Tribo (Roma Antiga)
As tribos romanas foram a organização social básica da Roma Antiga, que determinaram o surgimento de diversas organizações políticas, como as gens e o tribuno.
Histórico
Na sua formação inicial as populações de Roma compreendiam as famílias e estas, reunidas, formavam as cúrias que, unidas, formavam as tribos - e que se caracterizavam pela adoração comum de uma mesma divindade coletiva.[1]
Cada cúria possuía do seu chefe, chamado curião, cuja função principal era a de presidir aos rituais religiosos; a reunião de várias cúrias formava a tribo. Também a ela cabia um altar comum, dedicado a um deus - originado, assim como nas famílias e cúrias, de algum heroi do lugar feito divino e do qual a tribo retirava seu nome; o ritual comum, em que toda a tribo tomava parte, tinha seu ponto alto um banquete; seu chefe era, então, o tribuno (em latim - tribunus).[1]
Havia, ao final, 35 tribos - quatro urbanas e trinta e uma rurais.[2]
Tribos urbanas
As quatro tribos urbanas foram:
- Colina (compreendia o Monte Quirinal)
- Esquilina (compreendia o Monte Esquilino)
- Palatina (compreendia o Monte Palatino)
- Suburana (compreendia o Monte Célio)
Tribos rurais
As trinta e uma tribos rurais foram:
- Aniense (299 a.C.)
- Arnense (criada em 387 a.C.)
- Camília (495 a.C.)
- Cláudia (495 a.C.)
- Clustumina ou Crustumina (449 a.C.)
- Cornélia (495 a.C.)
- Emília (495 a.C.)
- Fábia (495 a.C.)
- Falerna ou Falerina (criada em 318 a.C.)
- Lemônia, (século V a.C.)
- Mécia (criada em 332 a.C.)
- Menênia (495 a.C.)
- Papíria (495 a.C.)
- Oufentina ou Ufentina (criada em 318 a.C.)
- Popília ou Poblília (358-357 a.C.])
- Pólia (495 a.C.)
- Pomptina (358-357 a.C.])
- Pupínia (495 a.C.)
- Quirina (criada em 241)
- Romília (495 a.C.)
- Sabatina (criada em 387 a.C.)
- Escapita (criada em 332 a.C.)
- Sérgia (495 a.C.)
- Estelatina (criada em 387 a.C.)
- Teretina (criada em 299 a.C.)
- Tromentina (criada em 387 a.C.)
- Valéria ou Galéria (495 a.C.)
- Velina (criada em 241 a.C.)
- Voltina (495 a.C.)
- Veturia ou Voturia (495 a.C.)
Referências
- ↑ a b Fustel de Coulanges (1961). A Cidade Antiga. São Paulo: Editora das Américas SA
- ↑ Mario Attilio Levi (1988). L'Italia nell'evo antico (em italiano). [S.l.]: PICCIN. p. 175. 565 páginas. ISBN 8829903299. Consultado em janeiro de 2012 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda)