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A Feira Hippie de Campinas é uma das inúmeras feiras hippies do Brasil, mas sendo uma das mais populares do Estado de São Paulo com aproximadamente 600 barraquinhas e em crescimento. Acontece aos sábados e domingos sempre na Praça Imprensa Fluminense - Cambuí. Nesta Feira pode-se encontrar objetos de diversos setores do artesanato: peças de crochê, porcelanas, cerâmicas e etc. Na Feira encontram-se artistas plásticos, com belas telas coloridas e adeptos do movimento Hippie com os seus trabalhos manuais (bijuterias e roupas confeccionadas) típicos de seu movimento. Também na Feira as pessoas encontram calçados, peças para vestuário, artigos regionais além do setor de alimentação da feira que tem comidas típicas de Campinas, como também comidas típicas de outros estados brasileiros.

Contexto da Feira[editar | editar código-fonte]

A Feira Hippie em Campinas ocorreu em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura Brasileira, disseminando a sua essência por todas as áreas da sociedade contemporânea. A liberdade sexual, a não discriminação das minorias, o ambientalismo são algumas das suas reivindicações. As novas ideias sociais surgiam e o povo brasileiro se espantava com as novas linguagens e modo de vida desprovido de regras. Alvo de críticas e desprezo, os hippies não foram bem entendidos em sua época. Mas muitas das mudanças trazidas pelos hippies ainda fazem parte da sociedade de hoje, como a liberdade sexual, os movimentos ambientais, as causas humanitárias, os movimentos a favor dos alimentos naturais, a tolerância religiosa e cultural e a diversidade étnica.

História da Feira[editar | editar código-fonte]

Sua historia começa na década de setenta, quando alguns hippies expunham suas peças na Praça “Largo das Andorinhas” (onde está localizado o Monumento do Bicentenário de Campinas), posteriormente foram para a Praça “Largo do Rosário”, depois à Praça Carlos Gomes e, atualmente se encontra na Praça Imprensa Fluminense onde se localiza o Centro de Convivência Cultural de Campinas, percorrendo diversos lugares, a Feira tem aproximadamente 40 anos de existência.

Vale ressaltar que a Feira foi vista com certa reserva pelos campineiros no seu início, pelo fato de valorizarem uma herança que diferenciava do modo de vida considerado correto. Entretanto, com o tempo, a feira foi integrando novos membros, que vinham, sobretudo, por causa da crise da década de 1980 (década perdida). Esse movimento, por um lado, ampliou os produtos, entretanto, por outro, reduziu, consideravelmente, o espaço físico. Durante todo esse movimento, todos eles seguiram declarando levar adiante a herança Hippie. Mesmo na atualidade, nota-se que a influência da cultura Hippie permanece viva nas peças feitas por seus artesãos, no povo de Campinas e no turista, principalmente nos sábados e domingos, onde a feira continua cheia.

Com as proporções que a feira tomou, foi necessário fazer algumas exposições em outros locais turísticos de Campinas como: na Lagoa do Taquaral, na Praça Carlos Gomes e na Estação Cultura. Em 1975 foi realizada a primeira migração da feira, que deixava a Praça “Largo das Andorinhas” e se dirigia a Praça “Largo do Rosário”, pois o novo local podia acomodar um numero maior de expositores.

Em 1977, é realizada a oficialização da feira, agora com o nome “Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Quitutes e Esotéricos de Campinas”, pela Prefeitura Municipal de Campinas. Com a oficialização, o evento passa a residir na Praça Carlos Gomes e com data e horário de funcionamento aos sábados pela manhã das 9:00 às 14:00.Em 1983 viria a funcionar também aos domingos, no mesmo local.

Ao longo das décadas de 80 e 90, devido a uma crise econômica generalizada no país, houve um aumento do desemprego, que fez com que as pessoas recorressem à procura de vagas para comercializar feira. A Prefeitura passa, então, a coordenar a feira selecionando critérios e procedimentos para a inserção de novos expositores, esses procedimentos permanecem até hoje. Tais como: projetos expositivos de artes visuais: linguagens artísticas contemporâneas, compreendendo desenho, escultura, colagem, pintura, instalação, fotografia, gravura (litogravura, serigrafia, xilogravura, gravura em metal e congêneres), bem como a criação ou reprodução mediante o uso de multimídia, meios eletrônicos, mecânicos, cibernéticos ou artesanais de realização.

Cultura da Feira[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2004 a Praça Imprensa Fluminense e o Centro de Convivência Cultural de Campinas (uma obra feita pelo Arquiteto Fábio Penteado em 1976), são reinaugurados após uma revitalização. Com a reinauguração a prefeitura determina que a feira Hippie volte àquela Praça, pois é um espaço multiuso, que possibilita a realização de espetáculos de teatro, de dança, palestra, simpósio, conferencias, exposições artísticas e das demais áreas de conhecimento cultural. Portanto um ótimo lugar para muitos adeptos da cultura hippie continuar a manter uma profunda ligação com o movimento histórico, pois a feira hippie é um excelente exemplo para defendermos a relação deste com outros grupos que ali aparece. Com a exposição e venda de produtos e objetos, eles estão de certa forma se relacionando com as demais pessoas, difundindo a cultura. Essa é uma das características que tornam o movimento hippie uma cultura peculiar. É raro vermos outros grupos culturais montando feiras e expondo suas culturas tão abertamente da forma como os hippies fazem.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

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