cidade com o céu mais dominado por arranha-céus do mundo. Vários dos arranha-céus da cidade estão entre os mais altos do mundo. Atualmente, o mais alto deles, o First Canadian Place, possui 296 metros de altura. Deverá ser superada em breve pelo Trump International Hotel & Tower, que deverá ser inaugurada em torno de 2008, com uma altura estimada em 325 metros.
Neo-clássico, Neo-gótica, Art Deco
  • O novo prédio da prefeitura substiuiu a antiga prefeitura de Toronto, um edifício construído nos moldes da arquitetura Romanesque Revival, que data de 1896, e possui 104 metros de altura.
  • A Casa Loma é uma grande mansão - que devido ao seu tamanho dá a impressão de ser um castelo - inaugurada em 1918, com área total de 17 mil metros quadrados.
  • A Union Station, a principal estação ferroviária da cidade. Foi construída entre 1913 e 1927, e oficialmente inaugurada em 6 de agosto de 1926.

Artes

Galeria de Arte de Ontário.
  • O Royal Ontario Museum é o maior museu do Canadá. Exibe ao público primariamente obras arqueológicas e paleontológicas. Possui uma das mais renomeadas coleções de objetos chineses antigos.
  • O Art Gallery of Toronto abriga várias pinturas e esculturas feitas por artistas de renome internacional, tais como Henry Moore.
  • O Ontario Science Center é um museu que lida com ciências e tecnologia. Está voltado especialmente para crianças.
  • A região metropolitana de Toronto é o terceiro maior centro do teatro anglófono do mundo, perdendo apenas para Nova Iorque e Londres, com mais de 90 teatros espalhados pela metrópole. Vários teatros de renome estão localizados em Toronto, e várias companhias teatrais do Canadá estão sediadas na cidade.[54]
  • A National Ballet of Canada, o grupo de balé mais renomeado do Canadá, está sediada em Toronto. A maioria das apresentações do grupo são realizadas no Hummingbird Centre.
  • A Canadian Opera Company, a principal ópera do país, está também sediada no Hummingbird Centre.
  • Toronto é um centro da indústria cinematográfica da América do Norte, e a produção de filmes domésticos e internacionais é uma das principais fontes de renda da cidade. Toronto serve como cenário em diversos filmes, comumente representando grandes cidades americanas como Nova Iorque e Chicago. Muitos filmes americanos são lançados primeiramente em Toronto antes de ser lançada em maior escala. [carece de fontes?] A importância da indústria cinematográfica na cidade é evidente com o Toronto International Film Festival (Festival Internacional do Filme de Toronto), o maior festival cinematográfico do mundo, e rivalizando Cannes em importância.
  • No total, a cidade possui mais de 50 companhias de balé e dança, seis companhias de ópera, e duas orquestras sinfônicas.

Esportes

Panorama do interior do Rogers Centre.

Lazer

Inscrição Welcome to Toronto na entrada da cidade.

Toronto possui seis grandes e modernos shopping centers. O mais conhecido deles é o Eaton Centre, localizado no centro da cidade, próximo à Nathan Phillips Square, e um dos principais pontos turísticos da cidade. Outros grandes shopping centers são o Yorkdale Shopping Centre, o Scarborough Town Centre, a Sherway Gardens e a Fairview Mall, todos com duzentas lojas ou mais. Vários outros shopping centers de menor porte estão espalhados pela cidade.

  • A Assembleia Legislativa do Ontário localiza-se no Queen's Park.
  • Embora não seja especialmente conhecido pelo seu verde, Toronto possui vários parques e praias. As duas maiores áreas verdes da cidade são as Ilhas Toronto (com 230 hectares de tamanho) e a Leslie Street Spit, com aproximadamente 200 hectares de tamanho). Outros parques populares na cidade incluem o High Park, o Sunnybrook Park, o Rouge Park e o Christie Pits.
  • As águas do litoral do Lago Ontário congelam durante os dias mais frios de inverno, tornando-se mais uma atração turística da cidade.

Referências

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